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Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Viva a música

Hoje destaco o blogue "Porque hoje é sábado" que cita no seu "prefácio" Vinicius de Moraes "A vida vem em ondas como o mar...", vale a pena ver estas discorrências sobre a vida do dia a dia. http://sabadodois.blogspot.com/
Nota prévia : Não podia deixar de passar em claro o 25 de Novembro de 1975, vivemos em Democracia hoje graças a esta manobra militar levada a cabo neste dia.
Quando fui autarca tinha infelizmente um Presidente Comunista a dirigir a autarquia, muitos anos de atraso vivemos devido a erros como este.
Quando chegava esta data, nada me dava mais gozo do que apresentar uma moção de congratulações e homenagem a quem fez o 25 de Novembro de 1975
Então ele era ver os comunistas pior que estragados a dar saltos e a barafustar quase espumando pela boca.
O Golpe militar que pôs fim à influência da esquerda militar radical no período revolucionário iniciado em Portugal, esta acção militar constituiu uma resposta à resolução do então Conselho da Revolução de desmantelar a base aérea de Tancos e de substituir alguns comandantes militares. Os partidários do designado "Poder Popular" ocupam então várias bases militares, bem como meios de comunicação social. Este contra-golpe foi levado a cabo pelos militares da ala moderada, na qual se enquadrava Vasco Lourenço, Jaime Neves e Ramalho Eanes.
Consequentemente, o Almirante Pinheiro de Azevedo permaneceu no poder enquanto primeiro-ministro do VI Governo Provisório e demitiram-se alguns militares entre os quais Otelo Saraiva de Carvalho.
O 25 de Novembro traduziu militarmente aquilo que a nível político se vivera no Verão Quente de 75 dando origem a uma crescente estabilidade permitida pelo reforço do pluripartidarismo e da Assembleia Constituinte, que se tornou visível com a redacção da Primeira Constituição verdadeiramente democrática: A C.R.P. de 1976

Caros Bloguistas Militantes
Com tantos casos da justiça por aí , tantos problemas para resolver, hoje resolvi dar uma folga e escrever algo mais ligeiro, mas não menos profundo.
O som, a música (para quem não é surdo) é uma coisa maravilhosa.
Não estou a dizer nenhuma novidade.


Todos temos as nossas músicas, as músicas que nos marcaram em determinada altura, em determinado lugar, numa situação especifica ou por nada de especial.
E depois temos os nossos/as preferidos/as, aquela música, aquele cantor, aquela cantora, aquele compositor, que por gostarmos da sonoridade nos marcaram.
Mas sinto-me honrado, orgulhoso e sinto-me feliz, por ter nascido num tempo em que pude e posso ouvir Chico Buarque.

As letras das músicas de Chico Buarque, o seu trabalhar do português do Brasil, as coisas e as causas que apresenta nas suas músicas, animam-me e deixam-me verdadeiramente feliz.
Estou a falar de Chico Buarque em particular mas poderia falar de tantos outros, tantos outros poetas e compositores que fizeram letras e músicas que inspiraram gerações e revoluções.
Nos fizeram sair da rotina.
A música que nos alegra todos os dias quando vamos para o trabalho, quando estamos na rotina do trabalho e em tantas, tantas ocasiões.
A todos os compositores de boa música, e entenda-se boa música a que eu gosto... como é óbvio, o meu muito obrigado.
E por isso digo VIVA A MÚSICA e Viva o 25 de Novembro de 1975.



Minha Música - José Cid
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Recordo-me hoje vagamente
De quando era criança
Vivia numa vila linda à beira Tejo
Tinha uma namorada loira
E os amigos da escola
Sexta-Feira Santa ia no cortejo
E o meu pai dizia filho quando fores maior
Tens que ser um engenheiro ou Doutor
Qual Doutor dizia eu
Que mau Doutor seria
Quero é cantar numa telefonia

Refrão:
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Quando entrei para o liceu
Comecei a tocar
O Jazz, a Bossanova, o Blues e o Rock and Roll
O Antonio, o Marco e Michael
Eram os mil cento e onze
Os Beatles, Elton John, Bob Dylan e os Rolling Stones

E o meu pai dizia filho
Tens que usar gravata
Vê mas é se ganhas tino e juizinho
De blusão e de Blue Jeans igual a James Dean
Já mordia cá por dentro esse bichinho

Refrão:
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Refrão:
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Na minha musi
Minha musi
Minha música
Ele há cargas fantásticas não há? As nossas cargas são sempre acompanhadas de música.... causam mais impacto e são muito mais alegres e divertidas.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tempus fugit. Carpe diem. Parte III

Caros Bloguistas Militantes
O tempo passa.
Vamos vogando aqui pelo planeta...
E por este planeta, porque infelizmente não nos aventuramos pelo espaço, e não colonizamos outro planeta.
Isto de ir ao espaço não é para todos... ainda... nem vai ser tão cedo infelizmente.
E o tempo passa.
E por falar em tempo a passar, achei piada aquela frase, "vive intensamente cada dia, como se fosse o último, vai haver um dia que acertarás". Já repararam que nós os humanos, temos uma esperança de vida cerca de 70 a 80 anos.
Só 70 a 80 anos, um elefante ou uma tartaruga vivem em média mais que nós.
Não somos, como queremos fazer crer, a espécie mais forte.
É certo que desde o Australopitecus, a esperança de vida já aumentou muito, mas mesmo assim para a inteligencia e capacidade que dizemos ter, ainda é pouco, muito pouco.
Não quero a imortalidade, mas uma esperança de vida tão efémera também não me seduz.
O mundo é tão cheio, existe tanta coisa para fazer, que 70 ou 80 anos não chega o tempo para os realizar.
Imaginem uma biblioteca imensa cheia de livros e nós com 70 ou 80 anos não temos tempo para os ler, nem que multiplicassemos por 3 essas vidas.
Já imaginaram a partilha de conhecimentos que nós perdemos.
E depois, um dia, uma hora, um minuto num segundo, tudo acaba.
Deixamos coisas por fazer, algo a meio... nunca teremos tempo para acabar a tarefa ou as tarefas. Imaginem o quão triste não é deixar um livro a meio...
Nós a ler uma história ou um artigo cientifico, ou seja lá o que for e de repente, deixamos de estar vivos...
E lá se fica o livro numa palavra, a meio de uma frase, numa virgula ou num ponto final.
Já imaginaram, que existe e existirá sempre, uma passagem que será sempre a última vez que a lemos, uma cara que será sempre a última vez que a contemplamos, um nascer ou por do sol que é a última vez que o vemos. A última vez que saboreamos determinada refeição, a última vez que apreciamos o rio a correr para o mar, a última vez que ouvimos o rouxinol a cantar.
A última festa que damos no nosso cão ou gato, a última vez que falámos com um nosso familiar, sem muitas dizer o que queremos, o que realmente é importante.
Tanta vez que nunca nos despedimos de alguém como esse alguém merceria.
É, o tempo passa, e passa por todos, é inexorável.
Já habitamos este planeta há milhões de anos, e deixámos tanto espaço por explorar e com as nossas guerrinhas, os nossos umbigos, ficámos e permanecemos aqui confinados à Terra.
Pior, confinádos à nossa Terra, com um planeta inteiro para explorar e nós sem por ele poder vagar.
A terra é imensa, e no entanto é tão comum existirem pessoas que nem da sua terrinha saíram, nem 50 kilometros andaram. O tempo passa e raramente lhe ligamos muito.
Não estou triste, não, pelo contrário, ainda bem que o tempo por mim passa, é bom sinal, enquanto vai passando.
Ganhamos umas faculdades, perdemos outras, vamos evoluindo... mas o tempo, esse passa.
E vemos crescer betão onde dantes eram árvores ou campos verdes e ficamos tristes.
E vemos a Paz acontecer em países que depois voltam á guerra, á maldita guerra que não nos deixa em paz.
O Tempo passa, e vemos tanta intolerância a andar á solta, por tantos motivos estúpidos e fúteis. Sim, porque qualquer motivo é estúpido e fútil, tanto para a intolerância, como para começar uma guerra.
E o tempo passa.
E já podíamos estar mais evoluídos, mais humanos, menos destruídores, mais conscientes do nosso papel.
Sim, porque o tempo passa. Já evoluímos, já retrocedemos, já construímos, já destruímos.
E ainda nos falta tanta coisa e tão pouco tempo. E eu que gostava tanto de ter uma nave espacial...
Porque sabem... o tempo passa e viajar à velocidade da luz, dá a sensação de se aproveitar melhor o tempo.
Mas sabem para nós Portugueses, isso não importa nada.
Nada. Mesmo nada, estas filosofias e pensamentos pouco importam.
Não importa que o tempo passe, não importa que haja guerra, ou fome, ou intolerância, ou que um louco até à pouco tempo tomasse conta do mundo destruindo-o provocando o caos com a desculpa que anda atrás de outro louco.
Não importa o aquecimento global, a poluição, a desflorestação, a extinção das espécies.
Não, não importa que o tempo passe, e que a destruição seja contínua.
Para nós Portugueses (para a maioria dos Portugueses), o que realmente é importante não é nada disso.
O que importa ... para nós Portugueses...
O que é mesmo , mas mesmo muito importante... É que o Benfica ganhe... O resto que se lixe...
Ora bolas.


Oração Ao Tempo -Caetano Veloso
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...

O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...

Ele há cargas fantásticas, não há? Mesmo que o tempo passe, ele há realmente cargas fantásticas...

sábado, 14 de novembro de 2009

Buracos da minha cidade

Caros Bloguistas Militantes
Existe, dizem, uma lei escrita um regulamento ou uma postura municipal, que reza mais ou menos o seguinte "Qualquer buraco feito na cidade tem de ser tapado por quem o fez, nem, que esteja outro atrás com uma picareta para o abrir de novo".
A falta de planeamento só nos causa prejuízos, dores de cabeça, stress e desperdício de dinheiro. Como é possível, que tendo o povo Romano inventado o saneamento, hoje em dia ainda exista gente sem esgotos?
Como é possível, que nós tendo avançado com a Medicina, sabe os que a falta de Saneamento Básico provoca inúmeras doenças, ainda não temos 100% do território coberto por saneamento básico?
Não posso conceber, que nas zonas turísticas e não só, como é o caso de Belém, quando está a maré baixa, o cheiro seja insuportável.
Como é possível que após as obras do Terreiro do Paço, com a maré alta o cheiro seja insuportável.
Isto não é bom para os Lisboetas, não é bom para os estrangeiros que nos visitam, não é bom para ninguém.

Porque é que não se fazem intervenções de fundo no Saneamento das cidades?
Quando me refiro a Lisboa, só a dou como exemplo, o mesmo se passa noutras cidades do país.
As medidas de fundo, intervindo nas ruas e no seu saneamento, são mais que urgentes, já deveriam ter sido feitas o Século passado.
Vejamos os que tem de mudar:

  • Os passeios não podem estar como estão, prejudicado tudo e todos, aquela calçada com pedra calcária, aos pedacinhos, parece que alguém deixou cair algo no chão e estragou o passeio, tem de acabar, (aquilo não é calçada portuguesa), tem de ser erradicada, prejudica as pessoas com mobilidade reduzida e provoca inúmeros acidentes. Só se manteria a calçada Portuguesa nos Locais turísticos da cidade.

  • Os esgotos pluviais, nestas intervenções de fundo, não podem confluir com os esgotos sanitários, tem de seguir condutas diferentes, e destinos diferentes. Os primeiros podem e devem ser reaproveitados para descargas nas sanitas e lavagem de ruas, e o excedente se o houver vai para o rio; os segundos só devem ter um destino a ETAR mais próxima para serem tratados, antes de serem lançados ao rio.
  • As empresas fornecedoras de serviços, entre outras: Electricidade, Gás, Telefone, Televisão, Água, Fibra Óptica para diversos serviços, e outros que ainda hão-de inventar, deveriam ser obrigadas a entenderem-se com as Câmaras Municipais e coordenar as obras e intervenções que vão fazer na cidade, exceptuando claro está as emergências. Já basta de estar constantemente a abrir buracos em ruas acabadas de arranjar.

  • As Câmaras municipais quando arranjam as ruas deveriam fazê-lo a fundo, e não limitando-se eleitoralmente a colocar alcatrão por cima de alcatrão para a rua ficar com um piso bom durante algum tempo. Deveria ser evitado ser colocado alcatrão por cima das pedras basálticas da calçada, pois a água que escorre por baixo vai partir o alcatrão todo. Fazendo uma intervenção de fundo, a rua fica mais sólida e atreita a fazer menos buracos e o alcatrão dura mais tempo.
  • As Câmaras em conjunto com o governo, deveriam coordenar-se para que existisse em todas as ruas, de todo o país, condutas técnicas (tal como existe em muitos países civilizados), para que as empresas fornecedoras de serviços, Electricidade, Gás, Telefone, Televisão, Água, Fibra Óptica para diversos serviços, e outros que ainda hão-de inventar, fossem obrigados a passar os caos e cablagem por essas condutas técnicas, e quando houvesse avarias ou rompimentos, evitassem de estar a esburacar as ruas todas.
As cidade teem de ser pensadas e projectadas tendo em vista a qualidade. Estou farto de obras na cidade, estou farto do não planeamento, o nosso país é um país bonito para se viver , para quando finalmente um pouco de QUALIDADE DE VIDA? Para quando entrarmos finalmente na EUROPA CIVILIZADA?

Construção: Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? NA BRIGADA TODOS OS ATAQUES SÃO PLANEADOS ESTRATÉGICAMENTE, ATÉ O ATAQUE AO ALMOÇO...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lisboa.... Tem muito trânsito

Hoje destaco o Blogue "Arcebispo de Cantuaria", um blogue atento à sociedade e cheio de humor sarcástico... já sabem vão lá ver e riam-se http://arcebispodecantuaria.blogs.sapo.pt/ já sabem é só clicar
Caros Bloguistas militantes
Andamos todos preocupados com o ambiente e com razão, muitas são as ideias e poucas são as vontades.
Só vejo preocupações mas acções, essas, poucas se vislumbram.
Oiço falar em medidas como :

  • Retirar carros das cidades;
  • Incentiva o uso dos transportes públicos;

Mas se temos essas ideias positivas, assistimos muitas vezes a medidas contrárias a elas, como por exemplo, o aumento dos parques de estacionamento, o aumento das zonas de estacionamento, a diminuição do passeio para os peões, a não implementação de pistas para bicicletas e veículos não motorizados, o não investimento nos transportes públicos, a falta de coordenação entre os transportes, a demora em haver uma Autoridade Metropolitana de Transportes.
Falam muito agora dos carros eléctricos, que são uma inovação, mas se repararmos bem: Lisboa, Coimbra e Porto já desde o Séc XIX que usam carros eléctricos... Sim os eléctricos ... transportes públicos... são carros eléctricos.
Mas como todos nós sabemos houve aí uma onda de iluminados que fizeram diminuir e muito as linhas de eléctricos nessas 3 cidades, tanto é assim que o Porto por exemplo só tem carros eléctricos, no Verão e para Turistas. Lisboa, acabou com mais de metade da linha de eléctricos, sei que a nova Câmara Municipal quer implementar eléctricos rápidos, na circular externa da cidade, e entre as colinas de Alcântara e Prazeres.
Sintra chegou mesmo a acabar com a linha de eléctrico para a Praia das Maçãs, agora é que voltou a implementá-la felizmente.
Para alguns sinais e medidas positivas, assistimos a medidas contraditórias, como são o aumento das autoestradas, o desinvestimento nos transportes públicos, a não requalificação e investimento nas vias pedonais e afins.
O IC19 é o itinerário mais congestionado em toda a Europa, aliás os acessos às capitais de distrito principais, Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, comparados com o trânsito de S.Paulo, ainda não são um Caos.

Digamos que aqui é só uma amostra, mas diria que para a nossa dimensão é bastante preocupante.
Uma das razões de ser deste congestionamento do tráfego, já o expliquei noutros posts que publiquei tem a ver com o preço do solo, a venda e o arrendamento nas capitais de Distrito, e a fuga para a periferia dos naturais dessas capitais.
Como o trabalho se mantém dentro da cidade, o fluxo migratório de ida e volta dos cidadãos de casa para o trabalho e do trabalho para casa todos os dias, origina transito problemático e o cansaço em todos nós.
Várias soluções existem para o problema, vontade política existisse para as implementar e para obrigar os cidadãos a aderir.
Por exemplo :
Entradas a horas desfasadas, se as empresas permitissem aos seus funcionários um horário flexível, uma boa parte do problema do trânsito resolvia-se; as capitais se impuserem às empresas que por exemplo a Empresa de A a G entram os seus funcionários às 9 horas, de H a O entram às 9.30, da P a Z entram às 10 horas, se calhar o fluxo de trânsito já não era tão intenso.
Mas teríamos de ir mais longe, devíamos seguir um exemplo que os militares já possuem há muito tempo, que são autocarros para transportar o seu pessoal de manhã de casa para o quartel e à tarde do Quartel para casa. Deveria ser obrigatório para as empresas com mais de 50 pessoas, possuirem um autocarro da empresa para transportar o seu pessoal de casa para o trabalho e vice-versa, trocava-se assim 50 carros por um autocarro.
As grandes empresas estatais ou particulares, deveriam dar o exemplo, o Colombo (leia-se centros comerciais) deveriam ter autocarros para o efeito, as Câmaras Municipais também, os ministérios principalmente.
Imaginem por exemplo a Câmara de Lisboa e os seus inúmeros funcionários, se tivessem vários autocarros que os levassem do emprego para casa e de casa para o emprego, as centenas de carros e de lugares de estacionamento que não poupávamos e ficavam livres.
A quantidade de combustível que era poupada só com esta medida, com efeitos no nosso ar ambiente, as filas que se reduziriam sem estes carros a entrarem diariamente na cidade.
Acabava-se também com os benefícios de os chefes de departamento e directores terem direito a carro da Câmara ou da empresa, e poupava-se uns milhares.
As empresas com menos de 50 funcionários associar-se-iam e coordenar-se-iam para que em conjunto tivessem este serviço e dividissem as despesas.
Tenho a certeza que com estas medidas reduzir-se-iam e muito as filas de trânsito e as dores de cabeça...
O carro é um luxo (o nosso país ainda está na 2ª geração automóvel, enquanto que outros países já vão na 3ª geração automovel)e como tal deve ser tratado, quem o quiser usar e prejudicar o ambiente paga pelo seu uso.
Não me venham com desculpas que, ah e tal eu sou vendedor e preciso do carro, para transportar as coisas, ou outros argumentos comodistas quaisquer. O uso do carro deveria ser regulamentado e o uso dos transportes públicos incentivado, aliás em consonância com o meu post de há uns dias atrás (para onde vos remeto), os transportes públicos deveriam ser gratuitos e mais abundantes e cobrirem mais áreas.
O chamado "Car-pool", ou seja a partilha do carro todos os dias por um grupo de pessoas, deveria ser incentivada e ter pistas próprias para quem aderisse.
Por último, as cargas e descargas, como já referi num post anterior, as cargas e descargas, não podem nem devem ser feitas, nas horas de ponta, nas horas de entrada das empresas (remeto-vos para a leitura desse post), isto para o trânsito fluir mais rapidamente.
Temos que proteger o ambiente e as nossas condições de vida, não faz sentido perdermos horas infinitas no trânsito, TEMPUS FUGIT, a nossa vida não é eterna, é efémera e não convém desperdiça-la numa fila de trânsito.
As medidas são necessárias não são fáceis de tomar mas são urgentes.
É urgente termos mais qualidade de vida.
Mas para isso era preciso políticos com pulso e vontade, onde estão eles na Europa inteira?


TRÂNSITO - Adelaide Ferreira
Vai o meu estava à toa
E apareceu a "Judite"
A cena passasse em Lisboa
e o meu ia tendo um flip
Cena má, cena boa
Oh que cena tão chique
Oh yé yeahhh

Safou-se cidade fora
entre becos e esquinas
A mona sempre à nora
sem saber onde parar
e a vida não é canja
para quem foge nas horas de ponta

Lisboooaaaaaaaaaaa

Tem muito trânsito (2x)
Tem muito trânsito teeeemmm
Tem muito trânsito (4x)
tem muito trânsito teeemmmm

E a minha descontraída
numa zona ao ataque
estava à espera do chavalo
para lhe dar o saque
vem aí a ramona
e agora vai tudo de cana
Oh yé yeahhh
E a minha pôs-se à milhas
mais parecia um Jumbo-jet
com os penantes a todo o gás
esta vida é um frete
ter que dar á sola
nas horas de maior ponta

Lisboaaaaaaaaaaa

Tem muito trânsito (3x)
tem muito trânsito teemmmmmm (4x)
Tem muito trânsito (3x)
tem muito trânsito teemmmmmm (4x)
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA QUANTO A TRANSPORTES SÓ USA OS NÃO POLUENTES... O CAVALO CLARO ESTÁ.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O PROFANADOR

Hoje destaco um blogue de alguém que me visitou recentemente aqui no blogue e deixou um comentário. Fui cuscar o blogue deste visitante e gostei e como gostei deixo aqui o destaque.
É um blogue de esperança que como diz no seu epigrafe "Porque este país se constroi em cada punhado de terra, em cada candeia, em cada semente de esperança que nasce de uma canção qualquer onde cada dia é sempre o primeiro para tornar este Portugal maior", o blogue chama-se
Primo die -Viagens, opinião e cultura, http://primodie.blogspot.com/, já sabem é só clicarem em cima. Caros Bloguistas Militantes
Ontem fui à tomada de posse da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal... de Lisboa.
Para a maioria desejo pessoalmente, em nome da cidade e em nome de uma boa gestão da cidade, um excelente mandato, a outros, poucos diga-se, desejo que o mandato lhes corra de igual feição ao tamanho do seu ego e da sua indiferença pelo povo que os elegeu.
Hoje sinto-me um PROFANADOR, um escarnecedor herético, contra esta pseudo reclamação moral , que um dia Philip.K.Dick escreveu, nesta sociedade em que todos pensamos que temos sido sempre felizes...
Nesta Sociedade em que até agora ninguém, nem o B.E. que é a oposição mais radical dentro do género, fez algo que profanasse e abanasse esta pseudo moral.

Estou farto de espíritos sádicos e obscenos que procuram explorar promenores sórdidos, para sujar qualquer acto inofensivo através da cosntante bisbilhotice, vendo procaria e culpa nas relações humanas normais.
Estou farto de ver casais desfeitos pelas bisbilhotices ou por terem asumido compromissos que sabiam à partida que era de conveniência ou por qualquer imposição moral ou social.
É por isso que depois vemo-nos a fazer-lhes perguntas concretas a elas e/ou a eles, como por exemplo:

  • Será que ele/a te compreende?
  • Ela/e compreende esse teu intímo que faz que tu sejas diferente e te mantém sempre fora do sistema?
  • Será que ele/ela te ode ajudar a trazer à luz este ìntimo, como deveria ser feito?

Sim, isso é que é importante, é mais importante do que tudo o resto!
Estou farto de acusações anónimas a cidadãos pacatos, de que os corruptores vão para a prisão preventiva enquanto os corrompidos continuam de fora e a continuarem a ser corrompidos "à bravier"... Hoje apetecia-me sinceramente, mandar uma série de pessoas à merda.
Sim, eu disse à merda, para não ter que dizer coisas piores.
E porque mandá-los aquela parte?
Porque eles não conseguem assumir um Não convicto, franco e directo e sustentado.
Porque eles não conseguem assumir um Sim sincero, leal e solidário.
São e estão nas meias tintas, estão em cima do muro a ver para que lado pendem e não cai... e não cai.
Porque usam subterfúgios para não perder os votos de potenciais eleitores, omitindo-lhes a verdade, pintando uma manta de retalhos lindos...
Porque não são pessoas rectas, livres, justas e solidárias.
Oh, sim a solidariedade... tantos que tem de ter essa obrigação acrescida e se fazem passar por "Columbinas" quando deveriam ser "Pierrots".
Dequalquer maneira com ou sem elegância não deixaram de ser palhaços...
Não são todos... claro que não .. muitas e honrosas excepções.

É incrível a quantidade de gente que se ajuda a chegar ao poder e quando o assume no mesmo dia são atingidos por "Alzheimer" e já não se lembram nem ligam a ninguém.
E falo de gente de todos os partidos, é transversal à sociedade política.
Estas transformações de humor, amores e espírito causam-me alguma estranheza e confusão.
Principalmente quando eles passam de bajuladores a mandadores.
Bem diz o ditado, não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu.
São estes que me apetece mandar à merda.
Há sempre alguém que diz não... que não lhes dá os "Àmen" que eles tanto gostam,.
Àmen esses que são inócuos, castradores, graxistas e mascaradores da realidade.
Mas que hei-de fazer há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não, mesmo quando os outros ficam calados... as consequências... bom as consequências "quem diz Não sabe-as tão bem...", não é?



Trova do vento que passa- Manuel Alegre

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de sevidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? UM DIA DESTES CARREGAMOS À SÉRIA... HOJE AINDA NÃO É O DIA...