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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

domingo, 18 de janeiro de 2009

CHEGUEI ATRASADO capitulo 3 -OS TRANSPORTES GRATUITOS

Mais uma vez a Brigada destaca este blogue http://luisalvesdefraga.blogs.sapo.pt/ , um blogue de reflexão que convem ter como farol, já que parece que ás vezes não vivemos apenas aguentamos... ter uma luz que nos guia é sempre bom, pois "Lanterna que vai á frente..."
Caros Bloguistas Militantes
Na continuação da saga que já dura à dois posts, hoje debruçamo-nos sobre a Carris.
Mas antes quero protestar, sabiam que para as companhias transportadores o ano só tem 360 dias? Sim, os transportadores arranjaram maneira de nos fazer gastar dinheiro por mais 4 dias.
Eu explico, antigamente um passe era, e realço era, válido durante um mês, ou seja de 1 a 30 ou de 1 a 31 ou de 1 a 28 ou 29 conforme os meses.

O pessoal reivindicou, desejava comprar o passe a qualquer altura do mês. Isto no pressuposto que nem toda a gente recebe o salário na mesma altura do mês. E vai daí que acederam ao nosso desejo, mas como nos dizem muitas vezes vejam lá o que desejam que esse desejo pode tornar-se realidade ... e tornou... e as empresas transportadoras aproveitam a boleia e ... TINGAS... qual Imperador JULIANO, resolveram modificar o calendário a seu belo prazer.

Resumindo: qualquer passe só é válido por trinta dias, a contar do dia em que o adquiriu, resultado, o Zé Povo desejou, o desejo concretizou-se, e agora tem o zé povo de pagar mais 4 dias por ano. Pois se qualquer um de vós fizer as contas, verão que é isso que fica a faltar.
Mas reparem, e chamo a atenção para isso, o que as empresas transportadoras lucraram com esta jigajoga: Somos alguns milhares a usar o passe numa média de gasto por mês de 59.45€, ora dividimos por 30 dias e dá a quantia que gastamos por dia que é cerca de 1,98€ para podermos andar de transportes.

Façamos as contas por baixo: 1,98€x 4 dias = 7,92€ multiplicamos isso por 2 milhões de pessoas que tem passe (que é muito mais estimo em 4 milhões) dá um total de 15.840.000 milhões a mais.
Assim dá para ver como é que as companhias de transportes com uma manobra de charme, e alterando o calendário ficaram a lucrar com a brincadeira... e atenção eu só estou a fazer a média dos passes...

Estes senhores são useiros e vezeiros neste tipo de manobra.
Mas como o prometido, na continuação do post sobre a CP, falemos de bilhética, ou seja da forma de cobrar bilhetes e da maneira como eles estão implementados.
Há tanto a dizer sobre a companhia que fornece de transportes a capital... Ao invés da CP a Carris aboliu completamente as zonas como modo de cobrança de bilhetes faseada, aliás a Carris não tem cobrança de percurso faseada, tem cobrança de percurso ponto.

Ou seja quer andemos uma paragem, quer andemos o percurso todo o preço é igual, mas nem sempre foi assim, antigamente pagávamos por zona. Ora esta prática é injusta, pagamos pelo que andamos e pelo que não andamos e por isso temos aqui de protestar.
A crise, como já afirmei, é para todos e não só para alguns, tem de existir medidas solidárias. A Carris, é campeã de tratar mal o público, senão vejamos: o facto de existirem máquinas nos eléctricos articulados que só aceitam moedas, é algo de legalidade bastante duvidosa (quer dizer eu não tenho dúvida nenhuma). Ainda ninguém se lembrou de colocar a Carris em tribunal por causa desta atitude.

As máquinas de vendas de bilhetes a bordo do autocarro/eléctrico tem de aceitar o dinheiro corrente seja ele moedas e/ou notas.
Vejamos na Carris quem cobra bilhetes é o motorista. Logo este tem uma tripla função: conduz, fiscaliza e cobra bilhetes. Isto em termos de velocidade de circulação dos transportes tem influência pois diminui a velocidade de circulação e aumenta o tempo em que está parado.
A função do motorista é conduzir, não é vender bilhetes, já que a Carris despediu os "picas" dos autocarros e dos eléctricos, deveriam ter substituído por máquinas de vender bilhetes, aliás, como se passa na maior parte da Europa.

Por outro lado que deveremos dizer da reduzida mobilidade e funcionalidade nas entradas e saídas que os autocarros/eléctricos teem?
Eu explico: TODAS as empresas de transportes desconfiam dos utentes dos seus transportes, qualquer que seja a sua nacionalidade. Só assim se consegue entender que nos transportes as entradas só se fazem pela frente e as saídas só se fazem por trás.

Os transportadores portugueses contrariam o que se pratica há anos na Europa civilizada. Na Europa todas as portas dos transportes, sejam elas quais forem, frente ou trás, tanto servem para entrar como para sair, contribuindo assim para uma maior fluência tanto na entrada como na saída, reduzindo o tempo dos transportes nas paragens, tornando-os assim mais rápidos.
Mais, todos os transportes citadinos urbanos nas grandes cidades europeias, tem 3 portas e não duas como por cá se pratica. Assim a fluência de entradas e saídas de passageiros é muito maior, reduzindo o tempo parado nas paragens, aumentando assim a velocidade de circulação, tornando os transportes mais eficientes e menos poluidores, atraindo mais clientes.

Não podemos esquecer o protocolo de KIOTO. Necessitamos de atingir as metas a que nos propusemos, para não sermos duplamente penalizados, uma no ambiente e outra nas pesadas multas. E é a pensar no ambiente, apesar dos sistemas de pagamentos que atrás propus, que tenho uma alternativa para o sector dos transportes.
Se precisamos de reduzir emissão de CO e de outros gases, se parte destes gases são produzidos pelos automóveis e uma das soluções é a população andar de transportes, porque não pensarmos em tornar OS TRANSPORTES GRATUITOS?

Loucura total? Talvez não, sigam o meu raciocínio:
Se não cumprimos o protocolo de Kioto, temos de pagar milhões em multas porque poluímos acima do que nos propusemos.
Ora, qual é um dos factores principais da poluição? São os automóveis.
Se para cumprimos Kioto e atingirmos as metas a que nos propusemos temos de reduzir substancialmente as taxas de emissão de CO. Ora se os carros são os grandes contribuintes paras que essa taxa de CO seja elevada, então se os transportes públicos fossem gratuitos, as pessoas passariam a andar mais de transportes públicos e menos de carro, logo reduzir-se-ia as emissões de CO, logo o dinheiro que poupávamos nas multas para cumprirmos o protocolo de Kioto servia para a compensação dos fornecedores de transportes, por estes estarem a dar um serviço essencial e este ser gratuito.

Era só vantagens: A população poupava nos passes, pois se era gratuito não era necessário, depois o nível de consumo energético baixava pois não precisaríamos de tantos combustíveis, com os automóveis parados não se gasta combustível, depois não havendo tantos “nabos” nas estradas os acidentes diminuiriam, poupávamos em hospitais e segurança social, e ainda gastávamos menos tempo nas filas de transito, como vêem era só ganho. Claro que teríamos de melhorar a oferta e os percursos de transportes, mas o ganho era substancial.

Complementaríamos isso com a obrigatoriedade das empresas com mais de 100 trabalhadores terem transportes colectivos próprios, para levarem e trazerem os seus trabalhadores de casa para o trabalho e vice-versa. Proibir-se-ia os transportes não essenciais das empresas, ou seja, retirar-se-ia o privilégio na função pública dos chefes e directores terem carro próprio e tudo o que não é essencial mas privilégio.

Quem quer ter carro tem de pagar, o nosso Planeta está a ressentir-se deste nosso devaneio. Por outro lado, deveremos investir nos híbridos, e nos transportes de energia alternativa. Demasiado radical? Talvez, mas o Planeta tem estado a avisar-nos. Se não queremos carros na estrada assumamos isso. E procedamos em conformidade e tomem medidas. Se não é isso que querem acabem então com a hipocrisia.
Mas façam alguma coisa.

Poema da Utopia - Fernando Namora
A noite caiu sem manchas e sem culpa.
Os homens largaram as máscaras de bons actores.
Findou o espectáculo.
Tudo o mais é arrabalde.
No alto, a utópica Lua vela comigo
E sonha coalhar de branco as sombras do mundo.
Um palhaço, a seu lado, sopra no ventre dos búzios.
Noite!
Se o espectáculo findou
Deixa-nos também dormir.
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA ANDA A CAVALO E NÃO POLUI… SIM PORQUE O ESTRUME É BIODEGRADÁVEL E O COMBUSTÍVEL É FENO.

1 comentário:

Anónimo disse...

necessario verificar:)