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Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A nota de 1 euro



Nota de 1 euro

Quem é do povo e no meio dele anda, ouve com frequencia dizer que desde que foi feita a mudança para o euro o dinheiro já não chega, ou então que o dinheiro já não vale nada, ou ainda que  os bens de consumo aumentaram, são algumas acusações feitas à “nova moeda” que os portugueses fazem e curiosamente também outros povos europeus fazem a mesma acusação, basta andarmos pela Europa e as observações são as mesmas.

Se um português for a Marrocos aos mercados, sente-se como alguém que enriqueceu repentinamente, pois o que nós ganhamos e o valor do euro, comparado com os preços praticados lá e cá, faz-nos sentir uns autênticos “patrões”. O mesmo acontece quando os povos do norte, se deslocam ao sul ou seja a Portugal e a Espanha, têm a mesma sensação.

Já que ainda não atingimos a fase de termos salários iguais, impostos iguais, descontos iguais e benefícios iguais, desde o norte ao sul da Europa, o que verificamos com a introdução do Euro foi um baixar repentino de poder de compra e a sensação (real) que temos menos dinheiro, e assim se queixam os povos do norte e os dos sul.

Será que os povos têm intrínseca e realmente razão quando produzem estas acusações?
Será que ainda não nos conseguimos adaptar à nova moeda, passados tantos anos?
Será que este não foi um passo político-económico dado cedo de mais?
Será que o euro não vale mesmo nada?
Será que houve abuso dos agentes económicos na subida do preço dos bens de consumo e uma omissão dos governos no seu papel fiscalizador?
Ou será que terá sido um pouco de tudo?

Vejamos o Euro desde a sua génese foi progredindo e conseguiu ultrapassar e estar mais forte que o dólar, ultimamente com alguns avanços e recuos, mas lá se tem mantido à frente.


Por outro lado o dólar era uma moeda de referência nas trocas internacionais, continua a ser uma moeda forte, mas e consequentemente se o Euro está cotado acima do Dólar cai assim por terra o argumento que o povo diz que o Euro nada vale.

Portanto, chegamos à conclusão, que o Euro é uma forte moeda.

Mas o facto é que para os “donos do euro” o Euro nos seus bolsos esvai-se com uma velocidade vertiginosa, então o que se passa?
Qual a razão deste fenómeno?

Os políticos e os agentes dos bancos centrais nacionais, assim como as entidades reguladoras e fiscalizadoras dos Estados, não tiveram em linha de conta (ou se tiveram ignoraram aquilo que demais era evidente aos olhos de todos), aquilo que é um princípio mais que evidente ou seja “MOEDA NOVA, PREÇOS NOVOS”.

Aos povos da Europa de nada lhes valeu dizer que as autoridades iam estar atentas, porque a inflação aconteceu e eles nada fizeram…nem fazem.

A adaptabilidade a uma nova moeda custa-nos a todos, até mesmo aos agentes do Estado, principalmente aos agentes do Estado e ainda mais a Estados com o um déficit de fiscalização acentuado.

Os agentes do Estado não tiveram ou não quiseram saber da tentação mais que evidente dos comerciantes fazerem os arredondamentos...


Os arredondamentos foram efectuados, era inevitável que isso acontecesse, principalmente com a ausência de fiscalização, e com a política estúpida de “Os mercados auto-regulam-se”.
Coo sabemos os mercados apanharam-se em roda livre, e quanto à política do arredondamento dos preços estes sempre foram arredondados para cima e nunca para baixo.

Esta atitude dos agentes económicos foi “à grande” e foi real (a crise já se prolonga à muito tempo e esta era uma oportunidade de arrecadar mais uns trocados seguindo assim a teoria do “Tio Patinhas” “de tostão a tostão se chega ao milhão”, esta “fobia” de acertos dos agentes comerciais levou a que o índice inflacionário subisse.

Os exemplos desta atitude são mais que muitos, ilustremos com um exemplo rápido:
Em Portugal um café antes da entrada da Moeda Euro estava a entre 75 e 80 escudos, ou seja, fazendo a conversão estava entre 35 e 40 cêntimos. Sabendo que por este preço o café já dava lucro ao comerciante entre os 800 a 1000%. Hoje, dia seguinte à entrada do Euro, a bica está entre 50 a 70 centimos, ou seja entre 100 a 140 escudos, e é previsível que com o desprezo generalizado pelas moedas “menores” que dentro em breve quem quiser beber café vá pagar 1 euro.

Mesmo sabendo que a matéria-prima aumentou também na origem, os lucros para os comerciantes subiram substancialmente, mas os salários ficaram todos na mesma, e foram arredondados até à décima, sempre para baixo nunca para cima.

E isto aplica-se a todos os ramos do sector económico/comercial, exceptuando como já disse aos nossos ordenados que vêem certos até ao último cêntimo.

Estamos perante uma questão monetariamente psicológica, ou seja a falta de visão dos economistas e/ou dos tecnocratas que fizeram o Euro, eles  induziram-nos, consciente ou inconscientemente (quer tenha sido por falta de orientação superior correcta, quer por sua iniciativa), que agora éramos ricos e que podíamos gastar/esbanjar a nova moeda, e nós, o povo, até conseguirmos aprender e apreender que essa indução é falaciosa, longo vai ser o nosso percurso e curta vai ser a nossa carteira.


Mas, a verdade é que com um pouco mais de trabalho de casa poderiamos ter poupado milhares ou milhões de Euros às famílias europeias. E poderíamos ter jogado ao nível psicológico, mesmo indirectamtente.

Porque psicológicamente?
Porque, e não se sabe a razão, só sabemos que ela existe, o Papel-Moeda para nós cidadão tem mais valor que as moedas metálicas, ou seja, um cidadão desfaz-se mais facilmente da moeda metálica do que do papel-moeda.

Quando temos na mão papel-moeda, e temos de efectuar um qualquer pagamento para uma quantia não certa, é usual ficarmos sempre à espera de troco, mas se fizermos o pagamento com moedas (talvez por pesarem no bolso) temos maioritariamente a tendência de não ficarmos à espera de receber troco, nem ligar muito a isso...a não ser nas moedas de valor maior que era o caso antigamente das moedas de 100 ou 200 escudos.

Se recuarmos e nos recordarmos da nossa antiga moeda, sabemos que a unidade base do sistema Monetário Português no tempo do escudo era a moeda de 1$00. Ao abdicarmos de parte da nossa soberania e ao mudarmos para uma Moeda Mais Forte, e nos tivemos de adaptar para o sistema Euro.  a base monetária passou a ser a unidade Euro (1,00 €). E ao mudar,era necessário fazer a necessária conversão, sendo que 1 euro corresponde a 200 escudos...ou seja 1 euro são 200 moedas de 1$.
Mas de repente 200 moedas de 1 escudo era igual a 1,00 €, ou seja se tínhamos 1 moeda de 200$ e pagávamos algo, nós queríamos o troco, pois sabíamos e tínhamos noção do valor da moeda.

Agora ainda não temos bem a noção  do valor da moeda (ainda se encontra muita gente a fazer contas com escudos, e por mais que queiram introduzir teorias que não pode ser, não se pode impor a linha do pensamento a quem não se consegue adaptar), e isto é difícil não só para quem não quer aceitar, mas também para quem já aceitou fazer a conversão, sim, mesmo ao fim destes anos todos… É que uma unidade é sempre uma unidade, e nós ainda estamos “reféns” da unidade escudo, como os alemães do marco, os franceses do franco, etc.. sim porque esta  e a tendência de pensar assim, não é exclusiva dos portugueses, todos os povos europeus com euro se queixam, e assim vai continuar a menos que algo seja feito.

É que com este ainda “novo Euro”, o nosso poder aquisitivo (português)  tornou-se teoricamente duzentas vezes superior. E quer queiramos quer não, o facto é que, psicologicamente ainda não nos adaptamos a esta nova moeda, e  dá a sensação que ou sofremos de novo riquismo ou de esbanjamento primário ou (que é o mais correcto afirmar) não estamos a interiorizar bem o valor da nova moeda.


É verdade que esta prolongada crise, faz-nos contar os tostões, mas esmo assim não foi o suficiente, aliás com a medida que proponho a crise tinha sido mais atenuada.

Quando foi a introdução do Euro, os políticos da Europa inteira disseram-nos que se os preços aumentassem o povo reagiria e eles baixariam. Isto é tudo muito bonito na teoria, mas o hábito pouco enraizado de protestar com razão que nós não temos ... (isto porque sem razão somos bons a protestar), a falta de fiscalização, a política de liberalização de preços, levou a que chegássemos a este ponto, ou seja os preços a aumentarem em toda a Europa, houve alguns protestos, mas…os políticos não ligaram.


1 é sempre 1 em qualquer lado, e se 1 é uma moeda, psicologicamente é mais displicente gastar esse 1 do que gastar 200.

Se esse 1 for 1 moeda, ela vai pesar no bolso, e como disse atrás não se sabe a razão, a nossa apetência é gastá-lo e não pedir troco.

Mas...e se esse 1 em vez de moeda fosse uma nota?
Como eu proponho e também nos propõem entre outros os Italianos?
Sim, não sou o único a pensar nisto.

O factor psicológico de temos uma nota no bolso, ia pesar nos nossos gastos, e no nosso “pedir troco”.

Nós, que somos excelentes a copiar os EUA, era bom copiar a nota de Dólar, sim eles têm a nota de Dólar. O dólar que é mais barato que o Euro... os americanos têm o seu “buck” (1 dólar em papel moeda), a sua nota de dólar....porque não copiar esse bom exemplo americano? (será que não copiamos por não ser veiculado por qualquer cadeia de fast food ou multinacional?)

Psicologicamente temos mais dificuldade em nos desfazer de notas do que de moedas... moedas essas que estamos sempre a querer aliviar os bolsos...

Está na altura de os politicos portugueses deixarem de ser provincianos, e preocuparem-se com algo que implementado iria beneficiar a todos.

Sim, está na altura de pedirmos à Europa, a nota de 1 Euro, e fazer ver que esta é necessária e precisa, e é urgente, pois os orçamentos familiares reclamam-no e agradecem.


Façamos pressão sobre o governo para que este tome posição na Europa, e faça a proposta.
Que os Portugueses proponham no conselho o “buck” europeu… será que demora muito ou teremos de fazer uma petição à união pelo papel moeda de 1 euro?

É que como diz Manuel Machado “«Um vintém é um vintém, um cretino é um cretino», e se não tomarmos esta medida estaremos a ser cretinos.



Juntemo-nos aos italianos e aos outros que já sobre isto pensaram e propuseram... (ja que nos juntámos para dar carros à GNR para o Iraque... porque não por algo mais pacífico e que era bom para todos).
E tu tens troco de 1 euro ou não dás troco a isto? 



A BRIGADA É A FAVOR DO EURO COM REGRAS. A BRIGADA LUTA PARA QUE OS POVOS DA EUROPA FIQUEM BEM MONETARIAMENTE.



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Esquerda Volver

Andam o PS, o BE, o PCP, e outras Esquerdas com medo de assumirem o que são.
Ou seja são de Esquerda. 
E, agora afirmo o óbvio, é que se são de Esquerda, obviamente que não são de Direita.
Por isso seguem as ideias e ideais de Esquerda e não os de Direita.
Poderão estas Esquerdas ser divergentes em algumas matérias? Obviamente que sim, por isso é que são partidos diferentes, e assim se constituíram, porque o caminho que querem seguir, em algum lugar se separa.

Mas, e saliento isso, também são convergentes, na grande parte da jornada que percorrem, como por exemplo na sua ideia de Justiça, na sua ideia de Solidariedade Social, na defesa dos Direitos dos Trabalhadores e também noutros direitos fundamentais.

Faço aqui um reparo, à Direita o PSD e o CDS/PP, são dois partidos e não são só um, e também têm um caminho comum que a dada altura se apartam, e a conclusão é óbvia, é que se assim não fosse não seriam dois partidos mas sim um só.

Para os críticos de Direita, segue já este primeiro aviso: Este Governo (2011-2015) teve a sua génese numa coligação pós-eleitoral, e só assim foi conseguida a maioria. Não foi o programa do CDS/PP que foi sufragado e ganhou, foi o do PSD que melhor se posicionou e que embora não tendo a maioria, conseguiu que com alianças fosse governo. Foi esse programa que nos foi imposto (digo isto porque já sei que vão aparecer os simpatizantes e praticantes de Direita, que virão dizer que o BE e o PCP são radicais...mas, analisando bem também o é o CDS/PP nas suas políticas de Direita.

Sim, eles (PSD e CDS/PP) também são divergentes e têm divergências profundas, e são-no em muitas políticas, e no caminho que querem seguir, mas…souberam reconhecer que para governar, para mais facilmente chegaram a esse desiderato, conseguiram colocar de lado as divergências e fazer o seu melhor.

O problema (para nós todos) é que o seu melhor, é o seu melhor para as grandes multinacionais e não para  a maioria do povo, por muito que nos queriam fazer entender o contrário. E estes partidos estão rendidos a estas multinacionais (mais um que outro), e o melhor que conseguiram foi esta política de Direita monopolista e mercantilista.

O resultado disso foi para nós (povo) o pior que nos podia ter acontecido, constatamos que após este governo (2011-2015) tudo está nas mãos do capital que ninguém sabe a que nacionalidade pertence, nem sequer o seu rosto.


Agora a Direita diz que ganhou e preparam-se para formar Governo e privatizar o restante, vão-se assim os anéis e os dedos, e mais alguma coisa se houver.

E ameaçam-nos com um terrível papão, quando dizem que uma união de Esquerdas significa eleições lá para Junho, e isso é instabilidade política de que Portugal não precisa. Mas queria relembrar que o mesmo foi dito da Coligação PSD/PP, quando se formou, e infelizmente aguentou-se 4 anos apesar do "Irrevogável" esforço do povo para que isso não acontecesse.

Tivemos em portugal um Sheriff de Nothingam às ordens de um João Sem-Terra, o povo disse-lhes que não, que quer o Robin Wood e o Ricardo, mas eles insistem em fazer-se de moucos.


Mas analisemos mais ao pormenor:

Em 2011 os resultados foram:
PSD        teve          38,63;
PS           teve          28,05;
CDS        teve          11,74,
CDU       teve            7,94
BE          teve             5,19

Ou seja a Direita, a futura coligação teve em 2011 uma Maioria Absoluta inequívoca obtendo em termos percentuais 50,37 % dos votos, e assim governou.

Já em 2015 os resultados são muito diferentes:

PSD+CDS/PP (PAF)       teve         38,55;
PS                                     teve         32,38; 
CDU                                 teve           8,27
BE                                    teve        10,22%
PAN                                 teve          1,39 %


Aqui podemos fazer várias leituras, a soma do PSD com o CDS/PP é inferior ao resultado do PSD sozinho obtido em 2011.


Uma leitura (mais maquiavélica) que se pode fazer é dizer que o CDS/PP foi absorvido pelo PSD e desapareceu.


Outra leitura mais realística é que a direita desceu 11,82% (como dividem entre eles a percentagem da descida é com eles), e não obteve maioria, nem se aliando ao PAN.

Se olharmos para o resultado de 2011, nenhum partido obteve a maioria absoluta, só fazendo uma coligação (o futuro PAF) é que conseguiram uma maioria inequívoca.

Agora em 2015, o cenário inverteu-se, e o PS com o BE e o PCP obtêm uma maioria de 50.87 %, mais 0,50% que a maioria de direita em 2011.


Foi em 2011 a 2015, fruto da maioria por se ter coligado PSD e CDS/PP, dada a possibilidade à Direita de governar em coligação com o programa do PSD (relembro que  o CDS/PP disse cobras e lagartos do programa do PSD e que depois veio apoiar e a governar com ele).


Agora em 2015 querem-me convencer que a Esquerda que tendo obtido uma maioria de 50,87% mais 0,50 % que a Direita em 2011, não pode governar?

Isto realmente não há nada como a Direita ter os Media na mão para subverter estas lógicas, e querer impor a sua vontade.

A maioria em 2015 está inequivocamente do lado da Esquerda (sendo a Esquerda muito diferente uma da outra), como em 2011 esteve do lado da direita (sendo que as direitas também não são iguais, e todos sabemos que não se gramam una aos outros).

Mas porque é que não quer a Direita que a Esquerda governe?

Uma das razões é que não são eles que iriam dirigir os destinos do país, essa é a óbvia.


Tivemos com este governo de Direita, uma política onde perdemos direitos como cidadãos, onde foi privatizado e liberalizado o (pouco) bem comum que possuíamos, e ambos os partidos no governo, apesar das suas diferentes visões, seguiram uma política comum, e se pelo meio houve alguns desafinanços (e não foram poucos) rapidamente corrigidos (bem ou mal), mas continuaram a tocar.
Não concordo com a política que os de Direita que nos impuseram, foi uma política de Direita Radical, fora da matriz e da essência dos seus partidos, eles não foram só além da Troika, foram além da sua essência como partidos, refinaram, mas reconheço-lhes que se souberam entender e no entendimento souberam-se manter, e foram mais longe do que se propuseram.

Sim, foram longe, porque leram e souberam aplicar o que leram, e o que leram foi nada mais nada menos que o mestre Maquiavel, no seu livro “Príncipe”.

E, como bons alunos, aplicaram o que o Mestre preconiza, ou seja, quando tiverem que governar estrangulando direitos e aplicando austeridade, que esse mal seja feito todo de uma só vez.

Foi o que fizeram, e depois do mal e da caramunha (significado de caramunha: fazer mal a alguém e queixar-se, como se fosse vítima, sem se revelar como autor do mal) feita, lá foram aplicando novamente o livro de Maquiavel e foram dizendo que estavam a pensar em dar aumentos, e outras promessas (não deram, mas prometeram que davam).
E eis que chegaram as eleições, e, nesta altura fizeram-se de mortos, mudaram o nome dos partidos, passando a chamar-se coligação, e ocultaram o mais possível os protagonistas que aplicaram tudo aquilo que sofremos. E o pior é que  o fizeram quase brilhantemente….digo quase porque não conseguiram a desejada maioria absoluta.

Quero no entanto realçar que não sou radical a ponto de dizer que tudo foi mal feito, existiram pontos positivos na actuação deste governo de Direita (2011-2015).

Mas as Esquerdas também são capaz de fazer o mesmo, estou a referir-me ao facto de se conseguirem entender e não ao facto de aplicarem Maquiavel e os seus métodos claro está.

É que este é o tempo de entendimentos, não é o tempo das políticas mais radicais como aquelas de se sair do Euro (que, refira-se, se nada for feito, vai ser uma inevitabilidade, repito e sublinho se nada for feito).

Aqui neste aspecto concordo com o PCP, devemos preparar-nos para o pior cenário, mas acrescento…esperando que ele não aconteça, mas não faz mal nenhum irmos preparando para uma questão que a acontecer será dolorosa.


Claro que os que são conservadores, ou  liberais, ou cristãos-democratas e ou de direita, ou os que são tudo nisto num só, claro que não vão concordar (aliás nunca irão concordar) que a Esquerda se una e governe.


As razões são óbvias, e até ficava mal se não as dissesse, uma das razões prende-se com o seguinte, para eles as políticas de Esquerda não estão dentro dos seus horizontes cognitivos, não são a sua essência, são a antítese daquilo que defendem.


Mas a principal razão é a seguinte, é que se se forma um governo de Esquerda e este resulta, depois, depois… nada irá ser como dantes, voltamos a ter de negociar com os trabalhadores e a Segurança Social Pública, e a Justiça, e os seguros privados e as privatizações.
Existe uma matriz convergente na Esquerda, assim como existe na Direita, e é por esse caminho que a Esquerda, ou melhor as Esquerdas têm de ir e convergir.

Se sei que o principal adversário do PCP é o PS? Sim, sei.


Se sei que o BE também é adversário do PS, e que o PCP também não fica atrás nas suas desconfianças?, Sim, sei, claro que sei.
Mas também sei, que o Povo e o seu bem estar, os trabalhadores e os seus direitos, que a saúde e o seu Serviço Nacional de Saúde Universal independentemente da raça, cor, religião e fortuna, são bandeiras comuns aos 3 partidos, e estando isso em causa, são motivos mais que suficientes para que exista uma união à Esquerda.

Se entretanto me perguntarem se vai ser fácil uma governação à Esquerda?


Não, não será fácil, e vaticino que também não será feito o caminho das pedras.


Se existe a possibilidade de escolhos e divergências numa governação à Esquerda?

Claro que sim, claro que vão existir dificuldades, e que os nossos adversários estarão atentos, e os Media muito mais, e irão vasculhar tudo e mais alguma coisa.

O facto é que já sofremos muito às mãos desta direita, e o povo votou numa mudança, não é para que tudo fique na mesma.

Mas, existe um ponto importante, que eu não quero deixar passar em claro.


Eu, não acredito, nas frases do género “Só nós é que somos a alternativa, só nós é que conseguimos”, isso para mim não só não é verdade, como também não é argumento. É mais verdade dizer, “A nossa alternativa é diferente, é menos dolorosa, tem direitos, liberdades e garantias, mas estamos abertos ao diálogo, e todas as medidas positivas que beneficiem o nosso povo e o nosso país, e que não empobreçam a população são caminhos que podem contar connosco. Podem contar connosco para fazermos o que prometemos”, sim nesta última afirmação eu acredito pois é mais plausível e mais realística e abrangente.


Por falar nisso, O PS TEM DE ASSUMIR ERROS DO PASSADO

E afirmo com frontalidade: O PS não é o Diabo que pintam, nas também não é o Supra sumo da Barbatana, existiram coisas muito certas que foram feitas e opções que se revelaram menos boas/eficazes.

É verdade que na sua governação o PS cometeu alguns erros crassos, que optou por estratégias que não foram as melhores. Também não é menos verdade, que se o digo agora é porque na altura em que essas estratégias e erros que foram cometidos, quem tinha a governação possuía informação assimétrica e mediata, e como os governantes não têm, infelizmente, bola de cristal, acontece cometerem-se erros.

Eu sou dos que têm a opinião que deveríamos fazer uma “MEA CULPA”, ser sinceros e dizer ao povo, ou seja a todos nós, que optámos seguir um caminho que achávamos na altura que era o correcto, mas que se revelou não ser o mais benéfico para todos nós.

Mas também e ao mesmo tempo relembrar o povo, ou seja a todos nós, que existiriam benefícios (e não foram poucos) na governação Socialista, e que graças a essa governação, assistimos a avanços muito positivos e promissores, que hoje ainda estamos a beneficiar como povo.

Não, não me estou a referir a nível económico, porque quanto a esses avanços económicos nós já sabemos como é que são, ou seja, se a economia está em alta, nós estamos em alta, se estiver em baixa, nós seguimos a tendência. Estou a  falo daqueles avanços que orgulham a humanidade, os avanços tecnológicos, culturais, na ciência, no bem estar de todo um povo, e esses sem dúvida que o PS, na sua governação, em qualquer dos seus governos tem dado um excelente contributo.

Por isso, uma União à Esquerda é necessária, porque estamos do lado certo (do nosso ponto de vista está claro) da barricada, e temos ideias e ideais que o sustentam.

Neste momento a Esquerda está a deixar-se ir no jogo da Direita, que habilmente está a minar e a subverter toda esta tentativa de União, e está a fazê-lo logo à nascença ( digamos que politicamente a direita não faz mais que a sua obrigação, que é tentar aniquilar o adversário), e ao fazê-lo e a Esquerda a responder a esse repto, está a ir atrás do engodo que lhe estão a lançar, em vez de tentar ter a iniciativa.

A direita tem uma arma que não é de desprezar, que é a comunicação social. Quanto a esta questão, as Esquerdas avisaram o PS atempadamente, mas o PS não quis ouvir.

É que quando foi da abertura dos MEDIA aos privados (já lá vão 20 e tal anos), a Esquerda avisou o PS que os grandes poderes da Direita (refira-se os que têm dinheiro) iam tomar de assalto os Media.

Bom, foi o que aconteceu. (para não ser faccioso, também digo aqui, que parte da direita também se queixa dos Media, para mim não possuem tanta razão de queixa como a Esquerda, digamos portanto que os MEDIA ficaram em roda livre, e que não sei se não estão a ser prejudiciais ao país com esta sua postura, ficará para outras núpcias esta análise).


A verdade é que hoje em dia, o que se constata, é que a Esquerda não tem um único jornal de referência, onde possa transmitir as suas ideias e os seus ideais, como por exemplo tem a sociedade francesa ou outros países que  privatizaram mas com sentido de equilíbrio.

O facto, e voltando à questão, há muito que a Esquerda está a responder aos ataques dos adversários, e não tem a iniciativa de ataque, e isto meus caros, quem joga no campo do adversário tem diversas desvantagens, uma delas é a  de não conhecer o terreno e a outra é de não ter as tropas posicionadas como deve de ser, a terceira é não poder antecipar os acontecimentos nem controlar esses mesmos acontecimentos dando essa iniciativa ao adversário.

A Esquerda tem de ir a jogo, com a sua iniciativa, e no seu terreno, até porque o árbitro é deles e já o demonstrou claramente.


E se daqui a  6 ou 7 meses tivermos que ir novamente a eleições que seja, que eu saiba as revoluções nunca foram lideradas por aqueles que seguiram os guiões pré-feitos, ou então seria dar isto ao heroísmo desportivo do marechal da Cornualha.


"o Heroismo Desportivo do Marechal da Cornualha"

Chegou o mensageiro ao Quartel-General
Trás de notícia que o heróico Marechal
Ao tomar banho nas águas do Nilo
Foi atacado por um crocodilo
Corre sentinela começa a berrar
Entra no quartel a gritar.

Às Armas!
Às Armas!
Às Armas!

Sai do quartel toda a guarnição
Pernas abertas e armas na mão
Chegam à zona do acidente
Está o crocodilo todo sorridente
Com a boca aberta e um escudo invisível
Sai de lá de dentro uma voz terrível.

Socorro!
Que eu morro!
Socorro!

Um general estuda a situação
Convoca a Junta de Salvação
Vem a Marinha, vem a Aviação
Chegam estrangeiros em legião
Dispõem-se as frentes espera-se o sinal
e na hora H grita o general:

À carga!
À carga!
À carga!

Chove a metralha por baixo e por cima
Bumba que bumba e bimba que bimba
Rebentam bombas, minas, granadas
Chovem os mísseis e as morteiradas
E de entre o fragor da grande descasca,
ouve-se o Marechal à rasca :

Cuidado!
Ao lado!
Cuidado!

Em 10 minutos está tudo acabado
O inimigo foi dominado
Um homem-rã abre o animal
E de entre o fumo surge o Marechal
Muito enfarruscado, bela cueca à risca,
o heróico esportivo fadista

Sentido!
Silêncio!
Sentido!

Chefes, sub-chefes mortos e aleijados
Todos eles foram condecorados
E o Marechal numa jantarada
Recebe a ordem da Torre e Espada
Brinda o Presidente, brinda o general
Brinda ao Secretário – Geral

À glória!
Vitória!
Vitória!

Desde esse dia sempre que se lava
Quer o marechal 4 forças de guarda
Uma aos esgotos, outra às torneiras
uma para as frentes e outra para as traseiras
E se acaso sente que o pica um Mosquito
Berra logo o herói aflito:

Às armas!
Óh Guarda!

Às armas!





A BRIGADA ESTÁ AQUI PARA O QUE DER E VIER, SEMPRE DE PRONTIDÃO!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Profundidade Democrática ou Demagogia Barata?



Já sabemos que, os que comentam de Papagaio de ouvido (ou seja, ouviram a opinião ali de determinada pessoa, e depois vão papaguear essa opinião sem sequer reflectirem sobre ela) vão avançar com argumentos demagógicos, mesmo sem antes ou sequer terem lido o artigo todo...não faz mal, já estamos habituados a conspiração de estúpidos... com esses não perdemos tempo.

Vamos também assistir a fundamentalistas irredutíveis, que não ouvem argumentos de nada nem de ninguém,.. com esses também não debatemos.
Também vamos ver opiniões contrárias às nossas, e porque são bem fundamentadas e lógicas respeitamo-las e temos todo o gosto em debater pontos de vista e ideias com essas pessoas.

A Democracia tem custos, tal como todos os outros sistemas políticos têm custos, sejam eles de que tipo forem.
Todos têm custos monetários, outros além dos monetários têm custos nos direitos, liberdades e garantias, assim como em vidas humanas, humilhações etc...

Fazemos desde já aqui a nossa declaração de intenções:
Somos defensores, do sistema de dupla câmara no ordenamento Democrático e Republicano Português ,e totalmente contra a redução do número de representantes do povo nos Parlamentos ou seja Deputados.
A Câmara Alta ou Câmara Baixa ou Senado e Congresso, ou Senado e Assembleia, é indiferente, não é importante o nome que lhe dão, o importante é que cumpra o espírito Republicano de Participação Democrática, que as mais altas e nobres regras lhes impõem (nobres regras na República é um trocadilho giro).
Contudo, e sublinhamos, e isto é importante, para depois não virem com argumentos dos "Ah e tal e Se", nós defendemos a implementação destas duas Câmaras com REGRAS CLARAS, passamos a nomear:

  • As INCOMPATIBILIDADES DEFINIDAS (como por exemplo os advogados em exercício não poderem ser deputados - pelo menos na câmara baixa ( a que mais frequentemente legisla, não na representativa das profissões- a câmara alta); 
  • LIMITAÇÃO DE MANDATOS, com a Proibição de Acumulação de Cargos (excepto os definidos na Câmara Alta, onde tem as profissões e autarcas etc...representados); 
  • CIRCULO MISTO DE ELEIÇÃO - CÍRCULOS UNINOMINAIS aliado a um CIRCULO NACIONAL complementado pelo método dos restos;  
  • LUGARES VAZIOS representando os votos Brancos e Nulos; que contariam para as atribuições de mandatos. Esta medida implica uma responsabilização maior dos Deputados. Se o povo está descontente as cadeiras ficam vazias.
  • VOTO OBRIGATÓRIO, a Democracia não apareceu do além, tem custos, tem direitos e tem deveres, um dos deveres é ir votar e um dos direitos é ser-se representado por aqueles que elegeu, e estes  (deputados) prestarem-lhe contas.
  • REPRESENTAÇÃO DAS PROFISSÕES / SINDICATOS / "CORPORAÇÕES" na câmara alta; 
  • SUBDIVISÃO MENOR E ADEQUADA dos círculos uninominais (câmara baixa); 
  • OBRIGATORIEDADE DOS DEPUTADOS e SENADORES terem dias e horas acessíveis para receber os cidadãos, e serem por eles questionados e receber deles queixas e darem satisfações e informar sobre os projectos.
  • OBRIGATORIEDADE DOS MINISTROS SEREM MEMBROS DO PARLAMENTO, só assim os poderemos responsabilizar politicamente, são eleitos como todos os outros e não poderem dizer (como agora dizem) que foram escolhidos pelo 1º ministro e só a ele têm de dar contas e não ao povo. QUEREM SER MINISTROS SUJEITEM-SE A VOTOS. Assim os Partidos teriam de escolher com mais cuidado as suas listas de deputados.
  • OBRIGATORIEDADE DE SER NASCIDO ou RESIDIR no CÍRCULO ELEITORAL pelo qual se é candidato à pelo menos 5 anos, para evitar os paraquedistas.
  • A REGULAMENTAÇÃO DO LOBBY, para que não existam aqui "nebulosas", se existem interesses esses interesses têm de estar identificados e regulamentados.
  • PAGAMENTOS CONDIGNOS à condição de DEPUTADO, mas com as regras da Suécia.
  • Obrigatoriedade de Listas Paritárias, em ambas as Câmaras.
  • LIMITAÇÃO DE MANDATOS - em todas as CÂMARAS limitar o número de mandatos a 3.


Quadro mostra o número de Deputados por Distrito - Não estão contabilizados aqui os círculos Europa e Fora da Europa, que elegem 4 deputados.

Não compreendemos, depois desta exposição que fizémos (e que andamos à muito tempo a falar e a ouvir falar nos corredores, nas conferências, nos seminários), que os Senhores da Cidade (sim nós somos da Cidade) queiram retirar às outras partes do território nacional a representação exígua que neste momento possuem.
Sim , retirar representação a quem não vive na cidade, é o que vai acontecer, com demagoga ideia de redução dos deputados, mas o estranho (ou talvez não) disto tudo é que ninguém fala de responsabilização de deputados, da aproximação aos eleitores, mas só colocam os holofotes na diminuição do número de representantes do povo na Assembleia. Mas como todos constatamos, é uma verdade de "La palice" , QUEM REPRESENTA MUITOS NÃO REPRESENTA NINGUÉM, e com a diminuição do número de Deputados eles vão representar demasiados eleitores.
É que isto de falar é fácil implementar as medidas reais, que todos os cidadão esperam, é que é mais complicado...sempre complicado.
Os órgãos de assembleia, são os órgãos mais importantes da República e da Democracia.
Lá o povo tem de estar representado, diria mesmo BEM REPRESENTADO, em número, género e qualidade.
Não é diminuindo o número de deputados que essa representação melhora, isso é pura DEMAGOGIA.
É que, já se constatou, os que defendem DEMAGOGICAMENTE a diminuição do número de deputados, com argumentos (entre outros) que os DEPUTADOS CUSTAM MUITO DINHEIRO À NAÇÃO, são os primeiros a ATULHAR os Ministérios, Secretarias Gerais e outros órgãos, de partidários fiéis a si.

Gastam assim, muito mais, por essa via ao Orçamento de Estado, em termos anuais ( a dos boys nos lugares do Estado), muito, mas muito mais, que um só deputado gasta na legislatura inteira.
Não dizemos que não se coloque gente, até porque não faz sentido ganhar as eleições e ter no seu Gabinete pessoas que não seguem a linha de pensamento do seu partido ou a sua....
Mas nós defendemos o seguinte;
O número de nomeações , tem de ser controlado e regulado, tem de ser colocada uma fasquia , e esta tem de ser imposta, tem de ser inultrapassável por todos os partidos, quer na administração central,quer na local, sob penas de sanções severas, que podem começar, sublinho, começar pela automática perda de mandato.
Têm deexistir concursos nacionais para a maioria (quase totalidade) dos cargos que não sejam de confiança política ( E ESTES DE CONFIANÇA POLÍTICA, tem de estar regulados, têm de ser num número definido e comedido).
Voltando ao assunto principal, O NÚMERO DE DEPUTADOS NÃO PODE, quanto a mim, ser REDUZIDO, mas sim AUMENTADO.

Uma maior responsabilização e fiscalização quanto ao trabalho dos Deputados, é uma condição fundamental, a aproximação dos Deputados aos eleitores, é outra condição que é primária. Os deputados têm de prestar contas aos eleitores, lutar pela sua região, por isso é que por lá foram eleitos.


É também essencial, introduzir aqui, a regra norte-americana (USA) de eleições intercalares, a meio do mandato, onde metade dos deputados é sujeito a eleição, e podem renovar o mandato ou não, depende do trabalho e campanha que fizerem.
Mas nós não queremos falar em aumento do número de deputados, só por falar, sustentamos com o seguinte quadro:



Coluna B=  Distrito/Circulo

Coluna C= Temos o número de eleitos por Distrito (são assim que são apurados os deputados,ou seja por Distrito)

Neste link o número de eleitores por Distrito, distribuídos por freguesia 
http://www.tsf.pt/storage/ng2644414.pdf

Coluna E= Número de Eleitores(Diário da República de 2011)

Coluna F= Densidade Populacional (Nº de habitantes a dividir pelo número de Km2 do Distrito)

Coluna G= Tamanho do Distrito em Km2

Coluna H= Dividimos os deputados por km2, e temos assim, os km2 que um deputado cobre em cada distrito


Conseguimos extrair dos números do quadro que:

  • A distribuição está disforme, 
  • Existem Deputados em alguns Distritos que necessitam para serem eleitos mais 17.000 eleitores que outros.
  • Existem regiões que estão muito mal representadas em termos do número de deputados eleitos.

É por isso necessário um reequilíbrio na distribuição dos deputados, aliado a um aumento do número desses mesmos deputados.
Um exemplo gritante são os Açores, 9 ilhas, que apesar de serem Região Autónoma, só têm 5 deputados, nem sequer a um deputado por ilha têm direito.
Constatamos por isso que o critério número de eleitores, quando é atribuído o número de deputados, sendo este o único critério a ter em conta, é uma norma que gera discrepâncias e desigualdade entre o continente e as ilhas (por exemplo), e que, não permite representar condignamente o todo nacional, originando fracturas na sua representação, e mais tarde com reflexo nas medidas a tomar pelo Governo.


Alia-se a isto o seguinte: Nesta II República (I República até 1926, seguido de um interregno até 1974, em que apesar de ter havido eleições, estas foram manipuladas, não foram nem livres,nem universais, não se adequando e/ou encaixando nos ditames da Democracia Republicana. Por esta ( e outras) razão, não pode por isso ser apelidada de Democracia Republicana ou sequer Republica, esse período que mediou entre 1926 e 1974. Com o reaparecer da Democracia Republicana em 1974, retomou-se o caminho do Republicanismo Democrático. Sendo ,por isso, neste momento que atravessamos (2015), a nossa II Republica e não a III coo alguns erradamente a designam), nesta II República, escrevíamos nós, quem fez a CRP optou (quanto a nós mal) por uma só Câmara de Deputados.
Esta má opcção, teve como consequência hoje em dia que as regiões e as populações estão deficientemente representadas. Isto traduz-se muitas vezes no deficiente investimento do Estado (leia-se  Governo) nessas regiões.

Neste quadro temos, também por Distrito o número de eleitores, e estão também divididos por grupos etários.

Uma segunda câmara impõem-se urgentemente, para que exista uma continuidade, e uma maior ponderação e responsabilização do poder político (as funções do Senado, poderemos ir inspirar-nos aos USA ou ao Brasil.).
É necessário, para uma boa vida em sociedade, e pelo princípio da subsidiaridade interna que  o equilíbrio entre a representação das Regiões e Distritos seja uma relaidade.
Por outro lado, é também necessária a presença no meio de representação do Estado (até porque dele fazem parte) das profissões, leia-se Ordens Profissionais.
O mundo do trabalho é umas das componentes mais importantes na nossa vida em sociedade, não faz sentido que esteja arredado do Estado, só sendo chamado a eleições de 4 em 4 anos.
É também necessário que os sindicatos, as entidades empresariais, as associações e clubes tenham representação.
Os próprios partidos têm de estar representados no Senado, e até os magistrados, os municípios e as freguesias.
Obviamente que isto tudo com conta, peso, medida e proporção.
Mas, se analisarmos bem , e sem demagogias, esta introdução do Senado, com abertura a grande parte da Sociedade, esta (sociedade) estaria melhor representada e teriam direito a uma voz, aqueles que hoje em dia só se podem manifestar através do voto de 4 em 4 anos, mais uma vez sublinhamos.
O poder fiscalizador seria muito mais forte, a tendência para não se fazer aquilo que se prometeu que se iria fazer diminuiria, a credibilidade seria maior.
Não podemos descurar, como em tudo na vida, "Da eterna vigilância", pois a "tentação" de incumprimento é sempre grande. É certo que é mais para uns que para outros, mas ela existe, e tem de ser vigiada.
Assim propomos que sejam constituídas DUAS Câmaras com um número de membros sempre em número ímpar por causa das maiorias e dos empates, conforme indicamos:

Senado (Câmara Alta), deveria ter
241 lugares ( Chegámos a este número da seguinte forma, metade do número de deputados,)

Assembleia (Câmara Baixa), deveria ter
481 lugares (chegamos a este número, da seguinte forma. Dividimos o número de cidadãos eleitores por 20.000, que é o máximo que achamos que cada deputado deve representar).

Defendemos também a Reformulação do conceito do Presidente da República.
O Presidente da República deve ser o CHEFE DO GOVERNO, e não a figura um pouco dúbia como temos agora.
Isto implica uma maior responsabilidade das Assembleias, implica por exemplo que existam Moções de Censura Construtivas (ver o exemplo alemão).

Os trabalhos do Parlamento têm de ser respeitados e valorizados.
Por esta razão deverá deixar de existir a função legislativa do Governo, com a elaboração dos Decretos-Lei.
Tem de ser só a Assembleia da República a Legislar.
Essa é a sua função (da A.R.), a função legislativa. A função do Governo é Governar. Se o Governo necessitar de leis, tem de negociar com a Assembleia da República e com o Senado.

Por último a adopção de consultas ao Povo, com referendos mais frequentes, como têm os Suíços e os Norte-Americanos (USA).

Ou esta regras são implementadas, para que exista uma Profundidade Democrática ou  então os remendos que andam por aí a colocar só são Pura Demagogia Barata e vão dar mau resultado, porque vão produzir poucos ou nulos efeitos.

Ou seja, com  a implementação destas regras que propomos, teríamos uma Democracia mais eficiente e participativa, todos ficaríamos a ganhar, mas até lá o "SHOW MUST GO ON"...Sim deve, Mas.... deve continuar, não ao  Toque do Baile MANDADO, mas sim do Consenso.

A BRIGADA TEM UM CHEFE...MAS QUE NÃO DECIDE SEM OUVIR A TOTALIDADE DA BRIGADA.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Na tv pública vale tudo?


Onde é que chegámos.
Na RTP1, na TV Pública, na TV que tem por obrigação de fazer Serviço Público, assisto incrédulo e perplexo a programas que "obrigam" os telespectadores a telefonar, com várias artimanhas, tais como "aparecer na TV (nem que seja só a sua voz); poder falar com figuras ditas públicas/popularuchas; ter 2 minutos de "fama" e que criam a ilusão de poder habilitar-se a ganhar dinheiro jogando um jogo em directo, que oferece 500€ a quem telefona e cuja chamada seja atendida e caso acerte no que perguntam ou outro jogo qualquer.
Neste telefonema que lhes custa 0,60 € + iva = 0.78€ aprox., e de certeza que se não for seleccionado (que é o que acontece à maioria), aparece uma mensagem a dizer "ainda não foi desta continue a tentar", e o cidadão no engodo de poder ganhar continua a tentar, e a tentar.
E isto acontece no programa da manhã e no programa da tarde.
Estes programas de casino serão legítimos?
Duvido muito da legalidade deste tipo de programa/oferta na TV Pública e não tenho dúvida nenhuma que é ilegítimo a estação de todos nós estar a fazer isto, todos os dias, e às horas que os cidadãos mais incautos e vulneráveis estão a ver.
Mas não importa a que horas este tipo de programas/"ofertas" seja transmitido, não tenho duvidas que é imoral, ilegítimo e causador de empobrecimento a todos os níveis de todos cidadãos que a este tipo de programas assistem, e relembro que existem milhares de pessoas que não possuem mais que os 4 canais, por isso as opções são poucas.
E são poucas, porque as TV'S privadas à mesma hora fazem o mesmo tipo de programas com o mesmo tipo de ofertas engodo.


É fácil dizer, os cidadãos que fechem a TV e vão ler e passear.
Quem me dera que fosse assim tão simples, mas a minha realidade, não é a realidade dos outros, e todos sabemos que a TV é muitas vezes a companhia de muita gente.
Em relação ainda a este tipo de programas, quero fazer um paralelo: A maioria de nós fala mal dos POLÍTICOS, dizendo que nos engana, que nos tiram dinheiro, que arranjam esquemas para tudo,então que dizer dos APRESENTADORES (muitos com a mania que têm piada), que os próprios Media, os promovem a "figuras públicas", que dizer desta gente, dizia eu, que aceita promover este tipo de esquemas, ajudando a enganar os cidadãos, com guiões feitos propositadamente para "vender estes produtos" obrigando os cidadãos a telefonar. Será que vale tudo para ganhar dinheiro? parece que sim, não digo que não seja legítimo, agora Honrado? Claramente que não?
Seja porque motivo for que eles façam isso , estas figuras públicas que não passam de figuras popularuchas sem nada na cabeça, que com o seu comportamento, contribuem para o alto índice de iliteracia e falta de cultura da população.
Sim, eles tal como alguns políticos, são responsáveis pelo estado da nossa Sociedade.
E tudo isto em directo na RTP 1 A TV DO ESTADO. Sinceramente prefiro, 1000 vezes ver a "Ovelha Choné" na RTP2, a er de ver este tipo de programas degradantes, a ovelha é muito, mas muito mais divertida




Nem tudo em Democracia tem um preço, e a BRIGADA sabe disso, e pratica.