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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A gripe no Natal

Caros E Caras Bloguistas Militantes

Parece que é Natal.

Antes da época natalícia, todas as pessoas, ou pelo menos a maioria, da latitude "judaico-cristã", tem um ataque que é muito parecido à gripe.

Eu explico, uma gripe, é algo que começa a ter Uma sintomatologia e depois dá-nos com força e assim como veio desaparece, grosso modo é isto.

Aquilo a que eu chamo gripe natalícia, é o que se chama em latim, "gripus amorosus fraternalis", ou seja gripe do Amor e da Fraternidade.

Tal como a gripe, os sintomas são vários e varíaveis, uns sintomas começam mais cedo, temos notícias de que começam em Agosto na época dos Saldos, outros mais tarde para aí umas 2 semanas antes do Natal.

Os sintomas traduzem-se por uma desenfreada e por vezes patética compra de presentes, que aumenta a ansiedade e o stress conforme chegamos perto do Natal, outro dos sintomas implica pensar que presentes se vão oferecer e a quem, e dependendo da pessoa assim o planeamento é mais ou menos demorado.

Temos a sintomatologia "Compris Trezentis" que geralemente é acompanhado de dois sintomas em conjunto ou separado " Non valius Mais quisto" e o " Non existus agentarus pra tantum", traduzindo,compras nas lojas do trezentos, em que não vales mais que isto e/ou não tenho dinheiro para mais.

Existem sintomatologias mais refinadas, mas isso só para quem frequenta hospitais da CUF ou médicos particulares, pois são exames próprios, que diagnosticam "ferrarite/porshite/audite aguda", ou "armani crónico" e outras associadas.

Comum a todos, é a sintomatologia acentuada, que se evidencia mais perto do Natal, que é ficarem todos os que estão no mundo judaico-cristão, mais fraternais, tolerantes, e outros a tecer loas à paz e concórdia entre os homens.

Mas tal como a gripe, se assim veio, assim se vai, e nos dias 24 e 25, dá-se o milagre da cura, e isso é conseguido com a entrega de presentes, e toda a ""gripus amorosus fraternalis", assim como veio desaparece, recomeçando o ciclo um ano mais tarde.

Pois mas tal como a gripe, não afecta todos os seres humanos, é como aquela espécie de gripe aviária que só as aves afecta, esta só afecta quem está no mundo judaico-cristão, aos outros não os afecta.

Só que somos 6 biliões de pessoas no planeta terra, e os "outros" são a maioria, já que judaico-cristãos são apenas uns meros milhões., que comemoram os feriados e as festas que erradamente julgamos ser comuns e partilhadas por todos.

Tantos milhares de anos de evolução, tantos milhares de anos de costas voltadas uns para os outros e de falta de entendimento.

Os cristãos chegam ao Natal, e temos festa, que por coincidência ou não, caiu logo no costume de comemorar o Solstício de Inverno.

O Solstício de Inverno, é a noite mais longa do ano, em que as trevas param de crescer, e onde a noite é vencida pela luz, tem aí o seu canto do cisne, pois a luz a partir daí vai recuperar o seu espaço, isto no hemisfério norte.

É a simbólica luta do bem contra o mal, da harmonia resplandecente contra a desarmonia das trevas, pois... coincidências quando o s cristãos "implementarem" a sua data do Natal.

Mas se os cristãos comemoram a sua "paz e harmonia" e a "boa vontade entre os Homens" e fazem-no a 25 de Dezembro o seu Natal com toda a sua propriedade, são assim o digamos "intolerantes".

Intolerantes, perguntais vós?

Sim, respondo eu, não intolerantes na ideia, mas intolerantes na atitude.

Os muçulmanos também comemoram o seu Ramadão, os Judeus os seu Hannukah, e outras religiões mais antigas, também tem o seu tempo de devoção e recolhimento, e a maioria com muitos mais adeptos que as religiões cristãs.

Mas muito pouco ou mesmo nada, se ouve falar delas, muito poucos são capazes de desejar as "boas festas" na altura indicada, nas festas equivalentes, a um muçulmano, a um hindu, a um judeu, a um xintoísta.

Aqui está a nossa intolerância e ignorância, milhares de anos a conviver o mesmo planeta e sabemos tão pouco uns dos outros.

Só sabemos ser bélicos, se falarmos de guerras, conflitos, fome, tristeza.. aí caros bloguistas militantes sabemos tudo e mais alguma coisa.

Tantos somos nós em quantidade, e mais avançados poderíamos estar, social, cientifica e humanamente falando, se empregássemos o dinheiro, esforço e engenho em coisas positivas para toda a humanidade.

Já poderíamos como eu o desejava, andar por aí no espaço, a explorar novas galáxias desconhecidas, descobrir novos planetas, arranjar curas para doenças que nos atormentam, resolver o problema da fome e da água.

Vemos na TV morrer pessoas de fome, sede, famílias a serem separadas pela guerra e só nos preocupamos com as "festas da nossa casa".

Mas como queremos chegar aí se nem as boas festas na altura devida conseguimos dar uns aos outros?

Tal como outros animais, preferimos andar a marcar território, e ai de quem lá pise.

No mundo judaico-cristão, onde fomos ensinados a ter esta intolerância passiva, ainda conseguimos piorar a coisa, ou seja comercializámos a data que a tolerância e os valores bons eram pelo menos uma vez no ano lembrados... só isso lembrados.

A réstia de desejo de "paz e harmonia" e a "concórdia" entre os "seus" Homens, cada ano se esvai mais... e o que interessa são as prendas...

Continuemos a olhar assim para o umbigo que vamos longe.

Boas festas em todas as línguas, nos tempos devidos, para todos os que pretendem ser realmente tolerantes... e demais seres humanos.

Sonho Impossível - Chico Buarque

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? MAS EXISTEM GUERREIROS FARTOS DA GUERRA E DA INTOLERÂNCIA.

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