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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Um dia vai dar mesmo

Olá bloguistas militantes

A partir de hoje vou publicar alternadamente, os meus posts antigos alternadamente... um novo ... um antigo... só publicando os que para mim têem mais significado e actualidade, claro está.

Vou corrrigi-los e quiçá... diminuí-los... "pois como se eu conseguisse escrever pouco".

Ah, mas os teus posts são grandes- já me disseram... várias vezes.

Pois é, digo eu, mas injustiças do mundo não cabem numa folha A4...

Uma explicação para os mais desatentos, todos os posts têem 2 coisas,:
1º- muitos erros...
2º-um poema associado que umas vezes é a inspiração do post outras a consequência deste, tento mínimamente que seja complementar.

Mas retomando o post publicado no dia 7/8/2007 e que tinha por titulo "Urúbu está com raiva do boi", inspirado numa canção brasileira.

Do Brasil, como de qualquer lado, veem de lá coisas boas e coisas menos boas.

Uma das coisas boas que vem de lá é a música, outra os frutos tropicais, outra as brasileiras... eheheh (piada à"macho man"... tinha de resvalar para aí... perdoem-me este pecadilho).

Agora que já estou perdoado, e voltando à música, o conjunto "Baiano e os Novos Caetanos", era o nome de um duo musical/humorístico composto pelos humoristas Chico Anysio e Arnaud Rodrigues.

Satirizavam no título do seu conjunto o outro conjunto muito em voga na altura que eram "Os Novos Baianos" e o cantor Caetano Veloso.

Com humorismo fizeram crítica à ditadura brasileira dos anos 70/80 do século passado.

E quem faz uma crítica a uma Ditadura, crítica ao mesmo tempo todas as outras.

Mas caros bloguistas, ao ouvir de novo este duo, reflecti e penso que hoje em dia não estamos a conseguir combater com sucesso esta Ditadura económica encapotada que nos apareceu pela frente após a queda do muro de Berlim.

Não consigo vislumbrar ninguém a querer abrir estas grilhetas que essa dita opressão económica nos acorrenta todos os dias.

Lembro-me dos versos de uma canção, dos tempos da revolução de 25/4, que dizia que "a cantiga é uma arma, eu não sabia".

E é mesmo uma arma, e hoje em dia as armas que temos são estereotipadas, pagas pelo regime, editadas pelas multinacionais... logo suspeitas.

Noutro dia, um colega disse-me que o caminho que isto está a levar, as famílias a afogarem-se em dívidas, a entregar as casas aos bancos por falta de possibilidade de fazer face a uma "Euribor" crescente todos os meses, os suicídios que já vão 4 por dia em Portugal e que ninguém fala.

Dizia ele, isto vai rebentar, porque as pessoas já não aguentam mais.

Eu contrapus, que as pessoas estão muito ligadas ao sistema, e que o sistema económico, controla-nos a todos, muito mais que as polícias políticas controlavam, no século passado... mas no fundo dou-lhe razão, só que não acredito na união das pessoas contra o sistema, nesta sociedade cada vez mais individualizada.

Não temos liberdade económica, e o preço da liberdade é a eterna vigilância... mas estamos a pagar caro o termos baixado a guarda.

Deixámo-nos enredar por Bancos, dívidas, promessas de casas, carros, luxos e luxúrias.

Está afogado em dívidas? Temos um Nadador Salvador/banheiro perto de si para o ajudar... a afogar mais devagar... porque saímos de uma metemo-nos noutra... é um ciclo/circulo vicioso.

E o custo que temos de pagar a esses urúbus que querem receber destes pobres bois que tem como cangas as dívidas que tem de pagar.

E o pior é que isto tudo se globalizou.

A futilidade impera, todos os dias enfrentamos a hipocrisia nas nossas relações, nos cumprimentos dos nossos deveres que são infinitamente mais que os direitos...

O desespero do povo que vai vivendo e alheando-se da realidade... com novas drogas como a TV ou farmaceuticas, ou com drogas antigas como a religião e os desportos em particular o futebol aqui pelo burgo.

Procurando a salvação imediata, sem sequer ter um vislumbre do caminho a percorrer, de uma visão a longo alcance.

E as neuroses que daí adveem, as psicoses, e outras doenças mentais, já fizeram a OMS vir sizer que a depressão atingirá 50% da população mundial em 2010.

As rotinas... as depressões... porque vivemos sem norte, vivemos sem sorte, andamos como zombies....

Mas sabem "um dia dá... um dia dá."

E quando der....

Urubu Tá Com Raiva Do Boi - Baiano e os Novos Caetanos -

Legal , me amarro nesse som está sabendo (um dia dá)
o medo (um dia dá)
a angústia (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o sufoco (um dia dá)
a neurose (um dia dá)
a poluição (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
os juros (um dia dá) o fim (um dia dá)
nada de novo (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
a gente, a gente (um dia dá)
de novo só tem casas indústriais (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
diga paulinho diga (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
eu vou contigo paulinho diga (um dia dá, um dia dá ,um dia dá)

Refrão:
Urubu tá com raiva do boi,
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação (bis)

O mosquito é engolido pelo sapo,
O sapo a cobra lhe devora.
Mas o urubu não pode devorar o boi:
Todo dia chora, todo dia chora. (bis)

(um dia dá, um dia dá)
o norte (um dia dá)
a morte (um dia dá)
a falta de sorte (um dia dá)
eu tou vivo tá sabendo (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
vivo sem norte (um dia dá)
vivo sem sorte (um dia dá )
eu vivo (um dia dá)
eu vivo paulinho (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
aí um dia a gente encontra um cabra na rua e pergunta (um dia dá)
tudo bem (um dia dá)
e ele diz prá gente tudo bem (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
não é um barato paulinho?
é um barato

REFRÃO

Gavião quer engolir a socó,
Socó pega o peixe e dá o fora.
Mas o urubu não pode devorar o boi,
Todo dia chora, todo dia chora. (bis)
(um dia dá, um dia dá)
nada a dizer (um dia dá)
nada (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
nada ou quase a nada (um dia dá)
o que tem a fazer (um dia dá)
tudo (um dia dá)
ou quase tudo (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o homem (um dia dá)
a obra divina (um dia dá)
na rua a obra do homem (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o cheiro de gás (um dia dá)
o asfalto fervendo (um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o som abatendo o som abatendo o som abatendo

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? ENTÃO SE FOR PARA MUDAR AINDA VÃO COM MAIS VIGOR

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