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Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quinta-feira, 30 de abril de 2009

WHEN THE SAINTS GO MARCHING IN

Gostei da forma como este BLOGUE "Instante fatal" aborda os temas, acerca do que hoje vamos colocar no post. O que o autor deste blogue escreveu em Dezembro de 2008, vale a pena ler. E vale a pena ler no seu todo o post e os comentários. Vejam em http://instantefatal.blogspot.com/search?q=TORRES+COUTO
Caros Bloguistas Militantes
Começo por citar um comentário que li no blogue acima referido: "Eu a pensar que era só o Salazar que não largava o poder."Fim de citação.
Sempre me disseram o seguinte: "Quando queremos defender os nossos argumentos, devemos utilizar somente os melhores, quando não possuímos argumentos devemos utilizá-los todos."
Quando falamos com sindicalistas a máxima que atrás referi parece ser utilizada, pois os argumentos que estes utilizam são tão velhos e gastos, sem imaginação, sem inovação que encaixam que nem uma luva na segunda parte da frase acima descrita.
E quando falo de sindicalistas, falo tanto dos sindicalistas vermelhos (CGTP-in), como dos amarelos (UGT), como dos independentes.
Começa logo por aqui...
Existem sindicatos que se intitulam independentes... Ora se existem sindicatos independentes, quer dizer que existem sindicatos dependentes.
Aqui está o primeiro contra-senso, todos os Sindicatos deveriam ser independentes do poder político e dos partidos, mas não é isso que acontece.
É público e notório que existe dependencia:

  • Os vermelhos estão dependentes e são o "braço armado" do PCP, onde defendem a política "de quanto pior melhor" (quanto pior estivero povo, quanto mais incomodado estiver, melhor estão eles no sindicato. Por isso criam sempre um clima de agitação social e nunca querem consensos).
  • A UGT, os amarelos (que procuram mais consensos, e assim ganham mais individualmente) que servem os interesses do PS e do PSD, embora, acrescento eu, as divisões naqueles dois partidos são tantas que a influenciam destes dois partidos naquela central sindical é menor que a do PCP sobre a CGTP-in.
Ambos, desde que ouviram falar na SUPER-COLA 3 (que até cola cientistas ao tecto... e sindicalistas à cadeira do poder , esta digo eu), os sindicalistas usaram-na mais eficientemente que os políticos, e vemos que há anos estão agarrados ao poder.
A política do Eucalipto (denominada assim, porque esta árvore quando cresce seca tudo o que está á volta, não deixando evoluir mais nenhuma espécie) é praticada pelos sindicalistas com convicção.
Lembram-se quantos lideres teve a UGT e a CGTP-in desde o 25 de Abril?
Ambos tiveram 3, se estiver errado é para menos e não para mais.
Os sindicatos possuem aparelhos internos mais eficientes que os partidos, e alguns dos sindicatos inclusive controlam parte dos aparelhos partidários...
Ora apesar de nos quererem iludir dizendo que o facto de terem tão pouca "rodagem" dos dirigentes isso significa estabilidade directiva, pelo contrário, digo eu, é da mais pura acção Anti-Democrática o que os sindicatos praticam.
Se pesquisarem o que acontece nas Centrais Sindicais em anos consecutivos, vemos a eleição dos mesmos dirigentes.
Este facto também acontece nos sindicatos onde a renovação também raramente é feita, registando algumas poucas excepções, que geralmente acontecem quando as "comadres" se zangam.
Como corolário disto tudo temos a Entrevista de João Proença, Secretário-Geral da UGT, ao Semanário Económico, à jornalista Cristina Oliveira Silva em 14/03/09. Este sindicalista faz transparecer o agarrar à cadeira do poder e a entrevista contém mais do mesmo.
Começa logo pelo título que no mínimo é para rir: “Tenho tentado que outros dêem a cara pela UGT”- afirma João Proença (mas as mesmas palavras poderiam ser colocadas na boca de Carvalho da Silva da CGTPou de outro qualquer dirigente de topo de um sindicato).
Se todos nós não soubéssemos que o Semanário Económico é um semanário sério, jurávamos que a entrevista ao líder da UGT era uma tentativa do mesmo para entrar no Stand Up Comedy...
A entrevista continua com o seguinte título: "João Proença avança para um último mandato (com gosto)".
Acrescenta, o artigo, as palavras de João Proença, quando fala em renovação da central sindical dizendo "Mas gostaria que a renovação atingisse também o Secretário-geral".
Mas dizemos nós.
Não é ele o líder da coisa?
Não cabe a ele a principal tarefa de renovar e preservar a organização que lidera?
Como diz o povo, "Palavras leva-as o vento".
E palavras tem eles de sobra, agora intenções e vontade... isso já é outra coisa.
A entrevista continua a João Proença, dizendo "No Congresso será votada a limitação de mandatos. Sem essa opção corria-se o risco de a UGT nunca ter outro líder".
Só para rir, é que é mesmo só para rir, sendo este o último mandato de João Proença antes de atingir a idade da reforma...
Vejam bem , a reforma da instituição só acontecerá depois da Aposentação do Secretário-Geral, ou seja, depois da sua saída da Central Sindical...
João Proença por outras palavras transmite-nos o seguinte "Quem vier atrás que feche a porta". Mas a entrevista continua, com o líder da UGT a dizer á jornalista, quando esta lhe diz que não tem havido renovação "Não. (diz João Proença) Houve uma grande renovação no último mandato, de oito membros no total de 10. A renovação existe, mas era minha vontade que tivesse continuidade este ano com um novo Secretário-geral. Recebi muitas solicitações e atendendo ao tempo de crise que vivemos, para os trabalhadores e para o movimento sindical, achei que me devia recandidatar." [mais à frente a Jornalista diz que apurou que será o último mandato].
O que João Proença não diz é que a renovação, a que ele diz que foi feita, foi tão somente a troca de sindicatos (leia-se presidentes de sindicatos) na direcção da central sindical.
A renovação realmente foi feita mas por novas caras, mas não por caras novas, isto porque se colocam jovens estragamo "arranjinho2 ao pessoal e ainda tem de ir trabalhar... e isso é algo que já não fazem há muitos anos.
Resumindo, só mudaram os sindicatos, pois os presidentes que há anos estão à frente destes são os mesmos, portanto nada mudou.
Os sindicalistas usam e abusam deste princípio " É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma".
Até por que, os sindicatos que foram renovados, só mudaram da Direcção para o Conselho Ggeral e os outros mudaram do Conselho Geral para a Direcção, foi uma troca de lugares entre os mesmos parceiros.
Mas não quero deixar aqui o ónus só com a UGT, longe de mim tal ideia... com a CGTP a coisa é muito pior, aí nem seuqer existe mudança.
Complementar a esta entrevista de João Proença, existe uma outra a 16 Março à Agência Lusa do Presidente da UGT: "O Presidente da UGT, João Dias da Silva, vai deixar o cargo no próximo congresso da central sindical porque quer dedicar mais tempo ao Sindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN) e à Federação Nacional da Educação (FNE). "
Como disse no início, quando não se tem argumento, utiliza-se todos.
Esta entrevista comprova o que eu atrás disse.
Eles saem de um lado para o outro, não há renovação, não dão sequer hipótese aos novos ou aos menos novos, não dão hipótese a ninguém que não seja do grupo.
Nestas entrevistas, o que interessa na sua leitura, não é o que disseram, mas sim aquilo que não disseram, nem nunca dizem.
O sindicalismo em Portugal entrou na ENTROPIA, é um pântano estagnado.
E é pena, porque quem sofre com isto tudo somos nós, todos os cidadãos trabalhadores Portugueses.
Nós não temos cidadãos trabalhadores como nós a defender os nossos direitos, com imaginação e força.
Os sindicalistas que temos já há anos que não se sentam ou laboram no escritório ou fábrica, são sindicalistas de fato e gravata.
O que temos a nos defender são Sindicatos, que não passam de corporações equilosadas e cheias de conveniências próprias ao serviço de interesses alheios, que alegam estar a defender-nos perante os empregadores.
Não estamos bem entregues, precisamos de lhes dar um abanão, precisamos mesmo de quem nos defenda verdadeiramente.
Porque com estes senhores da UGT e da CGTP, teremos sempre mais do mesmo, ou seja nada ou quase nada.



WHEN THE SAINTS
COME MARCHING IN
We are trav'ling in the footsteps
Of those who've gone before
And we'll all be reunited,
On a new and sunlit shore,

Oh, when the saints go marching in,
Oh, when the saints go marching in
Lord how I want to be in that number
When the saints go marching in

And when the sun begins to shine
And when the sun begins to shine
Lord, how I want to be in that number
When the sun begins to shine

Oh, when the saints go marching in,
Oh, when the saints go marching in
Lord how I want to be in that number
When the saints go marching in

Oh, when the trumpet sounds its call
Oh, when the trumpet sounds its call
Lord, how I want to be in that number
When the trumpet sounds its call

Oh, when the saints go marching in,
Oh, when the saints go marching in
Lord how I want to be in that number
When the saints go marching in

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA JÁ SE CANDIDATOU A CARGOS PÚBLICOS E JÁ OS EXERCEU, MAS COMO ACREDITA NA DEMOCRACIA E A PRATICA, FICOU NOS CARGOS DOIS MANDATOS E DEPOIS DEU OPORTUNIDADE A OUTROS DE MOSTRAREM O QUE VALEM.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Obrigado a FERNANDO SALGUEIRO MAIA

CAROS BLOGUISTAS MILITANTES
Tenho para mim, há muitos anos uma dúvida e há muitos anos que continuo com ela.
E não pensem que é uma dúvida qualquer, não, não é. Muito longe disso.
A dúvida que eu tenho é esta: Onde e de que lado estaria eu se tivesse 18 anos no 25 de Abril de 1974?
Colocando a questão noutro plano: Onde estaria se não tivesse havido 25 de Abril e como consequência disso a Guerra de África não tivesse acabado?
Estaria eu a caminho de África?
Tinha-me "Pirado " para o estrangeiro?
Faria parte do regime?
Estaria na mocidade Portuguesa ou então na Legião?
E se estivesse numa dessas organizções "Voluntárias", seria enviado para África para combate?
Caros Bloguistas Militantes
Tenho essa dúvida, e podem crer, que é uma dúvida que me incomoda.
Se tudo acontecesse nos dias de hoje, saberia perfeitamente onde não estaria.
Mas hoje a escolha seria fácil. Vivo em Liberdade e já li alguns livros e presenciei conferências, estudei algumas coisas, mais, e mais importante, conversei com cidadãos que viveram sob o jugo da ditadura Ultra-Conservadora que grassou cá pelo burgo.
Por essas razões a informação que possuo é mais completa e ajudar-me-ia a pensar e agir sobre este assunto.
Todos sabemos que o mundo de hoje é muito diferente daquele que este acontecimento rompeu em boa hora, não sei se o mundo que temos foi para melhor.
Portugal também já não é o que era, já evoluímos muito e se calhar também já regredimos.
Mas Caros Bloguistas Militantes, o facto é que a dúvida permanece, e não julguem que não me pesa... pesa... e mais que isso amargura-me.
Embora tudo indique que os valores que a minha família me transmitiu, dificilmente eu faria parte do regime vigente, mas o facto é que... não sei onde estaria.
Sublinho esta amargura, será que era mais um para guerra de África?
Para aquela guerra estúpida e sem sentido...
Será que faria parte dos que defendia a pátria do "Orgulhosamente sós?".
Tremo e vem-me as lágrimas aos olhos só de pensar nisso.
Pensar que seria obrigado a matar outros seres humanos, só a ideia assusta e repugna-me.
E VÓS, CAROS BLOGUISTAS MILITANTES
Já reflectiram sobre as gerações de Portugueses que perdemos?
Os filhos, os pais, os tios, os irmãos, que todos perdemos, numa guerra que nunca por nunca e por nada deste mundo deveríamos ter travado.
Uma guerra que os Americanos e os países da Nato não deveriam ter fechado os olhos, só por causa do frágil balanço da guerra fria.
Mas a esta distância temporal é tão fácil falar, e fazer juízos sobre a omissão dos outros países, ou sobre as experiências laboratoriais de guerra que nós e outros povos fomos sujeitos por causa do equilíbrio mundial.
O certo, é que, esses países, ao deixarem agonizar o nosso regime, esse preço foi pago em sangue, dos nosso jovens que para lá enviámos.
Ouvi, alguns versos desta canção, a alguns ex-combatentes, pessoas que fui conhecendo durante a vida, mas sem nunca a ter ouvido por completo, quando no YOUTUBE, fui á procura dela esta música e depois li o poema, como devem calcular fiquei incomodado:

"Quem nunca viu,
nem nunca andou a combater
não dá valor, nem sabe o que é sofrer
ter de matar, para não morrer
Saber sofrer sem chorar,
saber chorar sorrindo.
Lá longe
Onde o Sol castiga mais,
não há suspiros nem ais,
Há coragem e dor
e à noite com os olhos postos nos Céus,
rogamos ao nosso Deus que nos dê, a Salvação.
E quando alguém do nosso grupo cai,
ainda piora, ainda sofremos mais.
Faz-nos sentir, faz-nos pensar:
talvez da próxima vez,
seja eu quem vá tombar".

Penso não me enganar, quando digo que os da minha geração e das gerações posteriores, já não pensam nessa Guerra, já vai longe, está tudo em Paz.
Mas, quando passo em frente ao Forte do Bom Sucesso, junto à Torre de Belém, onde se encontra o memorial, da por nós apelidada de "Guerra Colonial" (por outros Guerra da independência, como em tudo depende da prerspectiva)... e vejo várias dezenas de metros de parede cheias de nomes, de soldados, de todos os ramos das Forças Armadas, de todas as famílias, de todos os portugueses, que tombaram na guerra de África, sinto-me triste e profundamente desiludido com a humanidade, em particular connosco Portugueses.
Triste, porque aqueles nomes não são meros nomes, não são uns quaisquer, são pessoas que tombaram por uma Guerra estúpida.
Triste, porque são nomes, e que os nossos então governantes, com o querer travar aquela guerra, cercearam de contribuir activamente para o desenvolvimento em todas as vertentes da nossa sociedade.
Penso sempre que por ali passo o seguinte: Como pode um povo mandar assim enterrar as suas jovens esperanças numa guerra, pela loucura de alguns e o lucro de outros?
Triste, por saber que a guerra não tem só um lado, e do outro lado, da parte do "então" inimigo, também "ajudámos" a erguer um muro com vários metros cheio de nomes que também tombaram.
E o ódio? O ódio que fica, o ódio que para muitos nunca passou.
Porque a dor da perda de um ente querido é dura.
Mas maior será a dor de perda de um ente querido, lá longe numa guerra que não tem sentido (uma guerra mandada travar, por aquele que agora alguns querem entronizar, não compreendo as esponjas que alguns querem passar pela história com o fito do lucro), como devem imaginar e alguns sentir, não é algo que se esqueça, não é algo que alguém consiga perdoar nunca.
Mas, como todos sabemos, nestes tempos negros, uma esperança nasceu, uma esperança de que os filhos da nação, poderiam ser parados de ser enviados para a Guerra.
Alguém tinha a coragem de dizer basta, e mais que o dizer esteve o agir, o fazer.
E eis que chega uma madrugada que acaba com isso tudo.
E nessa madrugada, naquela hora em que ninguém desconfia, a rádio passa o "Alerta" para os revolucionários.
O alerta que o Pronúnciamento Militar que andavam a congeminar estava pronto para ser levado a cabo.
Os Militares preparavam-se para acabar o que tinham começado, ou seja, iam acabar com o Governo Ultra-Conservador que tinham ajudado a colocar no poder, com a revolução de 28 de Maio de 1926, após o golpe militar que pôs fim à Primeira República.
A rádio toca então a SENHA 1 às 23 horas do dia 24 de Abril

A rádio tinha colocado a revolução em marcha, trazendo-nos o que hoje apelidamos de 25 DE ABRIL, este trouxe-nos novamente a Liberdade.
Para os pais e mães do nosso país, trouxe muito mais que a Liberdade, foi portadora de um grande alívio.
O alívio de saber que os seus filhos mais não iam para uma guerra estúpida e sem sentido, como o são todas as guerras. ,
E novamente a rádio, depois do alerta, dá o "tiro de partida", para a Liberdade, tocando a SENHA 2 ás 00 horas do dia 25 de Abril de 1974.

Não sei se alguma vez a minha geração alguma vez agradeceu, a quem fez o Pronunciamento Militar, mais tarde transformado em Revolução.
Não sei se esse agradecimento alguma vez teve lugar.
Eu, como não sou ingrato, quero deixar aqui o meu Obrigado, sentido e sincero, a todos os que tiveram a ideia, a todos os que participaram, a todos os que ajudaram a mudar.


Porque a partir daquele dia, eu sei-o hoje, não fui para a Guerra.
Eu deixei de estar na lista dos potenciais convocados para ir para a Guerra, nem eu nem todos os que nasceram a partir de 1956.
E isso, simplesmente isso, só isso, é motivo de regozijo, como também o é poder viver em Liberdade.
Muita coisa se passou durante e depois do 25 de Abril, tivémos avanços e recuos.
Mas o facto de não ter ido para a guerra, esse sim, permanece... já a Liberdade...
Quero particularizar o meu agradecimento a um Homem.
É a esse Homem em especial que eu agradeço, ao Sr. Capitão Salgueiro Maia, agradeço por tudo e mais alguma coisa.
Ele, que muitas vezes é a minha inspiração quando relembro as palavras que lhe são atribuídas, ao ter dito aos militares em Parada do Regimento de Cavalaria de Santarém:

"Todos nós sabemos que existem diversos tipos de estados: Os Estados Liberais, os Estados Social-Democratas, os Estados Socialistas, etc... mas nenhum deles é pior do que o Estado a que isto chegou. Eis porque é preciso acabar com ele"

É altura de deixar o passado para trás e olhar para o futuro mas sete palavras com sentimento eu queria deixar:
Obrigado! Muito Obrigado Sr. Capitão Salgueiro Maia.

25 DE ABRIL sempre.
Viva a Liberdade. Viva PORTUGAL
Siga por este site o desenrolar dos acontecimentos:
http://www.vidaslusofonas.pt/salgueiro_maia.htm - já sabe é só clicar em cima.


Madrugada - José Luís Tinoco
Dos que morreram sem saber porquê
Dos que teimaram em silêncio e frio
Da força nascida do medo
Da raiva à solta manhã cedo
Fazem-se as margens do meu rio.

Das cicatrizes do meu chão antigo
E da memória do meu sangue em fogo
Da escuridão a abrir em cor
De braço dado e a arma flor
Fazem-se as margens do meu povo

Canta-se a gente que a si mesma se descobre
E acordem luzes arraias
Canta-se a terra que a si mesma se devolve
Que o canto assim nunca é demais

Em cada veia o sangue espera a vez
Em cada fala se persegue o dia
E assim se aprendem as marés
Assim se cresce e ganha pé
Rompe a canção que não havia

Acordem luzes nos umbrais que a tarde cega
Acordem vozes, arraiais
Cantam despertos na manhã que a noite entrega
Que o canto assim nunca é demais

Cantem marés por essas praias de sargaços
Acordem vozes, arraiais
Corram descalços rente ao cais, abram abraços
Que o canto assim nunca é demais
O canto assim nunca é demais
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA NÃO ESQUECE OS BONS COMANDANTES, RELEMBRA-OS FREQUENTEMENTE E HOMENAGEIA-OS COM A DEVIDA HONRA E SENTIMENTO.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Portugal é nosso [parte 4 de 4] - Entrada a pés Juntos

Mais uma vez destaco este blogue,porque gosto de lá ir muitas vezes visita-lo http://bandeiraaovento.blogspot.com/ - já sabem basta clicar em cima.


CAROS BLOGUISTAS MILITANTES
Nota Prévia- Com este quarto post termino os post com o título Portugal é nosso, dedicado à justiça

Kaliméra ou seja Bom Dia em Grego.
Até aqui falei de lei, de advogados e de justiça, não podia passar sem citar Jean Jacques Rousseau.
A Teoria da Lei de Jean Jacques Rousseau diz-nos que "a lei é concebida como instrumento de conservação do corpo político, que é em si um ente racional, um modelo normativo. A lei é a fórmula das relações no Estado Civil, no qual todos os direitos são fixados pela lei, o seu carácter de fórmula resulta da generalidade, dado que a Vontade Geral não pode ter um objecto particular e deve ter estabilidade. Para ser geral deve ser abstracta, não se referir a nenhum caso concreto. A generalidade e abstracção são características formais da lei, não dizem respeito ao seu conteúdo; uma lei, sendo geral e abstracta, pode estabelecer quais serão os privilégios, distribuir os cidadãos em classes, instituir um governo monárquico, etc." Escrito por Sandra Rodrigues no seu blogue
Retomando esta crónica que se aproxima do final, tenho dito que as "Ordens" tem os seus apaniguados na A.R., não é preciso ir muito longe, todos conhecemos diversos casos de escândalo nacional, que, como em todos os casos de escândalo nacional, nunca deram nem nunca vão dar em nada, enquanto este "STATUS QUO" se mantiver.
Lembram-se do caso da vírgula na lei, ou daquela lei que nos anos 80 do Sec.XX, que apesar de geral e abstracta, como todas as leis o devem ser, foi tão bem feita, que só se destinava abstractamente... a 3 indivíduos do nosso país e esteve em vigor só uma semana.
Como estas existem muitas outras leis que foram feitas à medida, bem encapotadas, que não foram nem geral nem abstractas, mas sim concretas e particulares.
As Ordens andam sob falsas aparências, e vivem das mordomias e falsas honrarias de DR'S ENG'S ARQT'S...empunham estandartes não recomendáveis e a lutam por causas próprias, deixam passar as oportunidades estruturais e conjunturais.
Num tempo que a incentiva e o empreendorísmo, são a palavra de ordem, as nossas "Ordens", estão equilosadas e estagnadas tendo ficado paradas nas práticas do Sec XIX.

Vejamos um exemplo, recente, em que 3 ou 4 advogados se lembraram de abrir as "Lojas Jurídicas" em centros comerciais ou em lojas de porta para a rua, numa visão arrojada e empreendedora para o que estávamos habituados cá no burgo.
É um conceito interessantíssimo, que vai á procura dos clientes onde eles estão, nos centros comerciais e não só.
Vai daí que se lembraram, e bem, de abrir essas lojas nos centros comerciais e de rua, onde quem passa pode ver que ali existem Advogados e são espaços selectos e de bom gosto.
Mas a O.A. já está reunida, após denúncias de colegas, invejosos, pois como ainda estão no Século XIX, acham que tal prática de abrir lojas é ilegal, alegam que a profissão de Advogado não é um comércio...
Sim, alegam que a profissão de Advogado não é um comércio... (já começaram a rir? eu já).
É por causa desta (do comércio) e de outras afirmações que a O.A. não quer que os Advogados tenham tabelas de preços, é por causa desta e de outras que uns cobram 500 euros à hora e outros só 30 euros, mas comercial não é... pois... (ainda não pararam de rir? eu também não.)
É por esta e por outras, que devido ao desconhecimento dos clientes, um advogado, num caso de 8.000 euros, tem o descaramento de cobrar 7.000 euros, que vai pornograficamente contra os estatutos da O.A. que refere que no máximo poderá cobrar até 10%... claro que existe sempre o pedido de Laudos à Ordem, para denunciar a questão e ser reposta a justiça, mas quantos de NÓS O POVO é que sabemos disso?
E ir contra um Advogado é sempre algo temível, pois é um homem poderoso e conhecimentos, é sempre preciso ter cautelas e não são muitos os que se atrevem.
Não concordo que existam advogados a mais, quanto a mim existem advogados a menos.
Temos (e mais uma vez aqui a mão dos advogados das grandes empresas na legislação), além de existir uma grande e evidente promiscuidade com a política, além de existir um afastamento da justiça em relação a NÓS O POVO, como sempre, quem se lixa é o mexilhão.
Os sucessivos governos em conjunto com as grandes empresas de Advocacia, ao retirarem da alçada dos tribunais:
as pequenas contendas;
  • as pequenas dívidas;
  • alguns pequenos crimes;
  • Alteraram a lei do apoio judiciário;
  • conjuntamente com a medida de aplicar taxas exorbitantes nos processos de modo a dissuadir o cidadão a recorrer à justiça (pois tudo o que é pequeno não compensa ás grandes firmas de advogados),
  • Os sucessivos Governos prejudicaram NÓS O POVO e os advogados que ainda nos queriam defender.
    Sim porque na profissão de Advogado ainda há quem lute por todas as causas, sejam elas pequenas ou grandes.
    Ao alterarem a lei do apoio judiciário, cercearam a livre escolha do cidadão que necessita de um advogado, para a imposição pela ordem de um advogado escolhido ou sorteado por eles.
    Fizeram com que a maioria dos advogados que não pertencem às grandes empresas, ficassem sem trabalho e sem receber.
    A assistência judiciária patrocinada pelo Estado e que levava a justiça aos desprotegidos e pagava aos advogados esse trabalho está a ser negada a todos nós.
    Assim as grandes empresas teem a oportunidade de ter roda livre e servir-se da justiça a seu bel-prazer...
    Este é parte do panorama geral, mas temos outra parte que não é menos incómoda:

    • Temos leis a mais no nosso país;
    • muitas dessas leis não estão regulamentadas;
    • Muitas leis estão caducas;
    • Outras precisam de ser reajustadas à nossa realidade.

    Temos, admito, bastantes juristas e advogados sem muito que fazer, sublinho sem muito que fazer, pelas razões que já tive a oportunidade de referir.
    Mas, no momento de crise que atravessamos, existem medidas urgentes e necessárias que têm de ser tomadas.
    Facto: O governo precisa de baixar o índice de desemprego,
    Facto: O país precisa de legislação adequada e ajustada a realidade em que vivemos e à U.E.
    Solução: O Governo, tal como já fez com a antiga D.G.V. e com a quantidade de multas de trânsito por cobrar, protocolou com a O.A. para esta disponibilizar um corpo de advogados para tratar das multas, e eles trataram.
    Esta situação, porém, durou pouco tempo, pois parece que o governo queria galinha gorda por pouco dinheiro.
    Mas, atravessamos tempos difíceis e face a esta conjuntura o Governo deveria, além de reforçar esse protocolo.
    E a minha sugestão é a seguinte:

    • Fazer com que este protocolo tenha uma marcha forçada, indo mais além reforçando-o.
    • Assim, e para bem de todos, os Advogados, fariam parte de uma Comissão de leis com a seguinte finalidade:
      • Codificar
      • Simplificar
      • Expurgar
      • Reformular as leis que temos no nosso país.
    Dou-vos 3 exemplos,
    • As autarquias tem legislação dispersa e contraditória,
    Torna-se por isso necessário um código autárquico.
    Essa comissão que propusemos, iria juntar os diplomas todos e fazer o Código Autárquico, porque as leis actuais que regem esse sector, são dúbias e contraditórias e impedem o bom desenvolvimento e fiscalização do trabalho dos autarcas, e isso tem consequências para todos directamente na nossa qualidade de vida.
    Outro exemplo:
    • No código Civil, na parte do capítulo da família, quem se divorcia, só se divorcia unicamente do Cônjuge
    Ou seja quando sai o divórcio, as pessoas ficam divorciadas do marido ou da esposa... mas... sabiam
    Caros Bloguistas Militantes
    que o "Sogro" e a "Sogra" continuam a fazer parte da sua família? SABIAM?
    Sabiam que com o divórcio e com os artigos em vigor no Código Civil, esse vínculo nunca é quebrado, permanece a vida inteira, porque alguém há muito tempo deixou essa lacuna por colmatar? Sabiam?
    Como é fácil de entender torna-se necessário rectificar isso no código civil, essas e muitas outras . Outro exemplo:
    • Os transportes colectivos, ainda seguem legislação de 1926
    Como devem calcular, estas leis estão um pouco desadequadas ao nosso tempo.
    Para estas e outras áreas da sociedade, é necessário rever, expurgar, compilar e reformular as leis.
    Trata-se tão simplesmente de permitir o desenvolvimento e fiscalização da sociedade moderna com leis adequadas e não obsoletas.
    Um corpo de advogados, e estamos a falar de muitos advogados, pagos pelo Estado, com a função de ordenar as leis que este momento devido á verborreia legislativa que só causa caos no panorama jurídico nacional, trabalharia com um timing definido e razoável sobre esta reformulação e compilação da legislação.

    Resolvíamos vários assuntos de uma só vez, reformulávamos as leis, expurgávamos as más leis, compilávamos as leis, sabíamos todos com que linhas nos cozíamos, retirávamos do desemprego muitos advogados e ironicamente o governo chegava mais perto da meta dos 150.000 empregos. Acrescentar-se-á que nada disto se fazia ao revés da Democracia, NÓS O POVO teríamos de ser consultados, nas leis mais polémicas por referendo, nas outras por consulta a diversos sectores da sociedade antes e durante a elaboração das leis, por exemplo: as associações de consumidores, as Ordens, os sindicatos, os autarcas, as associações de cidadãos, etc.., de modo a que quando se apresentasse uma proposta final para um código, e antes de serem aprovadas, publicadas, fosse uma proposta consensual.
    Devolver a justiça ao cidadão, é preciso.
    Chegámos a um "Estádio" na nossa Sociedade que nem na Roma dos Gladiadores havia tantas restrições à Justiça... e pensar que foi lá que tudo começou... Mas temos de mudar de rumo e NÓS O POVO "vamos pegar o mundo pelos cornos da desgraça e fazermos da tristeza graça."

    Να 'χεις μια καλή μέρα ou seja Tenha um Bom Dia em Grego [fim da 4ª e última parte, gora se quiserem leiam tudo de seguida...]
    Tourada -Ary dos Santos
    Não importa sol ou sombra
    camarotes ou barreiras
    toureamos ombro a ombro
    as feras.
    Ninguém nos leva ao engano
    toureamos mano a mano
    só nos podem causar dano
    espera.

    Entram guizos chocas e capotes
    e mantilhas pretas
    entram espadas chifres e derrotes
    e alguns poetas
    entram bravos cravos e dichotes
    porque tudo o mais
    são tretas.

    Entram vacas depois dos forcados
    que não pegam nada.
    Soam brados e olés dos nabos
    que não pagam nada
    e só ficam os peões de brega
    cuja profissão
    não pega.

    Com bandarilhas de esperança
    afugentamos a fera
    estamos na praça
    da Primavera.

    Nós vamos pegar o mundo
    pelos cornos da desgraça
    e fazermos da tristeza
    graça.

    Entram velhas doidas e turistas
    entram excursões
    entram benefícios e cronistas
    entram aldrabões
    entram marialvas e coristas
    entram galifões
    de crista.

    Entram cavaleiros à garupa
    do seu heroísmo
    entra aquela música maluca
    do passodoblismo
    entra a aficionada e a caduca
    mais o snobismo
    e cismo...

    Entram empresários moralistas
    entram frustrações
    entram antiquários e fadistas
    e contradições
    e entra muito dólar muita gente
    que dá lucro as milhões.

    E diz o inteligente
    que acabaram as canções.

    ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA NÃO ALINHA EM TOURADAS E EM QUESTÕES DE JUSTIÇA ENTRA A PÉS JUNTOS!

    sábado, 18 de abril de 2009

    Portugal é nosso [parte 3 de 4] - Os Vampiros

    Descobri nas minhas andanças pela net este blogue com um titulo sugestivo e que se encaixa aqui perfeitamente http://aindapodiaserpior.blogspot.com/ já sabem é clicar em cima



    CAROS BLOGUISTAS MILITANTES

    Buongiorno, que é como quem diz Bom Dia em Italiano
    Nota Prévia: Esta é a terceira de quatro partes do post que há 4 dias começou a ser escrito.
    Voltemos às Ordens profissionais, cumprem um papel importante na Sociedade, mas devido à roda livre em que nos encontramos tornaram-se corporativistas e a sua natureza e finalidades estão sujeitas a políticas internas e externas, que tem de agradar ou por eles são impostas, vemos muitas das suas decisões serem duvidosas e conjunturais.
    Vejamos novamente o exemplo do O.A.
    · Em primeiro as medidas e decisões duvidosas: analisemos por exemplo, logo na entrada para a Ordem o critério de avaliação que estas impõem aos futuros advogados. A O.A. de ano para ano muda esse critério, e essa forma de avaliar não é uniforme e é de todo injusta, os exames da ordem não coincidem na maioria com os casos que foram dados nas aulas.
    · Mas temos mais, se analisarmos as incompatibilidades que estão no estatuto da Ordem dos Advogados, vemos que não se aplicam a todos, e assistimos que há uns advogados mais incompatíveis que outros.
    Não acreditam?
    Temos o exemplo público e notório do seu bastonário que é Jornalista e Advogado, confundindo muitas vezes as duas profissões, situação que os estatutos da O.A. diz ser incompatível.
    E porquê a incompatibilidade?
    Por simples razão, se ao Advogado lhe é intrínseco o dever de sigilo para com o seu cliente ou sobre as informações que dele recebe; pelo contrário ao Jornalista o seu dever intrínseco tem por obrigação revelar as informações que recebe...
    Ao exercer ambas as profissões, Advogado e Jornalista, fica tal e qual a Actriz Ivone de Oliveira na rábula: Olívia Patroa e a Olívia Costureira...; em que se a Olívia Patroa manda, a Olívia Costureira diz que é Oprimida.

    Chegámos ao absurdo de termos uma O.A. que se queixa dos políticos, que estes mudam as leis com frequência e os afecta a meio dos processos a decorrer...
    Esses mesmos advogados que tomam conta da O.A e que gritam Aqui D’EL REI, nesta República mal Disfarçada, teimam internamente mas sua O.A. em mudar as regras a meio do curso aos advogados-estagiários, deixando tudo num limbo, como só os advogados sabem deixar e um mar de dúvidas.

    • Por último as decisões Conjunturais: As regras foram feitas pelas grandes "empresas" de advogados e querem triar o acesso à profissão, não prevêem o futuro, não tomam decisões estruturais, só vêem o imediato.

    No Direito/Justiça, em Portugal são todos muito Snobs e selectivos.
    Só quem é "FIDALGO" (filho de algo) tem as portas abertas e uma justiça privilegiada, quem não é tem de ser muito bom para conseguir entrar na justiça ou ser muito teimoso para a obter, e, esta maneira e atitude de estar/ser reflecte-se na O.A. e em toda a justiça, que "snobmente" se chamam doutores uns aos outros, a maioria deles, como já disse, não passam de meros licenciados.
    Reafirmo que existe uma barreira deliberada à entrada nas profissões, comparemos Portugal com os EUA, onde as profissões são livres.

    Mais uma vez o exemplo dos advogados:

    • Nos EUA existem muitos e bons Advogados, mas também existem menos bons Advogados, tal como em todas as profissões. Porém nos EUA, todos os Advogados e outros profissionais que fazem parte de ordens profissionais, podem fazer publicidade, já vi por exemplo anúncios nas páginas amarelas e está lá publicidade para todos os gostos, o mercado depois encarrega-se de fazer a triagem, como o faz em todas as profissões.

    Cá no burgo nós proibimos a maior parte das publicidades que as profissões com ordem possam querer fazer.
    Esta proibição de publicidade só as grandes corporações beneficia, pois com a sua publicidade natural é inerente ao nome que teem, por isso já a fazem encapotadamente....

    Quanto a NÓS O POVO... NÓS O POVO não temos o direito sequer a existir, quanto mais a fazer publicidade.
    Num mundo globalizado, onde a informação é essencial, estas Ordens profissionais proíbem, através de regulamentos internos, que o cidadão em geral possa ser informado através de publicidade, que Fulano de tal é advogado na Parede e trata de casos relacionados com Direito de Trabalho e que cobra "Z" á hora, que Sicrano é médico e que é especializado nos olhos e as suas consultas são ao preço "Y", que Beltrana é médica veterinária e é especialista em Cirurgia tem uma clínica em Belas e faz tosquias ao preço "X".
    Porque é que as Ordens não permitem que estes cidadãos possam fazer publicidade do seu trabalho?
    Porque é que tal só é permitido ás grandes corporações do ramo?
    As grandes empresas podem colocar anúncios (limitados ao que fazem e praticam) mas os pequenos não.
    Os requisitos impostos a quem deseje fazer publicidade são tão elaborados que só as grandes empresas lá conseguem chegar.

    Estas restrições que foram permitidas pela A.R., e que constitucionalmente são muito duvidosas, tanto a do acesso à profissão como a parte da publicidade.
    Justifica-se esta elaboração legislativa, devido à promiscuidade propositada, entre as profissões com Ordem instituída e certos cargos públicos e políticos.
    Quem ocupa as cadeiras legislativas na A.R. e que exerceu e suspendeu o exercício da sua profissão na respectiva Ordem, não são os profissionais menos conhecidos, os profissionais menos badalados, muito pelo contrário são os que pertencem ás grandes firmas, grandes laboratórios.
    É público e notório e não estou a dizer nada de novo.
    As Ordens profissionais são necessárias, mas tem de ir para além do corporativismo, tem de servir o bem público, muito para além de disciplinar os procedimentos e a ética das profissões que representam.
    Muito pouco haveria de errado se não prejudicassem a sociedade, nada haveria de desconfiar se estes senhores quando mandam legislar não beneficiassem deliberadamente determinados "nichos" da classe a que pertencem e os interesses que por trás se encontram.

    E a que preço?
    Quanto isso nos custa a todos?
    Quem paga esse preço?
    Quanto beneficiam esses senhores?
    E a quem servem esses Senhores?

    Arrivederci, ou seja Adeus em Italiano, já que não sei dizer tenha um bom dia [fim da parte 3 de 4 continua depois de amanhã]


    Vampiros - José (Zeca) Afonso

    No céu cinzento
    Sob o astro mudo
    Batendo as asas
    Pela noite calada
    Vem em bandos
    Com pés veludo
    Chupar o sangue
    Fresco da manada

    Se alguém se engana
    Com seu ar sisudo
    E lhes franqueia
    As portas á chegada
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada

    A toda a parte
    Chegam os vampiros
    Poisam nos prédios
    Poisam nas calçadas
    Trazem no ventre
    Despojos antigos
    Mas nada os prende
    Às vidas acabadas

    São os mordomos
    Do universo todo
    Senhores á força
    Mandadores sem lei
    Enchem as tulhas

    Bebem vinho novo
    Dançam a ronda
    No pinhal do rei

    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada

    No chão do medo
    Tombam os vencidos
    Ouvem-se os gritos
    Na noite abafada
    Jazem nos fossos
    Vítimas dum credo
    E não se esgota
    O sangue da manada

    Se alguém se engana
    Com seu ar sisudo
    E lhe franqueia
    As portas á chegada
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada

    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    Eles comem tudo
    E não deixam nada
    ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA NÃO TEME OS VAMPIROS... TEM O VAN HELSING, A MEMÓRIA DO ZECA E A FORÇA DE UM POVO...

    quinta-feira, 16 de abril de 2009

    Portugal é nosso [parte 2 de 4] "NÃO HÁ NADA P'RA NINGUÉM?"


    Destaco este blogue, porque quero e me apetece, acho-lhe piada, e por isso destaco-o aqui. http://correrdovento.blogspot.com/ já sabem é só clicar em cima.
    Caros Bloguistas Militantes
    Bonjour ou seja Bom Dia em Francês
    Nota: Este Post por ser extenso vai foi dividido em 4, esta é a segunda parte a próxima parte sai daqui a 2 dias.
    Na continuação do post anterior, dizíamos nós que:As profissões de Doutores, Engenheiros ou Arquitectos, são só para alguns..
    Portugal é um país com manias de snobismo, cheio de gente bem “ …sei lá… está a ver rica…” por isso continuamos a teimar, ao contrário do que se faz nos países civilizados, a chamar os ditos cujos pelo título Dr; Eng; Arq; quando no fundo a maioria não passa de Licenciados.
    Enfim sinais da nossa desorientação intelectual.A triagem que as Ordens fazem na entrada de profissionais para a sua corporação, é a demonstração inequívoca que estas são corporativistas e elitistas.
    Com esse comportamento as Ordens prejudicam a nossa sociedade, mas como são dirigidas por Dr's, Eng's ou Arq's, NÓS O POVO andamos calados.
    Analisando mais profundamente vemos que por trás destas atitudes encontramos uma mistura de interesses públicos e privados.
    Os interesses públicos permitem e aceitam que impunemente essa triagem "deliberada" com o falso argumento de profissionais a mais, seja utilizada e tomada como verdade absoluta.
    O exemplo dos Advogados e da sua Ordem, que há muito influenciam internamente os interesses públicos.
    Ao mascarem a situação com argumentos falaciosos, por omissão permitem as manobras que os sucessivos governos fizeram em relação à Justiça.
    Ou seja uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.

    É por isso, que os Advogados, que tem como responsabilidade inerente à sua profissão a denúncia permanente dos “males” que infligem a sociedade, e deveriam fazê-lo com veemência, a maioria deles anda de bico calado, nem ousa piar contra o sistema.E bem o deveriam fazer, pois algumas dessas manobras governamentais foram bem graves e a todos colectivamente prejudicaram.
    Temos o exemplo flagrante de dificultar a NÓS O POVO o acesso à justiça, taxando os processos com custas absurdas... coisa nunca vista nem no tempo de Roma dos Imperadores.

    Afastam-nos assim, NÓS O POVO, da terceira parte da integrante da Trilogia de Montesquieu da Separação dos Poderes do Estado.
    O nosso Estado que é uma República Democrática; onde a Democracia emana de NÓS O POVO. A Trilogia da Separação de poderes faz parte integrante deste sistema Democrático. Ao afastá-lo deliberadamente de NÓS O POVO, estão a afastar a distanciar-nos ainda mais da Democracia. Estas atitudes sucessivas dos governos, sejam eles de Esquerda ou de Direita, que tem a complacência e o beneplácito da O.A., mascaram o que não fizeram e sempre prometeram, ou seja, uma verdadeira reforma na justiça.
    Se a tivessem feito, teríamos uma justiça para todos, se a tivessem feito teríamos uma Democracia mais próximo do pleno.
    Mas não, tal como agora só temos uma justiça para os mais ricos e isso beneficia o Estado e a O.A. ou melhor os grandes escritórios.
    Sendo a justiça para os mais ricos, a Democracia é só para alguns.
    Assim tocam exactamente no ponto em que o Estado e os grandes escritórios que manobram o poder legislativo querem, (quando falo dos grandes escritórios, refiro-me também aos lobbies de interesses e influentes de outras profissões), que é beneficiar os interesses privados.

    Os grandes escritórios, os grandes interesses, só querem clientes ricos.
    Esses é que valem a pena, esses é que dão dinheiro no final do processo, esses é que fazem enriquecer os grandes escritórios.
    Com todos os outros possíveis clientes, os que não tem dinheiro ou pouco dinheiro é sempre uma incógnita.
    São pequenos os seus interesses, são ínfimas as suas causas aos olhos dos grandes escritórios, e no final das contendas não irão lucrar muito com isso, porque ou não tem dinheiro para pagar ou tem apoio judiciário.
    Apoio judiciário esse, para NÓS O POVO é cada vez mais é difícil de obter, levando mesmo os cidadãos a desistir das suas causas e que ironicamente muitas das vezes contra as grandes corporações; Grandes corporações essas que fizeram regras, contratos e regulamentos feitos pelos grandes escritórios de advogados, que como sempre blindam esses contratos contra tudo e contra todos, não directamente nos contratos mas na elaboração das leis que os protegem. Resumindo: A justiça aqui não tem, nem nunca teve lugar. Os grandes escritórios é isso que querem, agora NÓS O POVO, se conseguirmos chegar á justiça e ganhar já vamos com muita sorte.

    Passez une bonne journée ou seja passe um Bom Dia em Francês [fim da parte 2 de 4 continua depois de amanhã]

    Não há nada pra ninguem - Mário Mata
    E Vamos embora Manel !!!
    E não há fumos pra ninguém
    Não há mulheres pa ninguém
    Não há homens pra ninguém
    Não há nada pra ninguém
    Certo dia em Lagos ao passar de caminho
    Para o Parque de Campismo gritei ‘Ai Toninho !!!
    E Qual não era o meu espanto
    E Que ao meu lado direito
    E Julgava estar a ver mal
    E Belisquei-me, estava feito
    Um Parque de Campismo
    Especial de Corrida para os Senhores Militares, é inacreditavel !!!
    refrão
    Em Lagos não há Piscinas,
    Parques Culturais
    E todas as tentativas são cortadas pelos tais
    Se dormires na praia,
    vem o Cabo do Mar
    Se cantares na rua
    à Esquadra vais cantar (o Vira)
    Bate baixo a bolinha
    bate bate pianinho
    se por cá queres andar
    Que a Judite anda doidinha
    por te pôr a pata em cima
    e por te agarrar
    E lá não há…
    lá não há…
    refrão
    Se jogam contigo, joga duro com eles
    Se te batem de forte,
    dá-lhes mais forte ainda
    E aplica-lhes a táctica,
    do papel higiénico
    Rasga por todos os lados,
    menos pelo picotado
    Joga-lhes na mesma moeda,
    Meio tostão furado
    e uma volta ao bilhar grande
    Paga-lhes na mesma moeda,
    meio tostão furado
    e uma volta ao bilhar grande.
    ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA É DO POVO E O POVO É DA BRIGADA...MAI NADA.

    terça-feira, 14 de abril de 2009

    Portugal é nosso [parte I de 4] - "p'ro bem e p'ro mal"

    Existem blogs e blogs. Uns servem para divertir, outros que servem para tirarmos receitas, outros que servem para denegrir, outros para tratar de coisas sérias e importantes, mil e uma utilidades tem um blogue. Gosto particularmente daqueles que alertam e fazem pensar. Penso que este blogue que hoje destaco se encaixa nessa última categoria
    http://blogsinedie.blogspot.com/
    Caros Bloguistas Militantes;

    Guten Morgen ou seja Bom Dia em Alemão

    Nota Prévia: Vou ilustrar este meu post recorrendo ao Direito e aos Advogados e a sua Ordem, mas é para extrapolar para as outras organizações da sociedade.
    Segunda nota: Este post por ser extenso vai ser dividido em 3, com publicação de dois em dois dias.

    Já ouviram falar de Juristas e de Advogados.
    Muitos são os que confundem as duas qualidades.
    Mas afinal, o que é um Jurista e o que é um Advogado?
    Uma definição ligth: nem todos os Juristas são advogados, mas todo o Advogado é obrigatoriamente um Jurista.
    Ambos, porém, são obrigatoriamente Licenciados em Direito.
    Quem se Licencia em Direito passa a ter a qualidade de Jurista, ou seja o versado em leis, mas um Jurista para ser um Advogado tem de se submeter às provas da Ordem dos Advogados (OA).
    E isso acontece tanto com os Licenciados em Direito, como com os Licenciados em Medicina, Arquitectura, Engenharia resumindo tudo o que tenha uma "Ordem" por trás, para terem o título tem de estar inscritos numa ordem.
    Portanto, resumindo um Advogado é um Jurista com um upgrade forçado pela O.A.
    Aqui começa a polémica: mas por que raio os Juristas depois de adquirirem essa qualidade ao se Licenciarem em Direito, depois de estudarem 5 anos, não lhes basta uma inscrição na O.A. para começarem a exercer ADVOCACIA?
    Porque é que os candidatos a futuros advogados são obrigados pela O.A. a frequentarem (mais) três cadeiras, sendo que duas delas já são obrigatórias em todas as faculdades?
    Porquê obrigar novamente os Juristas a passarem pelas mesmas provas?

    Porquê esta duplicação?
    Porquê esta desconfiança?
    A cadeira teórica que não é leccionada nas faculdades, é a cadeira de Deontologia Profissional, o que não justifica o acréscimo de mais 6 meses a um estágio da O.A.
    A pergunta impõem-se: Porque é que Esta cadeira não está integrada nos curricula das faculdades?
    Porque é que não é obrigatória para os Juristas que queiram seguir a via da Advocacia, assim como, deveriam ser obrigatórias outras cadeiras para quem quisesse seguir a via da Magistratura, etc...?
    Mas não é só, a tudo isto acresce uma segunda fase de estágio [depois de passarem a fase teórica, e já em plena fase prática], os designados "Advogados-Estagiários" tem mais 6 cadeiras obrigatórias, a maioria delas também já obrigatórias nas Faculdades.Mas não fica por aqui, para além da maioria dos Estagiários frequentar um estágio profissional não remunerado… ou seja trabalham de borla.
    Com este novo Bastonário, os Estagiários arriscam-se a nem sequer conseguir o mínimo de casos para finalizar o estágio, devido ao regulamento aprovado que os inibe de litigarem per si. E o porquê disto tudo?
    A resposta é pública e notória: "As Ordens querem atrasar deliberadamente a entrada de mais profissionais na profissão." Alguns advogados (os dos grandes escritórios) sentem-se ameaçados com o evoluir do mundo... e aproveitam a desorganização que o sector da Justiça se encontra, começando pela O.A., para que mantenham o seu Status Quo. Não existem, nem Rei, nem Roque... andamos em roda livre. Aqui entroncamos numa das falhas graves na (des)organização da nossa Sociedade, e temos logo de começar por fazer uma pergunta base:
    "Porque é que existe um distanciamento entre as faculdades/universidades e a Sociedade?"

    Esta pergunta base, leva-nos de volta ao ensino e à sua interligação com a sociedade. Ensino sempre o ensino.
    Isso leva-nos a uma segunda pergunta:
    "Porque é que as faculdades só são "fábricas" de formar licenciados, e não preparam os seus alunos para o mundo laboral?"
    Nas diversas áreas se alguém se candidatar a exercer algumas dessas profissões, sejam elas Médico, Engenheiro, Arquitecto ou Advogado, tem de se submeter na respectiva ordem a passarem por mais 18 meses de aulas, estágios e exames (depois de terem andado 5 anos na faculdade).
    O irónico é que essas aulas são de qualidade bem duvidosa, e nada de novo se aprende.
    Existe uma desconfiança evidente das Ordens Profissionais para com os que se acabaram de Licenciar.
    Colocando esta questão de outra perspectiva, as Ordens Profissionais desconfiam dos curricula ministrados nas Universidades. O Direito ao trabalho/profissão que estão consagrados na Constituição da República Portuguesa é aqui (e em tantos outros pontos) violado. Utilizam as Ordens o falso argumento de que existem Advogados, Engenheiros e Arquitectos em excesso, com excepção dos Médicos pois existe deficit assumido. Mas as barreiras não baixaram para o curso de Medicina, esta é logo erguida pelas universidades, com o número clausus a ser baixo apesar da escassez gritante,
    Parece existir um entendimento entre a ordem e as universidades.
    Só quem anda em boas escolas/colégios é que consegue as melhores médias para entrar para medicina.
    Analisem o seguinte: as melhores escolas/colégios não são os do ensino público… aliemos istoao facto de as Ordens vedarem o máximo possível o acesso à profissão, e vejam quem sai beneficiado...
    Einen schönen Tag! ou seja, que tenham um bom dia, em Alemão. [fim da parte 1 de 4 continua depois de amanhã]



    Só Neste País- Sérgio Godinho
    Unamo-nos
    Nós somos os famosos anónimos
    Mesmo assim já comprimos os mínimos
    Somos todos únicos
    Que mais vão querer de nós
    P'ra provar quem vai à frente
    Ou fica atrás
    Se é por
    Ir estabelecer um novo record
    Cumprimos o guinnes ao preço que for
    E fica o assunto num lugar
    E sem espumantes, às vezes dá p'ro banquete
    Ou apenas sandes
    Sempre
    Complicamos a coisa mais simples
    E simplificamos a complicada
    Sai em rajada o tiro pela colatra
    Às vezes mata, às vezes ressureição
    Foi de raspão
    (Só neste país...)
    Só neste país
    É que se diz:
    Só neste país
    Só neste país
    Só neste país
    Só neste país
    Só neste país
    São muitos séculos em mor-premonição
    A transitar entre o granizo e a combustão
    E um qualquer hino para qualquer situação
    Pessimista, optmista...
    (e vai abaixo e vai acima
    pessimista, optimista...)
    ...e agora a rima
    Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
    E o mal que está bem
    E o bem que está mal
    E o bem que está bem
    Juro
    P'lo fado
    P'lo baile e p'lo Kuduro
    Que este país ainda tem futuro
    É verde e maduro
    Como a fruta, às vezes brote
    Às vezes consternação
    Secou no chão
    Por isso unamo-nos
    Nós somos o famosos anónimos
    Mesmo assim já cumprimos os mínimos
    Somos todos únicos
    Que mais vão querer de nós
    P'ra provar quem vai à frente
    Ou fica atrás...
    (Só neste país)
    Só neste país
    É que se diz:
    Só neste país
    (...)
    Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
    ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA DIZ: SE PORTUGAL É NOSSO ENTÃO ESTÁ NA HORA DE MUDAR, QUE TODAS AS BRIGADAS SE UNAM E VAMOS A ISSO .

    quinta-feira, 9 de abril de 2009

    À minha maneira

    Hoje vamos tratar de coisas polémicas, por isso referencio este blogue que fala per si... ou seja de polémicas incómodas
    http://polemicasincomodas.blogspot.com/
    Caros Bloguistas Militantes
    Ohayo Gozaimasu ou seja Bom Dia em Japonês
    Estamos em crise.
    É oficial, estamos em crise.
    Que se lixem os sinais evidentes que já há muito se faziam sentir e que nós também há muito já sentimos no nosso bolso.
    Estamos em crise, ponto.
    Assim o disseram o INE, o Banco de Portugal, o mundo inteiro e o nosso Governo depois acompanhou.
    Estamos em crise, é um facto, e portanto há que tomar medidas.
    Estamos com uma situação excepcional e em tempos excepcionais, ter-se-à de tomar medidas excepcionais.
    Mundialmente isto andava tudo em roda livre e urge colocar um travão nisto tudo.
    Neste momento, por artificialidade ou seja lá qual for a razão, não existe uma adequação dos preços de mercado versus o custo de vida.
    A especulação, foi e é um dos factores que contribuiem para que a economia esteja pelas ruas da amargura.
    Portanto isto tem de ser resolvido, bem e depressa, e depressa e bem só há uma maneira ou seja isto tem de ser resolvido à minha maneira.
    É que ou à moralidade ou comem todos... como não há moralidade...
    Hoje estou numa de "Eu é que sei, mai nada"... também tenho direito... ou acham que não?
    E pelo facto de que eu é que sei, vou retomar uma ideia que já publiquei aqui no blogue:fazer e por a circular a NOTA DE UM EURO.
    Analisemos o seguinte: Os Americanos, tem como base o Dólar, e, esse Dólar, apresenta-se de duas maneiras: em Nota, ou seja em papel moeda, apelidado de "One Buck" com a figura de George Washington,

    e menos comummente em moeda metal com a figura de Sacagawea .
    Se bem reflectirmos, quando temos dinheiro no bolso, damos mais importância material ao dinheiro em papel do que ao dinheiro em metal... provavelmente porque nos pesa mais.
    Psicologicamente, quando os Americanos, pagam algo com uma nota de dólar, esperam sempre o respectivo troco em moedas, pelo contrário se pagarem algo com moedas, já poucos são os que esperam o troco.
    Cá pelo burgo e julgo que por essa Europa também, quando alguém tem algumas moedas dis "Quero livrar-me deste cascalho", ouvimos isto com frequência, o mesmo não se passa com as notas... é, portanto, psicológico...
    Vem por isso à guiza, a transição que se efectuou das moedas nacionais dos países membros da U.E. para o Euro.
    Todos os Europeus notaram, e queixaram-se, mesmo os que tinham uma moeda forte, que o dinheiro agora se esvai muito mais depressa.
    Cá pelo burgo, a nossa antiga unidade monetária base era o escudo.
    Um escudo era a moeda de referência, algo quase insignificante quando só uma moeda se tem, mas bastante significativo quando tínhamos muitas.
    Nas Gorjetas, esmolas, etc... que nós deixávamos, eram em moedas, geralmente de um escudo ou de vinte e cinco tostões ou até de cinco escudos,

    e quando o dia era de alegria, era para a desgraça...lá sacáva-mos uma moeda de vinte e cinco paus, e dávamos aos pobrezinhos... agora se damos 50 centimos a um "carocho" o tipo ainda refila... são os novos tempos.
    Lembram-se da nota de 100 escudos?
    Bem ... ela existia... garanto-vos. Não me vou referir ao que se comprava com uma nota de cem paus, o certo é que quando pagávamos algo com aquela nota esperávamos troco.

    100 escudos, hoje em dia, equivale no Euro a uma moeda de 50 Cêntimos, ou seja quando damos a um carocho 50 centimos estamos a dar um nota de 100 paus.
    Quando paga um café com sessenta cêntimos,

    a maioria não quer... (ou não queria) os cinco cêntimos de troco... são moedas pequenas... só pesam, e não valem quase nada.
    É natural, por isso , que o dinheiro se vá esvaindo, como um sangria lenta que não damos por ela, só nos apercebemos que estamos mais pobres e não sabemos a razão.
    Bom esta é uma de várias razões, a das moedas.
    O que aconteceu quando foi implementado o Euro, foi que os fornecedores de bens de consumo, tiveram de adaptar os preços ao euro, ou seja, a unidade passou a ser o 1 Euro.
    E consciente ou inconscientemente, arredondaram os produtos para a unidade base ou seja para o euro... e se iessa mudança não aconteceu mesmo logo de início, já alguns anos passaram do facto de estarmos com o Euro em pleno, este rapidamente passou a ser preço base... logo tudo se tornou assim mais caro...
    Ora 1 Euro, comparando com a moeda antiga;
    são 200$00, ou seja duas notas de 100$00,
    200 moedas de 1 escudo,
    40 moedas de 5 escudos,
    8 moedas de 25 escudos.
    Resumindo 1 Euro é algo com significado comparado com o escudo, e, até, comparado com a Lira Italiana, com o Franco Francês, ou com o Marco Alemão.
    Os italianos já deram por esta realidade e propuseram ao BCE a nota de UM EURO.
    Esta deveria ser a primeira medida a ser tomada para o retomar da economia, esta é a minha maneira...medida a medida até á medida final.
    A segunda medida a ser tomada para evitar a especulação e a carestia de vida, seria os governos da U.E., pelo período de um ano, fazerem o que faziam antigamente, tabelar os preços todos.
    Voltar a colocar o preço justo nos alimentos, nas casas, nos carros, em tudo.
    Tabelando o preço evitar-se-iam os abusos. Seria uma medida artificial, mas quanto a nós seria justa e adequava-se assim o mercado ao custo de vida, evitavam-se os abusos a que nós hoje em dia estamos a assistir.
    Isto muito por culpa da inoperância e nabice das entidades reguladoras, pois parece que são comandadas pelas grandes corporações.
    Estas são as duas medidas que eu recomendo, mas como eu percebo tanto de economia como sei falar japonês... por isso...
    Domo arigatoo gozaimasu por me terem lido, sayonara, até à próxima.
    Esta é a minha maneira de dizer adeus até ao próximo post e de fazer as coisas... assim desbocado... em Japonês porque realmente este assunto deixa-nos de olhos em bico.

    À Minha Maneira - Xutos & Pontapés
    A qualquer dia,
    A qualquer hora,
    Vou estoirar pra sempre.
    Mas entretanto,
    enquanto tu duras,
    Tu pões-me tão quente.
    Já sei que hei-de arder na tua fogueira,
    mas será sempre, sempre à minha maneira.
    E as forças que me empurram
    E os murros que me esmurram
    Só é para lutar,
    À minha maneira (à minha maneira)
    À minha maneira
    Por essa estrada,
    Por esse caminho
    A noite, de sempre
    De queda em queda,
    Passo a passo,
    Vou andando, prá frente
    Já sei que hei-de arder na tua fogueira
    Mas será sempre, sempre à minha maneira
    E as forças que me empurram
    E os murros que me esmurram
    Só me farão lutar
    À minha maneira (à minha maneira)
    À minha maneira
    À minha maneiraaaaa
    À minha maneira!
    ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? TANTO ESTA, COMO AS OUTRAS CARGAS, SÃO À MINHA MANEIRA... MAI NADA... E NÃO ESTAMOS À VENDA PORTANTO NÃO HÁ DINHEIRO QUE NOS COMPRE...