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Acerca de mim

Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sexta-feira, 21 de março de 2014

Cuidado com as imitações republicado e revisto (publicado em julho de 2007)



Será que temos uma democracia? Ou teremos um "espécie de Democracia?"

Ah se vocês sonhassem de que tijolos e cimento é feita a parede da nossa actual Democracia...

Acho que alguém se esqueceu de fazer fundações firmes e usou materiais de segunda e agora estamos nós a queixar que o edifício não está bom.

Antes demais queria deixar aqui vincado que existe gente honesta na política, e que pelo caminho que as coisas vão não estão para verem a sua vida pessoal devassada por jornalistas e jornais sem escrúpulos que não sabem o que tem valor.

Esta gente boa não quer trocar a privacidade e a sua zona de conforto para dar de si à causa do bem comum, como eu os compreendo.

Espantados que haja gente boa?

Não estejam, é a sério que falo, eu conheço alguns.

Mas vamos à questão que primeiro coloquei e nesta análise devemos cingir-nos aos critérios científicos (que é para isso que eles servem).

Afinal o que é a Democracia?

Democracia é: o governo do povo, ou seja, quer isto dizer, a soberania reside no povo.

O que teoricamente é o mesmo que dizer que é ao povo que cabe ter o poder.

E ter poder implica ter participação nas decisões, poder opinar e votar nelas.

Mas, caros concidadãos, sabeis vós tão bem quanto eu que isto aqui não é a Suíça, não somos assim tão poucos e não temos um Estado do tamanho do Alentejo.

Porque apesar de muitos defeitos, pois não existem sistemas perfeitos, a Democracia Suiça funciona, e o povo têm maior capacidade de decisão que o povo Português, dizendo de outra maneira, o povo Suíço tem real participação directa na política suíça.

É que se tivéssemos o tamanho da Suiça, argumentam os teóricos, os mesmos que têm por convicção retirar poder ao povo, então, dizem eles, teríamos a possibilidade de fazer referendos permanentes, para questões prementes ou outras que afectam o dia a dia dos cidadãos.

Quanto a mim, aqui o problema da participação é outro, já que o ~2alegado problema de tamanho do país, se anula quando vemos que um país grande como os EUA, esse tipo de participação, é real e faz parte da sua Democracia.

Eles escolhem em primárias quem está melhor colocado para o se candidatar ao Senado e ao Congresso, eles elegem o "Xerife" do seu condado, eles elegem os juízes, validam ou não decisões ou futuras decisões das câmaras.

O poder neste momento reside no Estado, mas o Estado é todo o povo, e qualquer Estado só tem sentido existir se tiver soberania, daí que a Soberania reside no povo.

E o que é a Soberania ?
É o Poder político, de que dispõe o Estado, de exercer o comando e o controle, sem submissão aos interesses de outro Estado.

Se a Soberania é do Estado e o Estado somos todos nós, então a Soberania está dividida por cada um de nós, e todos nós em conjunto fazemos a soberania do Estado.

Vamos fazer as contas à Soberania, somos cerca de a 10 milhões de Portugueses, então dividimos a Soberania por 10 milhões dá 1/10.000.000 de soberania a cada português, ou seja é um cagagésimo a cada um.


Por ser uma conta tão ínfima a cada um, no nosso e nos outros países, houve uns ideólogos políticos, no Sec. XIX que pensaram e disseram que não poderia ser.

Pois o Estado tinha de ser forte, e não poderíamos a soberania assim disseminada  e que para o país (este e os outros) ser funcional teríamos de concentrar a Soberania.

Ora concentrar a Soberania,ou seja o poder de decidir num só órgão, pode tornar o Estado mais forte, mas retira poder de decisão ao povo.

Não! Não defendo Estados fracos, mas também não defendo povos sem poder de decisão, ou com poder de decisão de 4 em 4 anos.

Isso já ficou demonstrado que somos enganados, que os políticos dão o dito por não dito, e depois a malta é que se trama.

A Democracia Republicana, onde o Povo é o centro de todas as coisas, onde o povo teoricamente deveria decidir, foi transformada numa Democracia de poucos grandes Barões.

E estes grandes Senhores disseram-nos, melhor dizendo impuseram-nos (com a força das armas que tinham) ao estilo D. CORLEONE "I will make him an offer he can not refuse", usurpando o poder legítimo que lhes foi dado,  concentraram e distribuíram a nossa soberania mitiganado assim a Democracia por 5 ou 6 centro de decisão, e que nenhum deles é o povo, e pior em que alguns deles o povo nem decide.

Esses centros de decisão são: Presidente da República, Governo, Assembleia da República, Tribunais, Tribunal Constitucional, Conselho de Estado, Partidos e outros que não são visíveis.

Passámos assim a nossa quota parte de soberania para os Deputados, Tribunais e outros, mas como não podiam passar a soberania sem dar nada em troca, e em troca deram -nos a possibilidade de podermos eleger de 4 em 4 anos os Deputados à Assembleia da República, criando-nos a ilusão de que são eles que nos representam.

Mas ainda estamos a seguir as regras de Monstesquieu do poder tripartido do Estado (e o Estado é o povo), que está dividido em Poder Legislativo, Executivo e Judicial.

Ou seja de todos os poderes subdivididos do Estado, só 1/3 é escolhido por nós, o poder legislativo.

E a nossa escolha é só para quem nos representa, o resto das políticas a adoptar efectivamente não é. Porque apesar deste sistema de partidos lhes impor um programa que devem seguir, no próprio dia das eleições eles já o estão a mudar.

Ou seja, O POVO FICOU SEM O PODER, e se o Estado é o Povo, e o Estado está concentrado em meia dúzia, logo o Estado são meia dúzia.

Mas insistem em nos iludir, e é por isso é que se diz que "Votar" é utilizar a nossa "arma".
Mas os políticos espertos deram-nos a arma mas ....com munições de salva e nós bem que disparamos mas isto fica tudo na mesma.

Logo não vale a pena andarmos por aí aos tiros.

Analisando o caso Português, na A.R., são 230 os Deputados que representam os 10 milhões de portugueses, logo a parte da soberania que está na A.R., cabe a representação de cada deputado 43.478,2 de cidadãos, que detinham essa soberania ou seja representa quarenta e dois mil, quatrocentos e setenta e oito vírgula dois da Soberania dos Portugueses.

Quem representa tantos portugueses ao mesmo tempo, obviamente não representa ninguém, fala por toda a gente e não fala por ninguém em concreto.

Mas se quisermos ir mais fundo, vemos que os Deputados são eleitos por distritos, distritos esses que representam uma área geográfica enormíssima, composta por todos os concelhos desse Distrito, ou seja além de representar aquela parte do território representam também os cidadãos eleitores e não eleitores que lá vivem.
De salientar que algures na Constituição da R.P. consta que o Deputado representa o todo nacional (daí, não sei se se lembram, que se deu na A.R. "a bronca do queijo limiano" ou seja, a bronca deu-se quando alguém que era deputado disse que era eleito por Ponte de Lima e com contrapartidas locais quis fazer um acordo nacional.

Pois é caros leitores (isto já parece o estilo Almeida Garrett, a dirigir-se aos leitores...), isto acontece porque temos um sistema de eleição de Deputados que já não responde nem corresponde às necessidades.

Mas acaso vós sabeis como é que esses deputados são escolhidos?

A escolha de deputados não é feita como nos EUA (primárias), como acima já referimos, a escolha dos deputados é feita da seguinte maneira:

Os Deputados são escolhidos por partidos e nos partidos.
Por isso é aos partidos (não aos eleitores) que os deputados devem fidelidade e submissão, pois foram os partidos que os escolheram e indicaram e voltarão a indicar se estes se portarem bem.

Convém referir que a maioria dos partidos está dividido por Distritais e estas em Concelhias.

Essas Distritais representam geograficamente o Distrito e as Concelhias são as células que representam o partido no concelho, isto tudo é supervisionado pelo partido nacional.

Os 230 deputados nacionais são divididos por Distritos, é um rácio feito consoante a população do Distrito, Lisboa e Porto são os que elegem mais e a ilha do Corvo (ou o conjunto daquelas ilhas) elege só 1 se não estou em erro.

Ora a população do Corvo é inferior à dos grandes centros urbanos.
Aqui começa um desequilibro, o número de votos para eleger um deputado no Corvo é diferente do número de votos necessários para eleger um deputado em Lisboa.
Se o número para eleger fosse igual, ou teríamos de colcoar mais gente no Corvo ou aumentar o número de Deputados.
É por isso que existem uns deputados que para serem eleitos precisam de menos votos que outros, já que como tem de ser eleitos por Distritos, há distritos com menos e outros com mais população.

Mas voltemos à escolha, esta é feita da seguinte forma:

Dependendo de quem seja o líder do partido ser mais democrata ou mais ditador.
Se for mais para o Ditador pode avocar para a sua Comissão Nacional a escolha e ser dele a indicação dos 230 nomes e os suplentes que vão ser indicados para as listas dos Deputados.

Se for mais democrata descentraliza, mas aqui existem vários estágios de Democracia, se o líder for mais democrata, só escolhe os cabeça de Lista dos Distritos, e deixa os restantes nomes para serem escolhidos pela Distrital, se for um pouco menos democrata, além dos cabeça de lista ainda exige uma quota parte das escolhas (isto tem a ver com o que se chama "ter a mão" no grupo parlamentar a ser eleito).

Assim do total dos deputados a serem indicados pelo Distrito, as distritais tem direito a um número X de deputados.

Mas não fica por aqui, tudo depende do líder da Distrital ser ou não democrata, lá voltamos nós ao mesmo, se o líder da distrital for mais para o democrata divide esse número de deputados a que a Distrital tem direito a indicar a uma escolha participada pelas concelhias que fazem parte do seu distrito (os partidos democráticos está claro, os outros é o comité central que os escolhe).

Assim sendo as concelhias indicam o número de elementos que lhes coube para candidatos a deputados à distrital, e assim se obtém a lista de deputados pelo distrito, depois de votado e aprovado pela Comissão Política Distrital e depois disso ratificada pela Comissão Política Nacional.

Imaginem agora a teia de interesses, guerras, traições, alianças,que por trás se jogam, para o fulano A ser indicado para deputado em detrimento do Fulano B, e depois de escolhido o Fulano A ir mais acima da lista que o B.

A questão do Secretario Geral/Presidente do Partido ter uma quota na escolha dos nomes para deputados, e os Presidentes das Distritais e o Presidente da Concelhia também terem essa quota, fazem com que a democracia se dilua nos interesses pessoais, porque geralmente as Concelhias são pequeninas e têm só o direito a indicar um deputado...

Ora adivinhem vós, se só existe um nome para indicar para Deputado, quem é que o Presidente da Concelhia vai indicar?
A resposta é A ELE PRÓPRIO (pleonasmo propositado), ou seja existe aqui um jogo de poder que perpétua sempre o mesmo

Que havia jogos de poder já todos sabíamos e agora eu disse como é que são jogados, mas não disse quais as regras do jogo, essas são mais complicadas e eu não as compreendi, senão já era deputado.

Mas imaginemos que existe, mais que um nome a ser indicado, e que até a escolha é quase Democrática, desçamos às Concelhias maiores com grande quota na respectiva Distrital, depois de se indicar a ele próprio o Presidente da Concelhia dá a possibilidade de os restantes deputados serem escolhidos pelos seus  correlegionários que pertencem à concelhia.

Mas não se iludam que o universo de escolha para nomes de deputados é o de 100% dos eleitores daquela Concelhia... não claro que não...

No caso da concelhia, existem membros que fazem parte dos órgãos e que foram eleitos (aí sim pelo universo dos 100% de correlegionários que estão inscritos no partido, naquele concelho) e que a eles cabe votar no numero de deputados disponível depois de depuradas as quotas que acima mencionei...

Bolas já estou cansado de escrever descrevendo esta democracia...

Isto é válido para quase todos os partidos, estas escolhas são feitas entre 3 a 6 meses antes das eleições serem marcadas.

Nos partidos (porque só os partidos podem apresentar listas de candidatos a deputados) dois anos antes já começaram a afiar as facas, para espetar nos camaradas/companheiros do partido para serem eles a concorrer a cargos.

Por isso é que existem tantas “broncas” nos partidos  PSD -PS-PP isto só para falar de alguns...
As broncas existem por causa do Poleiro meus caros... ah pois é...

E por isso as eleições internas são importantes, porque dão a possibilidade de terem cargos, ou julgam que determinado individuo e a sua equipa concorrem a uma concelhia ou uma distrital só porque gostam do partido?

Se fosse assim nunca mudavam de partido…

É por causa do poleiro, do poder de designar as quotas, do protagonismo, do lugar na Assembleia da Republica ou no Governo, ou na Câmara ou lugar de assessor...

É claro que alguns deles até têm boas intenções e quando os que têm boas intenções são eleitos beneficiamos todos disso.

Mas não julguem que os Presidentes de Concelhias e de Distritais é fácil. Tudo tem um custo, além dos fins de semana passados em reuniões, das noitadas, imaginem a chuva de telefonemas dos correlegionários a dizerem mal deste e daquele, ou então a auto-elogiarem-se que eles e só eles é que são bons e os indicados para o lugar, eles que sempre lhe foram fieis.

VALE TUDO.

E tal como nos empregos, em que há colegas que tratam da promoção no emprego lixando os colegas (eu que o diga que só tenho jeito para ser lixado) eles assim tratam de concorrer a deputados.

Chegada a hora da verdade, toca a votar internamente a escolha dos deputados... e a concelhia tem Y lugares para indicar à distrital, e esta possui uma faculdade que eu não tinha dito que é a de ordenar os nomes dos deputados na lista a indicar...ou seja pode ter sido o elemento mais votado, mas não caiu no goto do Presidente da  Distrital e vem cá parar ao fundo que é limpinho.

No final das eleições internas de um partido, existe muita gente furibunda... lixada mesmo... e então aí é que começam as manobras de bastidores... e alguns conseguem através dessas artimanhas políticas entrar nas listas... e até retirarem aqueles que eleitos “democraticamente” foram... pois ainda podem recorrer ao Secretário-Geral/Presidente do Partido.

Resumindo, caros bloguistas militantes, espero ter sido explicito ao dizer que quando as listas de deputados chegam até nós, já passaram por escolhas primárias internas na Concelhia, e depois numa segunda fase pela depuração da Distrital, pelos jogos de bastidores e pela aprovação final da Comissão Nacional do partido.

Ou seja a escolha foi feita plutocraticamente

Eu explico, com tanta teia de interesses internos, quem tem o dinheiro compra os votos, ou melhor sendo mais objectivo tem uma maior disponibilidade para fazer campanha e influenciar, a escolha é feita através do dinheiro e não do mérito, raramente as duas hipóteses coincidem.

E para não me alongar só dizemos que nos faltou falar das eleições internas dos partidos, e aí podem crer que vocês veriam que os métodos Estalinistas, ainda que ligeiros não foram erradicados e ainda são praticados.

Resumindo para a escolha dos Deputados, nós os cidadãos quando vamos às urnas, escolhemos a escolha da escolha, das escolhas conjuntas, ou seja nós escolhemos a quarta depuração.

Já perceberam que isto é a Democracia que temos neste momento é a Democracia Dos Amigos...
É por isso que são sempre os mesmos...

Existe um (até mais que um) método alternativo a este, que é o que se faz em França ou nos USA, que são as primárias, em que o povo escolhe quem do partido quer que seja indicado para deputado.

Ou outro método que  é o sistema misto, que é o método dos círculos uninominais e o circulo nacional como existe na Alemanha.

Ou um sistema que seja um misto dos dois.

Mas até lá temos que gramar esta imitação de democracia...



Cuidado com as imitações - Sérgio Godinho
Estimado ouvinte, já que agora estou consigo
Peço apenas dois minutos de atenção
É p'ra contar a história de um amigo
Casimiro Baltazar da Conceição

O Casimiro, talvez você não conheça
A aldeia donde ele vinha nem vem no mapa
Mas lá no burgo, por incrível que pareça
Era, mais famoso que no Vaticano o Papa

O Casimiro era assim como um vidente
Tinha um olho mesmo no meio da testa
Isto pra lá dos outros dois é evidente
Por isso façamos que ia dormir a sesta

Ficava de olho aberto
Via as coisas de perto
Que é uma maneira de melhor pensar
Via o que estava mal
E como é natural
Tentava sempre não se deixar enganar
(E dizia ele com os seus botões:)

-Cuidado, Casimiro
Cuidado, Casimiro
Cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Lá na aldeia havia um homem que mandava
Toda a gente, um por um, por-se na bicha
E votar nele e se votassem lá lhes dava
Um bacalhau, um pão-de-, uma salsicha

E prometeu que construía um hospital
Uma escola e prédios de habitação
E uma capela maior que uma catedral
Pelo menos a julgar pela descrição

Mas... O Casimiro que era fino do ouvido
Tinha as orelhas equipadas com radar
Ouvia o tipo muito sério e comedido
Mas lá por dentro com o rabinho a dar a dar

E... punha o ouvido atento
Via as coisas por dentro
Que é uma maneira de melhor pensar
Via o que estava mal
E como é natural
Tentava sempre não se deixar enganar
(E dizia ele com os seus botões:)

-Cuidado, Casimiro
Cuidado, Casimiro
Cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Ora o tal tipo que morava lá na aldeia
Estava doido, já se vê, com o Casimiro
De cada vez que sorria à plateia
Lá se lhe viam os dentes de vampiro

De forma que p'ra comprar o Casimiro
Em vez do insulto, do boicote, da ameaça
Disse-lhe: "Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça"

Mas... O Casimiro que era tudo menos burro
E tinha um nariz que parecia um elefante
Sentiu logo que aquilo cheirava a esturro
Ser honesto não é só ser bem falante

A moral deste conto
Vou resumi-la e pronto
Cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro pra ter
Sempre cuidado pra não se deixar levar

-Cuidado, Casimiro
Cuidado, Casimiro
Cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações"

Há cargas fantásticas, não há? Na tropa não há Democracia senão cada um carregava à sua maneira...mas vendo bem não é só na tropa.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Uma nova guerra mundial?




Não compreendo a necessidade dos humanos andarem sempre em conflitos armados.
A conclusão a que chego é que pouco evoluímos desde que nos tornámos homo-sapiens-sapiens.
A Europa já tinha andado à chapada, espadeirada e outras guerras sem sentido, quer europeus contra europeus, quer europeus contra árabes.
Mas foi sob o pretexto de terem morto o Arquiduque Franz Ferdinand, que os países começaram a 1ª Guerra Mundial, não é que não tenham havido outras, mas envolvendo países de todos os continentes (ou quase) não.
A ambição individual ( e leia-se individual, não só como um alienado que quer o poder absoluto no planeta, mas também individual, no sentido de um país querer ter o controlo de tudo e de todos porque se acha que é o melhor e os outros uns merdas).

Depois já se sabe, a Alemanha perdeu, por falta de Petróleo, e a questão ficou muito longe de ter ficado resolvida no Armistício.
Depois foi o que se sabe, reconstrução, depressão e alienação de um povo que bem conduzido propagandisticamente numa encenação, que hoje em dia ainda faz inveja a muitos, concentrou-se nos seus mitos e na superioridade de uma Raça que se dizia Ariana, e como tal, com poder para subjugar os outros.

Carregado de mentiras e de mitos urbanos, é certo, mas que encontrou ali no cadinho do descontentamento, de uma guerra mal resolvida, a semente de um mal que veio dar origem à segunda Guerra Mundial.

Sob o pretexto de terem sido expoliados, e empurrados para uma paz humilhante, os Alemães sob a mão de Adolf Hitler, iniciaram a 2ª Guerra Mundial, mais uma vez envolvendo países de todos os Continentes.
Resultado, voltaram a perder.

Mas sob o pretexto de implantar uma sociedade justa, livre, solidaria e igualitária, ou seja uma Sociedade Comunista, Stalin obrigou Churchill a "abrir uma cortina de ferro", e deu-se início à 3ª Guerra Mundial entre 2 super potencias (a Alemanha enfraquecida sem poder e sem muitas opções de escolha, optou pelo melhor dos 2 mundos e dividiu-se em 2, sabendo mais tarde que se voltaria a unir. Este parêntesis é uma piada minha, poderá eventualmente não espelhar a realidade).

Esta guerra, a chamada guerra fria (que a maioria o a quase totalidade dos historiadores apelida de guerra fria), foi na realidade a 3ª guerra mundial.
E esta foi subtil, peculiar e um aviso para as guerras que se lhe vão seguir.
Subtil, porque não se pareceu nada como uma guerra, peculiar, porque as partes em conflito, não se guerreavam entre si, manipulavam países terceiros e fornecia-lhes armamento e conhecimentos militares, para se guerrearem internamente ou com países vizinhos, lucrando as partes em conflito com os chorudos negócios que se fizeram.

Por isso o povo da terra, permitiu ou continuou a permitir, ditaduras como as de Salazar, Franco, as ditaduras da América Latina e de alguns países Africanos e asiáticos.
O conflito continuou até à pouco tempo , até que a Alemanha acordou e decidiu reunificar-se.
E a guerra acabou em 3 tempos.
A Alemanha despertou e, acordou os países asiáticos que andavam adormecidos, deixando os países árabes com um sono intermitente e agitado, indecisos se é altura de avançar com uma Jihad ou não, para já vão-se contentando com uns ensaios, que nos têm causado dores no coração e sentimento de instabilidade.
É o chamado efeito Borboleta representado na teoria do caos:
"Algo tão pequeno como o vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo" - Teoria Do Caos
O Despertar da Alemanha, fez acordar o gigante Oriental, e todos sabemos que as culturas, as filosofias, apesar de terem muitos pontos de contacto também possuem ambições.

Os Orientais são mais subtis, e por estranho que pareça, mais pragmáticos que a reunificada Alemanha.
Quando acabou a 2ª Guerra Mundial, os humanos andavam, e ainda andam tão alienados e estupidificados, que para não se auto aniquilarem, fizeram os Direitos Do Homem.
Mas segundo se consta a maior parte destes direitos ou não foram ratificados pelos países orientais ou na prática nem sequer são tidos em conta.
Neste Teatro do mundo, já ninguém liga ao encenador chamado "Nações Unidas", Teatro de Guerra e pré-guerra, já acontece neste momento no mundo, se bem que poucos ligam ao teatro Sírio, e embora estejam atentos ao teatro Norte Coreano (que agora tem um novo actor principal, formado nas escolas do ocidente), também não são muitos os que compram bilhete para estar na primeira fila a ver, aos teatros africanos também poucos ligam, mas quanto ao teatro Ucraniano, todos estão a dar especial atenção e os bilhetes já estão quase esgotados.

A Ucrânia, está ali, suficientemente perto da Europa e da China e da Rússia, uma potencial Sarevo... e a Ucrânia está à batatada...a Europa está em crise e está toda atinadinha mas com um desejo de andar à batatada...e neste momento temos um gigante desperto, e os países árabes sedentos de uma Jihad.

O cenário está montado, e acho que deram aos Ucrânianos o pau para darem as pancadinhas de Moliére.
Se algo suceder, que eu espero que não aconteça, sinceramente, os conflitos e pré-conflitos existentes automaticamente se juntarão e lá estaremos nós em extremas dificuldades porque o Teatro da 4ª Guerra Mundial, vai ser pior do que nos filmes.
Em relação a este assunto, espero que esteja enganado...por muitos anos, na forma e no lugar.


"A BRIGADA NÃO É DE GUERRAS, A BRIGADA,É, E SEMPRE FOI  DE PAZ."

sábado, 21 de dezembro de 2013

EXCELENTE SOLSTÍCIO DE INVERNO! 2013

Caros Bloguistas Militantes,
Quero desejar a todos um EXCELENTE SOLSTÍCIO DE INVERNO!
É hoje às 17.11.
Estamos no dia em que comemoramos o dia do Renascer, dia 21 é a noite mais longa do ano.
Solstício de Inverno é um fenómeno astronómico usado para marcar o inicio do INVERNO.
É um momento no tempo, para ser cientificamente exacto.
Para quem tenha curiosidade vejam o site http://oal.ul.pt/ do Observatório Astronómico de Lisboa.
Ocorre normalmente por volta do dia 21 ou 22 de Dezembro ao mesmo tempo que ocorre o Solstício de Verão no Hemisfério Sul.
A palavra solstício vem do latim sol (Sol), e sistere (que não se move).
O solstício de INVERNO ocorre quando o sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do EQUADOR.
Esta data tinha grande importância para diversas culturas antigas que geralmente realizavam celebrações e festivais ligados às suas religiões.
Foi a Igreja,em substituição do Solstício de INVERNO que considerava uma prática pagã, que se diz que criou o Natal.
No calendário Chinês, o Solstício de Inverno chama-se dong zhi (chegada do Inverno) e é considerado uma data de importância extrema
Os povos da Europa pré-cristã, tinham uma grande ligação com esta data.
Segundo alguns, monumentos como Stonehenge eram construídos de forma a estarem orientados para o por do sol do solstício de inverno e nascer do sol no solstício de verão.
Entre os romanos os festivais eram muito populares.
Este período marcava a Saturnália, em homenagem ao Deus Saturno.
O Deus persa Mitra, também cultuado por muitos romanos, teria nascido durante o solstício.
Divindades ligadas ao Sol em geral eram celebradas também no solstício .
O solstício de Inverno indica o renascer do Planeta Terra, pois os dias começam a partir de hoje a ficar mais compridos.
Mas nesta época mais uma vez devemos dar atenção ao planeta de todos nós.
Este é o Inverno em que a nossa consciência ambiental tem de se revoltar contra as heresias que andam a fazer contra o Planeta.
Como dizia John Milton, no livro "Paraíso Perdido"-"Não acuses a natureza, pois ela fez a sua parte. Agora faz tua a tua.".
Estamos preocupados, andamos todos preocupados, sentimos que os anos e os séculos passaram pela Terra e o ecossistema que esta em si encerra está a entrar em entropia.
É certo que tudo tem um princípio e um fim, mas tem de ser na nossa ERA?
É verdade que as nossas atitudes ou omissões, tudo o que nós fizemos na Terra acelera a degradação, e muito do que está a acontecer a nós se deve, mas tem de ser na nossa ERA que isto dá o estoiro?
Esperamos que não, e quando der, que sejam causas naturais, e que já tenhamos descoberto formas de colonizar planetas noutras galáxias e que a humanidade seja mais natural e civilizada, e esteja em harmonia com tudo o que a rodeia.
Agora andamos preocupados... e esperamos que não sejamos acusados no futuro de nada ter feito... isso causa-nos angústia...
É bem verdade o que alguém (que não sabemos precisar quem) escreveu "sopram no iogurte os que se queimaram na sopa"- Pois assim estamos nós.
Ficarmos parados de braços cruzados, porque sempre foi assim e sempre há-de ser, não é uma atitude de um ser humano pensante... Dizia um amigo meu:
"Não evoluímos espiritualmente desde o tempo dos antigos Gregos", vejo todas as armas nucleares e toda a tecnologia que já conseguimos evoluir, mas intelectualmente ainda estamos no SEC. V A.C.”
Um premiado de ficção científica escreveu
"No fim , há um limite para os ensinamentos dos pais(...) . Para lá desse limite, o destino dos filhos está nas suas próprias mãos." David Brin, A guerra da Elevação, vol II, Europa América, pag.99.
O nosso destino está nas nossas mãos e não na divina providência... antes estivesse...
Nós comportamo-nos como autenticas bestas com o nosso meio ambiente.
Andamos a trair quem nos acolheu no seu seio, andamos a morder a mão a quem nos dá de comer...
David Brin, no livro "A guerra da Elevação", que eu já citei, escreveu o seguinte
"Ora- respondeu o chim , encolhendo os ombros.
-Que importância tem a traição e o ataque a um patrono? 
Tudo faz parte do meu dia de trabalho." vol II, Europa América, pag192. CHIM=CHIMPAZÉ, PATRONO= RAÇA QUE O ELEVOU A SENCIENCIA.
Pois é embrenhados nas nossas vidinhas, perdemos a capacidade de ver o global e as nossas pequenas "traições" desrespeitam tudo e todos, e dizem respeito a tudo e a todos; mas como diz o chimpanzé no livro citado "tudo faz parte do meu dia de trabalho".
Dou realce à mensagem que David Brin deixou no livro atrás citado e porque me tocou bastante.
Quem disser que os livros não nos mudam as perspectivas, está enganado. Redondamente enganado. E eu, já no pós-fácio do livro, mudei as minhas ideias, as minhas perspectivas e começo a mudar as minhas atitudes...
Não somos, não queremos, nem pretendemos ser uns evangelizadores, mas estas palavras dever-nos-iam fazer reflectir e repensar as nossas perspectivas e atitudes:
"Primeiro receámos as outras criaturas que partilhavam a terra connosco. 
Depois, quando o nosso poder aumentou, pensámos nelas como sendo nossa propriedade, uma propriedade de que poderíamos dispor como nos apetecesse. 
A falácia mais recente (bastante simpática, em comparação) é a de jogar na ideia que os animais são virtuosos na sua naturalidade e que só a humanidade é louca, viciosa, rapace e diabólica, um verdadeiro cancro maligno da criação. 
Este ponto de vista afirma que a Terra e todas as suas criaturas estariam muito melhor sem nós.
Só ultimamente começámos a seguir um quarto caminho, uma nova maneira de olhar para o mundo e para o lugar que nele ocupamos. Um novo ponto de vista sobre a vida. Poderemos ter evoluído, mas devemos perguntar a nós próprios se não seremos iguais aos outros mamíferos, sob muitos aspectos.

Não podemos tirar lições daquilo em que somos semelhantes? 
As diferenças não nos podem também ensinar qualquer coisa? 
Assassínio e violação, as mais trágicas formas de doença mental... encontramo-las agora também entre os animais, tal como em nós. O aumento do poder cerebral só exagera o horror dessas nossas disfunções, mas não é a sua causa. 
A causa é a escuridão em que temos vivido. 
É a ignorância. 
Não temos de nos encarar como monstros para propagarmos ou ensinarmos uma ética do ambientalismo. 
Hoje sabemos bastante bem que a nossa própria sobrevivência depende da manutenção de complexas redes ecológicas e da diversidade genética. 
Se destruir-mos a Natureza... morreremos. 
No entanto, há mais razões para protegermos as outras espécies, entre as quais uma que raramente- ou nunca - é mencionada. 
Talvez sejamos os primeiros com a capacidade de falar, de pensar, de construir e ambicionar, mas podemos não ser os últimos. 
Outros poderão seguir-nos nessa aventura. 
Talvez um dia venhamos a ser julgados quanto ao modo como desempenhámos o nosso papel quando éramos os únicos guardiões da Terra." - David Brin, in "a guerra da elevação-vol II", no pós-escrito, pag.311, ano 1987.
Pensem nisto, reflictam e ajam em consonância.
BOM SOLSTÍCIO DE INVERNO para TODOS!
"Virá um dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem. Haverá um dia no qual o "homem" conhecerá o íntimo dos "animais", e neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a "humanidade"! (Leonardo Da Vinci)


Letra Carlos Alberto Moniz
Vamos fazer amigos entre os animais
Que amigos destes não são demais na vida
Que vêm aqui mostrar
Que têm uma família como eu e tu

Só que esta mora numa outra casa
Que se chama (Digam!)
Arca de Noé!
Vamos lá ver como é
Arca de Noé
Há animais que falam como nós
Como eu e tu
Há animais que falam como nós
Como eu e tu
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? A BRIGADA LUTA POR BOAS CAUSAS, BOM SOLSTÍCIO.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

“O que conta na vida não é o facto de termos vivido. É a diferença que fizemos para a vida dos outros.”

O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence esse medo.
Nelson Mandela

Dizem que os Africanos quando morre uma criança, é para eles um motivo de profunda tristeza. A razão deste sentimento é  baseado na convicção de que a criança não pode viver a vida, e deixar uma marca.Já o mesmo não se passa  quando morre um idoso (e as imagens da TV espelhavam bem isso), é motivo de alegria, porque deixa um legado, uma ou várias marcas e pode ser recordado pelos feitos aqui nesta passagem pelo nosso planeta.

NELSON MANDELA Faleceu, Morreu o Madiba. Tinha 95 anos.

Dizia o Mago Merlim que "O fado dos homens é esquecer" 
Mas está nas mãos dos Seres Humanos "O NÃO ESQUECER", não esquecer este homem.
Este homem que marcou o seu tempo, mudando os paradigmas do passado, e lançando sementes e ideias para o Futuro.
Ele foi, é e será uma inspiração para todos nós. 
A sua postura, inteligência, maneira de ser, o seu pensamento, elegância, marcou a história, fez a história, escreveu a história, mudou a história.

Como disse o Presidente Obama faleceu “um homem corajoso e profundamente bom”.
As reacções oficiais foram :“O nosso querido Nelson Rolihlahla Mandela, Presidente fundador da nossa nação democrática, deixou-nos. Partiu pacificamente. Este é um momento de profunda tristeza. A nossa nação perdeu o seu melhor filho”, anunciou o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, na declaração televisiva em que comunicou ao país – e ao mundo – a morte do herói e símbolo da paz, justiça e reconciliação nacional, aos 95 anos de idade.Mandela, que há meses se encontrava em estado crítico na sequência de uma infecção pulmonar, morreu tranquilamente às 20h50 (hora local) na sua casa de Joanesburgo, informou Zuma. “Agora está a descansar em paz”, prosseguiu o Presidente, sublinhando que “pela sua humildade, a sua compaixão e a sua humanidade, Mandela ganhou o amor de todo o país”. “E nós víamos nele aquilo que procuramos em nós próprios”, acrescentou.
“Sabíamos que este dia estava a chegar, mas nada poderá diminuir o nosso doloroso e profundo sentimento de perda”, completou Jacob Zuma, que disse que todas as bandeiras do país tinham sido baixadas a meia-haste – e assim permanecerão até ao funeral do líder histórico do Congresso Nacional Africano (ANC) e do movimento anti-apartheid, prémio Nobel da Paz em 1993 e o primeiro negro a presidir à África do Sul depois de eleições livres e democráticas.“Perdemos um dos mais influentes, mais corajoso e mais profundamente bom ser humano com que dividimos o nosso tempo nesta Terra. Nelson Mandela já não nos pertence. Ele agora pertence às eras da História”, declarou Barack Obama.
Ficheiro:Frederik de Klerk with Nelson Mandela - World Economic Forum Annual Meeting Davos 1992.jpg
 “Através da sua enorme dignidade e da sua indomável vontade de sacrificar a sua própria liberdade pela liberdade dos outros, Madiba foi capaz de transformar a África do Sul e de emocionar o resto do mundo. O seu percurso de prisioneiro a Presidente é a melhor ilustração da promessa de que os seres humanos e os países podem sempre mudar para melhor”, referiu Obama.“Perdemos um dos mais influentes, mais corajoso e mais profundamente bom ser humano com que dividimos o nosso tempo nesta Terra. Nelson Mandela já não nos pertence. Ele agora pertence às eras da História”, declarou Barack Obama. “Através da sua enorme dignidade e da sua indomável vontade de sacrificar a sua própria liberdade pela liberdade dos outros, Madiba foi capaz de transformar a África do Sul e de emocionar o resto do mundo. O seu percurso de prisioneiro a Presidente é a melhor ilustração da promessa de que os seres humanos e os países podem sempre mudar para melhor”, referiu Obama. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lembrou o líder sul-africano como “um gigante da justiça e um homem simples e inspirador”. “Ninguém fez mais no nosso tempo para promover os valores e as aspirações das Nações Unidas. Nelson Mandela mostrou-nos como é possível, no nosso mundo e em cada um de nós, acreditar, sonhar e trabalhar pela justiça e a humanidade”, observou. “Ele foi capaz de tocar as nossas vidas de uma maneira que era profundamente pessoal”, notou.Quando todos se conformam, com o "é assim, sempre foi assim, e sempre assim será", existe alguém que rema contra a maré, e é o nosso herói porque rompe com a rotina social, e a todos dá esperança.Corajoso na batalha e grandioso no perdão depois da vitória, é o combatente que nós gostaríamos de ser.Este gesto de Nelson Mandela em que apenas aceitou sair da prisão quando recebeu garantias de que todos os outros prisioneiros políticos seriam libertados como ele, é muito significativo.Num mundo de egoísmos ele marca a diferença para melhor.No entanto fico feliz de ser contemporâneo de um Ser Humano como Nelson Mandela também viveu.

Tocou-me este discurso de tomada de posse:

O Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É a nossa luz, e não a nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nós nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Ser o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de si.
E à medida que deixamos a nossa própria luz brilhar, que inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".

(Discurso de posse, em 1994)
Nelson Mandela

Não sou Africano, e apesar das memórias, dos feitos, da importância que este ser humano teve, com o seu desaparecimento estou triste, profundamente triste.É tão triste que quando a esperança morre.E hoje a esperança morreu para os bons, e quando isso acontece, todos sabemos o que se segue.Quando um revolucionário morre, inicia-se uma revolução.

Por isso 

CHOREMOS! 

CHOREMOS! 

CHOREMOS!

Nelson Mandela (1918-2013)




A BRIGADA ESTÁ PROFUNDAMENTE TRISTE. MAS GRAÇAS A NELSON MANDELA NÓS SABEMOS QUE OS SERES HUMANOS E OS PAÍSES PODEM SEMPRE MUDAR PARA MELHOR.
OBRIGADO MADIBA. MUITO OBRIGADO E ATÉ SEMPRE “Tata”.

Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.
Nelson Mandela

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM.

Ficámos sem consciência.
Esta nossa fúria consumista, consome-nos.
O desenvolvimento do Ser Humano de olhar só par ao umbigo, e importar-se só com as coisas materiais.
O viver só para o dia a dia, não tendo nem esperança no futuro nem visão para o mesmo.
Está a aniquilar lenta e agonizantemente a nossa Sociedade. 
E quando falo em Sociedade, refiro-me à Sociedade Humana em todas as suas vertentes, em todos os lugares no mundo.
Ainda não é generalizado, mas diria que estes tipos de comportamento abrangem 60% da população mundial são cerca de 4,2 mil milhões de pessoas ou como dizem os anglófonos, 4,2 biliões de pessoas.
Nem só de pão vive o homem (...), é uma passagem bíblica atribuída a Jesus, se a minha memória bíblica não me falha.
Ao longo do tempo , os filósofos e outros pensadores da nossa sociedade, eram considerados e tidos em conta.
Por muitas guerras que existam, nenhum país consegue estar permanentemente em guerra, assentar raízes e espalhar a sua cultura, se não forem os pensadores, Aliás a base da nossa sociedade, muito a eles se deve.
Os pensadores/Filósofos eram estudados aprofundadamente nas escolas e nas Universidades.


Graças a eles, os advogados, economistas, políticos, médicos, arquitectos, ou seja a maioria das pessoas com estudos superiores, além de tirarem os seus cursos, tomavam conhecimento das escolas de pensamento e filosofia.
E eram essas escolas ou o tomar conhecimento de que estas existiam, e quais eram as suas bases de pensamento, que permitiam aos profissionais alargarem horizontes, ter vontade de ir mais além, não só pela ambição pessoal mas também pelo bem colectivo.
Sic transit glori mundi - "Assim passa a glória do mundo”...

A glória mundana é vã, e é vã se trabalharmos para o umbigo, para o imediato.

Poderás ter os teus "15 minutos de fama", mas isso ao longo do tempo desvanece, não é duradouro, é "uma nuvem passageira que com o vento se vai".
Infelizmente a "cartilha" economista e usurária a que estamos sujeitos e que está a fazer escola e está a ser transmitida nas universidades, não têm o coletivo em conta.
Promete ganhos imediatos, mas as perdas futuras coletivamente são enormes.
E estamos a sentir e a pagar como sociedade as "ondas de choque" desta abordagem económica sem bases filosóficas, que dia a dia desestrutura (não sei se a palavra existe, mas se não existe passou a existir) a nossa sociedade, seja ela de inspiração muçulmana, indo-cristã, judia, ou outra qualquer.
Se é verdade que encontramos de tudo numa sociedade, desde as pessoas mais mentirosas, egoístas, sem escrúpulos, também não é menos verdade que encontramos pessoas sãs, que pensam, são honestas, têm valores, partilham e respeitam o próximo, e também pessoas que têm dúvidas e comportamentos existenciais, e que conforme as circunstancias agem de uma ou de outra maneira.


O Ser humano dá sempre valor ao mais negativo, e generaliza a partir desse pressupostos, e depois têm a horrível mania de julgar todos da mesma maneira, acrescentando que num doido egoísmo diz ser diferente dos outros mas não admitindo o mesmo ao seu semelhante.
É aqui que as escolas de pensamento e filosofia entram, não para corrigir comportamentos mas para fazer pensar, colocar ética, boas praticas, pensamento crítico naquilo que se faz.
Chama a atenção para a glória efémera, e que somos uma sociedade, e como tal nos devemos comportar, mas não submeter.


A religião como dizia Marx, é o ópio do Povo, mas embora com pensamento orientado, e com base no medo e numa suposta vida eterna ou num possível paraíso, dependendo do Deus, Profetas que a religião tiver...descascando as camadas da "cebola" e não me referindo a religiões que só têm vista o cidadão como dador do dízimo, temos que (embora conservador e com objectivos de longo prazo), são as igrejas e os seus pensadores que ainda vão mantendo o pensamento crítico (muito à sua maneira, alguns deles bastante condenáveis) nesta sociedade.

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Não são os únicos a fazê-lo e a manter uma filosofia/ pensamento (felizmente para todos,pois ainda existem locais onde os laicos pensadores se podem expressar livremente).
Mas os vorazes chefes da economia, que nunca estudaram filosofia ou uma das escolas de pensamento, ou se o fizeram distorceram tudo o que aprenderam, não querem que se pense.
Não querem que se pense, e possuem os meios para o fazerem, detêm a comunicação social.
Uma das formas de o fazerem é encherem o meio de comunicação mais visto e com maior impacto que é a TV, dão-nos telelixo, e não é um telelixo qualquer, é orientado, uma orientação que é global e não local, mas adaptada à língua nacional.


Os programas são iguais e comprados em pacote, com a desculpa das audiências e é disto que o público quer.
E então só dão novelas, noticiários "mentalmente dirigidos" com a capa de um critério jornalístico que sem dúvida é comandado por quem tem o dinheiro e é dono daquela estação de TV.
Controlam as estações de TV a nível mundial, os jornais, e outros meios menores de divulgação, ou seja controlam toda a informação, e a informação é tudo.


E por último depois de nos alienarem e orientarem com a cultura do "É PARA AGORA O SUCESSO", e o teu sucesso mede-se com idas a um concurso de TV, ou um outro programa qualquer, o importante é que apareças, e faças o possível para não ser esquecido nas próximas 24 horas...
Mas como ir à TV não chega para todos, o outro factor do sucesso que arranjaram, e que é muito mais lucrativo é o TER TER TER TER.
Se tens, tens sucesso, e tens de ter coisas da marca da moda, frequentar os locais da moda, estar sempre ao estilo que te orientaram para ter...
Estamos a ser orientados, e não pela filosofia e/ou escolas de pensamento, mas sim por homens/equipas de corporações internacionais, que só têm como fim o lucro e o conceito de Sociedade para eles, é um mal necessário.
É que havendo sociedade, existe espírito crítico, existindo espírito crítico este procedimento/ modo de estar o que lhe quiserem chamar, que nos impuseram acaba.


Por isso, vemos a fúria de privatizações do ensino, não só em Portugal mas em todo o Mundo, onde a Filosofia vai sendo paulatinamente afastada, a ética é um conceito absurdo, o respeito é algo traduzido num provérbio árabe"A um cão com dinheiro diz-se que é o SR. CÃO".
Esta e a nova filosofia que nos impuseram querem que pensemos que podemos ser o SR. CÃO.


Os nomes de Sócrates, Aristóteles, Aristófanes, Santo Agostinho, e outros pensadores, não se perpetuaram porque eles eram homens ricos e quiseram ser chamados de SR. Cão, mas sim porque a máxima verbalizada biblicamente por Jesus mas que cujas raízes e práticas são de muito tempo antes, ele afirma:
NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM, MAS DE TODA A PALAVRA.



A BRIGADA NÃO É RELIGIOSA MAS ACREDITA NUM AMANHÃ MELHOR!