Caros Bloguistas Militantes
Porque se queixam os cidadãos que a democracia não funciona?
Porque é generalizado o descrédito pelos cidadãos sobre a política?
Porque é que em tempo de crise alguns clamam em surdina por ditadores?
A Democracia e as suas práticas deveriam ser ensinadas a todos desde pequeninos, e relembrada frequentemente aos mais velhos.
Numa Républica a Democracia dá-nos direitos e deveres.
Temos o direito de ser livres e de nos expressarmos, mas também temos o dever de preservar e lutar por essa Liberdade e pugnar para que a livre expressão se mantenha.
Quando falo em Liberdade e livre expressão, não me refiro a libertinagem, não falo em abuso. A liberdade e a livre expressão tem regras, tem balizas, tem normas, está longe de ser uma liberdade libertina.
Pelo contrário, devemos ter respeito pelos outros, bom senso, como refere o nosso código civil dever-nos-emos comportar com o bom descirnimento de um "pater familias".
E isto tudo na medida certa para não cercear a imaginação, o livre pensamento, e principalmente o manter sanamente o funcioamento de uma democracia republicana plena.
Difícil? É com toda a certeza!
Trabalhoso? Sem dúvida alguma.
Mas o preço da Liberdade e da democracia, é a eterna vigilância, como alguém disse outrora, e que eu adaptei para aqui.
Os cidadãos para exercerem o seu direito de se queixarem, deveriam ter cumprido antes outros deveres para com a Democracia.
Eu não estou a dizer que não se queixem, só estou a afirmar que talvez as queixas surgem por não cumprimento dos deveres como cidadãos.
É a lei da física apresentada com argumento "ad contrario" acção-reacção, neste caso uma omissão-inconsequência.
A Democracia tem de ser participativa e activa, permanentemente, tem as suas exigências vivermos num regime destes.
Constata-se que em Portugal temos tido em média 35%, na última eleição foi 39,20%.
Mas não é a última eleição que me interessa, interessa-me esta, as anteriores e as futuras, é o princípio que aqui estou a discutir, o facto de recorrer aos dados da última eleição é meramente instrumental.
Aproximadamente somos 12 milhões, recenseados ou seja que podem votar sao cerca de 8.750.000 de cidadãos.
Votaram aproximadamente 5.700.000 cidadãos, 39,20% não se deram ao trabalho sequer de lá por os pés, o que dá a quantidade de 3.072.000 de cidadãos que não votaram.
Os votos em branco e nulos prefizeram 2,93% que dá aproximadamente 170.000 votos, tudo somado dá 3.240.000 milhões cujo voto ou participação não contou (embora eu tenha uma opinião muito própria sobre os votos brancos, que agora não a vou colocar aqui).
Os últimos números, prometo, para um partido ter maioria tem de ter aproximandamente 40% dos votos isto é válido para este e para outros governos, ou seja aproximadamente segundo a votação que se teve este governo (leia-se eleição de deputados) precisou de 2.500.000 milhões de votos para ganhar.
Por isso caros bloguistas militantes, ouvimos deste e outros governos após metade da legislatura, ou desta ou de outras câmaras, ou desta ou de outras juntas "EU NÃO VOTEI NELES".
Pois não, caros bloguistas militantes, têm toda a razão, não votaram, com este baixo nível de participação democrática, fazemos que um governo que tenha a maioria absoluta dos votos, seja eleito com uma percentagem de 28,5% da população votante portuguesa.
É natural que um em cada quatro portugueses, não tenha votado neste ou noutro qualquer governo ou sequer tenha votado.
s cidadãos alhearam-se da Democracia da Républica e estão a colocar com o seu alheamento a liberdade em sério risco, está a deixar que a Liberdade seja condicionada só por alguns, mas isso qeu interessa?
O Benfica ganhou e isso é que é importante.
Isto anda tudo ligado -Sérgio Godinho
Ainda não vi
ainda não
a impressionante mariposa
a pretendente pesarosa
a tarde morna e vagarosa
as duas faces da provável solidão
Ainda não vi a bomba H
ainda não vi a de neutrões
ainda não vi os meus travões
a ver se paro antes de chegar lá
Ainda não vi
ainda não
o riso que tudo desvenda
o reverendo e a reverenda
o leão ferido e a sua senda
a face clara da possível confusão
Ainda não vi a hora H
ainda não vi a mão em V
ainda não vi o dia D
em que a guerra final começará
Quando eu nascer para a semana ó mana
quando eu nascer para a semana
hei-de ouvir o teu parecer
hás-de me dizer
se é cada coisa para seu lado
ou se isto anda tudo ligado
Ainda não vi
ainda não
as artimanhas da saudade
a caravana na cidade
a incorruptibilidade
as duas faces da provável solidão
Ainda não vi a bomba H
ainda não vi a de neutrões
ainda não vi os meus travões
a ver se paro antes de chegar lá
Ainda não vi
ainda não
o abraço à porta da taberna
a ideológica lanterna
a mão que avança para a perna
a face clara da possível confusão
Ainda não vi a hora H
ainda não vi a mão em V
ainda não vi o dia D
em que a guerra final começará
Quando eu nascer para a semana ó mana
quando eu nascer para a semana
hei-de ouvir o teu parecer
hás-de me dizer
se é cada coisa para seu lado
ou se isto anda tudo ligado
Ainda não vi
ainda não
a grossa lágrima ao espelho
o grande chefe e o seu grupelho
o azul-turquesa e o vermelho
as duas faces da provável solidão
Ainda não vi a bomba H
ainda não vi a de neutrões
ainda não vi os meus travões
a ver se paro antes de chegar lá
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ? NA NOSSA BRIGADA OS CHEFES SÃO ELEITOS DEMOCRATICAMENTE, MAS SÓ ELEGEMOS OS MELHORES.