Hoje destaco um blogue que há 6 meses não publica, chama-se "A razão tem sempre cliente", não sei a "razão" porque o seu autor nunca mais publicou... mas é pena... pois para a razão clientes não faltam.
Como o último post publicado naquele blog tem tudo a ver com a crónica de hoje aqui fica a referência http://razao-tem-sempre-cliente.blogspot.com/
Caros Bloguistas Militantes
Estou farto de assistir a discursos bacocos, que não fazem mais de produzir palavras ocas e intenções de promessas vagas.
São assim a maioria dos discursos dos nossos políticos.
Com a velha teoria de que "É preciso que algo mude, para que tudo fique na mesma", temos vindo a assistir passivamente a este teatro político.
É um palco que a todos nos diz respeito, só que não.
A representatividade que dizem que nós temos nos órgãos políticos que deixa muito a desejar, começa logo por não ser representativa.
O Parlamento representa o povo, mas nenhum povo se pode permitir que se deixe representar assim... com um Parlamento tão fraco como o nosso.
Não gostei de ouvir Manuel Alegre a dizer que não se volta a candidatar pelo PS, pois não se identifica com os Párias que andam a volta de Sócrates.
O facto de não ter gostado, não é porque ele não tenha razão... a questão que eu coloco é outra completamente diferente. A questão em que eu coloco o acento tónico é a dos políticos (como ele) que são profissionais da política.
Quanto a mim profissionais da política, leia-se pessoas que não sabem fazer mais nada a não ser andar enredados na teias dos partidos, longe da realidade, isso é que não pode fazer parte dos ditames da DEMOCRACIA.
Um político profissional, é alguém que se enfeuda no aparelho partidário, tal como ele está neste momento concebido, ora isso é prejudicial ao sistema.
É alguém que por via de estar "enclausurado" na engrenagem do partido, vive e pauta a sua conduta no seguimento da linha oficial do partido... por outras palavras...Porta-te bem e faz o que nós dizemos ou não te voltas a candidatar.
Esses profissionais, que depois de estarem dentro do "Metier", se alheiam e afastam da realidade, não servindo a causa pública, mas sim servindo-se dela.
Não é esta a forma Democrática que defendemos.
Dizem que vivemos em DEMOCRACIA, mas mais parece que estamos num regime feudal disfarçado de republicanismo, em que ainda se perpetuam, condes, barões e outros vilões e todos os párias que à sua voltam gravitam.
Analisando mais um pouco vimos que a monarquia não foi, nem vai por melhor caminho, se virmos a ditadura então o melhor é nem se quer falarmos nela.
Urgem medidas concretas para moralizar a situação, não podemos permitir, que um Presidente de Junta ou de Câmara ou mesmo um deputado, se perpetue no poder.
Mesmo que seja eleito, essa eleição deixará de ser Democrática, não pelos seus meios, mas pelos seus princípios e fins.
Urge renovar e remodelar o sistema, para isso o primeiro conjunto de medidas que deveria ser implementado, quanto a mim, será:
- Novas caras e caras novas.
- Eleição passiva e activa, definição da idade para eleger e ser eleito.
- Reforma Administrativa das Câmaras e Freguesias de Portugal.
- Responsabilização política, civil e criminal dos cargos públicos e políticos
- Obrigatoriedade do voto para todo os cidadãos, acabar com a obrigatoriedade de se votar só ao domingo e a possibilidade de se poder exercer o voto em qualquer urna.
- Referendar decisões que não fizessem parte dos programas dos partidos e neste ponto evoluir para uma democracia misto Helvética e Americana (EUA).
- Efectiva implementação do sistema tripartido de Estado- Legislativo, Executivo e Judicial.
- Reforma do sistema eleitoral para a Assembleia da República.
- Reforma do sistema Executivo
- Reforma do sistema Judicial
Este 10 temas irão ser tratados nos próximos posts.
Hoje falo sobre o primeiro:
Obrigatoriedade retroactiva da limitação dos mandatos, dos tempos dos mandatos e dos locais dos mandatos em quaisquer cargos públicos.
É vergonha democrática, termos eleitos com mais de 20 e 30 anos a ocupar os cargos, quase tanto tempo como o Dr. A.O.Salazar governou, será que as ditaduras só contam a partir dos 40 anos?
Sabe-se que "O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente."
Até parece que somos todos "analfabrutos", que não temos capacidade de ocupar os cargos que eles à 20 e 30 anos ocupam.
É inconcebível, que os nados destas terras sejam tratados como autênticos incapazes, quando vemos os partidos a candidatarem ao lugar A, B ou C, paraquedistas, que não conhecem o lugar, não tem laços afectivos à terra, e só ali estão para serem eleitos para o Cargo Alfa ou Beta, não importando mais nada que os eu lugar no Parlamento, na Camâra Municipal ou Junta de Freguesia.
Podem ser os melhores gestores do mundo, mas daí a saberem da realidade da terra, do seu dia a dia, dos seus costumes sabem zero.
Mas nós teimamos em votar neles, parece que queremos que o nosso voto seja reduzido à oferta de qualquer electrodoméstico ou de uma promessa milagrosa tipo lâmpada de aladino.
Ao consentirmos isso, damos uma péssima imagem como povo.
Ao dar esse consentimento prejudicamo-nos a nós próprios.
Demonstramos ser mais conservadores que os conservadores, a nossa vontade de mudar é nula.
Nem parece o mesmo povo, que em Abril de 1974 e noutras revoluções veio para rua exigir a mudança que lhes era devida.
Será que nos acomodá-mos?
Será que ainda nos importamos?
Os votos nulos, os votos em branco e a elevada taxa de abstenção, será que revelam o princípio de uma consciencialização, em que os políticos por conveniência teimam em ignorar?
Poderá revelar que estamos preocupados, poderá revelar que não queremos saber nem fazer parte deste sistema, mas que não sabemos o que fazer para o modificar.
Com a nossa inacção ou omissão permitimos pela parte de quem se mantém no poder à décadas, constitua, mantenha e consolide as esferas de pequenos poderes... que com o tempo se tornam podres poderes.
Permitimos os compadrios de que sempre nos queixamos.
Incentivamos a política das cunhas e dos favores.
Damos um ar terceiro mundista (na pior acepção da palavra) à coisa.
Depois arranjamos desculpas fáceis e torna-se fácil argumentar que Fulano ou Sicrano, durante o tempo que se mantém à frente da Câmara X ou Junta Y, fez imensas coisas.
Pois também pudera... se não tivessem feito durante todos os anos que lá andaram seria então um autentico desastre.
Mas e o que ficou por fazer?
E as opções que foram tomadas para agradar a A ou a B?
E as pessoas a quem teve e tem de agradar para se poder manter como candidato do partido X ou Y?
Obrigatoriedade retroactiva da limitação dos mandatos, dos tempos dos mandatos e dos locais dos mandatos em quaisquer cargos públicos, tem de ser implementada já e em força.
Limitemos os mandatos ao máximo de 2, com pelo menos 2 mandatos de interregno, em que quem vencesse não se poderia candidatar ao mesmo órgão durante 2 eleições subsequentes.
A aprovação de uma lei como essa deveria ter efeitos imediatos, ou seja, quem já tivesse em exercício à 2 ou mais mandatos, já não poderia concorrer nestas eleições nem nas seguintes.
Com a duração máxima dos mandatos, que quanto a mim seria até 5 anos, limitava-se os "maus" candidatos e os "bons" a uma década de governação no máximo.
Em Democracia, discursos de alguns políticos a dizerem que fulano é um dinausauro do cargo ou da política... são muito idênticos a esta frase "Nada contra a nação , tudo pela nação".
Precisamos de Novas Caras e Caras novas.
Estamos fartos de ver sempre os mesmos protagonistas e ouvir sempre os mesmos discursos.
Só poderiam concorrer às juntas, às câmaras, às regiões ou ao Círculo respectivo para o Parlamento, quem respectivamente, residisse na área da Junta, da Câmara, da Região ou do Círculo respectivo para o Parlamento à mais de 5 anos.
É difícil, com as lógicas partidárias que temos, em que os interesses estão instalados, conseguir fazer passar medidas como estas...mas como sabemos se não tentarmos nunca iremos conseguir.
Movimento Perpétuo Associativo- Deolinda
Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!
-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...
Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!
-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...
Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!
-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? NA BRIGADA O COMANDANTE NÃO TEM COLA AGARRADA À SELA.
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