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Toda a brigada tem um cabo... todo o cabo pode chegar a Imperador... todo o Imperador pode mudar o destino de uma nação ... todas as nações podem mudar o destino do mundo ou não...

sábado, 8 de dezembro de 2007

ESPALHEM A NOTÍCIA

Olá caros Bloguistas Militantes

O nosso Portugal é lindo, quer no inverno, no Verão, na Primavera, no Outono.

É lindo.

Temos mulheres bonitas, bons pratos, boas iguarias, o clima vai sendo razoável.

Depois há o reverso da medalha, ganhamos mal, e temos os senhores da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa).

Existem coisas que só nos fazem cabelos brancos... enfim.

Notícia 1- Então não é que esses senhores, depois de criticarem os sindicatos pelas greves, e apelarem á produtividade e sobretudo à estabilidade, resolvem ameaçar tudo e todos?

Sim, tudo e todos, dizendo que o acordo de salário mínimo mitigado (ainda por cima), que assinou com os sindicatos e com o governo, agora não o quer cumprir.... como já nos pagam muito bem... acima da média europeia... podem dar-se a estes luxos.

Nem 3 semanas passaram, não houve nenhum acontecimento superveniente...

Ou terá havido?

Será que os patrões estão chateados porque lhes desmentiram, o estudo do Aeroporto em Alcochete?

Se calhar....

Bom mas para despistar, agora querem carregar mais sobre os trabalhadores, somos sempre nós que pagamos o patau.

Querem flexibilidade no despedimento, a retirada do montante ilimitado para as indemnizações em despedimento, e não querem pagar as taxas fiscais nas horas extra.

E como se diz em bom Português "E o cuzinho lavado em água de malvas? não querem?".

Os empresários a não cumprirem um acordo, já estamos habituados, agora assim á cão, é que não.

E se fossem aprender a serem bons empresários? Não seria bom?

É que boas tropas, sem bom comandante não vão a lado nenhum, más tropas com mau comandante, pior ainda.

Que o "tio" Vanzeller, já mostrava uma sintomatologia parecida com "paranóia", aquando daquela cena dos patos bravos, nós já tínhamos dado por isso, todos... o homem não acerta uma, e já não tem pés com tantos tiros que dá neles... parece que os seus apaniguados é que não ... ou então a maioria sofre toda do mesmo mal.

O pior, é que, é a esta gente que tem o dinheiro e a quem está entregue a decisão... esperemos para ver... ou não.

Notícia 2 - Chegámos a acordo com a Espanha.

Não, não foi para entregarmos isto aos espanhóis, se bem que me parece que não falta muito, ao ritmo que eles estão a comprar os terrenos do Alentejo, qualquer dia deixam de ser "nuestros hermanos" para serem "nuestros papás ou mamãs".

Chegámos à acordo para a telecontagem.

Não, se pensaram que a telecontagem é a contagem de televisores dos 2 países, estão enganados.

A telecontagem, é a contagem de electricidade, assim a modos que, ficamos com um aparelho dentro de casa, e os senhores da electricidade não vão lá mais, pois os dados são transmitidos pelo éter para a empresa.

Enfim, é um big brother dos electrões.

Mas se os espanhóis, ou melhor as empresas espanholas suportam toda esta mudança de tecnologia, já os portugueses...

Bem, nós os portugueses... digamos que... bom enfim... o que disse...

Ok, estão sentados?

A entidade reguladora do sector eléctrico, fez as contas e diz-nos que a electricidade ficará 3% mais cara quando este sistema for implementado.

As empresas de electricidade, em Portugal, ao contrário dos nossos vizinhos espanhóis, não querem suportar o custo da mudança de tecnologia que eles nos vão impor, unilateralmente, sem pedirmos nada, e que lhes vai poupar milhões.

A electricidade fica mais cara 3%, e não é só, temos de suportar o custo dos aparelhos, que vão fazer a leitura dos consumos da nossa casa.

A entidade reguladora, afirmou ainda que só se baixarmos 2% do consumo, é que esta nova tecnologia de electricidade, ou melhor os novos aparelhos, nos compensarão.

Bom, só, me apetece dizer, é o país que temos, meus caros, é o país que temos.

Noticia 3- O prédio do número 16 da Rua Aquiles Monteverde, em Lisboa, era e ainda é (não por muito tempo), o prédio mais estreito de Lisboa.

A largura que este tem para a rua, é pouco mais de 4 passos ou se quiserem de outra maneira 1 comprimento dos braços abertos e mais 4 palmos ( não tinha metro para medir ok?) .

O prédio tem 4 pisos desde o chão ao telhado, e todo ele muito degradado está.

Nunca lá entrei dentro, mas vi que aquela entrada é a parte final de uma forma geométrica do prédio em trapézio.

É, portanto, uma construção sui generis , quase digna do Portugal dos Pequeninos, isto no meio de Lisboa.

É um prédio quase estilo casinha de bonecas,em qualquer parte da Europa civilizada, seria uma atracção turística.

Ah! Mas aquele prédio tão particular, logo foi nascer em Lisboa, má sorte ter sido prédio aqui.

É que aqui, nem a autarquia, nem os patos bravos ( que estão desertos para o demolir), nem o património querem saber dele.

Se calhar, imaginar um prédio que tem menos de metro e meio de largura para a rua, e que viveram lá pessoas, não tem interesse... é certo que o Benfica não jogou lá, nem morou lá nenhum treinador famoso, nem foram lá abusadas as crianças de uma instituição qualquer.

Mas somos assim, andamos a apregoar que isto tem de ser um país turístico, mas as atracções, essas são ignoradas e destruídas.... hoje é um prédio que os patos bravos substituem por centros comerciais pouco imaginativos e estereotipados, amanhã o que será?

ESPALHEM A NOTÍCIA - Letra e música: Sérgio Godinho

Espalhem a notícia
do mistério da delícia
desse ventre
Espalhem a notícia do que é quente
e se parece
com o que é firme e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago
se pudesse
Divulguem o encanto
o ventre de que canto
que hoje toco
a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado
esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo
saciado
Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem
pressenti-o
O ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou
Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros
num murmúrio
e o sol, como é costume, foi um augúrio
de bonança
sãos e salvos, felizmente
e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente
uma criança
Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente
da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra
basta, é só
adivinhar o que há mais
os segredos dos locais
que no fundo são iguais
em todos nós
Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo do mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

Ele há cargas fantásticas, não há?

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei! Esta dos centros comerciais... além de estereotipados TUDO neles nos leva a querer consumir!! Incrível!! Mas prometes que um dia destes te centras mais em aspectos positivos??