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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Não vás ao MAR Tonho....



Hoje dia 1 de Junho, abriu oficialmente a Época Balnear em Portugal.

Não iremos errar se dissermos que vão ser milhões os que irão nesta época à Praia.

Mas no local onde se juntam centenas ou milhares de pessoas regularmente, para lazer e não só, o Estado tem o dever de Vigilância e o de Manter a Ordem e a Segurança.

E é aqui, que começa a questão, vejamos, em relação a esta actividade de ir à Praia/Zonas Blaneares, os Estados  (de todo o mundo, e não só o Português) , negligenciam a vigilância e a segurança.

É que, em Portugal, é muito bonito, dizer que querem fazer a nossa principal indústria o Turismo  e depois não agir em conformidade.

O Estado tem o dever de zelar pela segurança e pelo bem estar de todos os que se encontram dentro do seu território, sejam eles nacionais do país ou estrangeiros, acrescentaríamos, até mais pelos estrangeiros que não conhecem a nossa língua e a nossa geografia/território, e os perigos que escondem as nossas águas/zonas balneares.

Aqui entra a vigilância e a segurança das áreas balneares e águas, queremos com isto dizer, praias, piscinas (públicas e privadas) abertas ao público, rios, lagos, barragens, etc... 

O primeiro alerta nestas zonas, é que verificamos que esta vigilância e segurança colectiva está entregue aos Concessionários dos Espaços comerciais que se encontram nas zonas Balneares, sejam eles praias, piscinas, etc... ou seja quem explore um café/restaurante, é o responsável pela Segurança de Centenas (ás vezes milhares) de pessoas que se encontram na praia... ora isto tem vários contras...a saber:
  1. Não é vocação dos donos de estabelecimentos comerciais, promover, supervisionar, realizar a vigilância de espaços públicos, se os donos dos restaurantes/cafés o quisessem fazer tinham ido para as forças de segurança e não tinham aberto um negócio, ora aqui surge a segunda questão...
  2. Os estabelecimentos comerciais são um negócio, e como tal são para dar lucro, e em tudo o que os concessionários puderem cortar para poupar eles não hesitarão em fazer, e a segurança da praia/zona balnear será sempre a primeira a ser negligenciada. Acresce que...
  3. Os negócios estão sujeitos a oscilações de mercado, e se por acaso, a meio da época balnear o negócio falir ou algo acontecer ao dono, lá se vai no que resta do Verão a vigilância da praia e com isso a segurança de centenas ou milhares de pessoas. Além disso...
  4. Nem todos os negócios têm a mesma pujança, com isso afirmamos, que nem todos os Salva-Vidas no país têm o mesmo tipo de meios/equipamentos para locais equivalentes, o que já de si é grave, e por isso que queremos aqui alertar que trata-se da SUA/NOSSA SEGURANÇA, estamos todos em risco.

Estes são os primeiros problemas que à partida identificámos, na segurança das zonas balneares, mas outros menos evidentes, mas que nem por isso serão menos importantes, estão latentes.

Não queremos com isto afirmar, que os Salva-Vidas (antes apelidados de Banheiros) em Portugal não fazem um excelente trabalho, longe, disso, são bons no que fazem no período balnear...mas falta o resto do ano,  o resto do ano n~~ao existem concessionários que possam e/ou queiram suportar a vigilância das zonas balneares.


Mas antes do mais convém esclarecer o que faz um Salva-Vidas.
Ele supervisiona a segurança e salvamento de banhistas, surfistas e outros participantes desportos aquáticos, como nas piscinas, parques aquáticos e outros. 

Na maior parte dos países do mundo, os Salva-Vidas são geralmente bons nadadores e são treinados/certificados no salvamento na água e em  prestar os primeiros socorros, usando uma variedade de equipamentos de acordo com as necessidades dos locais onde se encontram.


Nalguns países, os Salva-Vidas fazem parte do sistema de serviços de emergência, e é aqui que queremos afirmar:

Em Portugal, a vigilância e segurança das zonas balneares, em particular das praias, deveria ser efectuada nos 365 dias do ano, e por profissionais que fizessem parte dos serviços de Emergência, independentemente de também poder existir, no verão organizações voluntárias que também prestassem esse serviço. 

Não esquecer que um Salva-Vidas é responsável pela segurança das pessoas numa dada área de água, e, também na área circundante ou adjacente a ela, e que tem como principal prioridade o garantir que nenhum dano vem para os cidadãos que se encontram na área pela qual são responsáveis.

Sabendo e acrescendo que as águas doces são diferentes das salgadas, as águas paradas diferentes das águas revoltas, os Salva-Vidas têm de ser treinados em diferentes técnicas de salvamento, para:
  • Praia de Oceano - onde é considerado o ambiente mais desafiador para o Salva-Vidas, devido à influência de factores externos como o clima, correntes, marés e ondas.
  • Praias de Lagos ou Rios
  • Piscinas - Interiores ou exteriores.
  • Parques aquáticos 
  • Lagoas marítimas ou piscinas de marés -
  • Mar Aberto 
Mas é na prevenção que se pode aferir a eficácia de uma unidade de Salva-Vidas, ao invés de medirmos a sua eficácia pelo número ou rapidez de resgate, ou a habilidade com que eles são executados, é preferível fazer a medição pela ausência ou redução de afogamentos, acidentes e outras emergências médicas.

É aqui que se tem de investir.

Além disso os Salva-Vidas podem ter outras funções secundárias, como limpeza, depósitar papeis nos locais adequados, verificar os níveis de cloro e pH das piscinas, ou agir como agentes de informação geral.

Para isso é suposto que os Salva-Vidas possuam algum equipamento para os auxiliar nos resgates, como por exemplo possuírem :

Embarcações de salvamento

Pick-up's 

Camiões 

Moto-quatro ou outro veículo off-road.

Barcos semi-rígidos ou insufláveis ou mesmo Hovercrafts.

Isto para além de todos os equipamentos básicos, tal como bóias rígidas tipo torpedo, equipamento de Primeiros Socorros, Canoas, Kayakse.
É fácil concluir que a totalidade destes equipamentos não é possível serem fornecidos por Concessionários de Praia ou por grupos de Concessionários, por serem demasiado dispendiosos, e os Concessionários ou grupos de Concessionários não possuem meios financeiros para os poder adquirir e suportar.

É por isso importante e urgente, para salvaguarda da nossa Segurança, um Corpo Nacional de Salva-Vidas, permanente e profissional, e que esteja dependente do Estado, pois a Segurança colectiva não se quer privada, quer-se pública, e que dure o ano inteiro e não só os meses de Verão.

E afirmamos que deve ser o ano inteiro, pois o clima tem estado instável, e não é a primeira, nem  a última vez, que veremos dias de Janeiro ou Fevereiro tão ou mais quentes que Julho, e que vemos os cidadãos a deslocarem-se à Praia nesses dias. Mas como se convencionou que a época balnear só abre hoje (ou seja 1 de Junho), os cidadãos nesses dias, fora da época balnear, estão desprotegidos, e já aconteceram acidentes.

Acresce que querendo Portugal ser um país turístico, é fácil deduzir que os cidadãos dos países nórdicos, quando cá se deslocam, ao verem um clima ameno (mais ameno que o deles), e uma extensão tão longa de praias, estes queiram usufruir das nossas águas fora da época balnear.

Mas esta nossa preocupação pela vigilância e Segurança, não deve ser só Portuguesa, deve ser da União Europeia, e, mesmo mundial. Portugal devia ser pioneiro na promoção da construção da implementação de uma cultura de segurança Balnear no mundo Inteiro. Deveria promover este debate, para que algo comece a ser feito.

Sim, porque não é só no nosso país que não se profissionalizou a segurança Balnear, se bem que em muitos países, dos que não são profissionalizados, existem critérios rígidos, na atribuição de licenças e cursos para Salva-Vidas, e leis rígidas para a vigilância de locais balneares/aquáticos.

Paradigmático é o exemplo dos EUA e da Grã-Bretanha, esta última em 2012, não registou afogamentos em piscinas do Reino Unido, onde havia um salva-vidas de serviço.

Vejamos como funciona os Salva-vidas por país:

Austrália (o exemplo que devíamos seguir)
Existem duas organizações : A Royal Life Saving Society Austrália e a Surf Life Saving Australia, os primeiros são funcionários do Estado pagos para patrulhar praias, lagos e piscinas/locais aquáticos durante todo o ano (assim defendemos que devia ser feito em Portugal).
Os segundos são uma organização voluntária que patrulha as praias nos fins de semana e feriados durante os meses mais quentes (geralmente a partir de meados de Setembro até o final de Abril).

Bélgica
O serviço de salva-vidas é constituído na sua maioria por estudantes que são empregados por um mês durante as férias de verão (Julho e Agosto).

Canadá
No Canadá, são profissionais todos os salva-vidas e salva-vidas assistentes são certificados pela Sociedade salva-vidas do Canadá ou da Cruz Vermelha Canadiana. A certificação do programa Nacional Lifeguard desde 1964, confere quatro tipos de certificação de salva-vidas: piscina, parque aquático, mar e surf.

Dinamarca
Na Dinamarca, o salva-vidas de serviços são divididos em dois grandes grupos, os de Praia e os de Piscina. Os de Praia são estabelecidos numa base voluntária e são pagos pelos concessionários salva-vidas da praia e os das piscinas públicas (tanto comerciais e governamentais) são profissionais.

Alemanha
Na Alemanha, a base é voluntária, e possui a maior organização de salva-vidas aquático do mundo, com mais de 1.000.000 membros e promotores. Mas os Bombeiros e a Cruz Vermelha mantêm serviços de salva-vidas em rios, costas e lagos.

Itália
Em Itália existem salva-vidas pagos pelos concessionários.

Nova Zelândia
Na Nova Zelândia existem os salva-vidas pagos pelos concessionários e os voluntários.

Holanda
A situação é Mista entre Profissionais e Voluntários.

Singapura
É um sistema gradual de profissionalização, por etapas.

Espanha
Situação mista.

África do Sul
As Praias na África do Sul são contratados Salva .Vidas a empresas independentes ou privadas.

Reino Unido
São na maioria salva-vidas profissionais, que podem ser contratados por concessionários, mas também existe em base voluntária, ou serviços contratados a empresas..

Estados Unidos
Nos Estados Unidos a maior parte são profissionais, mas também existem outro tipo de salva-vidas.


Resumindo, é preciso uma consciencialização dos Governos, que este assunto tem de ser resolvido, e tem de existir regras, e poderemos começar pela União Europeia, tornando as praias da Europa Mais seguras.


A BRIGADA SÓ VAI A PRAIAS VIGIADAS E COM COMPANHIA, QUE O MAR ESTÁ BRAVO E É PRECISO TER CUIDADO.

NÃO VÁS AO MAR, TOINO
ESTA 0 MAR RUIM, TOINO
É FALSO 0 MAR, 
TOINO
PENAS SEM FIM, TOINO

 
AI, TOINO, TOINO
QUE MAU RAPAZ QUE ÉS,
AI. TOINO TOINO,
NEM UMAS BOTAS TENS P’RÓS PÉS.  (bis)

 
ADEUS MARIA
QUE EU VOU P’RÓ MAR
PESCAR SARDINHA
P’RA SER RAINHA
ELA E FRESQUINHA
DA COR DA PRATA
NÃO TENHAS MEDO
QUE 0 MAR NÃO MATA



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