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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A nota de 1 euro



Nota de 1 euro

Quem é do povo e no meio dele anda, ouve com frequencia dizer que desde que foi feita a mudança para o euro o dinheiro já não chega, ou então que o dinheiro já não vale nada, ou ainda que  os bens de consumo aumentaram, são algumas acusações feitas à “nova moeda” que os portugueses fazem e curiosamente também outros povos europeus fazem a mesma acusação, basta andarmos pela Europa e as observações são as mesmas.

Se um português for a Marrocos aos mercados, sente-se como alguém que enriqueceu repentinamente, pois o que nós ganhamos e o valor do euro, comparado com os preços praticados lá e cá, faz-nos sentir uns autênticos “patrões”. O mesmo acontece quando os povos do norte, se deslocam ao sul ou seja a Portugal e a Espanha, têm a mesma sensação.

Já que ainda não atingimos a fase de termos salários iguais, impostos iguais, descontos iguais e benefícios iguais, desde o norte ao sul da Europa, o que verificamos com a introdução do Euro foi um baixar repentino de poder de compra e a sensação (real) que temos menos dinheiro, e assim se queixam os povos do norte e os dos sul.

Será que os povos têm intrínseca e realmente razão quando produzem estas acusações?
Será que ainda não nos conseguimos adaptar à nova moeda, passados tantos anos?
Será que este não foi um passo político-económico dado cedo de mais?
Será que o euro não vale mesmo nada?
Será que houve abuso dos agentes económicos na subida do preço dos bens de consumo e uma omissão dos governos no seu papel fiscalizador?
Ou será que terá sido um pouco de tudo?

Vejamos o Euro desde a sua génese foi progredindo e conseguiu ultrapassar e estar mais forte que o dólar, ultimamente com alguns avanços e recuos, mas lá se tem mantido à frente.


Por outro lado o dólar era uma moeda de referência nas trocas internacionais, continua a ser uma moeda forte, mas e consequentemente se o Euro está cotado acima do Dólar cai assim por terra o argumento que o povo diz que o Euro nada vale.

Portanto, chegamos à conclusão, que o Euro é uma forte moeda.

Mas o facto é que para os “donos do euro” o Euro nos seus bolsos esvai-se com uma velocidade vertiginosa, então o que se passa?
Qual a razão deste fenómeno?

Os políticos e os agentes dos bancos centrais nacionais, assim como as entidades reguladoras e fiscalizadoras dos Estados, não tiveram em linha de conta (ou se tiveram ignoraram aquilo que demais era evidente aos olhos de todos), aquilo que é um princípio mais que evidente ou seja “MOEDA NOVA, PREÇOS NOVOS”.

Aos povos da Europa de nada lhes valeu dizer que as autoridades iam estar atentas, porque a inflação aconteceu e eles nada fizeram…nem fazem.

A adaptabilidade a uma nova moeda custa-nos a todos, até mesmo aos agentes do Estado, principalmente aos agentes do Estado e ainda mais a Estados com o um déficit de fiscalização acentuado.

Os agentes do Estado não tiveram ou não quiseram saber da tentação mais que evidente dos comerciantes fazerem os arredondamentos...


Os arredondamentos foram efectuados, era inevitável que isso acontecesse, principalmente com a ausência de fiscalização, e com a política estúpida de “Os mercados auto-regulam-se”.
Coo sabemos os mercados apanharam-se em roda livre, e quanto à política do arredondamento dos preços estes sempre foram arredondados para cima e nunca para baixo.

Esta atitude dos agentes económicos foi “à grande” e foi real (a crise já se prolonga à muito tempo e esta era uma oportunidade de arrecadar mais uns trocados seguindo assim a teoria do “Tio Patinhas” “de tostão a tostão se chega ao milhão”, esta “fobia” de acertos dos agentes comerciais levou a que o índice inflacionário subisse.

Os exemplos desta atitude são mais que muitos, ilustremos com um exemplo rápido:
Em Portugal um café antes da entrada da Moeda Euro estava a entre 75 e 80 escudos, ou seja, fazendo a conversão estava entre 35 e 40 cêntimos. Sabendo que por este preço o café já dava lucro ao comerciante entre os 800 a 1000%. Hoje, dia seguinte à entrada do Euro, a bica está entre 50 a 70 centimos, ou seja entre 100 a 140 escudos, e é previsível que com o desprezo generalizado pelas moedas “menores” que dentro em breve quem quiser beber café vá pagar 1 euro.

Mesmo sabendo que a matéria-prima aumentou também na origem, os lucros para os comerciantes subiram substancialmente, mas os salários ficaram todos na mesma, e foram arredondados até à décima, sempre para baixo nunca para cima.

E isto aplica-se a todos os ramos do sector económico/comercial, exceptuando como já disse aos nossos ordenados que vêem certos até ao último cêntimo.

Estamos perante uma questão monetariamente psicológica, ou seja a falta de visão dos economistas e/ou dos tecnocratas que fizeram o Euro, eles  induziram-nos, consciente ou inconscientemente (quer tenha sido por falta de orientação superior correcta, quer por sua iniciativa), que agora éramos ricos e que podíamos gastar/esbanjar a nova moeda, e nós, o povo, até conseguirmos aprender e apreender que essa indução é falaciosa, longo vai ser o nosso percurso e curta vai ser a nossa carteira.


Mas, a verdade é que com um pouco mais de trabalho de casa poderiamos ter poupado milhares ou milhões de Euros às famílias europeias. E poderíamos ter jogado ao nível psicológico, mesmo indirectamtente.

Porque psicológicamente?
Porque, e não se sabe a razão, só sabemos que ela existe, o Papel-Moeda para nós cidadão tem mais valor que as moedas metálicas, ou seja, um cidadão desfaz-se mais facilmente da moeda metálica do que do papel-moeda.

Quando temos na mão papel-moeda, e temos de efectuar um qualquer pagamento para uma quantia não certa, é usual ficarmos sempre à espera de troco, mas se fizermos o pagamento com moedas (talvez por pesarem no bolso) temos maioritariamente a tendência de não ficarmos à espera de receber troco, nem ligar muito a isso...a não ser nas moedas de valor maior que era o caso antigamente das moedas de 100 ou 200 escudos.

Se recuarmos e nos recordarmos da nossa antiga moeda, sabemos que a unidade base do sistema Monetário Português no tempo do escudo era a moeda de 1$00. Ao abdicarmos de parte da nossa soberania e ao mudarmos para uma Moeda Mais Forte, e nos tivemos de adaptar para o sistema Euro.  a base monetária passou a ser a unidade Euro (1,00 €). E ao mudar,era necessário fazer a necessária conversão, sendo que 1 euro corresponde a 200 escudos...ou seja 1 euro são 200 moedas de 1$.
Mas de repente 200 moedas de 1 escudo era igual a 1,00 €, ou seja se tínhamos 1 moeda de 200$ e pagávamos algo, nós queríamos o troco, pois sabíamos e tínhamos noção do valor da moeda.

Agora ainda não temos bem a noção  do valor da moeda (ainda se encontra muita gente a fazer contas com escudos, e por mais que queiram introduzir teorias que não pode ser, não se pode impor a linha do pensamento a quem não se consegue adaptar), e isto é difícil não só para quem não quer aceitar, mas também para quem já aceitou fazer a conversão, sim, mesmo ao fim destes anos todos… É que uma unidade é sempre uma unidade, e nós ainda estamos “reféns” da unidade escudo, como os alemães do marco, os franceses do franco, etc.. sim porque esta  e a tendência de pensar assim, não é exclusiva dos portugueses, todos os povos europeus com euro se queixam, e assim vai continuar a menos que algo seja feito.

É que com este ainda “novo Euro”, o nosso poder aquisitivo (português)  tornou-se teoricamente duzentas vezes superior. E quer queiramos quer não, o facto é que, psicologicamente ainda não nos adaptamos a esta nova moeda, e  dá a sensação que ou sofremos de novo riquismo ou de esbanjamento primário ou (que é o mais correcto afirmar) não estamos a interiorizar bem o valor da nova moeda.


É verdade que esta prolongada crise, faz-nos contar os tostões, mas esmo assim não foi o suficiente, aliás com a medida que proponho a crise tinha sido mais atenuada.

Quando foi a introdução do Euro, os políticos da Europa inteira disseram-nos que se os preços aumentassem o povo reagiria e eles baixariam. Isto é tudo muito bonito na teoria, mas o hábito pouco enraizado de protestar com razão que nós não temos ... (isto porque sem razão somos bons a protestar), a falta de fiscalização, a política de liberalização de preços, levou a que chegássemos a este ponto, ou seja os preços a aumentarem em toda a Europa, houve alguns protestos, mas…os políticos não ligaram.


1 é sempre 1 em qualquer lado, e se 1 é uma moeda, psicologicamente é mais displicente gastar esse 1 do que gastar 200.

Se esse 1 for 1 moeda, ela vai pesar no bolso, e como disse atrás não se sabe a razão, a nossa apetência é gastá-lo e não pedir troco.

Mas...e se esse 1 em vez de moeda fosse uma nota?
Como eu proponho e também nos propõem entre outros os Italianos?
Sim, não sou o único a pensar nisto.

O factor psicológico de temos uma nota no bolso, ia pesar nos nossos gastos, e no nosso “pedir troco”.

Nós, que somos excelentes a copiar os EUA, era bom copiar a nota de Dólar, sim eles têm a nota de Dólar. O dólar que é mais barato que o Euro... os americanos têm o seu “buck” (1 dólar em papel moeda), a sua nota de dólar....porque não copiar esse bom exemplo americano? (será que não copiamos por não ser veiculado por qualquer cadeia de fast food ou multinacional?)

Psicologicamente temos mais dificuldade em nos desfazer de notas do que de moedas... moedas essas que estamos sempre a querer aliviar os bolsos...

Está na altura de os politicos portugueses deixarem de ser provincianos, e preocuparem-se com algo que implementado iria beneficiar a todos.

Sim, está na altura de pedirmos à Europa, a nota de 1 Euro, e fazer ver que esta é necessária e precisa, e é urgente, pois os orçamentos familiares reclamam-no e agradecem.


Façamos pressão sobre o governo para que este tome posição na Europa, e faça a proposta.
Que os Portugueses proponham no conselho o “buck” europeu… será que demora muito ou teremos de fazer uma petição à união pelo papel moeda de 1 euro?

É que como diz Manuel Machado “«Um vintém é um vintém, um cretino é um cretino», e se não tomarmos esta medida estaremos a ser cretinos.



Juntemo-nos aos italianos e aos outros que já sobre isto pensaram e propuseram... (ja que nos juntámos para dar carros à GNR para o Iraque... porque não por algo mais pacífico e que era bom para todos).
E tu tens troco de 1 euro ou não dás troco a isto? 



A BRIGADA É A FAVOR DO EURO COM REGRAS. A BRIGADA LUTA PARA QUE OS POVOS DA EUROPA FIQUEM BEM MONETARIAMENTE.



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