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Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sábado, 29 de dezembro de 2007

A política do Eu... calipto

Olá Caras e Caros Bloguistas Militantes

Em pleno período de festas, falando pelo lado ocidental da humanidade... porque os outros 3/4 do mundo continuam na sua vida normal.

Cá andamos todos na nossa azáfama do costume.

Antes de entrar no tema, tenho de mostrar aqui o meu mais veemente repúdio, por aquilo que fizeram no Paquistão à Srª Benazir Butto.

Barbárie, é o termo que me ocorre, como é possível no Sec. XXI ainda estarmos tão austrolopitecamente atrasados, fiquei enojado, repugnado, democraticamente e humanamente triste.

Protesto também por aquilo que não aconteceu ainda nas Nações Unidas, uma intervenção no Paquistão era mais que necessária... será que não interveem ou não querem intervir porque eles tem armas nucleares... até quando temos de ver milhões de inocentes derramar sangue pelo fanatismo de alguns?

Cá pelo burgo, as coisas só são violentas em palavras, o BCP, contínua a dar que falar, e tem repercussões nos meios políticos.

O PSD perdeu todo o pudor, e aos 4 ventos, pela voz de Rui Gomes da Silva (já foi nosso professor e sabemos quão cínico ele pode ser), exigiu a nomeação de um apaniguado seu para a C.G.D.

O Governo, pela voz de Pedro Silva Pereira (que também já foi nosso professor, e sabemos quão hábil politicamente ele sabe agir), diz que não cedeu, mas nomeou um apaniguado do partido da oposiçao.

O Governo não cedeu e canta vitória, o PSD diz que o governo cedeu e vitória canta.

E eu digo, infelizmente ambos tem razão.

Eu ia escrever que "é uma vergonha nacional o que se está a passar", mas infelizmente as "vergonhas" no nosso Portugal, são o "pão nosso de cada dia" parafraseando uma frase cristã.

Que existia um interesse de nomeações para cargos não políticos, que envolve o bloco central (tem este nome devido a uma antiga coligação entre o PSD e o PS ou dito de outra maneira, os dois partidos de maior poder uniram-se numa coligação de interesses dos seus Generais desde os anos 80 do Sec XX, ou dito de outra maneira, os aparelhos dos dois partidos, aqueles que não aparecem e não dão nas vistas, controlam os lugares das E.P.E's seja quem for que esteja no governo).

Esse jogo de interesses, funciona da seguinte maneira, se o Governo é de uma cor, os cargos em determinadas E.P.E's e/ou controladas pelo Estado, são presididos por elementos afectos ao partido da cor contrária.

Existe uma segunda metodologia, complementar á primeira, que é colocar em algumas presidências o pessoal afecto ao partido do governo e no conselho de administração uns quantos do PSD e outros do PS.

O certo é que eles estão lá sempre, saem da presidência de uma empresa quando o partido que está no governo muda, para a vice-presidência de outra empresa, cujo presidente é o apaniguado do partido do governo.

É um contentamento descontente que a todos contenta, sempre aos mesmos... temos aqui a democracia portuguesa no seu melhor.

É um clube de empresários com experiência (pois está claro, só eles tem experiência, porque mais nenhum lá põe os pés), que vai rodando sempre entre os mesmos, com uma pequena agravante, de não serem eleitos, e não serem noticiados, só quando fazem algo errado, o que é raro, por isso estão la sempre.

Ganhe quem ganhar eles ganham sempre... e ganham bem... são principescamente pagos.

Saibam, que os nossos gestores, são os que mais recebem na Europa inteira, os resultados é que não aparecem... bom .. que é que isso interessa não é?

Sabem, estou farto disto, desta política do EUCALIPTO.

Eu chamo a política do Eucalipto, porque tal como a árvore, onde assenta arraiais, nada cresce e seca tudo o que está á sua volta.

Isso acontece na política, nas empresas, nos sindicatos... são sempre os mesmos...

Não admira que ideias novas não apareçam.

Não
espanta que quem tenha ideias novas seja "aniquilado" e "desacreditado" politicamente falando.

Caras e caros bloguistas militantes, como disse um ilustre da nossa praça (não me lembro do nome mas lembro-me das suas palavras):

As críticas são sempre necessárias.



Mas é sempre bom olhar para os novos patifes antes de correr com os actuais.


A democracia é um sistema pobre, a única coisa que pode ser dita a seu favor, é que é tão boa como qualquer outro método.


A sua pior falha é que os chefes reflectem os seus constituintes: um baixo nível, mas o que é que se pode esperar?



Portanto olha para eles e pensa na sua ignorância, estupidez e egoísmo ... em seguida olha para o homem que o substituiria se o governo cair.


A diferença é muito pequena, existe sempre uma diferença, está entre o mau e o pior... o que é muito diferente entre o bom e o melhor.

É o país que temos, é o país que temos.

Vai Passar - Chico Buarque

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, o lelê,
ai que vida boa, o lalá
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, o lelê,
ai que vida boa, o lalá

Ele há cargas fantásticas não há? Mas por este andar vamos carregar para outro lado.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A gripe no Natal

Caros E Caras Bloguistas Militantes

Parece que é Natal.

Antes da época natalícia, todas as pessoas, ou pelo menos a maioria, da latitude "judaico-cristã", tem um ataque que é muito parecido à gripe.

Eu explico, uma gripe, é algo que começa a ter Uma sintomatologia e depois dá-nos com força e assim como veio desaparece, grosso modo é isto.

Aquilo a que eu chamo gripe natalícia, é o que se chama em latim, "gripus amorosus fraternalis", ou seja gripe do Amor e da Fraternidade.

Tal como a gripe, os sintomas são vários e varíaveis, uns sintomas começam mais cedo, temos notícias de que começam em Agosto na época dos Saldos, outros mais tarde para aí umas 2 semanas antes do Natal.

Os sintomas traduzem-se por uma desenfreada e por vezes patética compra de presentes, que aumenta a ansiedade e o stress conforme chegamos perto do Natal, outro dos sintomas implica pensar que presentes se vão oferecer e a quem, e dependendo da pessoa assim o planeamento é mais ou menos demorado.

Temos a sintomatologia "Compris Trezentis" que geralemente é acompanhado de dois sintomas em conjunto ou separado " Non valius Mais quisto" e o " Non existus agentarus pra tantum", traduzindo,compras nas lojas do trezentos, em que não vales mais que isto e/ou não tenho dinheiro para mais.

Existem sintomatologias mais refinadas, mas isso só para quem frequenta hospitais da CUF ou médicos particulares, pois são exames próprios, que diagnosticam "ferrarite/porshite/audite aguda", ou "armani crónico" e outras associadas.

Comum a todos, é a sintomatologia acentuada, que se evidencia mais perto do Natal, que é ficarem todos os que estão no mundo judaico-cristão, mais fraternais, tolerantes, e outros a tecer loas à paz e concórdia entre os homens.

Mas tal como a gripe, se assim veio, assim se vai, e nos dias 24 e 25, dá-se o milagre da cura, e isso é conseguido com a entrega de presentes, e toda a ""gripus amorosus fraternalis", assim como veio desaparece, recomeçando o ciclo um ano mais tarde.

Pois mas tal como a gripe, não afecta todos os seres humanos, é como aquela espécie de gripe aviária que só as aves afecta, esta só afecta quem está no mundo judaico-cristão, aos outros não os afecta.

Só que somos 6 biliões de pessoas no planeta terra, e os "outros" são a maioria, já que judaico-cristãos são apenas uns meros milhões., que comemoram os feriados e as festas que erradamente julgamos ser comuns e partilhadas por todos.

Tantos milhares de anos de evolução, tantos milhares de anos de costas voltadas uns para os outros e de falta de entendimento.

Os cristãos chegam ao Natal, e temos festa, que por coincidência ou não, caiu logo no costume de comemorar o Solstício de Inverno.

O Solstício de Inverno, é a noite mais longa do ano, em que as trevas param de crescer, e onde a noite é vencida pela luz, tem aí o seu canto do cisne, pois a luz a partir daí vai recuperar o seu espaço, isto no hemisfério norte.

É a simbólica luta do bem contra o mal, da harmonia resplandecente contra a desarmonia das trevas, pois... coincidências quando o s cristãos "implementarem" a sua data do Natal.

Mas se os cristãos comemoram a sua "paz e harmonia" e a "boa vontade entre os Homens" e fazem-no a 25 de Dezembro o seu Natal com toda a sua propriedade, são assim o digamos "intolerantes".

Intolerantes, perguntais vós?

Sim, respondo eu, não intolerantes na ideia, mas intolerantes na atitude.

Os muçulmanos também comemoram o seu Ramadão, os Judeus os seu Hannukah, e outras religiões mais antigas, também tem o seu tempo de devoção e recolhimento, e a maioria com muitos mais adeptos que as religiões cristãs.

Mas muito pouco ou mesmo nada, se ouve falar delas, muito poucos são capazes de desejar as "boas festas" na altura indicada, nas festas equivalentes, a um muçulmano, a um hindu, a um judeu, a um xintoísta.

Aqui está a nossa intolerância e ignorância, milhares de anos a conviver o mesmo planeta e sabemos tão pouco uns dos outros.

Só sabemos ser bélicos, se falarmos de guerras, conflitos, fome, tristeza.. aí caros bloguistas militantes sabemos tudo e mais alguma coisa.

Tantos somos nós em quantidade, e mais avançados poderíamos estar, social, cientifica e humanamente falando, se empregássemos o dinheiro, esforço e engenho em coisas positivas para toda a humanidade.

Já poderíamos como eu o desejava, andar por aí no espaço, a explorar novas galáxias desconhecidas, descobrir novos planetas, arranjar curas para doenças que nos atormentam, resolver o problema da fome e da água.

Vemos na TV morrer pessoas de fome, sede, famílias a serem separadas pela guerra e só nos preocupamos com as "festas da nossa casa".

Mas como queremos chegar aí se nem as boas festas na altura devida conseguimos dar uns aos outros?

Tal como outros animais, preferimos andar a marcar território, e ai de quem lá pise.

No mundo judaico-cristão, onde fomos ensinados a ter esta intolerância passiva, ainda conseguimos piorar a coisa, ou seja comercializámos a data que a tolerância e os valores bons eram pelo menos uma vez no ano lembrados... só isso lembrados.

A réstia de desejo de "paz e harmonia" e a "concórdia" entre os "seus" Homens, cada ano se esvai mais... e o que interessa são as prendas...

Continuemos a olhar assim para o umbigo que vamos longe.

Boas festas em todas as línguas, nos tempos devidos, para todos os que pretendem ser realmente tolerantes... e demais seres humanos.

Sonho Impossível - Chico Buarque

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? MAS EXISTEM GUERREIROS FARTOS DA GUERRA E DA INTOLERÂNCIA.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Quantos centímetros são precisos para fazer um METRO?

Caros Bloguistas Militantes

Hoje é um dia feliz para as actividades sub-aquáticas e subterrâneas.

Finalmente, 10 ministros e 17anos depois de ter sido anunciado, ou se quiserem 10 anos depois de ter começado a ser construído, verificámos que já não se fazem mais malandros como antigamente... perdão ministros... era ministros o que eu queria dizer.

Foi hoje solenemente inaugurado o Tubo da Água, mais caro do mundo.... oh perdão, queria dizer que foram hoje solenemente inauguradas as estações de Metro de Santa Apolónia e Terreiro do Paço.... hoje as teclas do pc estão a saltar de lugar e não param quietas, e depois engano-me a escrever.

Sim, as tais estações que eram para estar prontas e secas há pelo 7 anos, e que molhadas ou melhor húmidas estão 10 anos depois do previsto.

Demorou tanto tempo a fazer que é razão para perguntar: Quantos centímetros são precisos para fazer um METRO? e uma CRIL?

A derrapagem orçamental foi só de 40%, segundo um dos malandros responsáveis, lá estão outra vez as teclas... segundo o ministro da tutela, com argumentos aceitáveis e razoáveis, e o dobro segundo as televisões, que não tiveram em conta os parâmetros do nosso malandro, eu acreditei no nosso malandro e não nas televisões... ministor daqui a pouco mudo de pc, por este só andar a dizer verdades...

O certo é que ficámos com duas estações, novinhas debaixo das águas do Rio Tejo, já tínhamos uma a do Cais do Sodré,portanto agora temos 3.

Indo ao princípio da história e analisando-a geologicamente, quando a "bronca" da estação se deu, em que meteu água, soube-se logo que isso aconteceu, porque tecnicamente os engenheiros não mandaram escavar a rocha mãe que é impermeável logo não porosa (porque se fosse porosa não existiria rio ou então o caudal era infinitamente menor, porque a água escaparia por baixo ou seja infiltrava-se).

Os senhores engenheiros mandaram escavar e colocar o túnel a meio do leito entre a rocha mãe e a base do rio, esqueceram o básico, que aquele terreno foi conquistado ao rio e é um aterro.

Porque é que isto aconteceu? Porque das duas uma, ou os engenheiros foram subservientes ao malandro... o político que meteu o bedelho na técnica, ou não sabiam o que andavam a fazer.

O certo é que o empreiteiro da obra, foi multado, se não estou em erro em 1 milhão de contos, e devido a um erro administrativo, não pagou a multa, claro que quem administrativamente errou não sofreu consequências... tal como o fisco deve ter-se desculpado com a informática.

O empreiteiro, esse foi compensado com outra obra do metro, por ordem do malandro... quero dizer do responsável da tutela (raios partam o pc não deixa passar uma), ou seja, uma empresa para a qual não existiam técnicos habilitados ou competentes, foi agraciada com outra obra do metro (se não estou em erro o troço de Odivelas), tendo sido preteridos os empreiteiros competentes, enfim é a lei das compensações portuguesas... nada que já não estejamos habituados.

Verificou-se uma nítida má planificação da obra, que é o que dá, certos engenheiros faltarem às aulas de Geologia Básica, as piadas fáceis que eu podia fazer agora nas não faço...

Recuemos um pouco no tempo e nos pressupostos da obra, quando foi idealizada a EXPO98, a CRIL e as Estações do Terreiro do Paço e Santa Apolónia, faziam parte das obras do pack EXPO98.

A CRIL faria a ligação automóvel pela superfície etre Algés e a EXPO98, e o metro a ligação subterrânea, com a possibilidade se houvesse tempo, de ir por Xabregas, Poço do Bispo e ligar à linha vermelha, isto se houvesse tempo... pois "tá-se" mesmo a ver... não está?

Quer dizer agora tem todo o tempo do mundo, planeamentos à malandro... e lá estão as teclas outra vez... à político...

A CRIL como sabemos ainda não está pronta e só o sub-lanço final foi adjudicado este ano, finalmente, as estações ficaram prontas e operacionais hoje, esperemos que a CRIL fique pronta a tempo da próxima EXPO, que ainda nos vamos candidatar.

Mas o quê? Vocês julgavam que aquelas obras eram para a EXPO98?

Nada disso, nós somos um povo visionário, de futuro, estas obras não estão atrasadas nem nunca estiveram, estão adiantas para a próxima EXPO, isto já está tudo previsto.

Este engano temporal, deveu-se à inveja dos tipos responsáveis pelo Pavilhão do Futuro, que por pura inveja lançaram boatos, pois por conceberem a ideia que íamos ter um metro sub-aquático (o primeiro do mundo) e que este tirava a concorrência ao pavilhão mais visitado da Expo, lançaram este boato que as estações já eram para estar prontas.

Os operários enervaram-se, julgando que era verdade, e querendo manter a sua reputação, tiveram aquele deslize, pois "depressa e bem não há quem", mas felizmente tudo se resolveu, e ir às estações agora ou á Disney é quase a mesma coisa, e o bilhete é mais barato e nós temos a possibilidade de sair de lá encharcados.

O túnel mete água... ok não dramatizemos.. digamos que é talvez um pouco húmido, e façamos dos problemas uma solução.

O que vocês não sabem, e isto foi escondido, bem ao estilo dos malandros... lá estão as teclas... ao estilo ministerial, para nos fazer uma surpresa, mais um anúncio mais uma corrida, mais uma viagem, é que o túnel meteu água de propósito.

De propósito?- perguntam vocês espantados e boquiabertos.

Sim de propósito. Foi a pedido da marinha e da invejosa da presidente da câmara de Almada, que foi feito secretamente uma transvia para o arsenal do Alfeite, com o intuito de ligar subterrâneamente a cidade de Almada à Capital.

Ah, pois é! Ou vocês julgavam que o Estado gastava assim dinheiro, logo o dobro, por dá cá aquela palha, inultimente? Em Portugal?

Não,claro que não. Nunca na vida!

Porque é que julgam, que o Paulo Portas, comprou os submarinos novos? Porque é que julgam que o Paulo Portas mandou digitalizar aqueles documentos todos?

Os documentos digitalizados, são as plantas de emergência que são para distribuir pelos bombeiros e que eles queixavam-se que não tinham (pois claro o Portas ainda não os tinha digitalizado), o Portas queria ser o herói e dizer tenho-os aqui uma cópia para cada um (pronto este mistério está explicado).

Quanto aos submarinos, Caros Bloguistas Militantes., quanto aos submarinos, com a ânsia que este Estado tem de poupar uns tostões...

Fizeram o seguinte, em tempo de paz, os submarinos, fazem de transportes públicos, e são a transvia submarina da linha Alfeite - Terreiro do Paço, e em tempos de necessidade regressam à sua função.

Bom, mas pelo sim pelo não, e no intuito de ser o troço mais seguro do mundo, o metro tomou algumas precauções, e contratou hospedeiras (também estava previsto a criação de emprego), para darem indicações na "transfega" dos passageiros.

E lá estão as moças, fazendo os gestos de segurança demonstrativos, em que nos indicam:

Em caso de inundação, isso quer dizer que é um desdobramento para a transvia do Alfeite, como podem ver esta carruagem tem 6 saídas, num dos lados acoplará um submarino para fazer a transfega, devem vestir por questões de segurança o colete salva-vidas, quando se der a inundação (e não despressurização, como nos aviões) cairão os respiradores, que colocarão na vossa cara.

Os senhores passageiros que não tenham tirado bilhete para a transvia do Alfeite ou só possuam o passe social L, em cada 4 bancos, existem barbatanas e uma jangada salva-vidas, para se poderem apear.

Resta-nos pois a Baixa Pombalina, que sofreu e vai sofrer com esta estação de metro, pois ela faz tampão entre as ruas e o rio, e assim as águas subterrâneas da baixa não vão conseguir escoar nem ser alimentadas pelo rio.

Ora como a Baixa, está sustentada por estacas de pinho, que precisam de estar permanentemente húmidas para não secarem e apodrecer, vamos aguardar a ver o que isto dá.

O certo é que a Baixa já está e vai continuar a afundar, como já está a acontecer com alguns edifícios, como é o caso do edifício do BCP.

Não, não me estou a referir ao caso do afundamento da Direcção, aencarregaram-se o Sr. Jardim Gonçalves e o Sr. JO ... masestou-me a referir ao prédio onde a Sede do BCP está instalada, que se tem vindo a afundar, qual torre de piza.

São danos colaterais subterrâneos dos progresso.

Mas o que é isso comparado com o primeiro metro sub-aquático do mundo?

Vai ser seguro andar de metro, ah pois vai.

Olaré

Homenagem Ao Malandro - Chico Buarque

Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem, que conheço de outros
carnavais.
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,
que aquela tal malandragem não existe mais.
Agora já não é normal, o que dá de malandro
regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial,
malandro candidato a malandro federal,
malandro com retrato na coluna social;
malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal.
Mas o malandro para valer, não espalha,
aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal.
Dizem as más línguas que ele até trabalha,
Mora lá longe chacoalha, no trem da central

Ele há cargas fantásticas, não há? Mas quando formos para a brigada, não vamos de metro.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Democracia What else

Olá Caros Bloguistas Militantes

Estamos na época do Natal, para os cristãos obviamente, porque para os outros todos ( que só por acaso são a maioria) é um tempo igual a outros.

Mas é uma época de paz, concórdia e harmonia para a maioria de todos nós.

É também uma época de pânico, para galinhas, perús, patos e outros animais de capoeira, assim como para cabritos e bacalhaus.

Cuidado com as imitações...

Muito devem estes bichos gostar de vegetarianos, principalmente nesta época, devem mesmo vê-los como protectores da sua continuidade da espécie.

Por falar em continuação da espécie...

Fiquei democraticamnte bastante preocupado e ainda estou... e perguntam vocês: qual a causa de ficarmos preocupados em Democracia?

Nós ficamos preocupados em Democracia, quando vemos que esta é diminuída, diluída, administrativamente e politicamente bloqueada e fica a um ténue passo de passar a ser musculada... temos seriamente de ter cuidado com as imitações!

De que é que vos falo?

Pois bem, falo-vos do seguinte: Certamente que vós não ligasteis (gostei desta do não ligasteis... soa-me a realeza) ou não deram importância (assim já soa mais a plebe), ao facto de ter entrado em vigor uma lei, que rezava assim: Os partidos com menos de 5000 (cinco mil) militantes serão considerados extintos.

Entre eles contam-se o recém criado PND, o histórico PCTP/MRPP e o monárquico PPM, não sou de nenhum deles.

São partidos minoritárias, mas representam a voz de alguém, e democraticamente devem ser ouvidos, porque estar em minoria não significa ser burro.

Assistimos a uma espécie de ASAE para o sistema político, que interveio sem dó nem piedade, cega e brutalmente sobre os partidos pequenos, que é como quem diz sobre os partidos das minorias.

Se eu sou contra a ditadura das minorias, também sou contra a extinção administrativa das minorias.

Extinguir os partidos com menos de 5000 militantes, é um absurdo, imaginem que a União Europeia seguia o mesmo caminho, e que standarizava as eleições nos 27, impondo por exemplo um número mínimo de 100.000 militantes para os partidos concorrerem.

Iríamos ficar só com partidos trans-europeus, onde os países pequenos iriam contar pouco.

É uma medida muito ao estilo de Mao com o PC chinês ou Estaline com o PC soviético, ou as práticas do Dr. Salazar ou do Generalíssimo Franco ou mesmo de Hitler, entre este estilo de partido único e o que aprovámos a linha cada vez é mais ténue.

Ora a unicidade nunca me agradou, a génese da coisa vai ao encontro da standarização na política, logo ao pensamento único e da linha do partido, condiciona fortemente a opinião divergente, fica confinada a opinião aos chamados grandes partidos e aos seus apaniguados.

Todas a gente assim, fica livre democraticamente de concordar com aquilo que eu digo.

Agrava isto e é triste, as ofertas que nos são disponíbilizadas, são as dos grandes partidos, que estão amorfos e viciados e que não ouvem os militantes que são a sua base, só interessa a opinião e os interesses dos "barões", digo isto só para ser simpático...

Temos partidos grandes que não funcionam, tem as secções/núcleos/comités que não funcionam, que se limitam a enviar os parabéns quando fazemos anos, que não têm sede física ou as que têm estão degradadas.

Não reúnem, não debatem ideias, quando o fazem é só para transmitir o pensamento do topo para orientar as bases, fazem convocatórias com as primeiras linhas do partido , e aparecem 10 ou 12 militantes.

Os mais novos que vão para os secretariados das secções/núcleos/comités, desiludem-se depressa, de tão enfadonho e inoperante que essas reuniões são, nunca chegam a lado nenhum... só alguns chegam.

A todos deve ser garantida a liberdade de se expressar sem constrangimentos, desde que a democracia seja salvaguardada e contra a mesma não atentem.

Depois o mais grave disto, é que foi uma Lei a ditar esta medida.

Ora, uma lei é feita pela Assembleia da República, logo não foi o governo mas sim todos os partidos políticos que lá tem assento a legislar sobre o assunto.

Nada como ter as equipas a viciar as regras do jogo, em proveito próprio... lá está cuidado com as imitações.

É como ter o S.L. Benfica, o Sporting C.P. e o F.C. Porto, a decidirem unilateralmente (ainda mais e á descarada) que não jogavam mais com os clubes pequenos e que quem tinha direito a pertencer à liga de futebol eram só eles os três.

A lei é tão perversa e tão bem urdida, que para se fazer um partido político novo é quase impossível, tamanhas exigências são as da lei.

A livre associação dos cidadãos, ditada pela constituição (C.R.P) fica assim amputada por uma lei que é de valor mais baixo que a própria C.R.P.

A C.R.P. permite mas a lei torna-o impossível, tal é o número de cidadãos e outros actos administrativos exigidos para se fazer um novo partido, tendo em conta a dificuldade que existe em nos querer associar, é um problema levantado ao quadrado.

Preocupados com os independentes e as associações de cidadãos que actualemente concorrem às autarquias...

Onde estes andam a conquistar os lugares e por consequência tiram-nos aos partidos.

Resolveram os partidos da A.R., só nos permitirem mais do mesmo, ou seja a eles próprios... mais uma vez... cuidado com as imitações.

Acresce, que o PSD e o PS, vão chegar a um acordo sobre as formas de eleição para as autarquias.

Não vai ser a proposta de um, nem a proposta de outro, mas o acordo entre os dois.

Portanto vamos ter o possível, só que o possível nesta área é um desastre completo, algo híbrido que abre possibilidades interessantes, mas fecha as portas legislativamente a elas acontecerem, devido às maiorias pedidas.

Não falo sobre a proposta do PCP, que é uma autêntica calamidade, as do Bloco e do CDS desconheço-as, portanto não me pronuncio.

Para mim, a proposta mais equilibrada, é o que se pratica noutros países, e assume um método já provado e eficaz, eram existirem autarquias com estilo parlamentar.

Aqui só tinhamos para as autarquias duas espécies de eleição, uma para a Assembleia Municipal, outra para a Assembleia de Freguesia.

Depois o método era igual, os presidentes, tanto da Camâra como da Junta, assim como os executivos, sairiam, respectivamnte das respectivas Assembleias.

Assim o órgão executivo municipal como da freguesia, saíriam dos deputaods eleitos para as assembleias.

Obviamente o reforço dos poderes efectivos das Assembleias, principalmente o fiscalizador e o de moções de censura, assim como outros, torna-se necessário.

Pois é nas Assembleias, que o povo depositou a soberania através do seu voto, só assim sim teríamos um poder local democrático.

Pois é Bloguistas Militantes, caminhamos no fio da navalha entre a democracia e o totalitarismo das elites da economia, e temo já não haver betadine e desinfectante e pensos que cheguem para todos quando a navalha cortar.... cuidado com as imitações.

Faz lembrar o anúncio da "Nespresso, what else" e o equívoco gerado, o mesmo acontece com a democracia, e apetece dizer.

Democracia, What Else? e cuidado com as imitações...

Cuidado com as Imitações - Letra e música: Sérgio Godinho

Estimado ouvinte, já que agora estou consigo
Peço apenas dois minutos de atenção
É pra contar a história de um amigo
Casimiro Baltazar da Conceição

O Casimiro, talvez você não conheça
a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa
mas lá no burgo, por incrível que pareça
era, mais famoso que no Vaticano o Papa

O Casimiro era assim como um vidente
tinha um olho mesmo no meio da testa
isto pra lá dos outros dois é evidente
por isso façamos que ia dormir a sesta

Ficava de olho aberto
via as coisas de perto
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava male como é natural
tentava sempre não se deixar enganar

(e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Lá na aldeia havia um homem que mandava
toda a gente, um por um, por-se na bicha
e votar nele e se votassem lá lhes dava
um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha

E prometeu que construía um hospital
Uma escola e prédios de habitação
e uma capela maior que uma catedral
pelo menos a julgar pela descrição

Mas...
O Casimiro que era fino do ouvido
tinha as orelhas equipadas com radar
ouvia o tipo muito sério e comedido
mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar

E...
punha o ouvido atento
via as coisas por dentro
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava male como é natural
tentava sempre não se deixar enganar

(e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Ora o tal tipo que morava lá na aldeia
estava doido, já se vê, com o Casimiro
de cada vez que sorria à plateia
lá se lhe viam os dentes de vampiro

De forma que pra comprar o Casimiro
em vez do insulto, do boicote, da ameaça
disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça

Mas...
O Casimiro que era tudo menos burro
tinha um nariz que parecia um elefante
sentiu logo que aquilo cheirava a esturro
ser honesto não é só ser bem falante

A moral deste conto
vou resumi-la e pronto
cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro pra ter
sempre cuidado pra não se deixar levar.

Ele há cargas fantásticas, não há? Mas temos sempre de estar atentos aos inimigos, e aos amigos que o dizem que são... mas não o são...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Má sorte ter sido puta

Olá caros bloguistas militantes

A sida é um flagelo deste civilizado século...

Uma pandemia, para a qual, teimosamente ainda não encontrámos a cura.

Urge combate-la e as armas são desproporcionais, combater o desejo e manter a cabeça fria em certos momentos, só se consegue teoricamente.

E combater dogmas pré-feitos, e ensinamentos pseudo-religiosos, que caíram depois da revolução sexual dos anos 60, mas que alguns irresponsavelmente teimam em persistir, e perssistindo contribuem para a morte.

A falta de conhecimento dos pais deste país, a falta de capacidade da sociedade, para, nas escolas darem uma educação sexual, preventiva, elucidativa, torna-se desesperante assistir a isto.

E a sida alastra.

Acresce a tudo isto os negócios de aluguer, ou dizendo de outra maneira, a mais antiga profissão do mundo, algo transversal na nossa sociedade.

A prostituição quer feminina, quer masculina, seja ela hetero ou homosexual , é uma realidade à qual fechamos os olhos.

Não basta dizer que somos uma sociedade de direitos, também temos deveres, e o dever de pugnar para que alguns direitos sejam efectivados,

Não podemos em certos e determinados aspectos não os encaramos e assobiamos para o ar, á espera que eles desapareçam.

A prostituição existe e o respectivo e acessório de chulice que se abastece desse negócio de aluguer também.

Se o primeiro é difícil acabar com ele, quanto ao segundo medidas podemos tomar para que se acabe ou se restrinja fortemente a sua prática.

Temos assistido que o negócio da noite, seja ele legal ou ilegal, tem dado problemas, e vai continuar a dar, isto se insistirmos a não cuidar dele, ou tratando-o como filho de um deus menor.

A noite do Porto, está controlada por mafias, assim como outras noites, mas não se sabe.

E isto só acontece porque assobiamos para o ar, porque deixamos os autarcas dar licenciamentos a esses estabelecimentos para ficarem abertos até horas impróprias, porque não se querem chatear, se eles e outros políticos autorizassem com regras e se a sua conduta não fosse omissa, já existiria legislação na área eficaz...

O facto de termos estabelecimentos autorizados a ficarem abertos até ás 4, 6 ou 8 horas da manhã, ou mesmo sem fechar (ás vezes abertos ilegalmente diga-se), é causador de perturbações, principalmente para o outro comércio que ás 6 da manhã abre para dar pequenos-almoços ao povo trabalhador, e que "leva" com os bêbados da noite a fazer distúrbios e a espantar a clientela.

O laxismo na emissão de licenças, assim como a falta de fiscalização, é gritante e urge por cobro.

Abrir até tão tarde, além de prejudicarem a produtividade nacional, pois "Quem tarde sai, cedo não trabalha" ou não rende nos estudos, para além disso são factores propiciadores de actividades menos lícitas.

Acresce aqui a responsabilidade das famílias, esta está fortemente posta em causa, quando se veêm "putos" de 16, 14 ou 12 anos (como eu já vi) a frequentarem bares de shots e discotecas, e saírem de lá bêbados como nós nunca estivemos, e os pais irem-nos buscar de carro, sem se preocuparem, temos logicamente de responsabilizar as famílias.

Algo está mal na sua base.

Voltando aos negócios de aluguer... a Holanda, a Alemanha, e outros países, resolveram bem e há muito tempo a questão.

Regulamentaram a prostituição, policiam-na e fiscalizam-na.

Os trabalhadores e as trabalhadoras do sexo, sentem-se seguros, estão colectados nas finanças e o seu negócio é legalizado, e eles não são tratados com marginais.

Sendo legalizado, regulamentado, não obscuro, acabaram assim, esses países, com a dependência de quem é trabalhador/a do sexo da protecção de chulos e outros parasitas mafiosos.

Quem a essa profissão liberal se dedica, contribui para o desenvolvimento do país.

Isto não é nenhum ovo de Colombo, veja-se o exemplo do que aconteceu nos EUA com os gangsters, quando a lei seca deixou de vigorar, eles diminuíram bastante ou acabaram mesmo as suas actividades.

Se a actividade fosse legal, existiriam atestados sanitários para essa gente trabalhadora, também seriam vigiados não só medicamente, mas policialmente, para garantir a sua segurança e erradicar as chulices e os chulos, é o que acontece nos países acima descritos que acabaram com esta actividade parasita ou então são diminutos os casos existentes.

Tem de existir regra e infraestruturas, quem quisesse estar dentro da legalidade, cumprindo as regras estabelecidas dentro das infraestruturas que cumprem as regras higio-sanitárias, teria a protecção policial e da sociedade, quem não quisesse seria alvo de perseguição e reprimida a sua actividade, pois está a contribuir para o desiquílibrio da saúde pública.

Basta seguirmos as regras que no estrangeiro se praticam, não precisamos de inventar nada, lá já deram os seus frutos.

Saibam, caros bloguistas militantes, que há muito tempo, fui a um encontro sindical na Dinamarca, de sindicatos do sector terciário (Serviços, onde se englobam, seguros, bancos, escritórios, etc...).


Fui a esse encontro, através de um sindicato de escritórios e serviços, e lá também estavam representantes sindicais dinamarqueses, particularmente de um sindicato da indústria pornográfica, sentados ao lado dos trabalhadores dos escritórios e outras profissões mais vestidas...

Eles tinham direitos e e lutavam por eles, sem constrangimentos de qualquer parte, claro que para a maior parte dos portugueses que lá estavam, papalvos, isso foi motivo de chacota e de arrozoados pensamentos.

Engraçado foi como descobriram os portugueses isso, um da delegação disse-nos, conheço aquela cara não sei de onde, acho que é do cinema, tenho quase a certeza que é dos filmes pornográficos.

E nós incrédulos dissemos, não , não pode ser, estás a sonhar.

Alguém ( que não eu) discretamente, resolveu perguntar à organização qual o sindicato daqueles 4 individuos...

E realmente eram colegas de trabalho da ciciolina... foi um resto de semana engraçado...

Quando ainda tinha idade para fazer parte de uma Juventude Partidária, apresentei, genericamente, esta proposta, de legalização da prostituição, foi na Figueira da Foz, e fi-lo antes do fenómeno da sida começar a ser conhecido e divulgado e a fazer vítimas como faz agora.

Fi-lo e continuo a insistir, que a dignidade das pessoas que fazem do sexo profissão, precisam dela.

Rejeitaram então os apaniguados dessa Juventude Partidária, jocosamente da minha proposta, perdi por escassa margem.

Vi , recentemente, o secretário geral dessa organização, retomar aflito essa proposta, que antes tinham rejeitado, já passaram alguns anos, espero que não seja tarde demais.

Os abusos, as chulices e outras acções abjectas, tem de acabar, assim como a hipocrisia societária que nos une no assobio para o ar.

Ficamos todos mal no retrato, se andamos a jogar para o submundo nocturno, quem no sexo trabalha, só porque determinada igreja se lembrou de decretar (contra usos e costumes antigos, quem quiser vá ver a história das sacerdotisas) ou de influenciar directa ou indirectamente esta sociedade a dizer que não a essa profissão.

Insistir é enterrar a cabeça na areia, e as consequências violentas na saúde pública vão-se agravando.

É de facto razão para se dizer : MÁ SORTE TER SIDO PUTA.

O Lado Errado da Noite
Santa Apolónia arrotava magotes de gente
Do seu pobre ventre inchado, sujo e decadente
Quando Amélia desceu da carruagem dura e pegajosa
Com o coração danificado e a cabeça em polvorosa
Na mala o frasco de "Bien-Être" mal vedado
E o caderno dos desabafos todo ensopado
Amélia apresentava todos os sintomas de quem se dirige
Ao lado errado da noite

Para trás ficaram uma mãe chorosa e o pai embriagado
O pequeno poço dos desejos todo envenenado
A nódoa de bagaço naquela farda republicana
Que a queria levar para a cama todos os fins de semana
E o distinto patrão daquela maldita fundição
A quem era muito mais difícil dizer não
Amélia transportava todas as visões de quem se dirige
Ao lado errado da noite

Amélia encontrou Toni numa velha leitaria
Entre as bolas de Berlim com creme e o Sol que arrefecia
Ele falou-lhe de um presente bom e de um futuro emocionante
E escondeu-lhe tudo o que pudesse parecer decepcionante
Mais tarde, no quarto da pensão, chamou-lhe sua mulher
Seria ele a orientar o negócio de aluguer
Toni tinha todas as qualidades para ser um rei
No lado errado da noite

Jonas está agarrado ao seu saxofone
A namorada deu-lhe com os pés pelo telefone
E ele encontrou inspiração numa notícia de jornal
Acerca de uma mulher que foi levada a tribunal
Por ter assassinado uma criança recém nascida
O juíz era um homem que prezava muito a vida
E a pena foi agravada por tudo se ter passado
No lado errado da noite

Ele há cargas fantásticas, não há? E ainda existem causas pelas quais temos de carregar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Passe lá fáxavor

Olá Caros Bloguistas Militantes

Aqui para nós que todos nos ouvem, tenho a impressão que os Guarda-Freios estão a fazer de propósito e andar mais devagar, principalmente na carreira 15 que tem os eléctricos rápidos...

Ah se eu vos contasse como a Carris adquiriu os eléctricos rápidos... talvez um dia quando estiver mal disposto...

Pois é meus caros, o Natal está por aí á porta.

Como é que sabemos?

Além dos óbvios anúncios para os putos, os aumentos vêem aí , logo o Natal está à porta.

Vai aumentar um pouco de tudo, e o culpado está achado...

Não, não é o Sócrates... é o Petróleo e esta crise mundial que desde 1970 parece que nunca deixou de o ser...

Somos como a formiga no carreiro... seguimos sempre em frente.... apesar das crises, de vez em quando vem um carreiro novo.

Mas focalizemos a nossa atenção num aumento só.

Vão aumentar os transportes, e não é de tamanho aviso já.

Bom, eu não estou contra o aumento, sei que o aumento é provisório...

E como diria o Solnado, é provisório porque eles ainda vão aumentar mais.

Mas o que me chateia, é esta posição de Leão, esta posição dominante, em que as companhias de transportes, aumentam assim os transportes, chateia-me mesmo, porque em democracia isto não deveria acontecer assim unilateralmente.

É que se ainda fossemos bm servidos ( e o argumento de que antigamente era pior para mim não colhe).

Se isto fosse um país que estivesse na 3ª geração automóvel, diria que a maioria de nós era utilizador de transportes públicos, assim como só estamos na 2ª geração automóvel, direi que uma parte de nós, é utilizador de transportes públicos.

Mas se somos utilizadores de transportes públicos, de um serviço público, esteja ele ou não privatizado, temos direitos e deveres.

Os deveres estamos mesmo todos a ver qual é, utilizar e pagar.

Quanto aos direitos... bom quanto aos direitos, temos direito a eles, e por isso é nosso dever exigi-los.

É que se exigirmos os nossos direitos, talvez andemos na senda dos países civilizados, e acabar com o apelo ao consumo, ao apelo à compra, à influência negativa que governo e indústria automóvel nos anda a impingir para comprarmos carros.

E os nossos direitos, aqueles que devemos pugnar e exigir, são entre outros:

Exigir transportes a tempo e horas e com fluência para que não andemos a cheirar a "sovacada" alheia... já que não podemos exigir que o pessoal tome banho.

Transportes a horas para que não andemos a desesperar, nunca sabendo a que horas e quanto tempo temos de esperar pelo próximo autocarro, apesar daqueles novos painéis que andaram a colocar por aí, e que um minuto leva 10 a passar.

Os paineleiros, devem ter-se esquecido de qualquer coisa, pois o minuto deles é diferente do nosso... bem mais comprido... não sei quem contrata os paineleiros na Carris... mas deve haver um interesse qualquer... pois....

Por essa razão, marcar encontros e reuniões a determinadas horas, e depois apanhar um transporte público, é a mesma coisa que tentar misturar azeite com água, nem eles se misturam nem nós chegamos a horas.

Temos direitos, e devemos exigir, transportes, mais regulares, mais frequentes, sem falhas, sem encurtamentos, coordenados uns com os outros e sem estarem reservados ...

Mas o mais importante disto tudo, e para que isto tudo se concretize, é imperioso que a Autoridade Metropolitana de Transportes, entre em funcionamento quanto antes.

As autoridades Metropolitanas de transportes, são entidades, que supervisionam, coordenam, agilizam, fiscalizam, nas diferentes áreas metropolitanas (entre outras Lisboa e Porto), os transportes públicos que nessas regiões operam.

Essa entidade que já foi aprovada, há muito tempo, faz anos, e que todos os políticos, que a maior parte dos cidadãos que disso tem conhecimento clamam por urgente, teima em não sair do papel.

Será porque as companhias privadas dos transportes não lhes agrada? Pois teriam de ir a locais que talvez não fossem tão rentáveis, e eram fiscalizados? Será?

Medida também importante, é nós exigirmos, que os passes "L" em Lisboa e o seu correspondente no Porto, sirva para toda a área metropolitana, que esse passe acompanhe assim o fluxo migratório casa-trabalho e trabalho-casa ( uma espécie de antigo bilhete operário), e não se cinja meramente a ser válido num concelho.

As deslocações já não se fazem na maior parte dentro e um só concelho, a péssima política habitacional que temos vindo a assistir nas últimas 4 décadas, têm-nos chutado a todos para a periferia, e os passes não acompanham isso.

Soube de um caso, que em 1993, ao tempo, pagava 12 contos para ir do Seixal á Costa da Caparica de transportes, e tinha de apanhar 4 transportes diferentes.

O caso dos passes da CP no Porto, é paradigmático, onde comprar dois passes fica mais barato do que comprar só um, e poupam-se uns valentes euros.

A área metropolitana de Lisboa, para que fiquem a saber, são só para dizer alguns, os concelhos de Loures, Cascais, Lisboa, Montijo, Seixal e mais...

Exigir só um passe para toda a área metropolitana, exigir a entrada em funções plenas e fiscalizadoras no mais curto espaço possível (menos de 6 meses) das Autoridades Metropolitanas de Transportes.

Comecemos assim, e se aumentarem os passes segundo a inflação actual, eu suporto.

Mudem de rumo ... Mai nada.

A formiga no carreiro - Letra e música: Zeca Afonso

A formiga no carreiro
vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
ao pé de um septuagenário

Lerpou trepou às tábuas (bis)
que flutuavam nas águas (bis)
e do cimo de uma delas
virou-se para o formigueiro

mudem de rumo (bis)
já lá vem outro carreiro

A formiga no carreiro
vinha em sentido diferente
caiu à rua
no meio de toda a gente

buliu abriu as gâmbeas
para trepar às varandas
e do cimo de uma delas...
virou-se para o formigueiro

mudem de rumo (bis)
já lá vem outro carreiro

A formiga no carreiro
andava à roda da vida
caiu em cima
de uma espinhela caída

furou furou à brava
numa cova que ali estava
e do cimo de uma delas...
virou-se para o formigueiro

mudem de rumo (bis)
já lá vem outro carreiro

Ele há cargas fantásticas, não há? Mas se formos de transportes públicos os cavalos cansam-se menos.

sábado, 8 de dezembro de 2007

ESPALHEM A NOTÍCIA

Olá caros Bloguistas Militantes

O nosso Portugal é lindo, quer no inverno, no Verão, na Primavera, no Outono.

É lindo.

Temos mulheres bonitas, bons pratos, boas iguarias, o clima vai sendo razoável.

Depois há o reverso da medalha, ganhamos mal, e temos os senhores da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa).

Existem coisas que só nos fazem cabelos brancos... enfim.

Notícia 1- Então não é que esses senhores, depois de criticarem os sindicatos pelas greves, e apelarem á produtividade e sobretudo à estabilidade, resolvem ameaçar tudo e todos?

Sim, tudo e todos, dizendo que o acordo de salário mínimo mitigado (ainda por cima), que assinou com os sindicatos e com o governo, agora não o quer cumprir.... como já nos pagam muito bem... acima da média europeia... podem dar-se a estes luxos.

Nem 3 semanas passaram, não houve nenhum acontecimento superveniente...

Ou terá havido?

Será que os patrões estão chateados porque lhes desmentiram, o estudo do Aeroporto em Alcochete?

Se calhar....

Bom mas para despistar, agora querem carregar mais sobre os trabalhadores, somos sempre nós que pagamos o patau.

Querem flexibilidade no despedimento, a retirada do montante ilimitado para as indemnizações em despedimento, e não querem pagar as taxas fiscais nas horas extra.

E como se diz em bom Português "E o cuzinho lavado em água de malvas? não querem?".

Os empresários a não cumprirem um acordo, já estamos habituados, agora assim á cão, é que não.

E se fossem aprender a serem bons empresários? Não seria bom?

É que boas tropas, sem bom comandante não vão a lado nenhum, más tropas com mau comandante, pior ainda.

Que o "tio" Vanzeller, já mostrava uma sintomatologia parecida com "paranóia", aquando daquela cena dos patos bravos, nós já tínhamos dado por isso, todos... o homem não acerta uma, e já não tem pés com tantos tiros que dá neles... parece que os seus apaniguados é que não ... ou então a maioria sofre toda do mesmo mal.

O pior, é que, é a esta gente que tem o dinheiro e a quem está entregue a decisão... esperemos para ver... ou não.

Notícia 2 - Chegámos a acordo com a Espanha.

Não, não foi para entregarmos isto aos espanhóis, se bem que me parece que não falta muito, ao ritmo que eles estão a comprar os terrenos do Alentejo, qualquer dia deixam de ser "nuestros hermanos" para serem "nuestros papás ou mamãs".

Chegámos à acordo para a telecontagem.

Não, se pensaram que a telecontagem é a contagem de televisores dos 2 países, estão enganados.

A telecontagem, é a contagem de electricidade, assim a modos que, ficamos com um aparelho dentro de casa, e os senhores da electricidade não vão lá mais, pois os dados são transmitidos pelo éter para a empresa.

Enfim, é um big brother dos electrões.

Mas se os espanhóis, ou melhor as empresas espanholas suportam toda esta mudança de tecnologia, já os portugueses...

Bem, nós os portugueses... digamos que... bom enfim... o que disse...

Ok, estão sentados?

A entidade reguladora do sector eléctrico, fez as contas e diz-nos que a electricidade ficará 3% mais cara quando este sistema for implementado.

As empresas de electricidade, em Portugal, ao contrário dos nossos vizinhos espanhóis, não querem suportar o custo da mudança de tecnologia que eles nos vão impor, unilateralmente, sem pedirmos nada, e que lhes vai poupar milhões.

A electricidade fica mais cara 3%, e não é só, temos de suportar o custo dos aparelhos, que vão fazer a leitura dos consumos da nossa casa.

A entidade reguladora, afirmou ainda que só se baixarmos 2% do consumo, é que esta nova tecnologia de electricidade, ou melhor os novos aparelhos, nos compensarão.

Bom, só, me apetece dizer, é o país que temos, meus caros, é o país que temos.

Noticia 3- O prédio do número 16 da Rua Aquiles Monteverde, em Lisboa, era e ainda é (não por muito tempo), o prédio mais estreito de Lisboa.

A largura que este tem para a rua, é pouco mais de 4 passos ou se quiserem de outra maneira 1 comprimento dos braços abertos e mais 4 palmos ( não tinha metro para medir ok?) .

O prédio tem 4 pisos desde o chão ao telhado, e todo ele muito degradado está.

Nunca lá entrei dentro, mas vi que aquela entrada é a parte final de uma forma geométrica do prédio em trapézio.

É, portanto, uma construção sui generis , quase digna do Portugal dos Pequeninos, isto no meio de Lisboa.

É um prédio quase estilo casinha de bonecas,em qualquer parte da Europa civilizada, seria uma atracção turística.

Ah! Mas aquele prédio tão particular, logo foi nascer em Lisboa, má sorte ter sido prédio aqui.

É que aqui, nem a autarquia, nem os patos bravos ( que estão desertos para o demolir), nem o património querem saber dele.

Se calhar, imaginar um prédio que tem menos de metro e meio de largura para a rua, e que viveram lá pessoas, não tem interesse... é certo que o Benfica não jogou lá, nem morou lá nenhum treinador famoso, nem foram lá abusadas as crianças de uma instituição qualquer.

Mas somos assim, andamos a apregoar que isto tem de ser um país turístico, mas as atracções, essas são ignoradas e destruídas.... hoje é um prédio que os patos bravos substituem por centros comerciais pouco imaginativos e estereotipados, amanhã o que será?

ESPALHEM A NOTÍCIA - Letra e música: Sérgio Godinho

Espalhem a notícia
do mistério da delícia
desse ventre
Espalhem a notícia do que é quente
e se parece
com o que é firme e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago
se pudesse
Divulguem o encanto
o ventre de que canto
que hoje toco
a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado
esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo
saciado
Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem
pressenti-o
O ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou
Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros
num murmúrio
e o sol, como é costume, foi um augúrio
de bonança
sãos e salvos, felizmente
e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente
uma criança
Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente
da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra
basta, é só
adivinhar o que há mais
os segredos dos locais
que no fundo são iguais
em todos nós
Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo do mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

Ele há cargas fantásticas, não há?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Quadras soltas

Olá Caros Bloguistas Militantes

Hoje temos Quadras soltas.

Quadra 1- Em Setúbal o cheiro do gás ainda não se dissipou, os danos colaterais e os efeitos secundários da explosão ainda se fazem sentir.

Na, explosão de Setúbal, o outro lado da notícia, desta vez foi dado mas não foi aprofundado, o que é natural, pois não se trata de futebol...

Vejamos com atenção, deu-se a explosão, a isso já fiz referência em post anterior, mas o que deveria ter acontecido...? !!

O que deveria ter acontecido, era que a Câmara Municipal de Setúbal (CMS), através da sua Protecção Civil (PC), deveria ter precavido qualquer catástrofe.

Não, não estou a dizer que deveria ter uma bola de cristal, e saber antecipadamente que a explosão iria acontecer.

O que eu quero dizer, é que responsabilidade da PC/CMS, é directamente atribuída por lei ao presidente, neste caso à sua presidente, e esta não tomou medidas prévias adequadas para fazer face a qualquer catástrofe.

Mas é natural, somos latinos, só sabemos lamentar, e apelar ao divino que nada aconteça, mas o pior é que os apelos não atenuam os agravos que devido às vicissitudes da vida vão acontecendo.

Soubemos que a maioria dos comerciantes não tinham seguro, o que pós catástrofe, gera sempre uma onda de pessimismo quanto ao futuro.

Parece que não aprendemos nada com o mutualismo dos SEC XVII e seguintes.

Os comerciantes não quiseram gastar dinheiro em seguros, e se calhar, ainda vão pedir ao governo, que é o mesmo que nos pedir a nós todos, que os ajudemos, por uns não querem pagar pouco, vamos nós todos pagar muito.

Tal como a lenda da cigarra da formiga, não se souberam precaver, a sociedade vai ajudá-los, é a nossa obrigação, mas o aviso ficou feito... será que alguém ligou?

Mais grave, esta explosão em Setúbal, desalojou umas dezenas ou 2 centenas de pessoas, que foram, segundo ouvimos nas notícias, abrigadas na Pousada da Juventude de Setúbal.

Ora a pousada da juventude, é da responsabilidade do governo, o que aconteceu foi uma catástrofe municipal, e a sua dimensão, obrigaria a PC/CMS a reagir em conformidade, não foi causa para mobilizar forças nacionais ou sequer distritais.

Mas não foi o que se viu.

Verificou-se, que a CMS não tinha nem tem, locais para realojar pessoas em caso de emergência, como era o seu dever tanto legal como obrigacional, na primeira linha de emergência, pois são as câmaras que aqui tem de actuar.

Ou seja, o Município comunista de Setúbal, foi e é irresponsável, inconsequente e não respeita os seus cidadãos, permitindo-se dar falhas graves na segurança de pessoas e bens.

Pois é, aquilo não era um subsídio encapotado para a festa do avante, por isso não interessa.

O município, desresponsabilizou-se na vigilância das instalações de gás, e como se viu uma falha afectou a comunidade inteira, e para ajudar à festa não tinha uma PC preparada para acolher as emergências na rectaguarda ou se quiserem "pós catástrofe".

E sobre isto hoje mais não digo, quem quiser que vá mais fundo.

Quadra 2- A posição dominante do Estado, pressupõe uma falha grave na democracia.

Eu passo a explicar, a democracia em qualquer país, é a soma de todas as nossas soberanias indivíduais, que se encontram mitigadas, ou seja cada um dos 10 milhões de Portugueses, tem dada a si uma parte da soberania nacional.

Essa soberania, foi transferida para o Estado, unilateralmente, e tanto é assim, que quando nascemos já a transferimos automaticamente.

Assim o Estado, fica com a faca e o queijo na mão.

Mas é assim que os Estados funcionam, não só o nosso mas todos os Estados democráticos.

Só que uns, estão mais maduros que outros, e não utilizam a repressão nem a força Estatal para com os seus concidadãos, onde sabem para onde vão os impostos.

Uns, como o nosso, vão pela repressão e pela força administrativa, outros optaram pela assertividade e transparência, onde os cidadãos não são desconfiados (ou são menos) para com o Estado, estes últimos tem mais sucesso e diminutas fugas ao fisco.

Sim, porque todos os contribuintes tem desconfianças.

Só que em alguns Estados esta desconfiança é biunívoca, estamos bem um para o outro, nós desconfiamos do Estado, mas o Estado também desconfia de nós... é amor à primeira vista... topam... pois.

Só que o Estado tem a força pelo seu lado.

E essa força depois traduz-se em coisas como esta: O fisco manda penhorar erradamente alguém, fazendo-o pagar o que ele não lhe deve, ou seja a máquina fiscal enganou-se.

A penhora é feita erradamente, o contribuinte demonstra que o fisco enganou-se, e o que o fisco faz?

Assume logo o erro? ... não claro que não, ele tem o poder e a força, e nunca se engana... onde eu já ouvi isto ? !!! ... bom adiante...

É que nem assume, e por consequência disso, não é célere a corrigir o erro.

O que faz o cidadão contribuinte lesado? Recorre aos tribunais tributários.

O Estado que fez com que estes Contribuintes ficassem pobres, que lhe fizeram a penhora dos bens e das contas bancárias, não têm dinheiro para demandar o Estado (por culpa do próprio Estado), e esperam eternamente, até que os seus bens lhe sejam devolvidos.

Os que têm dinheiro, também esperam bastante, aqui o fisco quase os trata por igual.

Os erros fiscais, são mais que muitos, e demandar o Estado pode demorar até 10 anos.

10 anos, até ver a sua situação resolvida. 10 anos, sem os seus bens injustamente subtraídos, e que são legitimamente seus, por um fisco distraído e errático, que os privou de tal.

Para agravar, os tribunais tributários, são 4 a 5 vezes, mais caros que os cíveis, o que na teia de desresponsabilização e de querer manter a posição dominante, "destimulam" assim o pobre do contribuinte a reclamar, contra o próprio Estado, lesando-o assim 2 vezes.

São sádicos não são?

Saibam também, que um advogado especialista em matéria tributária, é muito mais caro que os outros advogados, ajuda à festa, mas aqui não podemos culpar os advogados, pois é uma matéria delicada e intrincada, que exige bastante estudo, mas os advogados e o seu custo, não são para aqui chamados.

Num estado de direito isto é grave. É grave isto acontecer, é grave a justiça contra o Estado ser tão cara.

Mas eu tenho a solução.

E se todos os que se encontram nesta situação, demandassem simultâneamente o Estado num único processo?

E se de seguida, recorressem aos tribunais da U.E., e tem mais que motivos para o fazer.

Um deles é exigir a celeridade nos processos, outro é exigir o assumir e a correcção dos erros por parte do fisco.

E se todos exigíssemos, a responsabilização do funcionário público do fisco que deu origem ao erro, e que nunca é responsabilizado, pois todos se esculpam com os erros informáticos, como se não fosse preciso alguém introduzir lá dados e os computadores autonomamente gerassem maquiavélicamente erros.

Era o bom e o bonito.

Ah pois era.

E cuidado, qualquer um de nós pode ser o próximo.

Quatro quadras soltas - Letra e música: Sérgio Godinho

Eu vi quatro quadras soltas
À solta lá numa herdade
amarrei-as com uma corda
e carreguei-as p' cidade

Cheguei com elas a um largo
e logo ao largo se puseram
foram ter com a família
e com os amigos que ainda o eram

Viram fados, viram viras
viram canções de revolta
e encontraram bons amigos
em mais que uma quadra solta

Uma viu um livro chamado
"Este livro que vos deixo"
e reviu velhas amizades
eram quadras do Aleixo

O i o ai, há já menos quem se encolha
o i o ai, muita gente fala e canta
o i o ai, já se vai soltando a rolha
que nos tapava a garganta

Ora bem tinha marcado
encontro com as quadras soltas
pois sim, fiquei pendurado
como um tolo ali às voltas

Chegou uma e disse: Andei
a cumprimentar parentes
e eu aqui a enxotar moscas
vocês são mesmo indecentes

Respondeu-me: ó patrãozinho
desculpe lá esta seca
estive a beber um copinho
com uma quadra do Zeca

O i o ai, disse-me um dia um careca
o i o ai, quando uma cobra tem sede
o i o ai, corta-lhe logo a cabeça
encosta-a bem à parede

Das restantes quadras soltas
não tinha sequer noticia
dirigi-me a uma esquadra
e descrevi-as a um policia

Respondeu-me: com efeito
nós temos aqui retida
uma quadra sem papeis
que encontramos na má vida

Diz que é uma quadra oral
sem identificação
que uma quadra popular
não precisa de cartão

Se diz que pertence ao povo
o povo que venha cá
que eu quero ver a licença
o registo e o alvará

O i o, Quando se embebeda o pobre
o i o ai, dizem olha o borrachão
o i o ai, quando se emborracha o rico
acham graça ao figurão

Fui com a quadra popular
À procura da restante
quando o policia de longe
disse: venha aqui um instante

Temos aqui uma outra
não sei se você conhece
desrespeita a autoridade
e diz o que lhe apetece

Tem uma rima forçada
e palavras estrangeiras
e semeia a confusão
entre as outras prisioneiras

Se for sua leve-a já
que é pior que erva daninha
olhe bem pra ela é sua?
Olhei bem pra ela: é minha

O i o ai, nós queremos é justiça
o i o ai, e dinheiro para o bife
o i o ai e não esta coboiada
em que é tudo do sherife

Ele há cargas fantásticas, não há? Mas se um dia se enganam e aplicam um imposto aos cavalos ... lá se vão as cargas.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Como é difícil acordar calado

Olá Caros Bloguistas Militantes

Hoje 3 de Dezembro, é o dia da Pessoa com deficiência.

algum tempo, que estava para escrever este post, que apesar de ter a data de 2 de Dezembro foi acabado de escrever dia 3.

Como é difícil acordar calado, quando se vêem trapalhadas, não dos políticos mas dos técnicos, que não ligam nenhum ao público que deveriam servir.

O que eu vos vou transmitir, já não é novo.

De facto já o fiz e coloquei a quem de direito na "altura".

Mas sabem não ser da mesma "cor" faz com que a sociedade fique com menos valias.

Sabem, não sou xenófobo nem racista, nem nada dessas coisas, nem quero, nem poderia ser.

Mas, a discriminação, é algo que me faz um pouco de confusão.

Uma pessoa, ou várias, podem ter boas ideias, mas se não pertencerem à "cor", as ideias ou são rejeitadas ou nem sequer são ouvidas, ou pior são ouvidas, seguidamente dão-nos um rotundo não, e depois mais tarde quando ninguém se lembra de nada aproveitam as ideias como sendo suas.

É o que se está a passar por exemplo numa das freguesias de Lisboa, onde eu fui autarca, mais não digo.

O facto de não ser da cor, "branco", "negro", "amarelo", "cinzento" ou "vermelho"... estenda-se aqui á cor partidária, á convicção religiosa, e a tudo que vós podeis imaginar, é um factor discriminatório e redutor.

Se, se parte do princípio, que determinada pessoa ou grupo de pessoas,só por não serem da "cor", são acéfalas ou nos querem mal.. é algo que deve ser inato ao ser humano... e que nos prejudica a todos...

Pois, é de discriminações que eu hoje vou tentar falar.

Anteontem, Sábado, ia eu ás compras ao mercado da minha freguesia, quando vi, com dificuldades, uma cidadã de cadeiras de rodas eléctrica, a tentar locomover-se nas ruas da minha freguesia, pra ir ao mercado.

A dificuldade e as manobras que ela teve de fazer, tanto para encontrar um caminho mínimamente direito, como para passar entre os carros selvatica e desordenadamente arrumados.

Fiquei piúrso.

A sério, fiquei mesmo piúrso.

Só me apeteceu dizer , com Mil Milhões de Macacos, que cambada de flibusteiros.

E sabem porque é que fiquei piurso?

Porque há cerca de 4 anos atrás, apresentei uma proposta de reformulação de passeios, que visava particularmente os cidadãos com dificuldades de locomoção.

Situemo-nos, as estradas e os passeios das maioria das nossas cidades são uma"merda" ( pronto já disse , não quis estar para aqui a ser arrevesado).

São: 1- mal feitos, mal concebidos, mal planeados,mal arranjados;
2- curtos,
3- cheios de buracos, cheios de falhas e irregularidades nas juntas;
4- inseguros;
5- escorregadios;

E para além disso propiciam inúmeros acidentes.

Quanto ao ponto 1, são mal feitos porque já não existem "mestres" calceteiros em número suficiente, para passarem o saber da arte dos passeios, logo estes não ficam bem feitos, o que implica, que o arranjo dos mesmos sofra do mesmo mal, e isto tudo leva a que a sua concepção e planeamento também saia prejudicada.

Quem concebe e planeia os passeios, não tem em conta o peão na cidade, pois faz os passeios demasiado curtos para quem nele se tem de locomover, isso sustenta o ponto 2, com a agravante que quem se locomove mal, sai grandemente prejudicado, ficando mesmo impedido de transitar.

Quanto ao descrito no ponto 3, todos os dias quem anda por aquele tipo de passeios, sofre na pele e nos pés.

Os buracos, não arranjados, provocam-nos entorses, e ás vezes membros ou costelas partidas, o mesmo se passa com as falhas e com as irregularidades das juntas, sendo que estas duas últimas são um tormento para as senhoras que usam salto.

Mas não só, para as pessoas com dificuldade de locomoção, são um martírio, bem grande, sabem o que é andar com um automóvel numa estrada com buracos, não sabem?

Agora imaginem, a dificuldade que não deve ser, alguém com uma cadeira de rodas, que é puxada a braços e não tem um motor auxiliar com a potência de qualquer automóvel, é que atleta para-olímpicos há poucos...

Para além de que os buracos ficam dias, ás vezes anos por reparar.

E por último os pontos 4 e 5, são inseguros e escorregadios, são inseguros, porque as irregularidades provocadas por uma não total horizontalidade, ou seja aos altos e baixos, causam desiquilibrios, mau andar, etc... já para não falar dos obstáculos que as juntas e as câmaras colocam a desproposito, como é o caso dos pilaretes, sinais de trânsito... ( nunca compreendi porque é que os sinais de trânsito não podem estar na parede dos edifícios, em vez de estar a ocupar locais na rua e a dificultar-nos a locomoção).

Escorregadios, porque quando molhados (o que não é necessariamente no inverno), não deixam as solas aderir bem ao passeio, provocando bastantes quedas, algumas com gravidade.

A maioria de nós, não está alertado para estes factos, nem sequer liga muito, é capaz de se indignar quando vê uma situação dessas, mas só quando sofre na pele é que quer que se tomem medidas.

Por mim, quanto a isso estou á vontade, porque, tanto insisti, antes, durante e depois.

Eu explico, já senti na pele, a dificuldade em nos locomovermos nestes passeios, da apelidada generalisticamente, mas mal, de calçada à portuguesa.

Impõe-se aqui um esclarecimento, a apelidada calçada à portuguesa, é composta por pequenos blocos de calcário brancos, ornamentados por pequenos blocos de calcário negro, que vão formando desenhos, quando expostos uniformemente nos nossos passeios.

Encontramos isso em diversas cidades e locais de Portugal, como é o caso do Rossio em Lisboa, e também no estrangeiro, como é o caso de algumas ruas do Rio de Janeiro.

Calçada Portuguesa, não é sinónimo de blocos de calcário branco, todos juntos no chão a formar um passeio.

Isso não é calçada portuguesa, isso é um passeio de blocos de calcário branco.

A calçada portuguesa, necessidade manutenção frequente, de mão de obra altamente especializada, que são os calceteiros, orientados por mestres calceteiros, profissão que está em extinção, e que actualmente existem pouquíssimos mestres que saibam bem da arte.

A arte de fazer desenhos e colocar blocos de calcário, todos certinhos, uniformes, e por incrível que seja, a última pedra, é a pedra de toque, a pedra que sustenta todo o passeio, não é par qualquer pato marreco com aspirações a ser pato bravo... leia-se subempreiteiro.

A solução é simples a meu ver, e eu em Lisboa, já apresentei a solução, mas como não era da cor...

Os espanhóis e não só, tem blocos de cimento branco, que são estilo peças de "LEGO", e veem em quadrados já pré-feitos, todos os problemas que referi em cima ficam ultrapassados, perfeito para ser entregue a patos marrecos com aspirações a patos bravos.

Existem outros exemplos, também em cores claras, em outras cidades europeias.

Mais, um dos argumentos para Lisboa é que o passeio tem de ser em calcário porque é típico e dá uma luminosidade à cidade.

Quanto ao típico, é claramente um mito urbano, que só serve aos senhores das grandes pedreiras que vendem o calcário, pois tipico é só a calçada à Portuguesa, essa sim deve ser mantida, nos locais onde existe, que são na sua maioria os locais turísticos.

Quanto ao branco, os blocos de cimento branco penso que tem a mesma capacidade de refracção da luz que o calcário, mas são seguramente mais seguros, e para quem tem dificuldade de locomoção mais prático para andar.

E eu prescindo de um pouco menos de luminosidade em benefício da segurança e da locomoção de quem tem mais dificuldade.

Mais um, beneficio, quando tem de ser arranjados, não precisam de mestres calceteiros, pois é só retiram um bloco com blocos, e colocar outros, ficam assim os mestres calceteiros que ainda existem a saber da arte, só a tratar da calçada á portuguesa que existe na parte histórica.

Vêem, como a solução é fácil, vêem como é difícil acordar calado, é por isso que eu me dano.

Cálice - Chico Buarque e Gilberto Gil

(refrão)
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

(refrão)

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

(refrão)

De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

(refrão)

Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguem me esqueça

Ele há cargas fantásticas, não há? Mas com buracos no caminho, os cavalos vão caindo e nós não ganhamos a batalha.