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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

domingo, 5 de agosto de 2007

Princípio da diferença

Meus caros bloguistas militantes

Fico sempre impressionado negativamente, e com vontade de fazer algo, com alguma raiva mesmo, por sentir uma impotência imaginativa, quando vejo seres humanos a sofrer, quando vejo seres humanos mal tratados, a morrerem de fome, quando o desperdício noutros lados é enorme.

Espero um dia blogar sobre isso, mas hoje vou falar de um princípio de direito que é o princípio da igualdade.

O princípio da igualdade, está constitucionalmente previsto, mas é um princípio internacional, quase aceite por todas as nações, mas não com a mesma interpretação pelas mesmas, principalmente aqui pelo burgo.

O princípio da igualdade diz-nos resumidamente o seguinte: tratar igual o que é igual e tratar diferente o que é diferente, por princípio, este é um princípio que todos concordamos .

Será?

Vou-vos dar dois exemplos:

1- Se o estado der apoio a um deficiente ajudando por exemplo com um subsidio para comprar uma cadeira de rodas, ou se o estado auxiliar subsidiando uma família carenciada, acho, presumo que todos concordamos com isto.

Tratar igual o que é igual ... e tratar diferente o que é diferente.

Mas se eu vos der este exemplo ,que um amigo brilhantemente me deu quando falávamos sobre este assunto :

2- Este meu amigo à uns anos atrás foi à África do Sul , e indo visitar um jardim com uns amigos Portugueses que já lá viviam, reparou que havia um banco para Caucasóides (vulgo brancos) e bancos para Negróides (vulgo negros).

E perguntou então qual a razão disto? e os amigos responderam, devemos tratar igual o que é igual e diferente o que é diferente.

Se calhar, agora, já não concordamos tanto com o princípio da igualdade.

Vamos lá esclarecer, temos de destrinçar entre a diferenciação positiva e a diferenciação negativa.

Realmente o primeiro exemplo é a diferenciação positiva, o segundo exemplo é a diferenciação negativa e que não é de todo aconselhável ser seguida.

Diz esse meu amigo, e quanto a mim com toda a propriedade, que a diferenciação negativa, não pode ser chamado princípio da igualdade, e que talvez fosse melhor chamar o PRINCÍPIO DA DIFERENÇA.

Se é assim assumam-no... que depois cá estamos nós para o "tratar" devidamente.

Nós em Portugal pautamos por fazer indiscriminadamente os dois tipos de diferenciação, com as injustiças que daí advém.

É tempo de as autoridades judiciais portuguesas se debruçarem sobre este tipo de análise mais particular sobre este princípio, este e outros em vez de andarem em guerrilhas de classe de pelouros e poleiros.

Muitos exemplos poderia dar mais... mas não quero e não tenho hoje tempo.

Quero deixar vincado, que em algumas matérias o princípio positivo da igualdade não está a ser cumprido.

E desenganem-se aqueles que julga que esta "postagem " é uma ataque ao governo, porque não é.

E porque hoje é Domingo não escrevo mais.

Menino do Bairro Negro -LETRA E MÚSICA - JOSÉ AFONSO

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Ver o sol chegar

Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz

Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Virá também

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Ver o sol chegar

Se até da gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar
Menino a ti

Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Ver o sol chegar

Há cargas fantásticas, não há?

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