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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Vejam bem...

Olá Caros Bloguistas Militantes

Estou mal disposto, doem-me os dentes (sim já fui ao dentista, estou a ser medicado e tratado).
Por isso hoje estou do contra.

Vós, Caros Bloguistas Militantes, já visteis, o opinião pública da SIC-Notícias, e o seu congénere da RTPN?

Bom, já não vou falar que passam os dois ao mesmo tempo, parece que as TV's generalistas agora deram em transmitir os mesmos tipos de programa à mesma hora... deve ser para nós termos mais opções...

Mas, como não vou falar disso, vou antes debruçar-me sobre os temas do "Opinião Pública".

São temas que só lembram ás televisões (critério jornalístico, desculpam-se eles), a maioria não vale nada, e só servem para lançar confusão.

Umas vezes perguntam se os clubes de futebol A, B e C (são sempre os mesmos, os campeonatos de futebol cá no burgo, são só jogados a 3... os outros é só para enfeitar o ramalhete para os ditos "grandes" poderem ir á Europa), outras perguntam se concorda com o aumento de impostos e outras matérias em que nós estamos "profundamente informados".

E até fazem sondagens telefónicas, ora se perguntarmos a qualquer um se quer aumento dos impostos, por mais analfabruto que seja a resposta é não... claro.

Mas como estas tem muitas.

Noutro dia, o opinião pública era sobre os sindicatos... olha que meninos de coro... entre eles e o Sr. H. Chavez, venha o diabo e escolha.

Fizeram passar uma imagem imaculada deles.... que ingénuos.

É pena que os nossos jornalistas, não procurem, não investiguem, não perguntem o que tem de perguntar, pois se perguntassem...

Vejam bem, para os sindicatos, o óbvio, as conclusões tipo Monsieur "De la palice" são mais o seu prato diário, o populismo impera por aquelas zonas, e não admira, porque a maior parte dos dirigentes sindicais, são tudo menos pessoas sérias... e a maior parte pouco instruídas.

Já vou a casos concretos:

Lembram-se de algum presidente de sindicato ou secretário geral de alguma central sindical ser substituído por ter perdido as eleições?

Nas eleições lembram-se de ter havido mais que um candidato?

Pois não ... é sintomático... quem quiser que tire as suas conclusões.

Lembram-se de ver caras diferentes nas negociações sindicais com os diferentes governos?

Não, claro que não.

Recordam-se de ver nos vossos locais de trabalho dirigentes sindicais, delegados sindicais (não falo na comissão de trabalhadores), diferentes, e que consigam alguma coisa de jeito ou palpável ou de diferente para vocês?

Eu respondo: muito raramente.

É que os sindicalistas, criticam o governo e os partidos quanto a democraticidade de algumas medidas, mas se formos a ver bem eles já se perpetuam no poder mais de 20 e alguns há mais de 30 anos.

A estrutura sindical, seja ela da UGT (ainda vai sendo democrática aos poucos... muito pouco), seja ela da CGTP-IN, não são democráticos, a última então não passa de um órgão do PCP.

Os sindicatos são autenticas ditaduras disfarçadas de democracia, em que os eleitos se querem perpetuar no poder com as regalias e mordomias que tem, e não são poucas... não muito diferente do Sr. Chavez.

Só para saberem e terem uma ideia, os dirigentes sindicais que nos vão representar à Europa ganham cerca de 4500 euros limpos, com viagens, estadia e outras mordomias pagas.

É bom não é?

E, não, não tenho o tique do Primeiro Ministro, que os sindicalistas são todos Comunistas, mas a CGTP-IN, e falo por experiência própria, é uma das centrais que perfilha o ditado de "Quanto pior melhor", e pede sempre o impossível vestindo uma capa de razoável.

A CGTP-IN está out.

Vou fazer descer a escuridão sobre todos os que tem esperança, para poder ter a primazia, parecem dizer eles.

Só assim consegue mobilizar alguns incautos e iludidos Portugueses, que naquela cantiga vão.
Mas não pensem que a UGT é melhor.

Não!

É menos má.... é verdade que é menos má, com estes ainda podemos conversar, não são tão dogmáticos e sectários.

Mas tenho exemplos, contados com fanfarronice pelos próprios, de alguns acordos que nós assistimos (e ainda bem que os há-os acordos- se não seria o caos), tem às vezes contrapartidas para os dirigentes que lá vão negociar.

É por estas e por outras, que na parte final das negociações querem ir sózinhos, e é por estas e por outras que manipulam o aparelho sindical para se prepetuarem no poder.

É uma organização tentacular, com influência nos diversos partidos e dentro do aparelho deles, conseguem deputados não pelo que valem mas por quilo que dizem que valem... os partidos como não estão melhor acreditam e cedem.

Soube de uma história, mais uma vez contada na fanfarronice, que foi feito um acordo (já foi há alguns anos, e já prescreveu), na CARRIS, em que o Sindicalista a troco de emprego para o filho, não negociou as melhores condições para os trabalhadores, não que estes ficassem a perder, mas podiam ter ganho mais...

É certo que se fosse a CGTP, nem acordo havia, mas entre o não haver e os custos de haver àquele preço, prefiro a terceira opção.

E, não julguem que só são os da UGT que o fazem... os da CGTP também.

A CGTP diz sempre que não assina os acordos, e depois da UGT assinar o acordo, a táctica é chamar nomes e dizer que são uns vendidos, e depois, já fora dos holofotes vem por trás e assina em condições piores que o que faz a UGT, sabe-se-lá a que preço... (faz lembrar a história do kunami, que o vendedor diz ao comprador: A sua mulher é uma pega! - e o comprador responde: Sim, é um bocadinho mas isso são ameixas podres).

Claro que isto só se sabe anos mais tarde, quando já não há consequência.

Só que os erros acumulam-se, e por causa destes serem sucessivos, que nós estamos como estamos, sem credibilidade sindical.

Porque é que por exemplo os Pilotos da TAP fazem greve, e o governo recua, e torna-se a sentar à mesa com eles?

Se calhar os sindicatos dos pilotos são mais "gentleman", mais instruídos, mais realistas, sabem o que querem, não estavam a negociar dinheiro, para além de que uma greve dos pilotos causam nossa na economia.

Têm força negocial e massa crítica que os apoia.

Se os sindicalistas servem para defender os trabalhadores e até nos tratam por colegas, porque é que nós não os vemos no local de trabalho há mais de 10 , 15 ou 20 anos?

Como podem saber eles das necessidades prementes dos trabalhadores?

Só falando com eles?

Não me parece, pois esta matéria é daquelas que o saber de experiência feito, é fundamental.

Não se esqueçam, que quem paga os ordenados deles somos nós, contribuintes, somos nós sócios dos sindicatos.

A rotatividade no sindicalismo é urgente, novas caras e caras novas são necessárias.

Implementar a filosofia sindical do norte da Europa, é fundamental.

É que caso não saibam, ou não tenham dado por isso, o REI VAI NU, por outras palavras, o sindicalismo em Portugal está a descer de dia para dia em termos de número de sindicalizados, e se desce abaixo dos 30% de sindicalizaods, os sindicatos ficam sem força.

Voltando ao exemplo dos Pilotos fazem mossa na economia, os sindicatos abaixo dos 30% ficam sem massa críticia, sem força negocial... ou seja não fazem mossa na economia nacional... ou seja ninguém lhes liga.

Voltando ao que disse, porque é que não são pessoas sérias?

Nem tudo gira à volta do dinheiro, eu explico.

O governo propõs 2,1% de aumento este ano , a CGTP-IN propôs 5,8% e ficou out, a UGT se não estou em erro propôs 3% e também não ficou mais in.

Todos sabemos que o governo não vai ceder, mas os sidicalistas pensam que estão no mercado de marraquexe e vão tentar regatear.

A CGTP-IN que não quiz ficar out baixou num acto de boa fé para 5%, mas o que é isto?

Estão todos a brincar com o meu salário? Isto é alguma feira ou é uma negociação séria?

Se o governo diz que não pode dar mais dinheiro, outras alternativas deveriam ser logo negociadas, tais como benefícios fiscais, aumento de férias, ou copiem as ideias da Europa como por exemplo:

Quem leu o meu post sobre "a siesta", sabe e sente que trabalhar no verão à hora do calor o rendimento é menor, não apetece, não produzimos, andamos sonolentos, andamos na ronha.

Já viram alguma central sindical, ou sindicato, sustentar o não trabalho a essas horas, e querer reavaliar o horário de trabalho, prolongando mais para a tarde.

Não, claro que não.

Para prevenir os engarrafamentos, já viram algum sindicato defender, entradas nos escritórios e serviços desfazadas?

Já viram defender que a empresas com mais de 400 trabalhadores deveriam ter carreiras de autocarros próprios para evitarem que os seus trabalhadores venham de carro par o trabalho, seguindo o exemplo que fazem os militares om sucesso hà muitos anos?

Na Suíça quando se chega a determinada idade, em que o descanso é sempre bem vindo, existe quem opte por trabalhar por exemplo, 6 horas por dia, recebe menos, mas não é penalizado noutros lados ( impostos e reforma) por isso, mas tem mais tempo para si, já alguma vez nos propuseram isso?

Pois está claro que não.

O Estado e o Governo dizem para nós estudarmos mais, mas quando chegamos ao fim do curso as reclassificações de carreira adequadas ao curso que tiramos demoram ás vezes anos, já viram os sindicatos confrontar o Estado com as suas próprias propostas e fazerem pressão para que as reclassificações não fiquem congeladas?

Não, e este não tem uma razão de ser, é que a maior parte dos sindicalistas não possuem curso superior, alguns deles escrevem, falam e comportam-se vergonhosamente, não facilitam (nem nunca poderiam facilitar) os mais novos e os mais letrados, pois isso seria colocar em risco a sua carreira de sindicalista.

E apregoam que os jovens são necessários ao sindicalismo, da mesma maneira que a aranha diz à mosca, anda jantar a minha casa.

Precisamos de novas caras e caras novas, precisamos, penso eu, de novos sindicalistas e de uma nova central sindical, não uma central sindical do PSD ou do CDS/PP ou do PS ou do PCP ou do B.E. ou de outro qualquer.

Assim como fizeram os países não alinhados durante a guerra fria, precisamos de uma central sindical democrática, isenta, não partidária, que defenda os interesses dos colaboradores (é a nova linguagem europeia para trabalhadores) e que defenda a empregabilidade, precisamos...

Ah precisamos mesmo... e já agora empregadores com outro tipo de mentalidade... mais empreendedora.

É que se não olharmos por nós, quem olhará?

É porque se assim não for, o Capitalismo selvagem... toma conta de nós.... de uns e de outros.

O "opinião pública" devia abordar etes assuntos... isso é que era.

Mas que sei eu? Hoje até me doem os dentes e estou mal disposto.

Vejam Bem - José Afonso

Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar

Quem lá vem
Dorme à noite
Ao relento
Na areia
Dorme à noite
Ao relento
Do mar

E se houver
Uma praça
De gente
Madura
E uma estátua
De febre
A arder

Anda alguém
Pela noite
De breu
À procura
E não há
Quem lhe queira
Valer

Vejam bem
Daquele homem
A fraca
Figura
Desbravando
Os caminhos
Do pão

E se houver
Uma praça
De gente
Madura
Ninguém vai
Levantá-lo
Do chão

Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar

Quem lá vem
Dorme à noite
Ao relento de areia
Dorme à noite
ao relento do mar


Ele há cargas fantásticas, não há? Quando não fazem greve...

2 comentários:

Anónimo disse...

ontem leram-me um texto muito antigo de alguém que infelizmente agora não me lembro o nome, mas que o direi se me lembrar, sobre o Brio.
o texto iniciava dizendo: o Brio é a poesia da vida.
descendentes de piratas, colonizadores racistas e cristãos endoidecidos, creio que seria impossível para nós, povo lusitano - se bem que não saiba muito bem ainda o que é isto, ou melhor, a parte que sei é a negativa, deve existir como em tudo, uma positiva, dizia eu, que briosos nuca fomos, como pois querer sindicalistas, jornalistas e outros istas, adeptos de tal??
valham-nos os nosso poetas. mesmo que ausentes de brio, pelo menos, nos deram a poesia.

Cabo Napol "eao" disse...

Maria marujo
Concordo inteiramente contigo e assino por baixo.