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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

domingo, 17 de outubro de 2010

Quando o Mar Bate na Rocha- Parte 6- Taxação dos veículos na entrada das cidades TOMO1/importação de energia -tomo2

Nota 1: Devido à especificidade deste artigo, a matéria em relação aos combustiveis, virá detalhada na parte 2 que será publicada nos próximos dias.
Nota 2 :Antes de ler o artigo vejam este pequeno video, S.F.F.

Caros Bloguistas Militantes
A Brigada está triste, porque o governo, ou quem manda… queremos dizer…quem dirige… não nos lê.
Triste porque estas medidas estão nos antípodas do que é a essência do PS, e, estamos convencidos que há muita gente que diz…não foi para este PS que eu entrei (já ouvimos publicamente este desabafo).
Muito havia para dizer sobre este assunto… mas não o vamos fazer, estamos tristes, porque depois do que foi anunciado, todos vamos ficar a perder, a pobreza vai aumentar, e como sempre “Quando o mar bate na rocha…”.
Existem alternativas, PORRA! OIÇAM O POVO... NESTE CASO DIZEMOS OUÇAM/LEIAM A BRIGADA.
Existem mesmo, se não forem as nossas, leiam outro tipo de propostas que não implicam aumento de impostos.
Lideres, é o que necessitamos, e não meros executantes das políticas dos bancos/grandes financeiras.
Não estou a falar em particular de Portugal, estou a falar da U.E., mas também de Portugal.
Falamos em poupar dinheiro e em gastar menos dinheiro ao erário público.
Esta é mais uma das medidas que apresentamos, complementar a todas as que já escrevemos neste tema “Quando o mar bate na rocha”, o tema de hoje, o sexto, trata taxação dos veículos na entrada das cidades e da importação de combustível.
Queremos relembrar que diariamente todos combatemos uma guerra civil nas estradas.
Queremos dizer que essa guerra nos custa: Muitas vidas em recursos humanos, leia-se cidadãos e dinheiro do erário público, e em deslocações dos meios de socorro, dos gastos nos hospitais, dos cuidados intermédios, nas fisioterapias, com implicações no Serviço Nacional de Saúde.
Isto tudo porque teimamos em não prevenir os acidentes e corrigir as deficiências nas estradas, e além disso continuamos a conduzir como loucos, faça chuva ou faça sol.
As medidas que hoje falamos, o resultado e o dinheiro gerado pela sua aplicação, serviria para fazer essas correcções e também par ater outro tipo de aplicações.Comecemos por analisar estes números:
• Um estudo no insuspeito e próspero Brasil, chegou à conclusão que perde 642 milhões de euros por ano com a lentidão do tráfego.
• Os londrinos sabem que a lentidão no tráfego da sua cidade pode significar prejuízos que vão até 4% do produto interno bruto local.


A instituição desta portagem deverá reverter em investimentos na ordem de 205 milhões de dólares por ano.
A lentidão do trânsito directa e indirectamente, custa-nos dinheiro a todos, entre outras coisas:
• é o combustível que se gasta,
• é o tempo que se perde,
• São os atrasos que fazemos os outros ter
• É o tempo de qualidade com a família
• É o stress com que já se chega ao trabalho
• Perda de criatividade e concentração
• Etc…
Tempo é dinheiro.

Reduzir e Agilizar o trânsito, reduzir as filas de trânsito diminuindo o número de automóveis a entrar na cidade, incentivar o cidadão a andar de transportes públicos, é algo que urge ser feito, e que algumas cidades já começaram a aplicar com bons resultados.
Por comodidade, vamos só focar o caso da área Metropolitana de Lisboa, mas mutatis mutandis poderão transpor para as outras cidades.Caso fossem introduzidas portagens à entrada da cidade tal como sucede em Londres, o que as estimativas apontam é para perto de 40,4 milhões de veículos particulares podiam deixar de entrar anualmente em Lisboa.
E teriam vários efeitos benéficos para a cidade, quer para a sua população residente quer para a população flutuante, é que pelo menos 5770 toneladas de dióxido de carbono por quilómetro quadrado podiam deixar de ser emitidas para a atmosfera deste modo.
São menos 5770 toneladas que, por não poluirmos, não teríamos de comprar a outros países para manter-nos dentro da quota de Kioto.
Com esta medida, de ter menos carros e utilizar transportes públicos, também diminuiríamos a importação de combustível.Aqui está como só de uma cajadada mataria pelo menos dois coelhos ou seja uma poupança significativa no Orçamento de Estado.
Voltando à taxação da entrada na cidade, teoricamente iríamos obter os mesmos resultados do que os obtidos na capital britânica, onde a entrada de veículos particulares baixou 30 por cento.
Hoje, entram em Lisboa cerca de 500 mil veículos particulares por dia, que, com esta medida, poderiam reduzir-se a 350 mil.

Esta medida, que não é consensual entre os especialistas e políticos, tem vindo a ganhar adeptos desde que Londres se estreou com esta medida em 2003, como são o caso de Milão, Singapura e Estocolmo.
Esta medida atingiu uma inegável eficácia: em Londres mais de 85 por cento da população utiliza transportes públicos, na capital sueca só no primeiro mês conseguiu-se uma redução de
25% do tráfego registado.Existem outras alternativas a estas medidas como por exemplo: existem capitais europeias que estipulam horários para a entrada de carros de particulares, ou colocam tarifas nos acesso às vias que conduzem às cidades, ou então que vedam o trânsito em vias que os levam ao centro ou então que protegem só os centros históricos, outras que taxam só na temporada alta do turismo, como um esforço para preservar seus sítios, monumentos e prédios históricos.
É que alguns dos locais foram declarados como Património Mundial; com esta taxação conseguem reduzir a poluição e melhorar o seu atractivo turístico, ao incentivar para os turistas um maior e melhor acesso a pé e/ou em bicicleta até estes centros antigos.
Mas as vantagens deste tipo de medidas não se ficam por aqui, elas geram receitas avultadas.
Em Londres, por exemplo, os lucros resultantes das taxas aplicadas em 2004 foram de 103 milhões de euros, prevendo-se um crescimento deste valor até aos 130 milhões de euros nos anos seguintes.Em Lisboa, caso fosse aplicada a taxa de 11,7 euros/dia (em Londres) os lucros poderiam ascender até 2,3 milhões de euros por dia.
Outro benefício decorrente da medida nota-se na qualidade do ar na nossa urbe.
Como seriam as formas de pagamento?

Desde a Via Verde, até aos sistemas adoptados em Londres ou noutras cidades que passam por a taxa ser paga pela internet, por telefone ou pessoalmente, em lojas e postos de cobrança.
Em Londres funciona assim: No momento do pagamento, que pode ser feito até minutos antes de entrar na zona central ou mesmo com antecedência de meses, o motorista transmite os dados referentes ao veículo.As informações ficam armazenadas informaticamente e depois são comparadas com as imagens de aproximadamente 700 câmaras de vídeo espalhadas pelos 203 locais da área controlada.
As multas pela infracção, não são baixas e reverte para os transportes públicos (nós par aalém disso propomos que sirva para a melhoria das vias).
Custa 126 dólares e pode encarecer se deixar para a pagar após 28 dias, por exemplo, vai desembolsar o equivalente a 190 dólares.Quais os veículos não taxados ou taxados com desconto?
Seriam os autocarros, miniautocarros (de um tamanho especifico), Táxis, veículos de serviços de emergência e motos, bicicletas e carros com combustível que não seja de origem petrolífera estão isentos de pagamento.
Já os proprietários de automóveis que residem na região central pagam uma taxa simbólica – com desconto de até 90% sobre o valor original.
Não estão isentos de portagem, nem os turistas nem o corpo diplomático, mesmo tendo em conta a convenção de Viena,
As autoridades londrinas, assim como as lisboetas, levaram anos a tentar dissuadir os cidadãos, no uso do carro e, verdade seja dita, nunca obtiveram muito sucesso com isso.

Por fim temos um outro sistema que é o Ecopass, que é um sistema que taxa a poluição e que foi implantado em Milão, Itália.
Essas taxas são cobradas como portagem, e são aplicadas a determinados condutores que acendem à zona central da cidade definida pelas autoridades milanesas como zona de tráfego restrito o ZTL (Italiano:"Zone a Traffico Limitato"), que corresponde à área central da Cerchia dei Bastioni com uma extensão de 8 km2.
O objectivo principal do programa é reduzir a poluição do ar emitida por veículos e usar os fundos obtidos através da taxa para financiar projectos de transporte público, ciclovias e veículos menos poluentes Este programa é similar aos esquemas de tarifação de congestionamento implantados em Londres e Estocolmo, mas, na verdade, o Ecopass é uma evolução desses esquemas, tendo em vista que apenas os veículos com alto nível de poluentes passam pela zona de tráfego restrito, sendo os veículos piores (em relação aos primeiros) banidos da ZTL.

Pormenorizadamente é o seguinte: A taxa cobrada depende do nível de poluente de cada veículo, variando de 2 a 10 € nos finais de semana das 7h às 7h:30min. O acesso gratuito a ZTL é garantido a inúmeros tipos de veículos movidos a combustível alternativo e para os que são pouco poluentes de acordo com as normas europeias de emissão de poluentes padrão. Os moradores da zona em questão estão isentos apenas se conduzirem veículos pouco poluentes, enquanto os que possuírem automóveis mais antigos e que emitem mais poluição poderão obter descontos se comprarem um passe anual que pode custar até 250 €, dependendo do padrão poluente.Para haver maior rigor, câmaras digitais foram implantadas em 43 portões electrónicos, podendo os infractores receberem multas que variam de 70 a 275 €.
Também existem outras restrições para o acesso à zona de tráfego restrito entre os horários de 7h:30min a 21h para camiões com comprimento superior a sete metros; transportes de carga comerciais possuem um horário restrito; e os veículos mais velhos e mais poluentes são proibidos de atravessar a zona durante seis meses do ano.
À cidade de Milão foi atribuída uma Menção Honrosa de Transporte Sustentável em 2009 pelo Instituto de Transportes e Política de Desenvolvimento (ITPD) pela introdução e sucesso do programa Ecopass.
Importante, não esqueçamos o seguinte: menos carros implicam necessariamente um melhor transporte público.
Conforme disse em cima nos próximos dias será editada a parte relativa à redução do consumo de combustível.
Devolvemos assim Lisboa aos Olissiponenses, ou seja a cidade aos seus cidadãos.
Esperamos que Lisboa fique mais Menina e mais Bonita.

Ary dos Santos e Paulo de Carvalho canta Carlos do Carmo
LISBOA MENINA E MOÇA
No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
Lisboa no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA NÃO PAGA TAXAS, PAGA PASSE E ANDA DE TRANSPORTES.

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