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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os "ANALFA...VETOS"

Que BLOGUE melhor para ilustrar o Estado da Educação que o Blogue Sou Burro, http://souburro.blogspot.com/

AVISO ESTE POST É CHATO E COMPRIDO COMO A ESPADA DE AFONSO HENRIQUES.

Caros Bloguistas Militantes
Para começar quero afirmar que discordo profundamente que exista um Ministério da Educação. O nome de Ministério da Educação, faz-me transportar sempre para uma qualquer ideologia totalitária, quer seja ela: Comunista, Marxista, Trotskista e afins. Faz-me particularmente lembrar o "Sr. Dr. Arnaldo de Matos" antigo líder do partido PCTP/MRRP e que se intitulava o "Grande Educador do Povo".
Por esta e outras razões é que eu digo:
Não! Não concordo com o nome de Ministério da Educação.
Acresce que alguns dos Ministros da Educação que pelo cargo passaram foram tudo menos bem educados...
A minha opinião é que se deveria chamar a esse Ministério um destes 3 nomes : Ministério dos Assuntos Escolares ou Ministério da Administração Escolar ou Ministério do Ensino.
Mas como os nossos governos insistem em Ministério da Educação, temos que aguardar até que mudem o nome, e de políticas e de filosofia.
Hoje neste post vou entrar por essa área.
A Srª Ministra da Educação tem andado na Berlinda nos últimos tempos, ela e os professores, os professores e ela e os sindicatos, ( esses grandes defensores da Democracia para os outros e não para eles, já que dentro dos sindicatos aquilo são Democracias Ditatoriais)...
Esta Srª Ministra (não me perguntem o nome que eu não sei ) tem sido um alvo a abater...
Este Ministério da Educação (desde o 25 de Abril até agora, e não só no presente) é mal amado pelos professores, guerreado pelos sindicatos, odiado pelos alunos e incompreendido pela população em geral.
Vários exemplos, e só os mais recentes, que mais não são que cópias de atitudes que já foram tidas no passado pelos mesmos protagonistas:

  • Ele são os sindicatos que acordam avaliações ou outra qualquer matéria e depois dão o dito por não dito,
  • Ele são os professores que não querem ser avaliados,
  • Ele são o abandono escolar, o analfabetismo,
  • Ele são os alunos que estão contra as reformas, ou o estatuto dos alunos ou sempre contra as propinas

Enfim a confusão do costume, E a confusão do costume, por parte dos sindicatos é o que se quer. Isto porque, infelizmente, quem manda nos sindicatos, só preconiza a política do quanto pior, melhor. Pois só com a sociedade em convulsão capitalizam dividendos políticos.
Podereis vós facilmente verificar no post deste blogue publicado em 22/2/2009, onde falei sobre este assunto, realço que o analfabetismo em Portugal, e afirmo-o agora, faz parte da crise, e é mias que isso, é o centro da própria crise que atravessamos, se não mesmo a sua causa principal.
Para ser mais concreto, a crise e os seus efeitos que agora atravessamos, tem no analfabetismo nacional a sua base.
Sublinho, não é de agora, o fato de a nossa crise ser crónica e prolongada, deve muito ao analfabetismo, e isto entre outras coisas porque já ninguém se entende no, e com, o Ministério da Educação, há muitos anos.
Reparem CAROS BLOGUISTAS MILITANTES
O Ministério da Educação nos últimos 30 anos viu passar 27 Ministros.
Ora 27 Ministros em 30 anos, quer dizer que EM MÉDIA os/as Ministros/as nem 1 ano chegam a durar, como se costuma dizer: nem chegam a aquecer a cadeira.
Daqui tiramos a ilação: alguém que não eles (os ministros), deve andar a "mandar e a "desmandar" impunemente naquele Ministério .
Um povo que: tem 27 Ministros da Educação e que afirma que cada um que lá passa é mau. Esse mesmo povo que: afirma sempre que o anterior Ministro é que era menos mau.
São afirmações que dão que pensar, se não existe uma desorientação colectiva, e é muito claro que temos de repensar tudo isto e tirar conclusões de ter 27 Ministros em 30 anos e do estado da nossa educação.

E a conclusão a tirar disto tudo é só uma: Nós como povo estamos a falhar.
A questão é grave e profunda.
Quando o povo colectivamente falha na Educação, falha a todos os níveis.
E o grave é que parece que ninguém faz nada.
Assim a situação, per si, é grave pois a falha é generalizada.
O grave é que é generalizada, não só em Portugal, mas é uma generalização da sociedade ocidental, pois atinge a maioria dos povos do hemisfério Norte e alguns do Sul.
Uma falha assim é calamitosa para o futuro da humanidade.
Podemos sempre dizer que o mal não é só nosso, e o que se passa aqui, não é diferente de outras partes do mundo, mas isso não é contentamento para ninguém.
É triste e desesperante ver que preferem os povos da terra investir em armas do investir no ensino.
Educar custa muito caro e demora tempo e as armas são infinitamente mais baratas e com uma eficácia em termos temporais menores.
Mas voltemos ao nosso pequeno quintal, que é como quem diz ao nosso burgo.
Já lá vão uns tempos em que se anunciou que os Manuais Escolares, só vão pesar 50 gramas ....
Como se o saber se medisse ao peso... Estilo eu tenho mais um quilograma de sabedoria que tu.
Os manuais pesam menos é um facto mas... pesam menos e mesmo assim ainda contêm alguns erros.
50 gramas de sabedoria num manual... é capaz de não ser muito... e ainda por cima conter erros...
Para conter erros já basta os posts deste blogue...

Mas eu já nem me refiro ao peso, pois o que interessa nesta coisa de livros é a qualidade não a quantidade ou o peso...
Eu até compreendo bem que se tenha em linha de conta o peso por causa da coluna dos petizes...
Mas que diabo... 50 gramas e ainda por cima com erros?
Será que se lhe tirarmos os erros eles pesaram só 40 gramas?
Mas então, como é que é, vamos lá tratar isto de maneira séria.
É que eu não estou a perceber, os manuais que chegam à escola vão com erros e as editoras e o Ministério assumem-nos com uma calma celestial?
Então 2+2 já não são igual a 4?
A terra já não andará à volta do sol?
Pois se calhar não... é que com erros tudo é possível... com erros o incrível acontece.
Os manuais contêm erros e não rolam cabeças?
Os manuais contêm erros e não são chamados á pedra os responsáveis?
Onde andam os processos disciplinares?
Onde estão as desculpas públicas e um "obviamente eu demito-me"?
Anda tudo impune e a desculpar-se com a dança das cadeiras do Ministério da Educação?
Será que ninguém revê à lupa os manuais escolares ou então se alguém revê será que não têm em conta o trabalho dos revisores?
Não será antes que como se fez do livro escolar uma "indústria rentável", que cada ano saem 3 e 4 manuais para a mesma disciplina, o que interessa somente é colocar os livros cá fora e a qualidade é relegada para segundo plano e a exactidão para terceiro?
Ou será, por outro lado, que o ministério anda sempre todos os anos e às vezes várias vezes durante o ano a mudar a matéria que é leccionada nas escolas e isso obriga os editores a fazerem novos livros?
Ou então um cenário mais assustador, se juntarmos estes três factores, obtemos aqui um negócio lucrativo entre livreiros e Ministério da Educação em que se mudarem várias vezes os programas escolares, os funcionários do Ministério responsáveis pelas mudanças recebem uma percentagem dos livros vendidos?
Ou seja, quem ganham com a mudança são os funcionários do ministério e os livreiros...
Não me refiro, neste caso particular aos políticos, mas sim aos lugares intermédios do Ministério, ou seja, refiro-me a quem condiciona verdadeiramente as decisões.
Refiro-me a quem nunca sai do lugar do Ministério e está lá sempre, mude o/a ministro quantas vezes mudar.
É que tantas mudanças de ministros em tão pouco, faz com que as mudanças na política da educação impliquem sempre as mesmas desculpas.
Isto não pode mais acontecer, já não há razão para isto acontecer, temos de dizer basta.
É certo que hoje atravessamos uma sociedade de informação, mas, escolarmente, o mundo não muda assim tão depressa e tantas vezes.
Não pode ser.
Aqui há marosca.
Só pode haver marosca, não acredito que haja tanta incompetência junta (é possível não o excluo) no Ministério da Educação.
Como é possível que eles se enganem todos os anos?
Enganam-se nos programas em todas as disciplinas e isso implica que estejam sempre a modificar.
Se assim é, temos então uma cambada de incompetentes indecisos nos lugares intermédios do Ministério da Educação.
Esses incompetentes. só se mantêm nos lugares devido ás qualidades dos nossos políticos.
Cada vez se ensina menos nas escolas.
Acresce que os psicólogos e os pedagogos, dizem que o importante não é o saber concreto, mas as ferramentas que lhes são fornecidas para saberem chegar à informação.
Ou seja, não interessa o saber concreto, mas sim utilizar o GOOGLE, e fazer fé que aquilo que está na Wikipédia esteja certo... o que também pouco importa, pois é lá que o professor vai buscar a informação...
A consequência disto é que depois os nosso jovens chegam às faculdades com o saber quase a zero.
Eu que faço parte da geração do meio, sei bem do que falo.
Eu explico, faço parte daquela geração, que apanhou com as reformas todas.
Quando ia passar de ano, aparecia uma reforma a meio que retirava ou colocava exames, retirava ou colocava mais disciplinas, acrescentava sempre mais anos de escolaridade.
Foram tempos aliciantes, incertos, cativantes e desafiadores... nunca sabíamos (nem sabemos) com o que contávamos.
Fui dos últimos a fazer o exame da 4ª classe (que agora já não é classe, é ano, até a denominação mudou), o ano posterior ao meu já não o teve.
Depois quando passei para o 1º ano deixou de haver exame, só no 2º ano se tinha exame, e passados 2 ou 3 anos também deixou de existir o exame do 2º ano.
O exame do 9º ano, que quando terminei era ainda a escolaridade obrigatória, também deixou de existir uns anos mais tarde.
Ou seja a exigência e o aferir do saber foi-se perdendo.
Dois anos antes de eu ir para o 10º ano, para se ir para a faculdade era necessário o 10º ano, quando eu lá cheguei já era preciso o ano propedeutico.
Que mudou para 11º ano assim que acabei o 10º ano e tornou-se obrigatório.
Quando cheguei ao 11º ano as regras mudaram, foi instituído o 12º ano.
Eram necessárias 3 cadeiras do 12º ano para se entrar na faculdade... aí "safei-me", ultrapassei o sistema á justa, pois no ano seguinte surgiu a reforma que aumentava das 3 para as 5 cadeiras do 12º ano.
Isto tudo sem contar com aquelas reformas que eu já não me lembro, pois foram tantas.
Sou da geração do meio, e esta geração do "meio" não é assim denominada devido ao ensino.
Esta geração do "meio", tem estado a sofrer mudanças e reformas atrás de reforma, que nós que somos a geração do "meio" somos os principais atingidos.
Ele foi as entradas para a função pública... que deixaram de o ser.
Ele foi e é o aumento dos anos de reforma... que aumentaram... etc...
A geração do meio já sabe com o que conta, ou seja, sabe que não pode contar com nada.
Cada vez que planeia o futuro, ele está sempre a ser modificado.
Porque é que é a geração do "meio".
Porque é uma geração que está no meio de 2 fogos.
É a geração entre trincheiras, entre ciclos.
É a geração que a sociedade não deixa chegar aos lugares decisores da política, porque estes lugares estão ocupados pelos "mais velhos" que se entronizaram no poder e que os ignora.
É a geração que sustenta aquele adágio popular "quando o mar bate na rocha quem se lixa é a geração do meio."
Voltando ao assunto deste post: Temos de voltar a colocar a educação nos eixos.
Os pais deveriam saber quais os objectivos de cada disciplina até ao 12º ano e também os objectivos que cada aluno deverá ter em cada ano.
Os pais deveriam saber do planeamento estratégico de toda a carreira de ensino dos seus filhos, para depois terem a possibilidade, assim o quisessem, de fazerem uma boa gestão e aferirem a todo o tempo o que é que o seu "rebento" sabe.
Só com essas ferramentas temos a possibilidade de aferir e criticar globalmente o programa das cadeiras.
Só assim poderemos saber se o professor vai com o ritmo adequado ou não.
Só assim poderemos saber onde localizar a matéria que o aluno se encontra no programa pré-estabelecido.
Eu explico: por exemplo, a matemática deveria ter um programa global de metas a atingir até ao 12º ano, e particularmente um especifico para cada ano de escolaridade, e esse programa especifico deveria dizer por exemplo:

  • Para o 1º ano, no final do ano lectivo o aluno deverá saber, os números de 1 a 1000, somar, subtrair, etc...
  • Para o 2º ano, no final do ano lectivo o aluno tem de saber números fracionários, contar até 10.000, saber numeração romana, etc...
  • Para o 3º ano, o aluno tem de saber e vão especificando e aprofundando as matérias até chegar ao 12º ano.

E assim, coma avaliação por trimestres, vamos tendo a informação não só das notas que o aluno obteve, mas também das matérias que ele já apreendeu e as que ainda falta aprender.
Vamos sabendo a progressão do aluno não só quantitativamente mas também qualitativamente, e saberemos em que parte da matéria está a sua turma posicionada.
E, como o conhecimento escolar é evolutivo, só depois de consolidados os conhecimentos anteriores o aluno deveria chegar ao ponto x e aprender y etc...
Isto seria aplicado a todas as disciplinas.
Por incrível que pareça, isto não está feito e encontra-se disperso pelos anos todos.
Existirá neste momento uma espécie de orientação?
Eu quero crer que sim, se não será mesmo o caos completo...
Mas não será na fase do caos completo aquela em que estamos?
Se é ou não é só saberemos se fizermos o teste...

Espero que todos passemos no teste, pois com tantos erros do Ministério da Educação, e depois das nossas propostas, consigamos dizer, isto está tudo mal "E O BURRO SOU EU?"

Como eu tinha dito este POST foi CHATO E COMPRIDO COMO A ESPADA DE AFONSO HENRIQUES, mas já acabou.

DE PEQUENINO - Sérgio Godinho
De pequenino
de muito pequenino
se torce o destino
se torce o destino
Primeiro sem saber porquê
e depois com um quê
de quem já sabe de saber mudar
de quem já sabe de saber fazer
uma outra terra no mesmo lugar
um lugar feito para gente viver
e mesmo que seja longo
mesmo que vá demorar
De pequenino
de muito pequenino
se torce o destino
se torce o destino
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA GOSTA MUITO DE ESTUDAR E APRENDER... MAS COM A EDUCAÇÃO ASSIM MAIS VALE IR PARA O ESTRANGEIRO

1 comentário:

aFonso disse...

...eu gostaria de ver o nome desse ministério famoso trocado pelo, (Ministério da Piolhice e Coçadeira) triste mas é a pura verdade do que ele representa para os alunos e profs!