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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Demo...cracia

Em contraponto … ou não… ao que hoje escrevo… hoje aconselho uma ida ao blogue 4 CAMINHOS para manter a sanidade mental… já sabem basta clicarem em http://quatrocaminhos.blogspot.com/

Caros Bloguistas Militantes
A nossa democracia, nesta 3ª república Portuguesa, como agora a apelidam, já leva uns anitos
São cerca de 32 anos, bom cerca de 32 anos depois do regime autocrático, antes disso já tínhamos tido a dita Democracia embora com limitações decorrentes da época.
Foram 39 governos que se constituíram durante a 1ª República desde 1910 até 1926, isto até o Dr. Salazar tomar as rédeas do poder, e ditar os destinos de Portugal na 2ª República.
Só para termos uma ideia, desde a monarquia constitucional, votava só quem soubesse escrever, as mulheres não votavam... e depois foi evoluindo… até que agora votam todos os recenseados com 18 anos ou mais.
A nosa capacidade eleitoral activa adquirimo-la aos 18 anos, a passiva será só a partir dos 35 anos, pois é a idade que nos podemos candidatar a Presidente da República.
Era uma democracia parecida com o tempo dos antigos gregos... mas isso levava muito tempo a explicar e não sei se sei tanto... fica só este lamiré.
Em posts anteriores já referi que a democracia aqui do burgo não vai nem está nada bem, e agora parece que se generalizou., qual virus da gripe.
Se analisarmos bem, o que temos verdadeiramente, aqui pelo nosso conclave, é uma partidocracia e caminhamos a passos largos com grande indiferença nossa para uma plutocracia (já instalada mas encapotada. ah! e não, não tem nada a ver com a democracia dirigida pelo PLUTO o cão da DISNEY. A plutocracia do grego ploutos: riqueza; kratos: poder; é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade) já nos encontramos num estágio intermédio que é uma democracia tecnocrata em que quem dirige efectivamente os destinos é a economia os políticos estão a dirigir virtualmente.
Claro que isso não é perceptível, e … bom… isso só veremos mais tarde… ah! esperem este crash deve ter dado um sinal qualquer… não repararam?
Já me tinha esquecido… a maior parte de nós não quer saber de política…
Há antídotos para isto… não! não é para o alheamento da política, pois não há antídotos para a estupidez… estava a falar que existem antídotos, para este tipo de democracia que estamos a viver.
Um deles é não nos deixarmos ludibriar, nem á esquerda com propostas irrealistas de colectivismos serôdios, nem por propostas de liberalizações alucinogénicas da direita, nem com populismos demagógicos ao centro, que não é carne nem é peixe.
Dizia com muita preocupação o bastonário da OA Rogério Alves, que o controle da justiça sem garantias da presença de defensores habilitados e se as tentativas de controlo desses defensores, aliado a julgamentos mediáticos que começam o julgamento logo pelo fim, ou seja pela condenação, deixam a quem cai nas malhas da lei, seja por actos próprios seja por acusações pérfidas muito tempo cerca de 5 a 8 anos de nome sujo na praça publica, quase nos limites de um processo kafkiano sem nunca saber do que e porque é que foi acusado. (magister dixit).
Sim vamos e estamos mal, nas 3 divisões de poder tradicionais.
Mas a Democracia começa pelo voto em liberdade , em liberdade de consciência e em liberdade de formação de opiniões não orientadas mas de livre escolha e arbítrio individual, de livre candidatura.
Se é Democracia deveríamos todos os que quiséssemos poder candidatar aos lugares de representantes de todos nós e não dar essa prorrogativa a um punhado de pessoas que se aliam a um partido e dentro do partido sabujam para conseguir o dito lugar de deputados.
Deveríamos ter os círculos uninominais, tal como tem sem medos a Inglaterra, em que com determinado número de assinaturas (não irrealista e não manipulados pelos partidos) deveríamos poder candidatar-nos pelo nosso círculo.
Deveríamos também ter uma segunda câmara como sempre tivemos e que desde o 25/4 não temos.
Uma segunda câmara que fosse eleita em tempo diferente da A.R. e que assegurasse a continuidade dos projectos de longo prazo, porque sinceramente já estou farto de ver mudar de politicas de fundo, a OTA que é , já não é , deixou de ser voltou a ser e agora já não é novamente, O TGV que irá ser, não foi , é e será que vai ser? As conservações de pontes e outras obras de arte sempre adiadas até um dia cair e acontecer uma tragédia, o ensino, a segurança nas estradas, isto tudo não deveria estar ao sabor deste ou daquele governo.
Deveriam ser desígnios nacionais, de consenso ou de alargada maioria, ou até de referendo (como bem tem os EUA e a Suíça) mas de uma vez por todas decidido e não adiado, bem ou mal temos de decidir, porque não decidir é minar e descredibilizar a democracia.
Se o voto é a arma fundamental da Democracia, este deve ser transparente e real.
Assim, a título de exemplo e puramente simbólico mas significativo, deveríamos alterar os locais de voto, ou melhor onde nós vamos votar, estes deveriam ter melhor tratamento, o local de voto onde exercemos o nosso direito deveria ser: bem iluminado, ter uma cortina para maior privacidade, a urna de voto não deveria ser preta e opaca como o é a nossa Democracia, deveria antes ser transparente e acrítica para vermos os votos a cair lá dentro e ser tudo mais transparente.
O voto é secreto, directo, universal e periódico e igual e de livre consciência ou pelo menos deveria de ser... Se não o é, não temos uma Democracia mas sim uma DEMO...CRACIA
Hino da repressão(Segundo turno)Chico Buarque1985
Se atiras mendigos
No imundo xadrez
Com teus inimigos
E amigos, talvez
A lei tem motivos
Pra te confinar
Nas grades do teu próprio lar
Se no teu distrito
Tem farta sessão
De afogamento, chicote
Garrote e punção
A lei tem caprichos
O que hoje é banal
Um dia vai dar no jornal
Se manchas as praças
Com teus esquadrões
Sangrando ativistas
Cambistas, turistas, peões
A lei abre os olhos
A lei tem pudor
E espeta o seu próprio inspector
E se definitivamente a sociedade só te tem desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo, és um estorvo, és um tumor
Que Deus te proteja
És preso comum
Na cela faltava esse um
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA TAMBÉM VAI A VOTOS...MAS VAI A CAVALO...

1 comentário:

Cláudia [ACV] disse...

Grata pelo destaque, sr. Cabo