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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quarta-feira, 7 de março de 2012

A gota de água

Já lá vão muitos meses, desde a última vez que escrevemos.
Deixem-nos dizer, que estamos perplexos com o que se está a passar no país, na europa e no mundo, cada um à sua escala.
As coisas não estão fáceis, pensamos mesmo que estamos a atravessar um dos períodos mais conturbados da humanidade.
Diríamos mais, este é um daqueles períodos de mudança profunda, em que estamos no centro dos acontecimentos, e só um leitor a uma distância considerável e não no nosso tempo, verá o que se passou, as consequências que teve e está a ter, onde errámos e o que poderíamos ter feito de diferente, para melhor e que estava tão à vista que ninguém conseguiu vislumbrar.
Sim, este é um desses tempos.
Não sabemos, continuamos sem saber, como dissemos, se este não é um dos períodos mais conturbados da humanidade.

Outros tempos houve que foram bastante complicados, tempos houve que quase nos conduziram à extinção, já para não falar naqueloutro que quase extinguiu a vida no planeta terrestre.
Tememos que este seja o pior desses tempos. E dizemos isto porque outrora o ser humano não pensava como pensa hoje, se pensava como pensa hoje, não era inteligente como é hoje, se o era não possuía a tecnologia que hoje possuímos, e se nessa altura tecnologia possuísse, esta não era maciçamente destruidora comoesta que nós temos agora.
Tempos houve que o homem respeitava a natureza, hoje não a trata nem com igual, nem como diferente, destrata-a.
Temos um deficit de abelhas, estas estão a morrer por causas que ainda desconhecemos, e as abelhas (como muitos insectos) são responsáveis por mais de um terço da polinização das plantas e árvores, e isso não está a acontecer.
E se não polinizam as plantas, não há comida ou não há comida suficiente, e se não há comida suficiente temos de nos voltar para os alimentos geneticamente modificados, e se vamos por aí o ecossistema é destruído.
Destruímos ecossistemas, desequilibramo-los, alterámos correlações e interações únicas, contribuímos para que as alterações climáticas, que são cíclicas, se dessem milhares de anos mais cedo ou seja no nosso tempo.

Não sei se os MAIAS tinham razão em relação ao seu calendário acabar em 20/12/2012, e com isso acabar o mundo tal e qual como o conhecemos, e nos sentimos confortável nele, se esse for o caso, este nosso escrito terá pouca longevidade, pois não haverá ninguém para o ler.
Quiçá, se os macacos, tigres, pulgas, escaravelhos ou leões, um dia souberem decifrar as palavras que os homens escreveram, e aliado a isso conseguirem aceder à INTERNET, e por acaso forem parar a este blog, talvez consigam isto ler (não lhes invejo a sorte).

O clima está a mudar, não temos dúvidas, o clima vai aquecer e depois arrefecer.
Nós quanto mais sabemos, mais tomamos consciência do que poderá afectar a vida na terra, quer internamente, como é o caso de um grande sismo e de uma ou várias erupcções vulcânicas, quer externamente, como é o caso de colisão de cometas ou asteróides. Nós quanto mais sabemos menos fazemos, parece que baixámos os braços e nos resignámos em relação a essas inevitabilidades.

Continuamos a assobiar para o lado, e a fazer guerras entre nós, além de aniquilar outras espécies entretemo-nos a aniquilar a nossa, houve alguns de nós que possuem records que preferíamos que não existissem, esses que detêm os recordes mataram 17 milhões dos seus concidadãos e 4 milhões de seres humanos não seus concidadãos, mas houve mais, por respeito a toda a humanidade, não vou falar do nome deles, pois se séculos mais tarde alguém ler isto, o nome deles não seja dito nem recordado.
Vejam que espécie nós somos, deixamos os nossos morrer à fome e à sede, escravizamos, humilhamos, tiramos partido da superioridade de termos educação e outros não e por isso não controlamos, nem queremos controlar a nossa natalidade racionalmente, não procuramos alternativas, que espécie esta que tira prazer do seu próprio aniquilamento.

Não controlar a nossa natalidade racionalmente (mesmo que o tal relógio biológico de horas), é colocar pessoas no planeta, que vão desequilibrar mais o ecossistema, e vão ter menos acesso a água, a comida, e por consequência vamos ter de sobrecarregar o planeta e aniquilar mais espécies para comermos e arranjarmos espaço para todos.
Temos de nos controlar, por muito crú que isto pareça, está a nossa sobrevivência em risco.
Ir para o espaço, arranjar novos planetas para colonizar, é uma solução, mas a longo prazo, e até lá, até algum planeta ou planetas nós consigamos colonizar, temos de nos controlar, o planeta não é elástico, e não, não há sempre espaço para mais um.
Somos 7 mil milhões, 7.000.000.000, são muitos zeros para tão pouca comida e água, e ainda temos de dividir o planeta com outras espécies, espécies essas que sem elas não sobreviveremos.
Faz-nos espécie que esta espécie, que é inteligente, não soubesse tirar partido da sua inteligência, engenho e arte.

Poderíamos ter ido para o espaço, colonizar outros planetas, ir buscar outros conhecimentos, dar a possibilidade aos da nossa espécie e de outras, conseguirem alternativas mais fiáveis para conseguirem viver longe do planeta mãe, e ao fazer isto, dar folga ao planeta mãe, a Terra, da sobrexploração que fizemos e continuamos a fazer, e deixar o planeta respirar e se regenerar.
Mas não, fizemos transbordar o copo de água com mais uma Gota d’água, e assim que o vimos transbordar em vez de parar continuámos.
Deveríamos ter alterado hábitos, de consumo, de poupança de energia, de racionalização no consumo de água e de comida, mas não continuámos à grande e à francesa.
Resultado, como já disse, aniquilámos animais, insectos e outro tipo de seres que fazem parte da nossa cadeia ecológica, e não reparámos que ao aniquilá-los, estávamos a matar-nos a nós próprios. Que dizemos nós, como poderíamos reparar, se como já dissemos andámos entretidos a matar-nos uns aos outros.
Estamos a ser vítimas da nossa própria inteligência e ambição, e estamos a dar-nos mal, e a maioria de nós aplaude, poucos são os que estão seriamente preocupados com o rumo que tomámos.
Pensamos que o dinheiro tudo paga, haverá uma altura que veremos que não podemos comer notas…
Parece que voltámos a escrever, o episódio 16 do tema “quando o mar bate na rocha - O sector secundário“, será escrito para a semana.
Até lá estamos tristes e perplexos, com uma espécie, que tinha tudo para triunfar e dar certo, e ao invés está aos poucos mas aceleradamente a dar cabo da sua e das outras espécies.
Nem nos melhores livros de ficção cientifica, conseguimos prever isto, e a gota de água já transbordou o copo.

Gota d'água- Chico Buarque
Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água...(2x)
Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água....
SE A BRIGADA PODERIA CARREGAR COM MAIS SUAVIDADE? PODIA! MAS NÃO ERA A MESMA COISA. A BRIGADA GOSTARIA TANTO DE TER UMA IDEIA BRILHANTE QUE NOS TIRASSE DESTA AGONIA COLECTIVA, MAS NÃO ACHOU A SOLUÇÃO AINDA.

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