Olá bloguistas militantes
Brasil, esse país enormíssimo, como em tudo na vida, veem de lá coisas boas e coisas menos boas.
Uma coisa boa que vem é a música.
Baiano e os Novos Caetanos, era o nome de uma dupla musical e humorística composta pelos humoristas Chico Anysio e Arnaud Rodrigues, satirizando no título o conjunto Novos Baianos e o cantor Caetano Veloso.
Com humorismo fizeram crítica à ditadura brasileira.
Uma crítica a uma Ditadura, é uma crítica a todas.
Mas caros bloguistas, não é que ao "re-ouvir" a canção, revejo esta opressão económica que nos é imposta todos os dias ... ah pois revejo.
O texto da canção, e os seus comentários completa a própria canção e são a força dela.
Antes de começar a canção um deles faz uma introdução (que vai aparecer a negrito no poema) e outro contrapõe dizendo: "um dia dá" (vai aparecer em itálico), só depois começa a o corpo da canção.
Ao lerem o poema vejam se não lhes faz lembrar nada.
Bancos, dívidas... os urúbus que querem receber e os bois que as dividas tem de pagar.
Os governos e os impostos e os pobres dos contribuintes.
E não é só para nós os Portugueses...é para todo o mundo.
O diálogo crítico que colocam no meio da canção e que mostra a futilidade, que todos os dias enfrentamos, nas nossas relações, nos cumprimentos dos deveres e dos direitos.
O desespero do povo que vai vivendo e alheando-se da realidade.
As neuroses que daí adveem, as psicoses.
As rotinas... as depressões... porque vivemos sem norte, vivemos sem sorte, andamos como zombies....
Mas sabem "um dia dá... um dia dá."
Baiano e os Novos Caetanos - Urubu Tá Com Raiva Do Boi
oiçam em http://www.ijigg.com/songs/A0040PA
Legal ,
me amarro nesse som está sabendo
(um dia dá)
o medo
(um dia dá)
a angústia
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o sufoco
(um dia dá)
a neurose
(um dia dá)
a poluição
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
os juros
(um dia dá)
o fim
(um dia dá)
nada de novo
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
a gente, a gente
(um dia dá)
de novo só tem casas indústriais
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
diga paulinho diga
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
eu vou contigo paulinho diga
(um dia dá, um dia dá ,um dia dá)
Refrão:
Urubu tá com raiva do boi,
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação (bis)
O mosquito é engolido pelo sapo,
O sapo a cobra lhe devora.
Mas o urubu não pode devorar o boi:
Todo dia chora, todo dia chora. (bis)
(um dia dá, um dia dá)
o norte
(um dia dá)
a morte
(um dia dá)
a falta de sorte
(um dia dá)
eu tou vivo tá sabendo
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
vivo sem norte
(um dia dá)
vivo sem sorte
(um dia dá )
eu vivo
(um dia dá)
eu vivo paulinho
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
aí um dia a gente encontra um cabra na rua e pergunta
(um dia dá)
tudo bem
(um dia dá)
e ele diz prá gente tudo bem
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
não é um barato paulinho?
é um barato
(refrão)
Gavião quer engolir a socó,
Socó pega o peixe e dá o fora.
Mas o urubu não pode devorar o boi,
Todo dia chora, todo dia chora. (bis)
(um dia dá, um dia dá)
nada a dizer
(um dia dá)
nada
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
nada ou quase a nada
(um dia dá)
o que tem a fazer
(um dia dá)
tudo
(um dia dá)
ou quase tudo
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o homem
(um dia dá)
a obra divina
(um dia dá)
na rua a obra do homem
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o cheiro de gás
(um dia dá)
o asfalto fervendo
(um dia dá, um dia dá, um dia dá)
o som abatendo
o som abatendo
o som abatendo
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS, NÃO HÁ?
Sócrates de novo
-
Quem, com pulsões necrófilas e num momento de ócio, exumasse os numerosos
textos que escrevi a partir de 2011 (antes disso a comunidade esteve
tristement...
Há 3 horas
2 comentários:
Cuidado com a ortografia...ou isso é também defeito de país de incumpridores?
Outra coisa, a Dinamarca não é um país de delatores e o facto de não acelararem muito deve-se à sua geografia. Com a quantidade de ilhas e lagos, grandes e pequenos, o problema é não haver muitas rectas para se poder acelarar.
Fora das poucas autoestradas, o condutor descuidado que intenta a velocidade, logo tem de travar (às vezes a fundo) para não ir parar à água.
Quanto à Suécia, a velocidade permitida sobe apenas em 10km horários e são igualmente cuidadosos. Aqui não se brinca com a velocidade pois o "big brother" está à espreita e quando menos se espera já está filmado.
Até nos estacionamentos o rigor impera com as multas envolvidas em envelope plástico para não haver a desculpa de desaparecimento ecológico do papel.
Cuidado com o diz que disse pois o lá estar e lá conduzir, conta muito.
Quanto à "nossa" (lusitana) maneira de passar entre as malhas da lei não se deverá antes à pouca confiança que ela inspira?
Senão vejamos:
A velocidade aconselhada na maioria das curvas é muito inferior à possível de executar com segurança.
Curvas marcadas como perigosoas, são passíveis de serem feitas sem descida de velocidade e com quase nenhuma mudança de direcção.
Curvas perigosas não marcadas.
Curvas, perigosas ou não, não marcadas logo a seguir a uma elevação.
Ausência de indicação de cascalho solto...
Etc...etc...
Para ser respeitado há que dar-se ao respeito, não?
Sem comentários ;-)
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