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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu tenho passe

A nossa Brigada hoje dá destaque ao blogue "2+2=5", um blogue sarcástico e divertido em http://doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/ Basta clicarem em cima do link para lá irem visitá-lo

Caros Bloguistas Militantes

Como sabem sou utilizador de transportes públicos, não só em Portugal, mas se viajar para qualquer parte do mundo, andarei como já andei de transportes públicos, asssim o espero.
Este post foi iniciado dentro da carreira 60 e acabado na carreira 12 da CARRIS em Lisboa.
Apesar desta companhia de transportes ter modernizado a sua frota, ainda estamos áquem da excelência e de conforto, no que diz respeito à oferta de transportes públicos comparado com as diferentes cidades europeias.
Quanto a mim, tal se deve a diversos factores, a saber :

  • O uso massivo do automóvel
  • Alheamento da população utilizadora dos transportes, ou seja come aquilo que lhes é servido e não pia.
  • Ás empresas fornecedoras dos serviço não terem concorrência e/ou não serem tuteladas pelas Câmaras Municipais;
  • Ás empresas fornecedoras de serviços terem tecnocratas a imporem-nos por onde e quando devemos andar de transportes, não fazendo caso de interfaces;não existir coordenação entre empresas para horário, preços passes combinados;
  • Não existir uma autoridade nacional de transportes com poder suficiente.
  • Não existir nas áreas metropolitanas a especialização dessa autoridade, com poderes especificos para aquelas áreas.

No caso particular de Lisboa e Porto, estes senhores dão-se ao luxo de porem horários de Verão e horários de Inverno, e ainda são mais especificos, horários para sábados, domingos e feriados, mais promenorizados ainda, horários fora da época de aulas, ou seja nas férias dos putos, e ainda mais meticulosos quando reduzem os transportes a partir das 21 horas, quer em frequência quer no corte de carreiras.

Devem ser miúdos pequenos estes tecnocratas, pois ás 21 horas não é hora para ninguém andar na rua quanto mais apanhar transportes públicos.Isto tudo para reduzirem os transportes ao maximo.

Será que andamos todos a dormir?

Então e a nossa tão propalada vontade que dizem que nós dispomos em DEMOCRACIA?

E a meta de redução de CO2 que o país se propõe atingir?

É que se o pensamento das companhias de transporte é: se reduzimos autocarros, reduzimos a tax ade emissão, isso não deixa de ser verdade, mas tem o efeito dominó que é os utentes levarem para os locais onde se deslocam o seu carrito.

Não queremos nós tirar os carros da cidade?

Pois párece que não. Parece que são só umas bocas que se atiram para o ar.

Lisboa, Porto e Coimbra, só par acitar as mais emblemáticas, são cidades cosmopolitas e como tal turísticas, logo tem movimento quer de dia quer de niote, quer de Inverno quer de Verão.

Agindo assim as companhias de transporte, lixam-nos sempre a PONTUALIDAE, pois andam semrpe a mudar de horários.

Não podemos contar com a mesma frequencia de transportes, andamos assim ao ritmo e ás horas que as empresas de transortequerem e não ao nosso, fazendo-nos assim perder tempo, um bem precioso.

Eu sei que em Agosto, meio Portugal migra para o Algarve, mas também não é menos verdade que a cidade se enche de turistas nessa época.Na cidade ficam aqueles que como eu não gostam (ou não podem) tirar férias nessa época do ano e que muito menos querem ir para o Algarve onde meio país lá se encontra e onde se tem dificuldade em arranjar um pouco de areia para fazermos de reptéis ao sol.

Prática diga-se de passagem tambem já não é uma prática muito suadavel... mas como diz o provérbio... tudo o que é bom ou faz mal, engorda ou é pecado... Mas isso são opcções individuais e essas eu não crítico, agora imporem-nos horários de verão, tenham paciência.

É desmotivante, é retrogrado e é uma medida ilusoriamente economicista, e porque»Porque alem de retirarem ás pessoas a vontade de andarem de transportes públicos que já não é muita, isso implica menos gente a andar, ora menos gente a andar eles reduzem os transportes, a continuar assim ficaremos sem oferta de transportes públicos a zero.

Há que cativar o cliente, toda a melhoria é pouca para fazer face ao automóvel, e andarmos a tratar mal durante o mês de Agosto os que cá ficam, não receber bem os que nos visitam, não me parece boa política.

Quanto aos horários nocturnos e aos fins de semana, as coisas ainda são mais graves, quem trabalha á noite e não tem carro ve-se na contingência de ter de apanhar um táxi, dá até ideia até de existir um pacto com os taxistas, para que os utilizadores de transportes públicos sejam obrigados a usar aquele meio de transporte, pois se não o fazemos estamos lixados, não chegamos onde devemos e queremos.
É que ainda por cima nunca há um táxi livre quando nós queremos, é que eles ao fim de semana e á noie também andam menos.

Está na altura de assumirmos a nossa condição cosmopolita, assumamos a nossa capitalidade, assumamos que no litoral a população está mais concentrada que alguma vez deveria estar, assumamos que devido a tudo isso a pendularidade de deslocação casa trabalho e vice versa é de 24 horas.

É necessário tirar os carros da cidade!Pois é e eu concordo.

Para isso muitas medidas são necessárias, desde logo a primeira que é baixaro custo dos arrendamentos para cerca de 70% ao preço actual, de modo a que os Lisboetas voltem a Lisboa, os Portistas ao Porto etc..., são mecessárias mais medidas concertadas...sem dúvida.

Mas como dizem os chineses "Por mil léguas que tenha uma estrada ela começa sempre por um passo".

Por isso transportes públicos de qualidade, em quantidade e com frequencia e com horários que nos serviam a todos realamente, JÁ E EM FORÇA.

POEMA DO AUTOCARRO ANTÓNIO GEDEÃO IN Máquina de fogo, 1961
Quantos biliões de homens!
Quantos gritos de pânico terror!
Quantos ventres aflitos!
Quantos milhões de litros do movediço amor!
Quantos!
Quantas revoluções na cósmica viagem!
Quantos deuses erguidos!
Quantos ídolos de barro!
Quantos! até eu estar aqui nesta paragem à espera do autocarro.
E aqui estou, realmente.
Aqui estou encharcado em sangue de inocente,
no sangue dos homens que matei,
no sangue dos impérios que fiz e que desfiz,
no sangue do que sei e que não sei,
no sangue do que quis e que não quis.
Sangue.
Sangue.
Sangue.
Sangue. Amanhã, talvez nesta paragem de autocarro,
numa hora qualquer,
H ou F ou G,
uns homens hão-de vir cheios de medo e sede e me hão-de fuzilar aqui contra a parede,
e eu nem sequer perguntarei porquê. Mas... Não há mas.
Todos temos culpa,
e a nossa culpa é mortal. Mas eu só faço o bem,
eu só desejo o bem,
o bem universal,
sem distinguir ninguém. Todos temos culpa,
e a nossa culpa é mortal.
Eles virão e eu morrerei sem lhes pedir socorro e sem lhes perguntar porque maltratam.
Eu sei porque é que morro.
Eles é que não sabem porque matam.
Eles são pedras roladas no caos,
são ecos longínquos num búzio de sons.
Os homens nascem maus.
Nós é que havemos de fazê-los bons.
Procuro um rosto neste pequeno mundo do autocarro,
um rosto onde possa descansar os olhos olhando,
um rosto como um gesto suspenso que me estivesse esperando.
Mas o rosto não existe.
Existem caras,
caras triunfantes de vícios,
soberbamente ignaras com desvergonhas dissimuladas nos interstícios.
O rosto não existe.
Procura-o.
Não existe.
Procura-o.
Procura-o como a garganta do emparedado procura o ar;
como os dedos do afogado buscam a tábua para se agarrar.
Não existe.
Vês aquele par sentado além ao fundo?
Vês?
Alheio a tudo quanto vai pelo mundo,
simboliza o amor.
Podia o céu ruir e a terra abrir-se,
uma chuva de lodo e sangue arrasar tudo que eles continuariam a sorrir-se.
Não crês no amor?
?
Não ouves?
?
Não crês no amor?
Cala-te, estupor.
Tenho vergonha de existir.
Vergonha de aqui estar simplesmente pensando,
colaborando sem resistir. Disso, e do resto.
Vergonha de sorrir para quem detesto,
de responder pois é quando não é.
Vergonha de me ofenderem,
vergonha de me explorarem,
vergonha de me enganarem,
de me comprarem,
de me venderem.
Homens que nunca vi anseiam por resolver o meu problema concreto.
Oferecem-me automóveis, frigoríficos, aparelhos de televisão.
É só estender a mão e aceitar o prospecto.
A vida é bela.
Eu é que devia ser banido,
expulso da sociedade para que a não prejudique.
Hã? Ah! Desculpe.
Estava distraído.
Um de quinze tostões.
Campo de Ourique.

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? MAS OS ELEMENTOS DA BRIGADA NÃO CHEGAM A HORAS AO RANCHO LÁ NO REGIMENTO SE NÃO TIVEREM TRANSPORTES A HORAS.

4 comentários:

Gio disse...

Quero que saibas que gosto de te ler e que te leio, mas os teus posts são tão extensos que depois me vejo aflita para comentar. Não é uma critica, é apenas uma constatação. Mas não deixes de ser como és.

Anónimo disse...

Realmente há muito para falar em relacção aos transportes públicos portugueses, fica uma observação daqui de Lisboa.

Noto que cada vez mais os transportes estão piores, se têm melhorias em alguma coisa, pioram logo em duas ou três.

Armando Rocheteau disse...

Obrigado pelo destaque.
Abraço.

alma disse...

Concordo com a Teresa, os transportes públicos deveriam ser muito mais adequados à sua função.