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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sábado, 15 de março de 2008

Como é que eu me esqueci que 25 de Abril era feriado

Olá caros bloguistas militantes,

Este é o BLOGUE DO DIA, selecionado aqui pelo vosso cabo da Brigada.
http://wwar1.blogspot.com/ - Basta clicarem em cima do link para lá irem ter
Este é um blogue diferente, trata-se das cartas de um soldado sa 1ª guerra mundial, que foram descobertas num sotão por um bisneto. São as transcrições das cartas que ele escrevia para a família mas 90anos depois. É um retrato da frente de batalha, que vão surgindo na net no exacto dia em que as cartas foram escritas... mas 90anos depois. Não sabemos, segundo o autor do blogue, o que vai suceder, se o soldado sobreviveu ou não. É muito interessante.

Caros Bloguistas Militantes, hoje sinto-me um mísero Cabo e não um grande imperador. Que querem? Ele há dias... e semanas... assim.
No Post de hoje , vamos tratar da Democracia.

Sim, da sempre doente Democracia.
A demoracia Portuguesa, anda aos soluços, começou, teve uma interrupção para férias forçadas, e agora já lá vão cerca de 33 anos, sim já passou esse tempo desde que o regime autocratico foi deposto.
Retomámos a Democracia, não com as limitações que tinhamos tido na 1ª República, onde "A lei conferia o voto apenas aos cidadãos maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever ou que fossem chefes de família há mais de um ano. O código eleitoral de 1913, excluía do direito de voto os chefes de família analfabetos e os militares no activo. Durante a ditadura de Sidónio Pais (1918), os analfabetos voltaram a poder votar. Finda a ditadura voltaram a ser excluídos. "
Era uma democracia quase parecida com a da Antiga Grécia.
Bom, mas o certo é que a nossa Democracia não está bem, e não é só a Portuguesa, o mal é geral. Vistas bem as coisas, como já disse noutros posts, temos uma partidocracia, caminhamos indiferentes ao que nos rodeiam e estamos quase, se é que já não estamos, numa plutocracia.
Estamos num retrocesso em relação á democracia, o que no mínimo é grave, uma maleita pior que o míldio nas videiras.
Esta espécie de Democracia, não é dirigida por políticos, mas por tecnocratas, quer estejam eles em Bruxelas, em Lisboa ou noutra capital qualquer, é o "Sim senhor ministro", á escala global e sem a graça que a série de tv teve.
Esses tecnocratas são comandados pela economia, pelas grandes multinacionais, cheias de interesse, que os manipulam.
E esta crise é muito graças a isso, em que não se controla a economia, porque ela descontrolou-se a si própria, e tendo tomado conta do poder político, tomou conta da democracia, que de arrasto leva-a com ela.
Estamos e vamos sofrer com isto, é que as propostas em alternativa, não são propostas em alternativa, são a mudança na continuídade.
Não nos podemos deixar ludibriar pela Esquerda com propostas irreais de colectivismos serôdios, nem pelas propostas da Direita, que quer liberalizações alucinogénicas e um populismo fácil, mas também não é neste meio que está a virtude, por isso também não nos deixemos levar pelo centro fácil que não é carne nem é peixe, nem puxa para as propostas de esquerda, nem para as propostas da direita, não puxa ponto, a sua virtude é ficar parado, ouseja é um sistema entrópico.
Ouvi com muita preocupação, a preocupação do bastonário da Ordem dos Advogados, quando diz que os pilares da democracia estão a afundar-se, relata-nos que: o controle da justiça sem garantias de preserverança de defensores habilitados e as tentativas de controlo desses mesmos defensores.
Isto tudo aliado aos mediáticos julgamentos que começam o julgamento logo pelo fim , ou seja pela condenação, deixam a quem cai nas malhas da lei, seja por actos próprios seja por acusações pérfidas, muito tempo, cerca de 5 a 8 anos, de nome sujo na praça pública, é um processo nos limites do kafkiano sem nunca se saber porque é que se é acusado.
Sim, por este caminho, vamos e estamos mal nesta nossa democracia.
A democracia é anterior ao voto, mas tem nele e na liberdade do mesmo um dos pilares, também na liberdade de opinião e da formação dessa mesma opinião, não orientada mas de livre escolha e arbitrio individual um forte sustentáculo, quer demos por eles todos os dias ou não, é importante lá estarem, é fundamental lá estarem.
A livre candidatura, pois se somos uma democracia, e todos nós que quisessemos candidatar a um lugar de representante de todos, poderiamos fazê-lo, e não passar essa importante prorrogativa a um punhado de cidadãos, que tem esse destaque porque se aliam a um partido, e que sabujam tudo e todos para conseguirem um lugar de representante de todos nós.
Deveríamos ter circulos uninominais, tal como tem a Inglaterra, talvez com uma pitada do sistema misto alemão.
Um sistema, onde, com um número mínimo,não irrealista e não manipulado e limitado por um partido político, de assinaturas, poderíamos candidatar no nosso circulo eleitoral.
Defendo também uma segunda câmara, como já outrora tivemos, uma câmara de Senadores, homens mais velhos e avisados, que pugnariam para que a democracia se mantivesse estável, e que essa segunda câmara fosse eleita em tempo diferente da Assembleia da República, e fosse renovada em metade dos seus elementos em tempo diferente também.
Esse Senado assegurava enttre outras coisas, que os projectos de longo prazo, como são os casos de políticas de saúde e educação, grandes obras públicas, não aconteça o que está a acontecer, como o novo aeroporto, como a nova travessia do Tejo, etc...
Porque sinceramente, já estou farto de ver desperdiçar dinheiro, quando a mim mo mandam poupar, já estou farto de ver mudar decisões de grande monta, só porque o governo muda, é que em meia dúzia de anos, tivemos meia dúzia de localizações sim ou não de Otas, traçados de tgv's, conservações de pontes e outras obras de arte, a segurança rodovária, etc...
Isto não deveria estar ao sabor deste ou daquele governo, mas de todos nós, através do senado.
Decidiu-se está decidido, e não andamos ao sabor das eleições.
O voto é uma arma fundamental da democracia, e deve ser transparente. É algo de promenor, mas foram os promenores que deram por exemplo a primeira eleição do Presidente Bush dos EUA. Não se compreende comoé que uma Democracia como a Americana ainda tenha sistema de votos mecânicos e tão pouco fiáveis.
Os locais de voto deveriam ter melhor tratamento, a antecamara de votação deveria ser bem iluminada e com privacidade, não como agora assistimos, em estruturas antiquadas e desengonçadas, e que estratégicamente colocadas não deixam sigilo do voto a ninguêm.
A urna de voto deveria ser em acrílico transparente, e não preta e opaca como a vemos agora, nunca vimos se os votos caiem dentro da urna.
E se não vimos quem diz que não podem ser,manipulados, deviados ou acrescentados?Transparência no voto secreto, directo, universal e periódico.
Isto são alguns paliativos para que a nossa democracia se mantenha em pé.
Estivemos todos junstos lado a lado ... mas não durou muito tempo... e a coisa desmoronou-se.
E por último o título, do post, tem a ver com a contagem de prazos em Processo Civil, que entre outras coisas os feriados não se contam, e a nossa Democracia anda tão mal que eu me esqueci que o 25 de abril era um feriado... sim, todos nós temos os nossos lapsos... e quando isso acontece e se relapsa... erramos... e os erros pagam-se caros... ah pois pagam.
Portugal Ressuscitado - José Carlos Ary dos Santos (Caxias, 26 de Abril de 1974)
Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura
vi abrir-se a minha terra
como um cravo de ternura.
Vi nas ruas da cidade
o coração do meu povo
gaivota da liberdade
voando num Tejo novo.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Vi nas bocas vi nos olhos
nos braços nas mãos acesas
cravos vermelhos aos molhos
rosas livres portuguesas.
Vi as portas da prisão
abertas de par em par
vi passar a procissão
do meu país a cantar.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Nunca mais nos curvaremos
às armas da repressão
somos a força que temos
a pulsar no coração.
Enquanto nos mantivermos
todos juntos lado a lado
somos a glória de sermos
Portugal ressuscitado.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido.

ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? PARA A PRÓXIMA ESCOLHEMOS DEMOCRATICAMENTEO GENERAL QUE AS COMANDA... PODE SER QUE SAIBA CONTAR PRAZOS E MANTER A MALTA UNIDA

1 comentário:

Davi Reis disse...

Caro Cabo, está convidado em:

http://cadernodecorda.blogspot.com/2008/03/29-de-maro-18-horas-apresentao-do.html

Ficar-lhe-ia grato se divulgasse. Apropriado, logo após o grande Ary dos Santos...

:)

Um abraço fraterno