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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sábado, 16 de agosto de 2008

CÁ VAMOS CANTANDO E RINDO NOS J.O.

Este é o BLOGUE DO DIA, hoje destacado por este vosso soldado que pertence a uma brigada ligeira. A Brigada nas horas de lazer aprende com este blogue. Esta brigada que não escreve tão bem que de para um NOBEL, quer melhorar e cultivar-se e então dá uma "saltada" a este blogue para ver se fica menos ileterada. É um blogue em que o seu autor já nele não escreve, mas é interessante de ver: http://www.zoompalavras.blogspot.com/- Basta clicarem em cima do link para lá irem ter.

Caros Bloguistas militantes
Começaram os Jogos Olímpicos.
Com aquela maravilhosa e inesquecível abertura, eu só vi parte dela.
Esquecemos logo os Direitos Humanos, esquecemos tudo, de tão deslumbrante que foi.
Quanto aos Direitos Humanos, talvez um dia, falemos aqui deles.
Quanto aos J.O. propriamente ditos, medalhas para Portugal... pois nem por isso.
Poderíamos apontar a falta de capacidade de sofrimento, a falta de postura, o faltar-nos tudo, mas... mas a culpa não é deles.. ou seja dos atletas.
A situação não é conjuntural, ou melhor foi conjuntural quando ainda ganhávamos algumas medalhas.
É certo que não temos os meios ilimitados dos EUA ou de outros países europeus, mas o nosso problema é e sempre foi estrutural.
Sem investimento, não há rendimento.
O facto de termos perdido a liderança, na maratona, no fundo e meio fundo, e termos ganho medalhas em competições que até então não sonhávamos sequer lá chegar, é revelador de muita coisa.

Se repararem, não sabemos jogar em equipa, pois competições de equipa, até no hóquei patinado já não somos o que éramos, temos esse defeito como povo.
As modalidades medalhadas noutros J.O. não nestes, são modalidades digamos assim mais ricas, mais elitistas.
Melhor dizendo, precisam de outras condições que não seja só uma estrada, uns ténis, e um equipamento para treinar, e com treinos que se faziam depois da hora de saída do trabalho.
Isto revela que nós, portugueses, em termos de nível de vida evoluímos (basta vermos a série televisiva que passa na RTP1, " Conta-me como foi") bastante, mesmo dizendo mal dos nossos políticos evoluímos bastante, mas será que no caminho certo e em todos os sectores?
Não é alheia a esta evolução a nossa entrada na então CEE, em que o Sr. Dr. Mário Soares teve grande mérito nisso, que foi a decisão mais acertada, quanto a mim, do século vinte, mas essa decisão precisava de que os governos posteriores não esbanjassem dinheiro em coisa que claramente só beneficiaram alguns para a compra de "JEEPS".
Mas lá evoluímos, e ao progredirmos, deixámos de ser bons nos desportos de tostões e passámos a competir mais seriamente em desportos cujo investimento é mais avultado.
Não deveríamos nunca ter descurado os desportos em que já éramos bons e tínhamos referências.
Mas como dizia, aquelas medalhas no fundo e meio fundo foram todas conjunturais, estruturalmente continuamos mal.
E qual a razão? Qual a causa das coisas?
Correndo o risco de ser muito polémico, diria que a política de desporto do Dr. Salazar estava no caminho certo.
No caminho certo mas com razões erradas, o que não faz dessa política uma boa política, mas também não faz dela uma política em que deitemos tudo fora.
Eu explico. Refiro-me à "Mocidade Portuguesa".
A "Mocidade Portuguesa" é o exemplo da política certa por motivos errados, quanto a mim, era uma forma de disciplina e de incentivar o desporto na juventude.
Obrigava os jovens a tomar conhecimentos em diversos desportos, das suas regras, das suas realidades e sacrifícios.
Bem implementada esta política, daria oportunidade aos jovens de escolherem ou serem escolhidos para diferentes modalidades que melhor se adaptassem a eles. Quanto a mim, esta é a parte da política do Dr. Salazar que está certa.
A parte da política errada, e que é de repudiar, é que a disciplina, era uma disciplina militar imposta e não era mais que uma preparação psicológica para o regime e para a guerra de África que então se travava, para além de querer incutir desde pequenos as ideias de um regime ultra-conservador e que esteve sempre fora de moda desde o seu início.
Mas o certo é que a parte essa política, foi destruída com o Abril de 1974, e à boa maneira portuguesa, fez-se tábua rasa de tudo, não se aproveitando o que era bom e excluindo o que era mau... enfim o costume cá do burgo.
Por isso estamos habituados a dizer mal por sabermos que não vamos ter hipóteses de competir nas olímpiadas e noutros "meetings" ao mesmo nível que outros países, isto na remota hipótese de sermos classificados.
A crise é estrutural, porque não achamos novos atletas, e como será isso possível se não damos hipótese de dar a conhecer aos mais novos todas as vertentes do desporto?
Como será isso possível, se país e educadores, aceitam os pedidos da sua prole, quando se querem "baldar" a Educação Física?
Nunca iremos lá, se o único desporto apelidado de sucesso é o futebol?
Para depois assistirmos, a milhares de investimento das camaras municipais, em estádios que dão prejuízos e estão ás moscas como é o caso do Estádio do Algarve, e de milhões para clubes que depois vão á falência como é o caso do Salgueiros e do Boavista.
É que foram milhões de contos dos contribuintes, para esses clubes investidos pelas câmaras municipais, e que serviram para comprar jogadores e pagar os seus ordenados, para depois no fim, os clubes acabarem.
Ao invés de terem uma boa política de desporto que nos dariam atletas e condições para esses atletas chegarem a medalhas olímpicas e brilharem noutros meetings internacionais.
Em democracia ser livre, não é termos o privilégio de abandalharmos o sistema, isso não é democracia, nem sequer anarquia.
A proposta é simples, voltemos á "Mocidade Portuguesa", tornemos obrigatório o desporto, "Mens sana in corpore sano", desculpem o meu latim está tão enferrujado, mas a verdade é que nunca tive latim...
Tirávamos da "Mocidade Portuguesa" a carga ideológica e os propósitos "guerreiros" da coisa, e ficávamos com uma política de desporto, não muito diferente dos USA ou da França ou da Dinamarca.
Ah, claro que também mudávamos o nome, em vez de "Mocidade Portuguesa", os publicitários que inventassem um nome, o que interessa é o espírito da coisa.
Desde pequenos que deveríamos fazer com que os jovens tivessem conhecimento e experimentassem os desportos todos, equipas especializadas, veriam quais os mais aptos e com queda para este ou aquele desporto, ou mesmo aqueles que não tinham jeitinho nenhum para a coisa (acresço que o mesmo deveria acontecer com a música e o seu ensino, sei que não está bem dentro deste âmbito).
O desporto escolar deveria ser uma realidade, as férias desportivas também.
Só assim, tomando conhecimento com desporto e as regras das diversas modalidades, deixaríamos de ver pessoas a gritarem golo quando um basquetebolista encesta uma bola, ou mesmo no futebol as pessoas saberem as regras do jogo e não andarem a dizer disparates na TV e nos cafés e no trabalho.
Além disso quem pratica e praticou desporto, sabe que desporto é desporto e que a competição é e tem de ser saudável, e que uma derrota não é uma calamidade, e que uma vitória está longe de ser um endeusamento.
Quem praticou desporto, sabe, que para se saber ganhar, tem de primeiro saber-se perder, quem praticou desporto sabe, que a perfeição e as vitórias, só a elas se chegam com treino, treino e mais treino e espírito de sacrifício.
Quem pratica ou praticou desporto (que parece não ser o caso de muitos jornalistas e chefes de redacção desportivos), sabe que um segundo jogo, não é uma vingança, é apenas mais um jogo, quanto muito uma desforra sadia, não uma guerra que faz incendiar claques.
Quem praticou desporto, sabe respeitar o adversário em competição, e sabe que fora dela podem e devem ser amigos.
Quem pratica e praticou desportos colectivos sabe que jogar em equipa é a melhor forma de realçar as individualidades, e que ensina a saber viver em sociedade.
Uma política nacional de "Mocidade Portuguesa" é necessária, tiremos os pais e os filhos dos centros comerciais aos fins de semana, contribuamos colectivamente para que o nosso país melhore as suas prestações desportivas internacionais, contribuamos para uma melhor sociedade.
É necessário tirar das consolas e dos pc's, os nossos jovens. Ar livre e desporto precisam-se.
Quantos atletas de excepção, por negligenciarmos e não dar-mos condições aos jovens que na minha geração e da posterior, e ainda das vindouras, já perdemos?
Já para não falar da diminuição de jovens viciados e sem objectivos que a nossa sociedade estática está a semear neste terreno infértil para o desporto mas fértil para o vício e outros males.
Não estou a renegar as tecnologias e a nossa necessária adaptação. Não, claro que não, o que eu não quero é continuar neste marasmo, de malidicencia nacional que culpa os nossos atletas de irem lá fora e não vencerem, transportando para eles as nossas frustrações de não teremos sido ninguém em determinado desporto porque nunca nos deram oportunidade para isso.
Fico triste de não ganharmos nenhuma medalha nos J.O., mas fico mais triste quando vejo que o problema estrutural se mantém e vai continuar a manter e medalhas nos Jogos Olímpicos, só se forem os pin's que os nossos atletas trazem.
Mas enquanto assim for... lá vamos cantando e rindo...

Hino da Mocidade Portuguesa

Lá vamos cantando e rindo
Levados levados sim
Pela voz do som tremendo
Das tubas clamor sem fim
Lá vamos que o sonho é lindo
Torres e torres erguendo
Clarões, clareiras abrindo
Alva de luz imortal
Que roxas névoas despedaçam
Doiram os céus de Portugal
Querer querer e lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
À mocidade que passa
Cale-se a voz que turbada
já de si mesmo, se espanta.
Cesse dos ventos, a infâmia
ante a clara madrugada,
em nossas almas nascida.
E por ti, ó Lusitânia,
corpo de Amor, Terra Santa.
Pátria, serás celebrada
e por nós, serás erguida.
Erguida ao alto da Vida.
Lá vamos, cantando e rindo

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA RESPEITA OS JOGOS OLÍMPICOS E TAL COMO ANTIGAMENTE FAZ UMA TRÉGUA E NÃO ATACA,QUER DIZER SÓ ATACA DESPORTIVAMENTE... MEDALHAS...

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