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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sexta-feira, 8 de julho de 2016

The sound of Music ou a Crónica de um país de metaleiros


A Música faz parte integrante das nossas vidas, pelo menos para quem não é surdo.
Desde sempre nos habituámos a ouvir trechos melodiosos, ou a mais pirosa das canções.
Também, para quem é Português, ouvimos desde sempre que o país está em crise, que não há dinheiro, que somos os últimos dos países mais ricos, e o que nos coloca no nível de seremos os primeiros dos países mais pobres.
É uma espécie de pragmatismo ao olharmos para um copo meio cheio ou meio vazio, como queiram.
Mas se existe uma coisa que os "Tugas" são bons, é nas aparências e no gastar aquilo que não têm, e em termos governativos no "enganar a malta toda" para beneficiar meia dúzia, meia dúzia essa que a muita das vezes nem sequer é portuguesa, e dizíamos nós, politicamente, sejam partidos de direita ou de esquerda, têm, como é bom de ver, o mesmo hábito que o resto dos "Tugas", ou seja gastam o que não têm, com a particularidade depois de serem outros a pagarem mais à frente.

Claro que, entretanto vamos todos beneficiando das obras ou feitos, uns mais que outros é certo, porque ao contrário do que querem fazer crer, não existe futuro sem passado, e nós, os de hoje, andamos a beneficiar de investimentos passados, que, também foram as gerações vindouras que pagaram ou que pagaram e pagam para manter.
Bem vistas as coisas, como não somos um país rico, se assim não fosse nada se faria.
Mas não é sobre isso que vos queremos falar, queremos falar sobre música e dinheiro.

Já dizia Júlio César, para controlar o povo é preciso "Pão e Circo", ou traduzido para o contexto português "O que eles querem é música e fardamentos novos".
Vem a talhe de foice, a constatação do grande (e exagerado) número de eventos musicais festivaleiros, ou seja, os Festivais de Verão, corrigindo, o que antes eram festivais de Verão, e que agora são quase o ano inteiro.
Fazemos aqui uma ressalva, esta loucura de festivais, não é desta geração, tudo começou como Woodstock, e depois a partir daí veio sempre a aumentar.

Noutro dia vimos uma reportagem que demonstrou que este tipo de Festivais são mais de 200, e vão desde a velhinha Festa do Avante, promovida pelo partido PCP, aos promovido pelas empresas distribuidoras de conteúdos de televisão a NOS, VODAFONE e a MEO, distribuidoras de Bebidas, tendo-se-lhes juntado a distribuidora de Electricidade EDP,  já para não falar dos antigos Vilar de Mouros, Paredes de Coura, e claro o famigerado Rock in Rio.
Ou seja temos festivais "a dar com um pau" o ano inteiro em Portugal, com os grandes patrocínios das Cervejeiras sempre presente, seja o festival com o nome deles ou não .

Curioso, assistir a constantes aos avisos da comunidade médica, dizendo que o alcoolismo começa a afectar cada vez mais os mais jovens, e ver os anúncios a dizerem "Beba com moderação", e depois assistir ao constate apelo das empresas de bebidas, para que os jovens consumam álcool nos festivais, e se não o fazem por via directa, fazem-no por via indirecta, mas há que fomentar a indústria não é?
Já para não falar da quantidade de drogas que por esses festivais pululam, e que, as autoridades são permissivas em relação a isso...mas, também aqui há que fomentar a indústria.


Quem parece estar contente aqui são as fábricas de contraceptivos (nenhuma delas portuguesa claro está), mas aí não há nada a dizer ou a apontar (no nosso ponto de vista).
É certo que uma pessoa se precisa de divertir, mas vai uma distância entre o divertimento em Liberdade e a libertinagem, e nós, em Portugal estamos na fase da Libertinagem.
Vamos lá voltar à questão Principal MAIS DE DUZENTOS FESTIVAIS POR ANO, ainda por cima estes festivais são realizados NUM PAÍS QUE NÃO TEM DINHEIRO,e cuja taxa de desemprego, não está nos níveis que nós gostaríamos.

Existe aqui qualquer coisa que não bate certo, como é que os festivaleiros, têm dinheiro para tanto festival?
Não contamos aqui quem vem do estrangeiro (que ainda são um número razoável), e também não contamos aqui com os inúmeros bilhetes que as empresas patrocionadoras oferecem.
Falamos em relação aos nacionais, aos nacionais que pagam entrada, ou existe muito mercado paralelo, ou existe muita gente que não declara o que ganha, ou existe muita gente a praticar actividades ilegais e a sustentar-se à conta dessas ilegalidades, ou andam a viver acima das suas possibilidades ou tudo o que atrás foi apontado em conjunto.

Algo está profundamente errado.
Estes festivais, e os festivaleiros vão já protestar, mas é verdade, causam incómodo ao resto da população, que não gosta, não vai, nem quer saber destes festivais para nada.
Estes festivais são uma fonte de poluição sonora preocupante, tomemos como exemplo o NOS Alive, que é realizado no Passeio marítimo de Algés, mesmo à entrada de Lisboa, o som daquele festival chega até Alcântara, passando por Belém e Ajuda, e como "toca até tarde" e como sabemos a música que por lá passa não é suave, não deixa descansar os cidadãos daquelas zonas.
Ah e tal, dizem vocês, podem sempre fechar as janelas, poder até podem, mas como está calor, e as casas estão quentes de noite não é uma opção viável.
E o que se passa ali, também se passa com o Rock in Rio, etc...etc...

Mais valias para as populações daquela zona? 
ZERO
Mais valias par ao Turismo?
Muito próximo do ZERO
Benefícios para a indústria Alcoólica?
Muito, mas isso a nós não nos interessa, pois não somos quem lucra ou tira dividendos disso.
Além do barulho do festival, a autarquia local tem de arranjar o local, limpar o lixo, destacar funcionários, e julgamos que o que os festivais pagam pela utilização do espaço, não paga esse trabalho todo, e sobretudo, definitivamente, não paga o descanso.

É que não é só o barulho do festival, é o antes e o depois, e os incómodos que causam ao trânsito, pois cotam estradas, os transportes públicos ficam cheios durante horas.
E, sinceramente, o excesso de oferta de festivais, fazem com que estes deixem de ser especiais.
Não somos a favor que se acabem com os festivais, mas, mais de 5 por ano , já é demais, e neste momento temos mais de 200.

Não há dinheiro não há palhaços... pergunta-mo-nos quem paga tudo isto?
Acresce que oferta de música clássica é ZERO ou praticamente Zero, acresce que o ensino da música vai pelas horas da amargura, e principalmente acresce, que existem mais formas de arte do que a Patrocinada pela Musa Euterpe.
A BRIGADA GOSTA DE MÚSICA
MAS NÃO VAI EM CANTIGAS...

José Cid
Minha Música


Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Recordo-me hoje vagamente
De quando era criança
Vivia numa vila linda à beira Tejo
Tinha uma namorada loira
E os amigos da escola
Sexta-Feira Santa dia no cortejo
E o meu pai dizia filho quando fores maior
Tens que ser um engenheiro ou Doutor
Qual Doutor dizia eu
Que mau Doutor seria
Quero é cantar numa telefonia

Refrão:
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Quando entrei para o liceu
Comecei a tocar
O Jazz, a Bossanova, o Blues e o Rock and Roll
O António, o Marco e Michael
Eram os mil cento e onze
Os Beatles, o Elton John, Bob Dylan e os Rolling
Stones

E o meu pai dizia filho
Tens que usar gravata
Vê mas é se ganhas tino e juizinho
De blusão e de Blue Jeans igual a James Dean
Já mordia cá por dentro esse bichinho

Refrão:
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música

Refrão:
Música, eu nasci prá música
Para te ver sorrir e a sonhar
E se escutares com atenção
Tens o bater do teu coração
Na minha música


Na minha musi
Minha musi
Minha música



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