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Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

táxi...táááxiii

Caros Bloguistas Militantes
Somos um eterno país de aldrabões.
E verifica-se amiúde que quem mais se queixa mais aldrabão é.
Quem anda de táxi, ouve-os queixar e protestar de tudo e mais alguma coisa...
O facto é que estes industriais contribuem significativamente para o mal-estar do país.
Quando falo em industriais, englobo empresários e funcionários.
Não são os únicos... infelizmente... mas hoje só me dedico a esta classe, outro dia, analisarei outra ou outras.
Quem vai à Suíça, e passa por Genéve por exemplo, sai da estação de Caminhos de Ferro, que liga ao Aeroporto, e apanha um táxi, só encontra Táxis topo de gama, desde Mercedes a Chevrolet, com a agravante para nós que a tarifa da Suíça é igual à nossa, e eles ganham três a quatro vezes mais que nós..
Comecemos pelo Aeroporto... dizem as más-línguas, que o Aeroporto de Lisboa não tem, como devia ter, Metropolitano a servir a Aerogare, porque existe uma forte oposição dos industriais do Táxi.

Não sei se isto será verdade, mas como dizem os italianos "Si non é vero, é bene trovato" (o meu italiano não é dos melhores, perdoem-me se acertei com algumas palavras).
O facto é que o nosso Aeroporto, não tem metro e tem uma Máfia de Industriais do táxi a parasitá-lo, só estou a transcrever o que alguns industriais da classe têm desabafado comigo ao longo dos anos.
Afirmam até que aquilo é um centro de batota e que a polícia a isso fecha os olhos, já para não falar das golpadas que dão aos turistas e aos Portugueses mais incautos.
Se a corrida do aeroporto é curta, é certo e sabido que temos de levar com o mau humor destes senhores, quase nos convidando para irmos a pé.
O segundo aspecto da questão, é uma interrogação que muitos já fizeram, como é que a maioria dos táxis Mercedes 190 e 220 ainda estão a funcionar na praça?
Alguns tem mais de 20 anos, e a maioria está a cair de podre….
Como é que aqueles carros passam na inspecção?
Como podem andar ao serviço dos cidadãos táxis, que estão todos conspurcados?

É que tanto pagamos de bandeirada por um táxi que seja topo de gama e esteja limpo, como pagamos por esses xarrabecos que já não valem nada e só poluem.
Como é que se pode permitir, que ande ao serviço do público carro que vem de outros países e já são mais que usados?
Nos outros países civilizados, os táxis estão ao serviço do público 5 anos noutros 7 anos e depois são abatidos obrigatoriamente à frota dos táxis… cá andam aos 20 e 30 anos.
A resposta a isto, também e encontra nas conversas que se tem nos táxis, existe um entre muitos, industriais do sector, ali para a Paiva Couceiro, que tem uma frota de Mercedes 190 considerável, mais de 15 segundo nos contam, e um dos táxis está sempre parado e está em estado impecável, e porque perguntam vocês?
Porque é o táxi que vai à inspecção ou melhor é o único da frota que vai à inspecção…não compreende? Eu explico como me explicaram a mim.
Só o carro que está em boas condições é que vai à inspecção, isto porque na inspecção automóvel o número da carroçaria e/ou do motor não é verificado, por isso basta levar aquele veículo com as matrículas dos outros táxis, e estes passam sempre…simples não é … o Português arranja sempre maneira… quando não é assim, encontram algum inspector que tem uma “mão deficiente”…
Na altura da EXPO98 foi tomada politicamente uma péssima decisão, em vez de permitir que os táxis da periferia pudessem durante aquele evento entrar dentro da cidade e fazer os serviços, os políticos resolveram aprovar mais uma quantidade de alvarás enorme para os táxis, resultado hoje em dia passado a Expo98 existem táxis a mais e serviço a menos.
A solução agora é ou existem táxis em condições ou o alvará é cancelado e o dinheiro por ele pago devolvido.
Já agora, sabia que numa Praça de táxis, onde existam vários táxis, você não é obrigado a apanhar o que está à frente, podendo escolher qualquer um que esteja parado?
Nós pagamos, nós é que decidimos, por muito que os outros taxistas que estejam na praça refilem.
Eu pago, eu escolho, prefiro ir num táxi novo a ir num xarrabeco, pago o mesmo, só vou num velho se não houver mais nenhum à minha vista.
Outra coisa que agrava a situação para os consumidores, foi a invenção dos Táxis de letra A, estes táxis cobram uma tarifa de bandeirada mais cara que os outros, e teoricamente só deveriam fazer serviços de hotéis e outros específicos, mas a lei erradamente permite que os táxis descaracterizados que ostentam a letra A estejam nas mesmas praças dos outros táxis, o que engana o cidadão quando apanha o táxi pois vai pagar mais caro pela viagem.
A solução para isto é simples a tarifa táxi devia ser igual para todos.
Outra coisa que eu não compreendo porque é que tem de ser sempre os mesmo a pagar a crise, porque razão é que há-de existir uma tarifa para de dia e outra para de noite e fins-de-semana?
Nós, os cidadãos, somos os que menos temos culpa do mau planeamento das cidades, os políticos empurraram-nos para casas na periferia, e se nos quisermos deslocar de táxi para for a do concelho de Lisboa, temos de pagar a tarifa 3.
A área Metropolitana de Lisboa e a do Porto, são especiais por isso são definidas e designadas por Áreas Metropolitanas. Por essa razão que as tarifas de táxi, deveriam ser únicas para a área metropolitana, tarifa 1 para toda a área metropolitana, e o mesmo deveria suceder com o passe dos transportes públicos, o passe para as áreas metropolitanas deveria ser único o L no caso de Lisboa e o equivalente par o Andante no caso do Porto, e ser extensivo para todos os transportes públicos.
Se os políticos não querem assim, pensassem antes de nos enviar para a periferia.
Voltando aos táxis, a DECO na sua revista Proteste de Março de 2009, fez um estudo das “aldrabices” cometidas pelos táxis, resumidamente foram estas as conclusões:
· Percursos mais longos, ou seja o industrial do táxi, não pergunta ao cliente como é o seu dever por que caminho deseja ir, optando como é óbvio na maior parte das vezes pelo caminho mais longo.
· Pouco civismo entre os industriais do táxi, temos que “gramar” o rádio da central a solicitar táxis para todo o lado ou então a rádio Amália e/ou aquelas músicas pimba que não lembram nem ao Diabo, quero abrir aqui uma excepção, em Lisboa, existem dois ou três taxistas de bom gosto, que passam música clássica nas suas viaturas, a esses sim a minha homenagem, é que além de música de qualidade tem conversas de qualidade.
· Os Industriais do táxi, não passam a respectiva factura do serviço, inventando 1001 desculpas, o que é obrigatório, não as desculpas mas o passar factura (isto acontece ainda com mais frequência na região d Santarém);
· Engano nos trocos sempre a favor deles… isso então é mato.
· Recibos ilegais, mas esta matéria já abordamos no post de 28/01/2009
· Os industriais não colocarem os suplementos ou então colocarem-nos erradamente, principalmente quando se leva bagagens de mão
· A roda onde o taxímetro está ligado, ser mais pequena ou mais vazia de modo a rodar mais que as restantes, contando assim mais kms.
· Um dispositivo ligado ao taxímetro para este ficar a contar mais rápido, ou no final da corrida aparece por instantes o preço mais alto; · Andar a velocidades abaixo dos 30 km, para que conte distância e tempo, pagando assim o cliente muito mais.
· Quando o cliente diz que é em determinado ponto que quer ficar, não desligam logo o taxímetro, pagando nós mais pela corrida;
· Quando entramos dentro do táxi, ainda sem dizermos para onde vamos, os industriais do táxi ligam logo o taxímetro.
· Os industriais do táxi, omitirem ao cliente a mudança de tarifa quando mudam de localidade, muitas vezes mudando a tarifa antes que isso seja legalmente possível
· Os industriais do táxi colocarem o taxímetro a trabalhar antes do tempo e depois do tempo, nós explicamos, colocarem o taxímetro a trabalhar assim que se abre a porta do táxi e antes de dizermos para onde vamos, e ter o taxímetro ligado enquanto está a emitir o recibo.
· Outro truque quando apanhamos o táxi numa praça, este geralmente está sempre com o motor parado, os industriais do táxi ligam primeiro o taxímetro e depois é que colocam o táxi a trabalhar, então se essa praça tiver um sinal luminoso, fazem tudo por tudo para que passe para vermelho para depois ficarem ainda mais tempo parados.
Por último vou abordar para finalizar, já este longo rol, e tenho a certeza que metade das manigâncias que são feitas não estão aqui descritas, o facto de muitos dos táxis não ter o taxímetro em local visível como é obrigatório e de lei. O taxímetro quanto a mim devia estar num de três lugares:
1. No tecto do veículo por cima do espelho retrovisor central interior;
2. No Espelho retrovisor, já existem espelhos retrovisores com software incorporado que permitem que o taxímetro seja lá visível;
3. A meio do tablier, por baixo do espelho retrovisor central;
Nunca poderão estar á frente do banco do passageiro da frente ou dentro do porta-luvas, onde é colocado propositadamente para que o passageiro não o vejo de modo a que o possam manobrar fazendo com que os clientes paguem mais.
É necessário intervir no sector, para a nossa defesa e segurança.
São necessárias novas regras para o comércio /indústria como protagonizamos no nosso post de 28/01/2010.
É que depois não se queixem que estão a perder clientela... com serviços assim quase mais vale ir a pé ou pedir boleia.

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA TAMBÉM ANDA DE TÁXI, MAS TENTA SEMPRE ACAUTELAR-SE.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Le chant des partisans - a canção dos resistentes

Caros Bloguistas Militantes

A situação no mundo agravou-se.
Não foi só em Portugal com estes "Fait-Divers" de Jornalistas contra o Poder e do Poder contra os Jornalistas.
Ninguém respeita ninguém, os valores são letra morta.
Estou preocupado, todos deveríamos estar preocupados, porque mais do que atentados contra o poder político, mais do que atentados contra a liberdade de imprensa, mais do que isso tudo... são os constantes atropelos ao Estado de Direito... que de Direito está visto é só para alguns, é o constante desafio contra a autoridade da República.
E não é só cá...
Não há lideres... e não havendo lideres, que sejam democratas, conscientes, com carisma e visão de futuro...facilmente cairá a Europa outra vez no totalitarismo. E quando isso suceder arrastará consigo o resto do mundo.
E se cairmos em totalitarismo, desta vez, será mais difícil de o combater, temo que o Império dos 1000 anos que Hitler falava se venha a instalar, porque não foram só os ganhadores que aprenderam com os erros do passado... os derrotados também o fizeram, e tiveram muito tempo para planear.
Se não tomarmos medidas, imediatas o pior para os povos do mundo, para os pobres do mundo não estará longe de acontecer.
Recorro ao exemplo da segunda guerra mundial, em que os inconformados, os que ousaram dizer não, se juntaram em grupos de resistência e ajudaram a que pelo menos tivéssemos algum tempo de Democracia mais tarde...
O filme Casablanca retrata bem o que o canto da resistência pode fazer calar, é é um exemplo a ser seguido, é só ver o video que aparece a negro no ecrã.

A maioria de nós está demasiado deslumbrada pelos bens materiais, para sequer reconhecer ou sentir o que se está a passar no mundo...
Estamos no tempo do "Ter" ... e não do "Ser"... mas quando o exército de 18 milhões de desempregados na Europa e sabe-se lá quantos mais no mundo) se começar a mexer... o "Ser" voltará a ter importância.. . e o "Ter" vai sofrer um abalo grande...preparemo-nos... porque não vai ser fácil, vai ser longo, violentoe e nada bonito de se ver.


Le chant des partisans - Canção da resistência francesa

Amigo, ouves o voo negro do corvo
Sobre as nossas planícies?
Amigo, ouves o grito surdo
Do nosso país acorrentado?
Resistentes, operários e camponeses
Dai o alarme
Esta noite o inimigo conhecerá
O preço do sangue e das lágrimas
Subi da mina
Descei das colinas, camaradas
Tirai da palha as espingardas
As metralhadoras, as granadas
Matadores, com balas e facas,
Matai depressa
Sabotador, atenção à tua carga
de Dinamite
Somos nós que libertamos da prisão
Os nossos irmãos,
o ódio que nos persegue
a fome que nos empurra
A miséria ...
Ele há países onde na cama
as pessoas sonham;
Aqui, nós, vê-la tu,
Nós marchamos e matamos
nós morremos.
Aqui cada um sabe
o que quer, o que faz
quando passa ...
Amigo se tu caíres
Outro amigo sai da sombra
e ocupa o teu lugar.
Amanhã o sangue negro
secará ao sol
nas estradas
Cantai, companheiros,
Na noite a liberdade,
escuta-nos ...
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA CITA UM POETA... "VEM VAMOS EMBORA QUE ESPERAR NAO É SABER"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A gaivota e o lado negro da força

Caros Bloguistas
Quantas vezes terei de dizer: JÁ BASTA! Quantas vezes, poder-me-ão dizer?
Sabem o que vos digo?
Enganaram-nos muito bem enganados... a todos nós.
Tantas promessas que ouvimos de Liberdade e de Democracia...
Será que sou só eu que sinto que demos vários passos atrás e só vivemos em relativa Liberdade, em relativa Democracia e em relativa República?
Será que sou só eu que sinto, a Liberdade a fugir-nos por entre os dedos, a Democracia a ser apropriada só por alguns e a República toda a desmoronar-se.
Será que sou só eu que vejo, que a nossa República está tal e qual oq eu nos foi apresentado nos 3 primeiros episódios do filme "Star Wars", em que a burocracia e os tecnocratas nos estão a conduzir para o que não queremos.
Conseguimos numa primeira fase com sucesso, felizmente, fugir à tentação comunista... a nossa escolha e rumo foi outra...Mas com esse caminho não nos estão a conduzir para outra forma de totalitarismo encapotado?
Se calhar era melhor não ter escolhido nenhum dos dois caminhos, se calhar deveríamos ter dito que não a um e a outro... se calhar aliar-mo-nos ao inimigo do nosso inimigo, não foi a melhor escolha, se calhar deveríamos ter ido por uma terceira via e combatermos os dois.Alguém disse e bem "O preço da Liberdade e da Democracia, é a eterna vigilância."
Mas nós. o povo, tornámo-nos perigosamente desatentos, e já não somos tão livres como a Gaivota que voava, voava ou como a Papoila que é livre de crescer...Temo que um dia o que a criança dizia que não já não ia combater e era livre de dizer, já nós não poderemos dizer o mesmo...
Somos um povo, que é peculiar...em tudo o que dizem de nós, só nos últimos minutos das piores horas, é que parece que acordamos de uma letargia...
Compraram a nossa Liberdade e Democracia com bens materiais, vendemo-nos por ilusões, estamos acomodados, tristes, desiludidos e cansados...
Reagir?Reagir? Não. Não me parece.
Talvez estejamos a esperar pelo último minuto, da última hora, mas com o desenvolver da tecnologia, se calhar... se calhar já não vamos a tempo.
Alguém político disse:"é preciso que algo mude para que tudo fique na mesma..." pensámos que a concretização dessa frase não fosse possível com o 25/4, mas afinal a frase estava certa, algo mudou e nós ficámos na mesma... ou pior...
Pior porquê?
Entre outras coisas, SOMOS 18 MILHÕES DE CIDADÃOS DESEMPREGADOS NA EUROPA, entre outras coisas, a quantidade de Pobres é demasiado grande, sempre foi grande sendo que um já é demais.
Voltamos a ser a voz sufocado de um povo a dizer não quero, pois é tão difícil não passar para o lado negro da força...

Somos livres (uma gaivota voava voava)
Letra e música: Ermelinda Duarte
Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS,NÃO HÁ? A BRIGADA ESTÁ CÉPTICA, ACHA QUE PARA MUDAR O RUMO DAS COISAS, SÓ UMA BRIGADA NÃO CHEGA, QUE A FORÇA ESTEJA CONNOSCO.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"O CONHECIMENTO DA LEI APROVEITA A MUITA GENTE... "

Caros Bloguistas Militantes
Ensinam-nos nas aulas de direito, em "Introdução ao Estudo do Direito", o seguinte: no Código Civil no "Artº 6º- Ignorância ou má interpretação da lei -A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas."
Esta é uma das normas que eu embirro solenemente, e passo a explicar o porquê: quem faz o favor de ler o meu blogue, já se deve ter apercebido que eu não sou nada religioso, como afirmou um dia Mário Soares: "não tive a felicidade de ser tocado pela fé."
Mas apesar de não ser religioso, não sou fanático ateu e reconheço que as diversas religiões tem uma forma peculiar de transmitir e ensinar as leis que eles dizem ser de Deus e que as nossas sociedades adoptaram para regular a vida social.

Sejam eles Muçulmanos, Cristãos, Judeus ou outros, todos explicam e repetem periodicamente aos seus fiéis seguidores, quais são as leis, as consequencias se eles não as cumprirem.
Ou seja, o que está escrito nas Suras do AL-CORÃO, ou nos livros da BÍBLIA ou da TORAH, é explicado minuciosamente aos fiéis, dentro do culto religioso pelos sacerdotes da congregação.
E porque é que isto acontece?
Porque as diferentes religiões tem conhecimento e sabem que o grau de analfabetismo, iliteracia e o grau de más interpretações dos textos por parte do seu povo é um facto real.
Eles sabem que este fenómeno existe e grassa no seio das suas comunidades.
Os Sacerdotes não se podem "dar ao luxo" de terem uns fiéis que compreendem a palavra que lhes está a ser transmitida, as suas leis, implicações e interpretações e outros fiquem na mais profunda ignorância.
Os religiosos, no cuidadado de espalhar a palavra conveninetemente, sabem que a máxima civil do artigo 6º do código civil A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas." é tida em conta e levam mais longe essa prática, eles acharam uma fórmula de transmitir à generalidade a lei, fazendo com que o seu povo não fique na ignorância e saiba quais as leis que os regem.
O culto é assim, nesta perspectiva, uma espécie de aula de direito religioso/canónico/surático.
Os advogados e juristas, que tiveram um curso para ler e interpretar leis, não tem todo o conhecimento, aliás ninguém sabe tudo sobre todas as leis, e quem disser o contrário é tolo.
Com a massiva saída de legislação sobre todos os assuntos e com a nossa entrada para a CEE, múltiplos foram os assuntos e legislação que entraram no ordenamento jurídico nacional.
Se já tínhamos o desconhecimento da maior parte das leis, com esta entrada mais ignorantes ficámos.
Existem textos legislativos que nem os mais apurados advogados conseguem interpretar, aliás divergências doutrinárias e de interpretação é o que existe mais em Direito.
Como é que se pode dizer a um analfabeto, a um iliterado, a uma pessoa que não sabe interpretar o texto que está a ler "A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas"?
Se nós não ensinamos ou transmitimos aos cidadãos o que está escrito na lei, se existem cidadãos analfabetos e iliterados, como é que queremos que eles saibam?
Por osmose?
A prática religiosa da transmissão da lei(só esta) deveria ser copiada para a sociedade.
É que, com este paradoxo, a economia como sempre aproveita-se dos incautos.
É com base nesta pequena norma, que os Bancos, as Companhias de Seguro, as companhias fornecedoras dos mais diversos serviços como por exemplo as de Telemóveis, se aproveitam para colocar lá cláusulas miudinhas ilegíveis e de difícil interpretação.
É com base nisto que depois fazem accionar essa cláusulas, quando apanham os pobres coitados (que somos todos nós) desprevenidos, alegando que estava escrito, muitas vezes cláusulas contra-legem.
Mesmo quando nós lendo previamente e depois assinamos não sabemos ao que nos estamos a vincular naquele contrato...
Isto já para não falar que se trata de contratos de leão, em que há uma parte que é a forte (são as companhias) e outra que se sujeita e que é a fraca (que somos todos nós) porque não temos outro remédio se queremos o serviço, que por exemplo, no caso dos seguros, são obrigatórios nós fazermos um...
Para contrariar todo este empenho do Estado de nos obrigar a cumprir a lei, nós os cidadãos, também temos a obrigação de fazer com que o Estado cumpra a sua parte, afinal esta relação cidadão Estado é biunivoca, assim os cidadãos deveriam ter aulas de cidadania, onde pelo menos os direitos mais básicos lhes fossem ensinados.
Nos 100 anos da República condenou-se (e bem) a prática católica do incentivo à ignorância e à iliteracia, pois eram causas que danificavam e danificaram o pensamento e o tecido social.
Parece que passados 100 anos da República esquecemos esses ideais e estamos a adoptar as forma que a República com os seus ideais condenou quando se implantou.
O desconhecimento da lei não aproveita realmente a ninguém ... já

"O CONHECIMENTO DA LEI APROVEITA A MUITA GENTE... " oh se aproveita...




"Bíblias De Um Deus Ateu" - Sérgio Godinho
No caule
da efémera flôr
cresce firme o amor
Meu Deus! Alá!
Há lá maior contradição?

Eram
dois estrantes
tipo flores brotantes
crescendo dentro da tenda
dos festivais de verão

Sucumbe-se aos
cheiros floridos do caos
sustendo as pétalas e a respiração

(É que) Em matérias do amor
rega-flor, pisa-flor
estamos sempre adolescendo
espesso livro vamos lendo
e coitados!
Somos sempre uns iletrados
estamos sempre adolescendo

Escreve o meu livro
e eu escrevo o teu
biblias de um deus ateu
flor seca às vezes já marcou
o que o mau olhado leu
Acreditou? Já descreu
artificial natural podes crer
que ao amor
vera flor vera flor
já cresceu podes crer
já cresceu
androceu gineceu

E tudo
o que o amor souber
é para desaprender
gatos
que sobre os tectos
noite fora miarão

Quando é
que o amor felino
ganha tento e ganha tino
e afasta as unhas
de perto do coração?

E fora do vaso
a pétala puxada ao acaso
um pouco not at all beaucoup
abre o seu Sésamo ou não?

Em matérias do amor
rega-flor, pisa-flor
estamos sempre adolescendo
espesso livro vamos lendo
e coitados!
Somos sempre uns iletrados
estamos sempre adolescendo

Escreve o meu livro
e eu escrevo o teu
biblias de um deus ateu
flor seca às vezes já marcou
o que o mau olhado leu
Acreditou? Já descreu
artificial natural podes crer
que ao amor
vera flor vera flor
já cresceu podes crer
já cresceu
androceu gineceu

E depois
regressa-se aos
moldes rombos de outro caos
ordem na sala
e junto à porta
a mala no chão

Enfim: metaforizando
a flor abre-se até quando?
e quando, depois de murchar
volta à lapela em botão?

(É que) Em matérias do amor
rega-flor, pisa-flor
estamos sempre adolescendo
espesso livro vamos lendo
e coitados!
Somos sempre uns iletrados
estamos sempre adolescendo

Escreve o meu livro
e eu escrevo o teu
biblias de um deus ateu
flor seca às vezes já marcou
o que o mau olhado leu
Acreditou? Já descreu
artificial natural podes crer
que ao amor
vera flor vera flor
já cresceu podes crer
já cresceu
androceu gineceu

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS. NÃO HÁ? A BRIGADA NÃO ENTRA EM GUERRAS SANTAS, MAS QUEM FAZ DA BRIGADA SÓ SAI COM A ESCOLA COMPLETA...