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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O Ensaio Geral

 [Antes de lerem, gostavam que reflectissem nesta frase: 
“Para a indústria das armas, a Paz é, e sempre será, um Inimigo”
Preocupante o que se passa no Brasil.
Vai muito além de um mero “impeachment” à presidente Brasileira.
Aliás, a serem verdadeiros os relatos, não deixa de ser caricato, que deputados acusados de corrupção e de outras malandrices, são os Paladinos da destituição por “Desorçamentação por parte da Presidente”, bem sabendo nós que Cui non licet quod est minus, utique non licet quod est plus ou seja Quem não pode o menos, não pode o mais.

Que fique bem claro, não sou a favor da desorçamentação em lado nenhum, as regras do Orçamento devem ser bem claras e cumpridas, mas que também fique bem claro que não sou a favor da corrupção e dos seus tentáculos.
Tudo isto é grave, e mais grave se torna porque o Brasil vai ser só uma localização ocasional e mas não pontual.

A “COISA” não vai ficar por aqui, teremos sorte se não houver Guerra Civil no Brasil, esperemos que aí não chegue, mas quando digo que não vai ficar por aqui é com os seguintes fundamentos:

  • A economia Americana não descola 
  • A economia Chinesa está a recuar 
  • A economia Alemã não está a conseguir dar à Alemanha o poderio de outrora. 
  • Os ditos mercados, que não são mais do que instrumentos criados para enriquecer meia dúzia, perderam o controlo e necessitam de pegar novamente nas rédeas. 

Tenhamos em atenção os últimos 2 anos da década de 20 do Séc. XX em que depois do Crash de 1929, foram impostas regras duras para quem transaccionasse nos mercados.
O que foi feito?O que aconteceu?

O que aconteceu é que os mercados sofreram paulatina e consistente (trabalho de formiguinha) o seguinte:

  • Uma Desregulação lenta mas consistente do mercado bolsista, pressionada pelas grandes fortunas, com o argumento que liberalizar o mercado não fazia mal, e que estar com amarras era contraproducente. 
  • Isso foi conseguido no final da era Ronald Reagan, quando os EUA tiraram o último travão a essa desregulação do mercado, abrindo portas novamente ao pré 1929, ou seja ao Capitalismo Selvagem. 
  • Daí o passo seguinte foi e vai ser o controlo uma a uma de cada um dos países. 
  • Começaram por controlar os países africanos corruptos, comprando os ditadores, esse passo foi fácil o Fomentaram a guerra entre países africanos, uma guerra não muito longa, para não darem cabo dos recursos, e da população, que para eles são consumidores. 
  • Neste entretanto conseguiram florescer ainda mais a indústria do armamento. o Seguiu-se a alienação (leia-se compra) dos consumidores com a TV global, onde todos dão os mesmos programas sem conteúdo, mantendo os espectadores (leia-se Consumidores) desinformados, “educando-os” e manipulando-os segundo os interesses a atingir. 
  • Depois como os países maioritariamente muçulmanos, não seguem muito por esta cartilha e são de mais difícil penetração, acrescendo que possuem recursos escassos a estratégia foi simples, sem ligar à história e/ou aos equilíbrios de poder, colocou-se primeiro sanções económicas, depois incentivaram-se invasões e após essas invasões inventou-se o motivo para lhes fazer guerra ou então coloca-los em guerra civil, qualquer dos propósitos serviu para a indústria das armas. 


No meio disto tudo, surgiu o EURO, surgiu uma nova ameaça, que também têm de combater, e para isto outras medidas, que levaram alguns anos a preparar tiveram de ser feitas:

  • Algo que levou alguns anos a preparar, assim e em paralelo com as outras acções nos outros países,foi preparado o ataque aos países Europeus da zona Euro. 
  • O problema que se colocava era, por onde começar, a resposta tiveram os Portugueses, os Gregos, os Irlandeses, os Espanhóis e em algum grau os Italianos, quando lhes foi asfixiada a economia, e os obrigaram a pedir ajuda externa. 
  • Esta estratégia, teve como seu motivo principal o ataque ao EURO, por isso fosse qual fosse o partido que estivesse no governo (a politica era feroz se tivessem no governo os partidos de Direita, mais abertos a este tipo de políticas, e caluniadora, desinformadora, ameaçadora se estivesse no governo os partidos de esquerda), o ataque dos mercados ajudados pelas agências de rating foi tão grande, que ninguém teve hipóteses, e continua a não ter. 
  • Outro dos objectivos, foi um ensaio geral para uma generalizada baixa de salários, com esses 5 países os chamados “PIG’s” (acrescidos da Itália) a servirem de cobaia. 

Quem comanda os mercados, sabe, que é mais difícil implementar todas estas medidas para controlarem mundialmente os países, se o governo for o que nós apelidamos de Esquerda.
E, agora, sem nenhuma surpresa, vem o ensaio geral, culminando todos estes pequenos ensaios atrás descritos e que todos nós tivemos de “gramar e sofrer” destes gananciosos encenadores da treta, e este ensaio geral é o que estamos a assistir neste momento no Brasil.
Os mercados não olham a meios para atingir os fins, não importa que os deputados que votam a favor do “Impeachment” sejam deputados que a justiça os tenha indiciado por corrupção, isso não importa.
O que importa é que o Golpe seja dado, a mando dos mercados, retirar do governo os partidos de esquerda, porque são contrários à ordem mundial imposta pelos mercados.
O que está a acontecer no Brasil, é algo semelhante ao filme “Demolition Man”, em que para justificar o incremento à perseguição e prisão do povo que não se revia naquela ordem mundial, manipulou os presos mais perigosos condenados a prisão perpétua, de modo a desestabilizarem a ordem mundial e perseguirem os activistas cujo sistema castrador não gostava.
Ora no Brasil, mutatis mutandis, depois de uma vergonhosa, falsa e manipulada campanha televisiva, nem foi preciso dizer aos deputados corruptos qual o caminho, pois eles estavam em total sintonia e sabiam bem o que fazer , e fizeram o que os mercados queriam, mesmo que isso tenha ido contra a lei fundamental.

O Brasil, a 7ª economia mundial, que estava em crescimento, e que, repentinamente deixou de o estar e entrou em recessão, tinha de ser travado... e começou a ser, com as armadilhas que foram utilizadas para outros países, mas, não se pára a 7ª economia do mundo assim sem mais nem menos. Temos de ter os "nossos" no governo, como os de esquerda não são os nossos, esses estão lá a mais, e temos de fazer com que saiam.
Isto é preocupante, porque vai contra o sistema Democrático, contra as conquistas que o povo teve durante séculos no mundo, as aristocracias e nobrezas estão a cobrar a meia dúzia de cabeças cortadas na revolução francesa cabeças, esta vingança está a atingir uma violência, atrocidade e correr de sangue nunca antes vista.

Estão como se diz " A cortar o mal pela raiz, salgando o chão logo de seguida".
Depois de Dilma cair, cai com ela o povo, e as causas do povo.
E vós oiçam bem, este é um aviso à ordem mundial de que “Ou se portam bem ou já sabem com o que contam”.
E tudo vai continuar, mesmo que a receita a não resultar, e não pode resultar, pois tudo o que não seja o ensino e a elevação de todo o ser humano, nunca terá futuro.
Por isso, por muito que nos queiram convencer (e estão a fazer campanhas televisivas e publicitárias com essa mensagem) o empobrecimento dos povos, a manipulação dos governos, a alienação através da TV, para que as economias de 2 ou 3 países floresça, porque a receita só faz decrescer, nada disso é bom ....

Mas eles continuarão com a fuga para a frente…
O problema dos ensaios gerais, é que depois vem a Peça, e a questão é  saber  quanto tempo é que a “PEÇA” vai estar em cena, e, enquanto ela durar
 “Coitados dos que mijem fora do penico”
já sabem o que lhes espera.
Mas temos um problema maior que é o pós peça, presumo que não seja muito agradável para ninguém…

A Brigada está céptica, apreensiva e com algum receio... vai ser difícil mobilizar cidadãos contra este rolo compressor

Vejam Bem - José Afonso


Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar
Quem lá vem
Dorme à noite
Ao relento
Na areia
Dorme à noite
Ao relento
Do mar
E se houver
Uma praça
De gente
Madura
E uma estátua
De febre
A arder
Anda alguém
Pela noite
À procura
E não há
Quem lhe queira
Valer
Vejam bem
Daquele homem
A fraca
Figura
Desbravando
Os caminhos
Do pão
E se houver
Uma praça
De gente
Madura
Ninguém vai
Levantá-lo
Do chão
Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar
Quem lá vem
Dorme à noite
Ao relento de areia
Dorme à noite
ao relento do mar

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