O destaque de hoje vai para um blogue de flores, porque nem tudo é um Jardim... nem do Jardim, um blogue florido fica sempre bem http://musgoverde.blogspot.com/ já sabem basta clicar
Caros Bloguistas Militantes
A crise que já cá estava, fez-se anunciar.
E fez-se anunciar, porque estava presente e todos a ignoravam, ninguém lhe passava cartão.
Ora farta de ser ignorada e votada ao abandono, resolveu dar o grito do Ipiranga. E agora cá estamos nós em bom português " á rasca" porque uns quantos ambiciosos deram cabo do sistema, sistema esse que todos nós tínhamos obrigação de vigiar e zelar.
Mas tal como a peça de Gil Vicente "Todo o Mundo e ninguém", apetece dizer - Todo o Mundo deve, mas Ninguém paga ...
O que é obrigação de todo o Mundo, Ninguém zela por todos.
Mas esta crise não é conjuntural, é estrutural, e numa crise dessas, o que interessa não são as medidas tipo pensos, mas sim medidas de fundo, regeneradores e novos hábitos e políticas.
Como já o afirmei muitas vezes sou adepto da frase de Olof Palme, eu não quero acabar com os ricos, eu quero é acabar com os pobres. E acabar com os pobres significa diminuir desigualdades, dar condições de vida, dar dignidade a todos os seres humanos.
Acabar com os pobres não significa baixar a bitola da exigência, mas pelo contrário elevar os seres humanos a uma categoria que todos merecem.
Nós temos de uma vez por todos entender que vivemos em Sociedade.
[Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interacções é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada. A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinónimo para o colectivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.]
Não vivemos isolados, somos interdependentes, por isso se existiam disparidades absurdas, onde uns se dão ao luxo de atirar para o lixo os restos da comida que vai para a mesa, outros vão ao lixo para buscarem os restos da comida de luxo para porem na sua mesa.
Não isto assim não pode ser. Como dizia o outro, ou há moralidade ou comem todos.
A crise é estrutural, ou seja da estrutura... vai das fundações até ao sótão, e, não é uma crise de uma simples goteira devido a uma telha partida ou mal colocada pois isso seria conjuntural, não, a crise é mais profunda é mesmo estrutural.
A sociedade ficou egoísta e com isso afunda-se, e isto já está a durar há anos, tal como o epicentro onde um sismo tem o seu inicio, este já se deu, onde as ondas de choque do sismo que há anos se deu só agora estão a ser sentidas e estamso somente a levar com os primeiros embates.
E vai piorar. E é um abalo sério pois é estrutural e não conjuntural.
E é estrutural, porque não estávamos, nem estamos preparados, porque se o estivessemos seria apenas passageiro.
Não é conjuntural ou ligeiro, nem estamos preparados, porque não temos lideres á altura em todo o mundo. Alguém que de um murro na mesa, alguém que seja o homem do leme e nos diga, o caminho para terra é por aqui, eu guiar-vos-ei durante a tempestade.
Os políticos tal como só ratos do porão, estão com medo e abandonam-nos ou saltam borda fora, para a direcção de empresas e outros cargos que não são tão mediáticos nem estão tão expostos. Vão ganhar a vidinha.
Isto é grave, porque numa crise destas ou aparece o líder certo, ou então se aparece um desviado mental, poder-nos-á enviar para uma demanda xenófoba, ou racista, ou de pureza de raça com limpeza étnica... ou seja vamos ter mil e um filmes que já assistimos outrora.
É estrutural e não conjuntural esta crise, porque a família se desestruturou, os pais deixaram de ter tempo para os filhos, os filhos deixaram de ter tempo para os pais, só trabalho e trabalho, e relações fúteis e passageiras, contribuíram e contribuem para laços ocasionais.
E com a célula base da sociedade em crise, os valores não se passam, o conhecimento intergeracional é perdido, e perdidos é como todos nos sentimos neste momento, com poucos, muito poucos a saberem para onde é que se dirigem, mas de que vale saber se o resto está como está?
Não é conjuntural, porque o problema não se limita só ao buraco no ozono. O problema vem de nos termos dado ao luxo de acabar com o ambiente, com o ar que nós respiramos e a água que nós bebemos, por isso é estrutural. Se somos capazes de fazer mal a nós próprios, uma espécie de autosuicidio em banho Maria, o que não seremos capazes de fazer aos outros seres humanos e ás outras espécies? Sim o problema é mesmo estrutural!
É estrutural porque as grandes companhias petrolíferas sempre consideraram o petróleo como bem inesgotável, boicotando outras formas de energia, principalmente a energia renovável, deixando-nos assim sem alternativa.
É estrutural porque especulámos com que não tínhamos, para realizar bens futuros que não passavam de balões de ar largados ao sabor do vento, ora não ficamos com os balões e o vento revelou-se um furacão.
É estrutural porque não aprendemos com a história.
Será que ainda vamos a tempo?
Espero que uma guerra não se aproxime a passos largos... Assim o espero.
Tango dos pequenos Burgueses - Autor -JOSÉ JORGE LETRIA
Que família tão unida
Tão discreta e ordenada
Eram 8 fora o gato
Eram 8 fora o gato
Para não falar da criada
Da criada e do patrão
e da vizinha do lado
é a crise da habitação
é a crise da habitação
É preciso ter cuidado
Desde a cave até ao sótão
Está tudo acomodado
Que família tão unida
Que família tão unida
E é tão escasso o ordenado
Muito escasso mas honesto
Para não falar da mobília
O que importa é o resto
O que importa é o resto
E o abono de família
Em abono da verdade
Eu que também sou inquilino
Posso mesmo acrescentar
Posso mesmo acrescentar
Que são Coisas do destino
Do destino ou da razão
Para o caso tanto faz
Uma família tão unida
Uma família tão unida
Só pode viver em paz
Nem que seja a paz comprada
A preços fim de estação
O que é preciso é conservar
O que é preciso é conservar
O calor da habitação
Foram os filhos trabalhar
Porém as filhas não
Só servem para enfeitar
Só servem para enfeitar
Os canteiros da solidão
Mas foi tudo descoberto
Entre a criada e o patrão
Estremeceu a paz do lar
Estremeceu a paz do lar
São os caprichos da razão
Foi o pai envenenado
Pela mãe em alvoroço
E a vizinha do lado
E a vizinha do lado
Pôs uma corda no pescoço
A moral deste tango
Ninguém a deve esquecer
Compre a morte a prestações
Compre a morte a prestações
E não se há-de arrepender
E se for envenenado
Tem um mês de garantia
Um calendário ilustrado
Um calendário ilustrado
e pilhas para a telefonia
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A ESTRUTURA DA BRIGADA NÃO SOFRE ABALOS, É FORTE COMO O CIMENTO... MAS PELO SIM PELO NÃO, A BRIGADA JÁ SE PREPARA PARA UMA GUERRA, MAS SEMPRE... SEMPRE TEM TODA A ESPERANÇA NA PAZ.
1 comentário:
Obrigado pelo destaque!
Greenman
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