Existem blogs e blogs. Uns servem para divertir, outros que servem para tirarmos receitas, outros que servem para denegrir, outros para tratar de coisas sérias e importantes, mil e uma utilidades tem um blogue. Gosto particularmente daqueles que alertam e fazem pensar. Penso que este blogue que hoje destaco se encaixa nessa última categoria
http://blogsinedie.blogspot.com/
Caros Bloguistas Militantes;
Guten Morgen ou seja Bom Dia em Alemão
Nota Prévia: Vou ilustrar este meu post recorrendo ao Direito e aos Advogados e a sua Ordem, mas é para extrapolar para as outras organizações da sociedade.
Segunda nota: Este post por ser extenso vai ser dividido em 3, com publicação de dois em dois dias.
Já ouviram falar de Juristas e de Advogados.
Muitos são os que confundem as duas qualidades.
Mas afinal, o que é um Jurista e o que é um Advogado?
Uma definição ligth: nem todos os Juristas são advogados, mas todo o Advogado é obrigatoriamente um Jurista.
Ambos, porém, são obrigatoriamente Licenciados em Direito.
Quem se Licencia em Direito passa a ter a qualidade de Jurista, ou seja o versado em leis, mas um Jurista para ser um Advogado tem de se submeter às provas da Ordem dos Advogados (OA).
E isso acontece tanto com os Licenciados em Direito, como com os Licenciados em Medicina, Arquitectura, Engenharia resumindo tudo o que tenha uma "Ordem" por trás, para terem o título tem de estar inscritos numa ordem.
Portanto, resumindo um Advogado é um Jurista com um upgrade forçado pela O.A.
Aqui começa a polémica: mas por que raio os Juristas depois de adquirirem essa qualidade ao se Licenciarem em Direito, depois de estudarem 5 anos, não lhes basta uma inscrição na O.A. para começarem a exercer ADVOCACIA?
Porque é que os candidatos a futuros advogados são obrigados pela O.A. a frequentarem (mais) três cadeiras, sendo que duas delas já são obrigatórias em todas as faculdades?
Porquê obrigar novamente os Juristas a passarem pelas mesmas provas?
Porquê esta duplicação?
Porquê esta desconfiança?
A cadeira teórica que não é leccionada nas faculdades, é a cadeira de Deontologia Profissional, o que não justifica o acréscimo de mais 6 meses a um estágio da O.A.
A pergunta impõem-se: Porque é que Esta cadeira não está integrada nos curricula das faculdades?
Porque é que não é obrigatória para os Juristas que queiram seguir a via da Advocacia, assim como, deveriam ser obrigatórias outras cadeiras para quem quisesse seguir a via da Magistratura, etc...?
Mas não é só, a tudo isto acresce uma segunda fase de estágio [depois de passarem a fase teórica, e já em plena fase prática], os designados "Advogados-Estagiários" tem mais 6 cadeiras obrigatórias, a maioria delas também já obrigatórias nas Faculdades.Mas não fica por aqui, para além da maioria dos Estagiários frequentar um estágio profissional não remunerado… ou seja trabalham de borla.
Com este novo Bastonário, os Estagiários arriscam-se a nem sequer conseguir o mínimo de casos para finalizar o estágio, devido ao regulamento aprovado que os inibe de litigarem per si. E o porquê disto tudo?
A resposta é pública e notória: "As Ordens querem atrasar deliberadamente a entrada de mais profissionais na profissão." Alguns advogados (os dos grandes escritórios) sentem-se ameaçados com o evoluir do mundo... e aproveitam a desorganização que o sector da Justiça se encontra, começando pela O.A., para que mantenham o seu Status Quo. Não existem, nem Rei, nem Roque... andamos em roda livre. Aqui entroncamos numa das falhas graves na (des)organização da nossa Sociedade, e temos logo de começar por fazer uma pergunta base:
"Porque é que existe um distanciamento entre as faculdades/universidades e a Sociedade?"
Esta pergunta base, leva-nos de volta ao ensino e à sua interligação com a sociedade. Ensino sempre o ensino.
Isso leva-nos a uma segunda pergunta:
"Porque é que as faculdades só são "fábricas" de formar licenciados, e não preparam os seus alunos para o mundo laboral?"
Nas diversas áreas se alguém se candidatar a exercer algumas dessas profissões, sejam elas Médico, Engenheiro, Arquitecto ou Advogado, tem de se submeter na respectiva ordem a passarem por mais 18 meses de aulas, estágios e exames (depois de terem andado 5 anos na faculdade).
O irónico é que essas aulas são de qualidade bem duvidosa, e nada de novo se aprende.
Existe uma desconfiança evidente das Ordens Profissionais para com os que se acabaram de Licenciar.
Colocando esta questão de outra perspectiva, as Ordens Profissionais desconfiam dos curricula ministrados nas Universidades. O Direito ao trabalho/profissão que estão consagrados na Constituição da República Portuguesa é aqui (e em tantos outros pontos) violado. Utilizam as Ordens o falso argumento de que existem Advogados, Engenheiros e Arquitectos em excesso, com excepção dos Médicos pois existe deficit assumido. Mas as barreiras não baixaram para o curso de Medicina, esta é logo erguida pelas universidades, com o número clausus a ser baixo apesar da escassez gritante,
Parece existir um entendimento entre a ordem e as universidades.
Só quem anda em boas escolas/colégios é que consegue as melhores médias para entrar para medicina.
Analisem o seguinte: as melhores escolas/colégios não são os do ensino público… aliemos istoao facto de as Ordens vedarem o máximo possível o acesso à profissão, e vejam quem sai beneficiado...
Einen schönen Tag! ou seja, que tenham um bom dia, em Alemão. [fim da parte 1 de 4 continua depois de amanhã]
Só Neste País- Sérgio Godinho
Unamo-nos
Nós somos os famosos anónimos
Mesmo assim já comprimos os mínimos
Somos todos únicos
Que mais vão querer de nós
P'ra provar quem vai à frente
Ou fica atrás
Se é por
Ir estabelecer um novo record
Cumprimos o guinnes ao preço que for
E fica o assunto num lugar
E sem espumantes, às vezes dá p'ro banquete
Ou apenas sandes
Sempre
Complicamos a coisa mais simples
E simplificamos a complicada
Sai em rajada o tiro pela colatra
Às vezes mata, às vezes ressureição
Foi de raspão
(Só neste país...)
Só neste país
É que se diz:
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país
São muitos séculos em mor-premonição
A transitar entre o granizo e a combustão
E um qualquer hino para qualquer situação
Pessimista, optmista...
(e vai abaixo e vai acima
pessimista, optimista...)
...e agora a rima
Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
E o mal que está bem
E o bem que está mal
E o bem que está bem
Juro
P'lo fado
P'lo baile e p'lo Kuduro
Que este país ainda tem futuro
É verde e maduro
Como a fruta, às vezes brote
Às vezes consternação
Secou no chão
Por isso unamo-nos
Nós somos o famosos anónimos
Mesmo assim já cumprimos os mínimos
Somos todos únicos
Que mais vão querer de nós
P'ra provar quem vai à frente
Ou fica atrás...
(Só neste país)
Só neste país
É que se diz:
Só neste país
(...)
Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA DIZ: SE PORTUGAL É NOSSO ENTÃO ESTÁ NA HORA DE MUDAR, QUE TODAS AS BRIGADAS SE UNAM E VAMOS A ISSO .
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