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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sábado, 29 de dezembro de 2007

A política do Eu... calipto

Olá Caras e Caros Bloguistas Militantes

Em pleno período de festas, falando pelo lado ocidental da humanidade... porque os outros 3/4 do mundo continuam na sua vida normal.

Cá andamos todos na nossa azáfama do costume.

Antes de entrar no tema, tenho de mostrar aqui o meu mais veemente repúdio, por aquilo que fizeram no Paquistão à Srª Benazir Butto.

Barbárie, é o termo que me ocorre, como é possível no Sec. XXI ainda estarmos tão austrolopitecamente atrasados, fiquei enojado, repugnado, democraticamente e humanamente triste.

Protesto também por aquilo que não aconteceu ainda nas Nações Unidas, uma intervenção no Paquistão era mais que necessária... será que não interveem ou não querem intervir porque eles tem armas nucleares... até quando temos de ver milhões de inocentes derramar sangue pelo fanatismo de alguns?

Cá pelo burgo, as coisas só são violentas em palavras, o BCP, contínua a dar que falar, e tem repercussões nos meios políticos.

O PSD perdeu todo o pudor, e aos 4 ventos, pela voz de Rui Gomes da Silva (já foi nosso professor e sabemos quão cínico ele pode ser), exigiu a nomeação de um apaniguado seu para a C.G.D.

O Governo, pela voz de Pedro Silva Pereira (que também já foi nosso professor, e sabemos quão hábil politicamente ele sabe agir), diz que não cedeu, mas nomeou um apaniguado do partido da oposiçao.

O Governo não cedeu e canta vitória, o PSD diz que o governo cedeu e vitória canta.

E eu digo, infelizmente ambos tem razão.

Eu ia escrever que "é uma vergonha nacional o que se está a passar", mas infelizmente as "vergonhas" no nosso Portugal, são o "pão nosso de cada dia" parafraseando uma frase cristã.

Que existia um interesse de nomeações para cargos não políticos, que envolve o bloco central (tem este nome devido a uma antiga coligação entre o PSD e o PS ou dito de outra maneira, os dois partidos de maior poder uniram-se numa coligação de interesses dos seus Generais desde os anos 80 do Sec XX, ou dito de outra maneira, os aparelhos dos dois partidos, aqueles que não aparecem e não dão nas vistas, controlam os lugares das E.P.E's seja quem for que esteja no governo).

Esse jogo de interesses, funciona da seguinte maneira, se o Governo é de uma cor, os cargos em determinadas E.P.E's e/ou controladas pelo Estado, são presididos por elementos afectos ao partido da cor contrária.

Existe uma segunda metodologia, complementar á primeira, que é colocar em algumas presidências o pessoal afecto ao partido do governo e no conselho de administração uns quantos do PSD e outros do PS.

O certo é que eles estão lá sempre, saem da presidência de uma empresa quando o partido que está no governo muda, para a vice-presidência de outra empresa, cujo presidente é o apaniguado do partido do governo.

É um contentamento descontente que a todos contenta, sempre aos mesmos... temos aqui a democracia portuguesa no seu melhor.

É um clube de empresários com experiência (pois está claro, só eles tem experiência, porque mais nenhum lá põe os pés), que vai rodando sempre entre os mesmos, com uma pequena agravante, de não serem eleitos, e não serem noticiados, só quando fazem algo errado, o que é raro, por isso estão la sempre.

Ganhe quem ganhar eles ganham sempre... e ganham bem... são principescamente pagos.

Saibam, que os nossos gestores, são os que mais recebem na Europa inteira, os resultados é que não aparecem... bom .. que é que isso interessa não é?

Sabem, estou farto disto, desta política do EUCALIPTO.

Eu chamo a política do Eucalipto, porque tal como a árvore, onde assenta arraiais, nada cresce e seca tudo o que está á sua volta.

Isso acontece na política, nas empresas, nos sindicatos... são sempre os mesmos...

Não admira que ideias novas não apareçam.

Não
espanta que quem tenha ideias novas seja "aniquilado" e "desacreditado" politicamente falando.

Caras e caros bloguistas militantes, como disse um ilustre da nossa praça (não me lembro do nome mas lembro-me das suas palavras):

As críticas são sempre necessárias.



Mas é sempre bom olhar para os novos patifes antes de correr com os actuais.


A democracia é um sistema pobre, a única coisa que pode ser dita a seu favor, é que é tão boa como qualquer outro método.


A sua pior falha é que os chefes reflectem os seus constituintes: um baixo nível, mas o que é que se pode esperar?



Portanto olha para eles e pensa na sua ignorância, estupidez e egoísmo ... em seguida olha para o homem que o substituiria se o governo cair.


A diferença é muito pequena, existe sempre uma diferença, está entre o mau e o pior... o que é muito diferente entre o bom e o melhor.

É o país que temos, é o país que temos.

Vai Passar - Chico Buarque

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, o lelê,
ai que vida boa, o lalá
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, o lelê,
ai que vida boa, o lalá

Ele há cargas fantásticas não há? Mas por este andar vamos carregar para outro lado.

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