Número total de visualizações de páginas

Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

E agora Turquia?

Rule, Britannia! Britannia, rule the waves: 
Britons never will be slaves.


Para quem nunca quis estar na Europa, hoje a Britânia votou a sua saída do Continente ao qual nunca esteve ligado.
a Grã-Bretanha é uma ilha, e os ilhéus, para o bem e par ao mal (e esse feitio já nos safou tantas vezes), sempre tiveram um feitio especial.
Em verdade, em verdade vos digo, que apesar de gostar da cultura Britânica, eles nunca se identificaram muito com os europeus, nem com a Europa.
Os Britânicos foram um dos países que mais bloqueou e colocou em dúvida os avanços europeus.
Os Britânicos estiveram na Europa sempre com um olho na Commonwealth, na verdade são cerca de 58 países que se estendem pelos 5 continentes contra os agora 27 da Europa.
Os Britânicos sempre tiveram um entendimento Romano puro da lei, ou seja tiveram a Comon Law e não o Direito Romano Germânico.
Os Britânicos sempre conduziram pela esquerda, o que para a indústria automóvel, é um pesadelo e um custo.



Os Britânicos ainda não usam o Metro como medida...( e os que usam, pelos visto vão deixar de usar).
Os Britânicos (bem ou mal) nunca quiseram estar no euro, em Schengen ou noutros possíveis avanços importantes.
Os Britânicos obrigaram sempre a clausulas de salvaguarda, que impediram e impedem o avanço da União, e que abrem , fortalecem e facilitam o trabalho e poder dos EUROCRATAS.
Os Britânicos têm muita coisa a seu favor também, a existência do Euromilhões a eles se deve, os concertos Promenade - mais conhecidos por THE PROMS, os museus, e o facto de terem adoptado de uma rainha portuguesa o costume do chá das cinco.
Mas após estes resultados, reduzimos a posição Britânica aos Ingleses e aos Galeses, pois os outros demonstraram que não concordam com as posições até aqui tomadas.
Analisando por outro prisma Isabel II, a rainha, que sobre este assunto, aos costumes nada disso, dissipando quaisquer dúvidas sobre o que é ser rainha nos dia de hoje, ou seja, uma mera figura decorativa, que nem nos momentos cruciais da nação toma uma atitude.

O Reino Unido entrou hoje em crise profunda e definitiva, por diversas causas:
  • A derrota do "Establishment" que quis brincar com o fogo e sofreu uma queimadura do 3º grau,
  • A Demissão do Primeiro Ministro
  • O recrudescer dos desejos independentistas da Escócia e da Irlanda do Norte (onde o Não à saída da UE ganhou largamente)
  • A situação de Gibraltar (onde o não também ganhou esmagadoramente)
Num referendo em que a decisão foi decidida com uma percentagem tão próxima uma da outra, revela que mesmo dentro da Inglaterra e do País de Gales a saída não é pacífica, mas isso acho que eles resolvem tranquilamente, o problema é onde o resultado foi pela continuação, que foi "bater" nos países que já nesta década quiseram dar o "salto" do Reino Unido.
Com este resultado, os ideais dos independentistas fortaleceram e adquiriram novos argumentos, não querem fazer parte de um reino unido, mas permanecerem numa união maior na Europa, as velhas rivalidades, rixas e quezílias voltarão.
Só espero que no Ulster não voltem os atentados, nem aí nem em lado nenhum.

O Reino Unido pode deixar de o ser, ou seja Unido, Reino acho que continuará, os Britânicos correm o risco muito sério e previsível de se desagregar, isto porque um rapazola populista resolveu um dia, para ganhar eleições dizer que ia fazer um referendo à permanência do Reino Unido na UE, para ver triunfar a sua ambição pessoal, colocou em causa o ideal europeu.
Sim é verdade que a UE não está a seguir por bom caminho, que precisa de reforma sprofundas, que necessita de olhar mais para as pessoas e não para os números, que necessita de olhar mais para a felicidade do que par ao lucro, que necessita de desmistificar que os povos dos países do sul são preguiçosos e que os do norte é que trabalham, sim a Europa precisa disso tudo.
O Reino Unido hoje entrou em crise, e possivelmente em desagregação, 

Podemos estar assistir à queda do império, ou (porque isto tem revezes que são oposto do que o que se supunha)   ao fortalecimento e crescimento do próprio império.
Esperemos que os argentinos façam a interpretação correcta dos acontecimentos e não reivindiquem novamente as Malvinas.
Dentro de 2 anos, a Grã-Bretanha, vai ter de dizer adeus à União Europeia, e eu pergunto, o que irá acontecer...:
  • Aos lugares do Parlamento Europeu que eles ocupam? Serão redistribuídos pelos países?
  • Aos funcionários que a Grã-Bretanha têm na União como vai ser? Serão também redistribuídos, ou a UE vai continuar com a política estúpida de redução de Funcionários e assim  atinge os objectivos dos Liberais Eurocratas?
  • Aos equilíbrios que foram encontrados até aqui nas chefias das diversas comissões, gabinetes, comissões de estudo etc... como é que vai ser?
  • Ás decisões que foram vetadas pela Grã-Bretanha no Conselho, na Comissão e no Parlamento, vão ser revistas?
  • Ás políticas impopulares, impessoais, economicistas, que sacrificam os povos e que conduziram a que o resultado na Grã-Bretanha fosse uma previsível, mas não desejada saída?
  • Ao conceito colectivo de Europa.
  • Ao mundo que queríamos em paz, em especial na Europa.
  • Aos passaportes e à livre circulação?
  • Aos emigrantes vão deixar de ir para a Inglaterra? 


Preocupante é ver quem é que apoia esta posição Galesa e Inglesa, Putin, Le Pen, Trump, Boris, Petry, Maduro entre outros da mesma linha... como diz o meu amigo Vasco..."Tudo bons rapazes... É de ficar a pensar... " e acrescenta foi este "populismo bacoco levaram os "tios" Adolf e Estaline ao poder lembram-se?
Sim, o espectro da guerra, embora ténue (mas preocupante) paira novamente sobre a Europa.
A Grã-Bretanha vai sair, e com ela partem as desculpas dos boicotes, dos entraves, dos adiamentos, do sim mas com reservas e sem aplicações para determinados países.
A Grã-Bretanha sai mas a Europa fica sem margem de manobra e a Alemanha fica sem desculpas.
A Grã-Bretanha sai, mas a Europa continua a ficar com os mesmos políticos titubeantes, que nada decidem contra as sondagens (sondagens essas manipuladas), nem contra o sistema de mercado e financeiro.

A Grã-Bretanha sai mas a Europa continua a ficar sem políticas, sem as políticas e objectivos para os quais foi pensada.
E se realmente a Europa se assumisse finalmente, como centro de poder, e não deixasse a Grã-Bretanha sair.
E se finalmente a Europa, quisesse assumir-se como centro económico, e ao contrário do que os mercados querem, acedesse às pretensões britânicas, portuguesas, espanholas, gregas, italianas, e se auto-corrigisse e tivesse no radar da sua atenção os povos e a igualdade de oportunidades, a subsidiariedade, o tratar agricultores, metalúrgicos, trabalhadores todos da mesma maneira, resumindo se finalmente a Europa começasse a fazer pulsar nos seus cidadãos o sentimento de uma genuína Europa, acabando assim com as desconfianças e cepticismos.


E quanto aos alargamentos?
A Turquia que quer entrar na UE mas que tem estado a tomar atitudes radicais contrárias à sua democraticidade interna.
A Turquia que quer entrar na UE e que se tem desdobrado em reuniões ao longo dos últimos 15 anos para tentar entrar e sente-se todos os dias chutada para canto.
A Turquia que quer entrar na UE mas que tem visto alguns países da UE a dizer rotunda mas indirectamente que não à sua entrada.
A Turquia que quer entrar na UE mas que tem ouvido os entraves dos Eurocratas às suas pretensões.
A Turquia que quer entrar na UE mas que devido ao estado actual das coisas, ainda é capaz de fazer um grande mercado árabe.
Por isso é caso para Perguntar: E AGORA TURQUIA?


A BRIGADA JÁ TOCOU A REUNIR, PORQUE OS TEMPOS NÃO SE ADIVINHAM FÁCEIS.

O barco vai de saída

Letra e música: Fausto
In: "Por este rio acima" gravado em 82



O barco vai de saída
Adeus ao cais de Alfama
Se agora ou de partida
Levo-te comigo ó cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor
Lembra-te de mim nesta aventura
P'ra lá da loucura
P'ra lá do Equador

Ah mas que ingrata ventura
Bem me posso queixar
da Pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra-mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida

Sem contar essa história escondida
Por servir de criado essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado
Foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que vida boa era a de Lisboa


Gingão de roda batida
corsário sem cruzado
ao som do baile mandado
em terra de pimenta e maravilha
com sonhos de prata e fantasia
com sonhos da cor do arco-íris
desvaira se os vires
desvairas magias

Já tenho a vela enfunada
marrano sem vergonha
judeu sem coisa nem fronha
vou de viagem ai que largada
só vejo cores ai que alegria
só vejo piratas e tesouros
são pratas, são ouros,
são noites, são dias

Vou no espantoso trono das águas
vou no tremendo assopro dos ventos
vou por cima dos meus pensamentos
arrepia
arrepia
e arrepia sim senhor
que vida boa era a de Lisboa

O mar das águas ardendo
o delírio do céu
a fúria do barlavento
arreia a vela e vai marujo ao leme
vira o barco e cai marujo ao mar
vira o barco na curva da morte
e olha a minha sorte
e olha o meu azar

e depois do barco virado
grandes urros e gritos
na salvação dos aflitos
estala, mata, agarra, ai quem me ajuda
reza, implora, escapa, ai que pagode
rezam tremem heróis e eunucos
são mouros são turcos
são mouros acode!

Aquilo é uma tempestade medonha
aquilo vai p'ra lá do que é eterno
aquilo era o retrato do inferno
vai ao fundo
vai ao fundo
e vai ao fundo sim senhor
que vida boa era a de Lisboa


Sem comentários: