A crise, a crise e o trabalho, fez com que nós ainda não terminassemos estes "posts" que nós dissemos que iamos fazer.
A verdade é que a razão vai para além do trabalho e para além da crise, é que uma forte desmotivação nos assola.
Estamos tristes, e não é aquela tristeza de um qualquer Ronaldo quando perde uma final, é uma tristeza que acontece por ver o país que nasci, esta parte da terra, começar a esfumar-se.
Os sonhos já foram, aqueles que dizem que não se podem destruir sonhos, deixem-nos dizer, se os vossos sonhos permanecem é porque não viveram em Portugal.
Mas apesar destas vicissitudes vou tentar terminar estes posts...para já vamos novamente e pela segunda vez. fazer uma nova publicação, mais compacta....a ver vamos.
Para os que só agora me seguem, estes posts foram iniciados antes dos Pec's, antes das crises, ainda Sócrates era primeiro ministro.
Caros Bloguistas Militantes
Este post tem 26 capítulos, sim 26.
Este é a introdução...
Quando publicámos a primeira vez este "post", a situação económica de Portugal estava a começar a degradar-se, quanto a nós esta crise dá-se devido a um ataque bem planeado ao EURO por parte dos especuladores, mas não só, está a ir muito além disso, foram expostas todas as nossas fragilidades, incapacidades e inabilidades, não só dos Portugueses, mas dos povos da Europa.
A Europa que devia estar numa demanda de fortalecimento, parece estar podre e a esfumar-se.
O Sistema Capitalista já não é mais o sistema Capitalista, é um ganhe quem puder, e quem pode são os que sempre puderam e cada vez podem mais.
E quanto às regras?
Não as há.
O ataque à Europa, começou logo com a ideia da criação do Euro e da zona euro, ao fazer nascer uma moeda forte que compete directamente com o Dólar, mexemos num ninho de vespas, o problema é que esquecemo-nos de levar a protecção.
O facto de a moeda ser competitiva e que na sua curta existência está mesmo a tomar o lugar do Dólar nas trocas comerciais mundiais, tinha de sofrer um contra-ataque.
E ele aí está, e nós não estávamos e ainda não estamos preparados.
Nunca iremos estar, nem quem o faz nem contra quem é dirigido, as consequências de tal ataque é sempre uma incógnita.
A esta causa das coisas, alia-se uma China forte que possuí mais de 60% da dívida americana e que possuí um mercado interno que não respeita os direitos dos trabalhadores, acresce a isto um mercado mundial completamente desregulado após a queda do muro de Berlim.
A China com cerca de 1/5 da população mundial, acordou, sabe que tanto pelo poderio económico como pela vantagem populacional pode ditar tendências e dirigir o mercado.
É um gigante económico, um gigante económico que não quer saber de indústrias com regulação ambiental, direitos dos trabalhadores e da protecção dos mesmos, não quer saber da ilegalidade do trabalho infantil.
E é neste "cadinho" em que vivemos que se está a começar a bitolar esta confusão onde estamos metidos.
A China, foi refinando, e passou da produção de produtos copiados, manufacturados sem muito rigor, tendo já dado o salto para uma indústria de ponta que já começou a produzir efeitos e dividendos.
Os EUA estão a perder a supremacia económica que ganharam desde a II Guerra.
O ataque das empresas de rating e as falsas notícias em jornais internacionais que apoiam esse ataque, fazem parte de uma orquestração feita para a sobrevivência da supremacia das empresas multinacionais americanas ou das suas multinacionais, o Euro não serve, o Dólar tem de ter a supremacia.
E neste momento assistimos a uma acalmia e a uma recuperação, mas, receamos que isto só acontece porque estamos no olho de um furacão, e o mau tempo vem aí novamente.
É verdade que enquanto o pau vai e vem, folgam-se as costas, mas, os países europeus, poder-se-iam acautelar e preparar para uma nova tempestade, e, o que vemos por essa Europa e em Portugal inclusivé, não nos estamos a preparar.
Este é o nosso pensamento que não percebemos rigorosamente nada de economia, mas nós assumimos isso, não somos como os economistas que dizem que entendem mas pelo que vemos andam completamente à nora.
A falta de pulso político e de liderança na Europa, tem como consequência o facto de ainda não ter achado um rumo para a Europa.
A falta de liderança, falha a projecção e efectivação de um caminho consolidado.
O facto de termos uma Europa a muitas vozes, implica a falta de uma medida fundamental, implica o "esquecimento" de uma medida protectora do Euro e a falta de uma autoridade reguladora/fiscalizadora.
O que atrás afirmámos tem como consequência deixar a Europa vulnerável a ataques.
E, se fossemos o adversário, por onde é que começariamos tais ataques?
Tal como numa guerra convencional, o ataque começou por debelitar o país mais vulnerável da zona euro, a Grécia.
Esse era um alvo apetecível e até expectável, um país que mascarou as suas contas e que ninguém viu, pode ou quis ver.
Os políticos desta estratégia/tragédia grega conseguiram esconder e mascarar a situação durante anos.
Não consiguimos entender, como é que uma Europa cheia de eurocratas rigorosos, na agricultura, nas pescas, aquela Europa que uma vez mandou retirar vinhas e oliveiras, a mesma Europa que da outra vez as mandaram plantar novamente, impondo uma PAC que levou muitos agricultores a desistir do seu ofício, e muitos até foram incentivados a "compar jeeps".
Esta é a memsa Europa que é responsável pelo aumento inusitado da Imigração na Europa, como é que estes eurocratas tão atentos para uma coisa deixam passar a gigante locomotiva grega impunemente?
Estes eurocratas que mandam nos políticos, erraram e deixaram vulnerável o euro e a Europa ao ataque que está em curso.
Portugal, Espanha e a Irlanda, são os países que sofreram por parte dos MEDIA, mentiras propaladas para que este ataque ao Euro tenha sucesso, ou seja os Eurocratas, além de não fazerem o seu trabalho como deve de ser, ainda erraram por omissão.
A Irlanda, a Grécia, Portugal e agora a Espanha, com aquele mito urbano que diz que os latinos são por norma pouco rigorosos, em comparação aos países do norte da Europa, foi levado à letra e tornou-nos no alvo principal deste ataque.
Ao se ter inventado notícias, destabilizaram os mercados e artificialmente tornaram verdadeiras as situações que inventaram para esses países. Acreces a isto tudo, o facto de que a alta finança ser muito assustadiça, e uma mentira tem um efeito explosivo, as empresas de rating sabem disso, são uma espécie de carroceiro que tem a cenoura que faz andar o burro... influenciando assim o mundo económico.
Quem os fiscaliza?
Ninguém!
A escola económica de Chicago, onde em tempos se reuniu a finança e a política para aprovar medidas para as décadas seguintes.
É um ataque planeado, pois essas medidas de desregulação, pensadas no final dos anso 70 do Século XX, e que foram começadas a ser implementadas nos anos 90 do Século XX, acabaram de ser implementadas no princípio dos anos 2000, e estão a acontecer e aproduzir efeitos neste momento.
Foi um trabalho de formiguinha, muitos dos que gizaram essa política, já faleceram, e quem o fez, os senhores que o pensaram ficaram conhecidos por Chicago Boys, e , após muitas décadas do planeado estão a conseguir os seus intentos e nós estamos a reagir tal e qual como eles previram.
Os mercados recebem mensagens dúbias e contraditórias e não sabem como reagir.
Quando os mercados não sabem como reagir, reagem todos da mesma maneira, como um rebanho de carneiros e ovelhas que são assolados por lobos, reagem mal...
A reacção é precaverem-se, e ao tomarem essa atitude, isso tem a implicação de haver menos mercado.
Menos mercado porque existe uma retracção, havendo retracção não há crescimento, não havendo crescimento mais o rebanho se precavê, e caímos assim num círculo vicioso.
Os Estados perderam autonomia e estamos entregues aos caprichos destas empresas de rating, empresas essas que que são comandadas pelo grande capital.
Estamos nas mão de um capital transnacional e são eles os seus próprios árbitros na economia mundial.
São eles que são os árbitros da economia portuguesa também, mas é um árbitro tendencioso pois está comprado e age deliberadamente para o lado que lhe convém, por essa razão entramos no jogo já a perder e por muitos golos, e mesmo que marquemos eles irão sempre ser anulados por fora de jogo. Nós, Europeus, acordámos tarde e não estamos a tomar as medidas necessárias para colmatar o nosso erro de termos acordado a meio do jogo, e o mais grave, é que os nossos adversários sabiam que esta era a reacção da Europa, pois era prevísivel.
Quando nós atacámos, atabalhoadamente, sem estratégia, o inimigo já estava à espera.
Como diria Sun Tsu, no seu Manual "A arte da Guerra", obviamente que após o ataque do inimigo, tinha de haver uma reacção a esse ataque... aliás foram eles próprios, os inimigos, que forçaram esta reacção, eles queriam que nós reagissemos rapidamente, pois ao reagir rápido, ragiríamos mal , como sucedeu. O inimigo provocou essa reacção fazendo ataques especulativos, e sabiam que iriam obter uma reacção rápida, tosca e atabalhoada, tudo correu como os Chicago Boys planearam.
Ao nos obrigarem a ter esta reacção, levou-nos ao efeito negativo, esse efeito que foi anunciado aos povos e que eles não estão a gostar, são eles: o aumentar os impostos, o baixar os salários, o abdicar de parte ou da totalidade do 13º e do 14º mês, direitos adquiridos.
Os direitos que que os mandadores da alta finança não gostam, sempre abominaram, e que ao longo dos tempos sempre fizeram para que nunca fossem cumpridos, é que o cumprimento desses direitos sai-lhes muito caro, e o sair caro baixa os seus lucros.
Como os governos não têm coragem, imaginação ou força para os enfrentar, consegue assim a alta finaça controlar e manipular estes fracos governos que estavam a tentar fortalecer-se através de uma união económica e monetária.
As medidas de austeridade que estão a ser tomadas estavam e estão assim a ser previstas pelos promotores deste ataque.
E esfregam as mãos de contentes, estão a destabilizar os já fracos governos europeus individual e colectivamente.
Isto quando o mar bate na ....e está a bater...quem se lixa é o mexilhão.
Atacaram o nosso país, a Espanha, a Irlanda, tendo começado pela Grécia, que era o país mais vulnerável, comparando-nos e colando mais 3 países no mesmo plano que a situação grega, não fizeram nada mais do que já tinham feito há uns anos aos países do terceiro mundo, classificando-os como tal.
Todos recordamos, e alguns ainda usam essa designação desta desclassificação e rotulamento com o nome de terceiro mundo. A alta finaça ao fazê-lo, implicou que eles continuassem como países pobres e à margem da alta finança mundial.
O problema é que não estamos todos, desde a Alemanha a Portugal, a reagir como deveríamos, o problema é que estamos todos a reagir todos da mesma maneira e o problema mais grave, é que influênciados pelos países nórdicos, estamos a reagir segundo as regras, ou seja, segundo a vontade dos Chicago Boys, e ao reagir assim estamos a fazer o jogo deles, ao reagir assim estamos a proceder mal, porque o resultado já sabemos como vai ser.
Este é o principal trunfo dos Chicago Boys, é esta reacção generalizada que é toda da mesma maneira.
E porque é que isto acontece?
Isto acontece porque infelizmente as universidades de Economia não fizeram o seu papel, todas ensinam pela mesma cartilha, pela cartilha impostapelos Chicago Boys.
É por esta razao que os economistas parecem ser todos da mesma escola, é por isso que reagem todos da mesma maneira; não existem economistas que digam que "O Sol não anda à volta da terra". Economistas com pensamento diferente não existem ou se existem não se manifestam ou então não estão a ter peso relevante.
As escolas de pensamento económico europeu não são diferentes das escolas dos EUA. Nós somos fieis e continuamos a defender a máxima que o político Sueco já falecido, Olof Palm, dizia: Não quero acabar com os ricos, o que eu quero é acabar como os pobres.
E para que essa filosofia singre existem outro tipo de políticas a tomar.
Os países que não querem saber disto para nada, vão ter uma dura realidade pela frente, é que a tensão social começa a aumentar.
Este alheamento do resultado das más políticas, que enviam par ao desemprego milhões, vai começar a sofrer um efeito de alastramento pelos países europeus.
Agora imaginem se um dia os desempregados se unirem na Europa... é que já são mais de 20 milhões...
É que quando isto acontecer vai pegar fogo, vamos infelizmente ter problemas graves de distúrbios e estaremos a contribuir para que o plano de ataque ao Euro que a alta finança gizou vá resultar em pleno.
Tudo isto não esconde nem mascara o facto de que a crise Portuguesa seja uma dupla crise.
Ela é conjuntural e estrutural.
Por um lado é o resultado pela crise provocada pela situação internacional e o ataque ao euro, essa é a crise conjuntural
Do outro lado temos o facto de Portugal possuir um tipo de empresários mal formados e preparados, conjugado com um Estado que se enredou na sua própria teia, acresce a isto tudo o facto de também termos uns trabalhadores e os seus sindicatos sem rumo, sme criatividade, antiquados, voltados para sim esmos, e às ordens do PCP ou de outros partidos, sindicatos não independentes, que quando lutam não defendem os trabalhadores mas sim os interesses partidários.
É este o nosso problema estrutural, pois a nossa produção e matéria prima é deficitária e sem imaginação, se rumo, sem estratégia, sem pensamento virado par aa sociedade, e só par ao lucro localizado e individual.
Temos de apontar caminhos, arranjar estratégias, diferentes das habituais, mas que sejam consonantes com o bem estar social. Por isso perguntamos:
Por onde ir?
Que caminho seguir?
Que fazer?
Que medidas a tomar?
E a resposta não é fácil, assim como não é fácil, implementar medidas de contravapor pois os adversários são poderosos e com uma excelente estratégia ganhadora. Vamos deixar aqui os tópicos que apontam caminhos para sairmos, e já agora queremos dizer que o romper dos paradigmas, feito pelo actual governo do Partido Socialista, é um princípio, tímido mas é um principío e já começou a produzir efeitos, só que temos de ir mais longe, há que consolidar a estratégia, há que pensar o projecto estrutural, para ultrapassar o conjuntural.
Nos próximos posts será o desenvolvimento destas ideias, não estarão por ordem nem poderiam estar, com umas sabemos que alguns concordarão com outras, mas também sabemos que outros discordarão, mas é a nossa perspectiva que não somos economistas e não seguimos a escola de Chicago, e sabemos que os que seguem essa escola, ou seja a grande esmagadora maioria, dirão que não pode ser e apontarão logo defeitos.
Relembramos que por muitos defeitos que apontem, os principais responsáveis para chegar a esta situação, foram eles, os que irresponsavelmente não se precaveram contra a escola de Chicago, os que não apostam numa Europa forte, os que seguem as regras que lhes estão a ser impostas, são aqueles cujas soluções são aquelas que não produzem efeitos, ou seja, são aqueles que não têm soluções para o que está a acontecer.
A nossa receita, que não é milagrosa, é para ser aplicada em Portugal e as outras, mais globais, é com o intuito de as aplicar na Europa e quiçá no mundo inteiro, o que sabemos é que as nossas soluções não serão as únicas.
As oluções estão abaixo elencadas, e são as seguintes, começamos logo pela mais polémica:
Sonho Impossível- Chico Buarque
Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA ATÉ FAZ SACRIFÍCIOS MAS TEMOS DE SER TODOS A FAZÊ-LOS E EM PARTES IGUAIS NÃO UNS MAIS QUE OUTROS.
A verdade é que a razão vai para além do trabalho e para além da crise, é que uma forte desmotivação nos assola.
Estamos tristes, e não é aquela tristeza de um qualquer Ronaldo quando perde uma final, é uma tristeza que acontece por ver o país que nasci, esta parte da terra, começar a esfumar-se.
Os sonhos já foram, aqueles que dizem que não se podem destruir sonhos, deixem-nos dizer, se os vossos sonhos permanecem é porque não viveram em Portugal.
Mas apesar destas vicissitudes vou tentar terminar estes posts...para já vamos novamente e pela segunda vez. fazer uma nova publicação, mais compacta....a ver vamos.
Para os que só agora me seguem, estes posts foram iniciados antes dos Pec's, antes das crises, ainda Sócrates era primeiro ministro.
Caros Bloguistas Militantes
Este post tem 26 capítulos, sim 26.
Este é a introdução...
Quando publicámos a primeira vez este "post", a situação económica de Portugal estava a começar a degradar-se, quanto a nós esta crise dá-se devido a um ataque bem planeado ao EURO por parte dos especuladores, mas não só, está a ir muito além disso, foram expostas todas as nossas fragilidades, incapacidades e inabilidades, não só dos Portugueses, mas dos povos da Europa.
A Europa que devia estar numa demanda de fortalecimento, parece estar podre e a esfumar-se.
O Sistema Capitalista já não é mais o sistema Capitalista, é um ganhe quem puder, e quem pode são os que sempre puderam e cada vez podem mais.
E quanto às regras?
Não as há.
O ataque à Europa, começou logo com a ideia da criação do Euro e da zona euro, ao fazer nascer uma moeda forte que compete directamente com o Dólar, mexemos num ninho de vespas, o problema é que esquecemo-nos de levar a protecção.
O facto de a moeda ser competitiva e que na sua curta existência está mesmo a tomar o lugar do Dólar nas trocas comerciais mundiais, tinha de sofrer um contra-ataque.
E ele aí está, e nós não estávamos e ainda não estamos preparados.
Nunca iremos estar, nem quem o faz nem contra quem é dirigido, as consequências de tal ataque é sempre uma incógnita.
A esta causa das coisas, alia-se uma China forte que possuí mais de 60% da dívida americana e que possuí um mercado interno que não respeita os direitos dos trabalhadores, acresce a isto um mercado mundial completamente desregulado após a queda do muro de Berlim.
A China com cerca de 1/5 da população mundial, acordou, sabe que tanto pelo poderio económico como pela vantagem populacional pode ditar tendências e dirigir o mercado.
É um gigante económico, um gigante económico que não quer saber de indústrias com regulação ambiental, direitos dos trabalhadores e da protecção dos mesmos, não quer saber da ilegalidade do trabalho infantil.
E é neste "cadinho" em que vivemos que se está a começar a bitolar esta confusão onde estamos metidos.
A China, foi refinando, e passou da produção de produtos copiados, manufacturados sem muito rigor, tendo já dado o salto para uma indústria de ponta que já começou a produzir efeitos e dividendos.
Os EUA estão a perder a supremacia económica que ganharam desde a II Guerra.
O ataque das empresas de rating e as falsas notícias em jornais internacionais que apoiam esse ataque, fazem parte de uma orquestração feita para a sobrevivência da supremacia das empresas multinacionais americanas ou das suas multinacionais, o Euro não serve, o Dólar tem de ter a supremacia.
E neste momento assistimos a uma acalmia e a uma recuperação, mas, receamos que isto só acontece porque estamos no olho de um furacão, e o mau tempo vem aí novamente.
É verdade que enquanto o pau vai e vem, folgam-se as costas, mas, os países europeus, poder-se-iam acautelar e preparar para uma nova tempestade, e, o que vemos por essa Europa e em Portugal inclusivé, não nos estamos a preparar.
Este é o nosso pensamento que não percebemos rigorosamente nada de economia, mas nós assumimos isso, não somos como os economistas que dizem que entendem mas pelo que vemos andam completamente à nora.
A falta de pulso político e de liderança na Europa, tem como consequência o facto de ainda não ter achado um rumo para a Europa.
A falta de liderança, falha a projecção e efectivação de um caminho consolidado.
O facto de termos uma Europa a muitas vozes, implica a falta de uma medida fundamental, implica o "esquecimento" de uma medida protectora do Euro e a falta de uma autoridade reguladora/fiscalizadora.
O que atrás afirmámos tem como consequência deixar a Europa vulnerável a ataques.
E, se fossemos o adversário, por onde é que começariamos tais ataques?
Tal como numa guerra convencional, o ataque começou por debelitar o país mais vulnerável da zona euro, a Grécia.
Esse era um alvo apetecível e até expectável, um país que mascarou as suas contas e que ninguém viu, pode ou quis ver.
Os políticos desta estratégia/tragédia grega conseguiram esconder e mascarar a situação durante anos.
Não consiguimos entender, como é que uma Europa cheia de eurocratas rigorosos, na agricultura, nas pescas, aquela Europa que uma vez mandou retirar vinhas e oliveiras, a mesma Europa que da outra vez as mandaram plantar novamente, impondo uma PAC que levou muitos agricultores a desistir do seu ofício, e muitos até foram incentivados a "compar jeeps".
Esta é a memsa Europa que é responsável pelo aumento inusitado da Imigração na Europa, como é que estes eurocratas tão atentos para uma coisa deixam passar a gigante locomotiva grega impunemente?
Estes eurocratas que mandam nos políticos, erraram e deixaram vulnerável o euro e a Europa ao ataque que está em curso.
Portugal, Espanha e a Irlanda, são os países que sofreram por parte dos MEDIA, mentiras propaladas para que este ataque ao Euro tenha sucesso, ou seja os Eurocratas, além de não fazerem o seu trabalho como deve de ser, ainda erraram por omissão.
A Irlanda, a Grécia, Portugal e agora a Espanha, com aquele mito urbano que diz que os latinos são por norma pouco rigorosos, em comparação aos países do norte da Europa, foi levado à letra e tornou-nos no alvo principal deste ataque.
Ao se ter inventado notícias, destabilizaram os mercados e artificialmente tornaram verdadeiras as situações que inventaram para esses países. Acreces a isto tudo, o facto de que a alta finança ser muito assustadiça, e uma mentira tem um efeito explosivo, as empresas de rating sabem disso, são uma espécie de carroceiro que tem a cenoura que faz andar o burro... influenciando assim o mundo económico.
Quem os fiscaliza?
Ninguém!
A escola económica de Chicago, onde em tempos se reuniu a finança e a política para aprovar medidas para as décadas seguintes.
É um ataque planeado, pois essas medidas de desregulação, pensadas no final dos anso 70 do Século XX, e que foram começadas a ser implementadas nos anos 90 do Século XX, acabaram de ser implementadas no princípio dos anos 2000, e estão a acontecer e aproduzir efeitos neste momento.
Foi um trabalho de formiguinha, muitos dos que gizaram essa política, já faleceram, e quem o fez, os senhores que o pensaram ficaram conhecidos por Chicago Boys, e , após muitas décadas do planeado estão a conseguir os seus intentos e nós estamos a reagir tal e qual como eles previram.
Os mercados recebem mensagens dúbias e contraditórias e não sabem como reagir.
Quando os mercados não sabem como reagir, reagem todos da mesma maneira, como um rebanho de carneiros e ovelhas que são assolados por lobos, reagem mal...
A reacção é precaverem-se, e ao tomarem essa atitude, isso tem a implicação de haver menos mercado.
Menos mercado porque existe uma retracção, havendo retracção não há crescimento, não havendo crescimento mais o rebanho se precavê, e caímos assim num círculo vicioso.
Os Estados perderam autonomia e estamos entregues aos caprichos destas empresas de rating, empresas essas que que são comandadas pelo grande capital.
Estamos nas mão de um capital transnacional e são eles os seus próprios árbitros na economia mundial.
São eles que são os árbitros da economia portuguesa também, mas é um árbitro tendencioso pois está comprado e age deliberadamente para o lado que lhe convém, por essa razão entramos no jogo já a perder e por muitos golos, e mesmo que marquemos eles irão sempre ser anulados por fora de jogo. Nós, Europeus, acordámos tarde e não estamos a tomar as medidas necessárias para colmatar o nosso erro de termos acordado a meio do jogo, e o mais grave, é que os nossos adversários sabiam que esta era a reacção da Europa, pois era prevísivel.
Quando nós atacámos, atabalhoadamente, sem estratégia, o inimigo já estava à espera.
Como diria Sun Tsu, no seu Manual "A arte da Guerra", obviamente que após o ataque do inimigo, tinha de haver uma reacção a esse ataque... aliás foram eles próprios, os inimigos, que forçaram esta reacção, eles queriam que nós reagissemos rapidamente, pois ao reagir rápido, ragiríamos mal , como sucedeu. O inimigo provocou essa reacção fazendo ataques especulativos, e sabiam que iriam obter uma reacção rápida, tosca e atabalhoada, tudo correu como os Chicago Boys planearam.
Ao nos obrigarem a ter esta reacção, levou-nos ao efeito negativo, esse efeito que foi anunciado aos povos e que eles não estão a gostar, são eles: o aumentar os impostos, o baixar os salários, o abdicar de parte ou da totalidade do 13º e do 14º mês, direitos adquiridos.
Os direitos que que os mandadores da alta finança não gostam, sempre abominaram, e que ao longo dos tempos sempre fizeram para que nunca fossem cumpridos, é que o cumprimento desses direitos sai-lhes muito caro, e o sair caro baixa os seus lucros.
Como os governos não têm coragem, imaginação ou força para os enfrentar, consegue assim a alta finaça controlar e manipular estes fracos governos que estavam a tentar fortalecer-se através de uma união económica e monetária.
As medidas de austeridade que estão a ser tomadas estavam e estão assim a ser previstas pelos promotores deste ataque.
E esfregam as mãos de contentes, estão a destabilizar os já fracos governos europeus individual e colectivamente.
Isto quando o mar bate na ....e está a bater...quem se lixa é o mexilhão.
Atacaram o nosso país, a Espanha, a Irlanda, tendo começado pela Grécia, que era o país mais vulnerável, comparando-nos e colando mais 3 países no mesmo plano que a situação grega, não fizeram nada mais do que já tinham feito há uns anos aos países do terceiro mundo, classificando-os como tal.
Todos recordamos, e alguns ainda usam essa designação desta desclassificação e rotulamento com o nome de terceiro mundo. A alta finaça ao fazê-lo, implicou que eles continuassem como países pobres e à margem da alta finança mundial.
O problema é que não estamos todos, desde a Alemanha a Portugal, a reagir como deveríamos, o problema é que estamos todos a reagir todos da mesma maneira e o problema mais grave, é que influênciados pelos países nórdicos, estamos a reagir segundo as regras, ou seja, segundo a vontade dos Chicago Boys, e ao reagir assim estamos a fazer o jogo deles, ao reagir assim estamos a proceder mal, porque o resultado já sabemos como vai ser.
Este é o principal trunfo dos Chicago Boys, é esta reacção generalizada que é toda da mesma maneira.
E porque é que isto acontece?
Isto acontece porque infelizmente as universidades de Economia não fizeram o seu papel, todas ensinam pela mesma cartilha, pela cartilha impostapelos Chicago Boys.
É por esta razao que os economistas parecem ser todos da mesma escola, é por isso que reagem todos da mesma maneira; não existem economistas que digam que "O Sol não anda à volta da terra". Economistas com pensamento diferente não existem ou se existem não se manifestam ou então não estão a ter peso relevante.
As escolas de pensamento económico europeu não são diferentes das escolas dos EUA. Nós somos fieis e continuamos a defender a máxima que o político Sueco já falecido, Olof Palm, dizia: Não quero acabar com os ricos, o que eu quero é acabar como os pobres.
E para que essa filosofia singre existem outro tipo de políticas a tomar.
Os países que não querem saber disto para nada, vão ter uma dura realidade pela frente, é que a tensão social começa a aumentar.
Este alheamento do resultado das más políticas, que enviam par ao desemprego milhões, vai começar a sofrer um efeito de alastramento pelos países europeus.
Agora imaginem se um dia os desempregados se unirem na Europa... é que já são mais de 20 milhões...
É que quando isto acontecer vai pegar fogo, vamos infelizmente ter problemas graves de distúrbios e estaremos a contribuir para que o plano de ataque ao Euro que a alta finança gizou vá resultar em pleno.
Tudo isto não esconde nem mascara o facto de que a crise Portuguesa seja uma dupla crise.
Ela é conjuntural e estrutural.
Por um lado é o resultado pela crise provocada pela situação internacional e o ataque ao euro, essa é a crise conjuntural
Do outro lado temos o facto de Portugal possuir um tipo de empresários mal formados e preparados, conjugado com um Estado que se enredou na sua própria teia, acresce a isto tudo o facto de também termos uns trabalhadores e os seus sindicatos sem rumo, sme criatividade, antiquados, voltados para sim esmos, e às ordens do PCP ou de outros partidos, sindicatos não independentes, que quando lutam não defendem os trabalhadores mas sim os interesses partidários.
É este o nosso problema estrutural, pois a nossa produção e matéria prima é deficitária e sem imaginação, se rumo, sem estratégia, sem pensamento virado par aa sociedade, e só par ao lucro localizado e individual.
Temos de apontar caminhos, arranjar estratégias, diferentes das habituais, mas que sejam consonantes com o bem estar social. Por isso perguntamos:
Por onde ir?
Que caminho seguir?
Que fazer?
Que medidas a tomar?
E a resposta não é fácil, assim como não é fácil, implementar medidas de contravapor pois os adversários são poderosos e com uma excelente estratégia ganhadora. Vamos deixar aqui os tópicos que apontam caminhos para sairmos, e já agora queremos dizer que o romper dos paradigmas, feito pelo actual governo do Partido Socialista, é um princípio, tímido mas é um principío e já começou a produzir efeitos, só que temos de ir mais longe, há que consolidar a estratégia, há que pensar o projecto estrutural, para ultrapassar o conjuntural.
Nos próximos posts será o desenvolvimento destas ideias, não estarão por ordem nem poderiam estar, com umas sabemos que alguns concordarão com outras, mas também sabemos que outros discordarão, mas é a nossa perspectiva que não somos economistas e não seguimos a escola de Chicago, e sabemos que os que seguem essa escola, ou seja a grande esmagadora maioria, dirão que não pode ser e apontarão logo defeitos.
Relembramos que por muitos defeitos que apontem, os principais responsáveis para chegar a esta situação, foram eles, os que irresponsavelmente não se precaveram contra a escola de Chicago, os que não apostam numa Europa forte, os que seguem as regras que lhes estão a ser impostas, são aqueles cujas soluções são aquelas que não produzem efeitos, ou seja, são aqueles que não têm soluções para o que está a acontecer.
A nossa receita, que não é milagrosa, é para ser aplicada em Portugal e as outras, mais globais, é com o intuito de as aplicar na Europa e quiçá no mundo inteiro, o que sabemos é que as nossas soluções não serão as únicas.
As oluções estão abaixo elencadas, e são as seguintes, começamos logo pela mais polémica:
- Não e paga! Não se paga!
- O sorteio da ilha de Malta
- O caso dos Impostos dos países do norte da Europa e nos EUA;
- Acabar com o PEC colocando as caixas on line
- Ambiente, transportes e Grandes Empresas públicas
- Taxação dos veículos particulares na entrada das cidades, importação de energia
- O exemplo vem de Mafra
- Cumprir horários e "la siesta"
- A justiça elementar , os advogados e a regulamentação das leis.
- A transparência e a publicidade das contas e os impostos justos (não é só a oposição que tem o direito de ser informada, mas todos os cidadãos)
- Regulação efectiva e eficaz da economia, tabelação temporária dos preços pelo governo
- Os bancos não fogem : Grandes fortunas, bancos, e outros : fiscalização e pagamentos de impostos e paraísos fiscais
- Lei dos solos, arrendamentos e especulação imobiliária
- Função pública esse elefante branco que temos de pintar de outra cor, orçamento de base zero
- O sector primário, a agricultura biológica, a PAC e outros eurocratas;
- O sector secundário
- O sector terciário
- Analfabetismo, religião e o laicismo do estado
- Salários
- Sindicatos e afins
- Patrões e suas confederações
- Concertação social
- A nota de euro
- Reforma da política interna 1
- Reforma da política interna 2, as forças armadas e outros
- Reorganização e fortalecimento da União
Sonho Impossível- Chico Buarque
Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
ELE HÁ CARGAS FANTÁSTICAS NÃO HÁ? A BRIGADA ATÉ FAZ SACRIFÍCIOS MAS TEMOS DE SER TODOS A FAZÊ-LOS E EM PARTES IGUAIS NÃO UNS MAIS QUE OUTROS.
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