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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Democracia What else

Olá Caros Bloguistas Militantes

Estamos na época do Natal, para os cristãos obviamente, porque para os outros todos ( que só por acaso são a maioria) é um tempo igual a outros.

Mas é uma época de paz, concórdia e harmonia para a maioria de todos nós.

É também uma época de pânico, para galinhas, perús, patos e outros animais de capoeira, assim como para cabritos e bacalhaus.

Cuidado com as imitações...

Muito devem estes bichos gostar de vegetarianos, principalmente nesta época, devem mesmo vê-los como protectores da sua continuidade da espécie.

Por falar em continuação da espécie...

Fiquei democraticamnte bastante preocupado e ainda estou... e perguntam vocês: qual a causa de ficarmos preocupados em Democracia?

Nós ficamos preocupados em Democracia, quando vemos que esta é diminuída, diluída, administrativamente e politicamente bloqueada e fica a um ténue passo de passar a ser musculada... temos seriamente de ter cuidado com as imitações!

De que é que vos falo?

Pois bem, falo-vos do seguinte: Certamente que vós não ligasteis (gostei desta do não ligasteis... soa-me a realeza) ou não deram importância (assim já soa mais a plebe), ao facto de ter entrado em vigor uma lei, que rezava assim: Os partidos com menos de 5000 (cinco mil) militantes serão considerados extintos.

Entre eles contam-se o recém criado PND, o histórico PCTP/MRPP e o monárquico PPM, não sou de nenhum deles.

São partidos minoritárias, mas representam a voz de alguém, e democraticamente devem ser ouvidos, porque estar em minoria não significa ser burro.

Assistimos a uma espécie de ASAE para o sistema político, que interveio sem dó nem piedade, cega e brutalmente sobre os partidos pequenos, que é como quem diz sobre os partidos das minorias.

Se eu sou contra a ditadura das minorias, também sou contra a extinção administrativa das minorias.

Extinguir os partidos com menos de 5000 militantes, é um absurdo, imaginem que a União Europeia seguia o mesmo caminho, e que standarizava as eleições nos 27, impondo por exemplo um número mínimo de 100.000 militantes para os partidos concorrerem.

Iríamos ficar só com partidos trans-europeus, onde os países pequenos iriam contar pouco.

É uma medida muito ao estilo de Mao com o PC chinês ou Estaline com o PC soviético, ou as práticas do Dr. Salazar ou do Generalíssimo Franco ou mesmo de Hitler, entre este estilo de partido único e o que aprovámos a linha cada vez é mais ténue.

Ora a unicidade nunca me agradou, a génese da coisa vai ao encontro da standarização na política, logo ao pensamento único e da linha do partido, condiciona fortemente a opinião divergente, fica confinada a opinião aos chamados grandes partidos e aos seus apaniguados.

Todas a gente assim, fica livre democraticamente de concordar com aquilo que eu digo.

Agrava isto e é triste, as ofertas que nos são disponíbilizadas, são as dos grandes partidos, que estão amorfos e viciados e que não ouvem os militantes que são a sua base, só interessa a opinião e os interesses dos "barões", digo isto só para ser simpático...

Temos partidos grandes que não funcionam, tem as secções/núcleos/comités que não funcionam, que se limitam a enviar os parabéns quando fazemos anos, que não têm sede física ou as que têm estão degradadas.

Não reúnem, não debatem ideias, quando o fazem é só para transmitir o pensamento do topo para orientar as bases, fazem convocatórias com as primeiras linhas do partido , e aparecem 10 ou 12 militantes.

Os mais novos que vão para os secretariados das secções/núcleos/comités, desiludem-se depressa, de tão enfadonho e inoperante que essas reuniões são, nunca chegam a lado nenhum... só alguns chegam.

A todos deve ser garantida a liberdade de se expressar sem constrangimentos, desde que a democracia seja salvaguardada e contra a mesma não atentem.

Depois o mais grave disto, é que foi uma Lei a ditar esta medida.

Ora, uma lei é feita pela Assembleia da República, logo não foi o governo mas sim todos os partidos políticos que lá tem assento a legislar sobre o assunto.

Nada como ter as equipas a viciar as regras do jogo, em proveito próprio... lá está cuidado com as imitações.

É como ter o S.L. Benfica, o Sporting C.P. e o F.C. Porto, a decidirem unilateralmente (ainda mais e á descarada) que não jogavam mais com os clubes pequenos e que quem tinha direito a pertencer à liga de futebol eram só eles os três.

A lei é tão perversa e tão bem urdida, que para se fazer um partido político novo é quase impossível, tamanhas exigências são as da lei.

A livre associação dos cidadãos, ditada pela constituição (C.R.P) fica assim amputada por uma lei que é de valor mais baixo que a própria C.R.P.

A C.R.P. permite mas a lei torna-o impossível, tal é o número de cidadãos e outros actos administrativos exigidos para se fazer um novo partido, tendo em conta a dificuldade que existe em nos querer associar, é um problema levantado ao quadrado.

Preocupados com os independentes e as associações de cidadãos que actualemente concorrem às autarquias...

Onde estes andam a conquistar os lugares e por consequência tiram-nos aos partidos.

Resolveram os partidos da A.R., só nos permitirem mais do mesmo, ou seja a eles próprios... mais uma vez... cuidado com as imitações.

Acresce, que o PSD e o PS, vão chegar a um acordo sobre as formas de eleição para as autarquias.

Não vai ser a proposta de um, nem a proposta de outro, mas o acordo entre os dois.

Portanto vamos ter o possível, só que o possível nesta área é um desastre completo, algo híbrido que abre possibilidades interessantes, mas fecha as portas legislativamente a elas acontecerem, devido às maiorias pedidas.

Não falo sobre a proposta do PCP, que é uma autêntica calamidade, as do Bloco e do CDS desconheço-as, portanto não me pronuncio.

Para mim, a proposta mais equilibrada, é o que se pratica noutros países, e assume um método já provado e eficaz, eram existirem autarquias com estilo parlamentar.

Aqui só tinhamos para as autarquias duas espécies de eleição, uma para a Assembleia Municipal, outra para a Assembleia de Freguesia.

Depois o método era igual, os presidentes, tanto da Camâra como da Junta, assim como os executivos, sairiam, respectivamnte das respectivas Assembleias.

Assim o órgão executivo municipal como da freguesia, saíriam dos deputaods eleitos para as assembleias.

Obviamente o reforço dos poderes efectivos das Assembleias, principalmente o fiscalizador e o de moções de censura, assim como outros, torna-se necessário.

Pois é nas Assembleias, que o povo depositou a soberania através do seu voto, só assim sim teríamos um poder local democrático.

Pois é Bloguistas Militantes, caminhamos no fio da navalha entre a democracia e o totalitarismo das elites da economia, e temo já não haver betadine e desinfectante e pensos que cheguem para todos quando a navalha cortar.... cuidado com as imitações.

Faz lembrar o anúncio da "Nespresso, what else" e o equívoco gerado, o mesmo acontece com a democracia, e apetece dizer.

Democracia, What Else? e cuidado com as imitações...

Cuidado com as Imitações - Letra e música: Sérgio Godinho

Estimado ouvinte, já que agora estou consigo
Peço apenas dois minutos de atenção
É pra contar a história de um amigo
Casimiro Baltazar da Conceição

O Casimiro, talvez você não conheça
a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa
mas lá no burgo, por incrível que pareça
era, mais famoso que no Vaticano o Papa

O Casimiro era assim como um vidente
tinha um olho mesmo no meio da testa
isto pra lá dos outros dois é evidente
por isso façamos que ia dormir a sesta

Ficava de olho aberto
via as coisas de perto
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava male como é natural
tentava sempre não se deixar enganar

(e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Lá na aldeia havia um homem que mandava
toda a gente, um por um, por-se na bicha
e votar nele e se votassem lá lhes dava
um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha

E prometeu que construía um hospital
Uma escola e prédios de habitação
e uma capela maior que uma catedral
pelo menos a julgar pela descrição

Mas...
O Casimiro que era fino do ouvido
tinha as orelhas equipadas com radar
ouvia o tipo muito sério e comedido
mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar

E...
punha o ouvido atento
via as coisas por dentro
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava male como é natural
tentava sempre não se deixar enganar

(e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Ora o tal tipo que morava lá na aldeia
estava doido, já se vê, com o Casimiro
de cada vez que sorria à plateia
lá se lhe viam os dentes de vampiro

De forma que pra comprar o Casimiro
em vez do insulto, do boicote, da ameaça
disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça

Mas...
O Casimiro que era tudo menos burro
tinha um nariz que parecia um elefante
sentiu logo que aquilo cheirava a esturro
ser honesto não é só ser bem falante

A moral deste conto
vou resumi-la e pronto
cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro pra ter
sempre cuidado pra não se deixar levar.

Ele há cargas fantásticas, não há? Mas temos sempre de estar atentos aos inimigos, e aos amigos que o dizem que são... mas não o são...

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