Caros Bloguistas Militantes
Estamos a pouco tempo da campanha eleitoral, onde os costumeiros políticos conseguem criar a ilusão que o Inferno é o Céu, a ver da maneira como pintam a manta.
Estamos com um Governo de Gestão, e se isto fosse uma Real Democracia, não havia Troika para ninguém, mesmo com a ameaça dos Bancos, sem primeiro haver um referendo.
É que nós não passámos, nem passamos carta branca, ao governo, para ele fazer o que quiser. Não! Definitivamente, não! Nós votámos num programa, e se no programa não consta que vamos pedir ajuda à Troika, então é porque tal acto não foi escrutinado.
É que, quer queiram quer não é algo que nos vai afectar para os próximos anos, e por isso tem de ir a escrutínio na República.
Muito, mas muito haveria para dizer sobre a actuação do Presidente da República, isto num cenário que não passaram 15 dias que o Presidente tomou posse, e que fez um discurso de "atirar gasolina para a fogueira", um discurso pouco ético e mesmo de "descarte" das situações que o próprio Presidente provocou, quer quando era primeiro ministro, quer agora que é presidente.
A actuação do P.R. e a omissão do P.R., levou-nos a este beco sem saída, a visão restritiva da C.R.P. por parte do actual presidente é no mínimo confrangedora.
Vamos ter eleições a 5 de Junho, vamos ter eleições num momento que é o pior possível para a nossa República.
O Presidente em funções, tem tiques de rancoroso, de bota de elástico, de egoísta, não pensa no bem do país. Espelhou disso é o discurso em que disse:
"Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do País, com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar."
Discurso de Cavaco na Comemoração do 50º Aniversário do início da guerra colonial (15/3/011)
http://caosdeclinavel.blogspot.com/2011/03/as-novas-cruzadas-de-cavaco-silva.html
Não há nem pode haver respeito possível pelo actual Presidente da República.
É um ultraconservador com cheirinho a Ditadura, travestido de democrata.Mas no meio desta confusão hoje os temas que vamos abordar são "Lei dos solos, arrendamentos e especulação imobiliária".
Enquadra-se na continuação do Tema "Quando o mar bate na rocha", e é mais um contributo para sairmos do marasmo em que nos encontramos, e mais um contributo para o Orçamento de Estado.
Para sermos práticos :
Quanto aos solos
A lei dos solos, é uma lei antiquada, desactualizada e cujos os ficheiros do Estado estão no mínimo obsoletos.
Mas não é para atirar nada fora do que já existe, são simplesmente necessárias actualizações.
Nenhum povo se pode governar, se não souber a quem pertencem as suas terras, não se pode cuidar, expropriar, arrendar, vender, comprar, administrar terras sem dono ou melhor com dono desconhecido ou então com múltiplos donos em que ninguém responde por elas.
Se não se administrar bem os solos do território, se não se lhes der o valor adequado, estamos a desperdiçar uma mais valia e não estamos a receber deles os impostos justos e devidos.
Quanto aos arrendamentos
Infelizmente o planeta terra não é infinito em termos de espaço.
Não há terras para toda a gente, e ao ritmo que a população mundial tem estado a crescer cada vez há menos.
A ilusão que todos podem ter propriedades, é algo que, se pensarmos bem, não é possível.
Somos da opinião que a terra deveria pertencer maioritariamente ao Estado e ser este a fazer a administração do mesmo.
A ilusão de que comprando um apartamento, para sermos mais realistas, comprando um empréstimo ao banco dando um apartamento como garantia, os cidadãos ficam com uma propriedade, não passa disso mesmo de uma ilusão.
E é uma ilusão porque o pensamento é mais ou menos este:
1-Fico com uma coisa que é minha... isto não é bem verdade, ficam com uma coisa que é vossa mas ao fim de 30, 40 ou 50 anos...até lá pagaram ao banco o equivalente a 2 apartamentos e meio, isto se conseguirem pagar, porque com o aumento dos juros nesta crise, existem muitos cidadãos a entregar a casa.O banco é que tem um grande negócio, pois tem o apartamento já meio pago, ou pago na totalidade (exceptuando os juros) e volta a colocar o apartamento no mercado através de leilão, concedendo empréstimo a outro incauto, que vai pagar outra vez dois apartamentos e meio.
2- Tenho algo para dar aos meus descendentes -Na realidade ao fim de 50 anos, as casas já não são novas, e pelo que se vê por aí a qualidade da construção, não é 5 estrelas, por isso vão deixar um legado já velho, e que ao longo do tempo desvaloriza, sim porque um apartamento desvaloriza, se for uma vivenda com terreno não , mas um apartamento desvaloriza.
Devido à não revisão da lei dos solos, os arrendamentos estão mais caros que por exemplo em Genéve, que se situa no centro da Europa, a 1 hora das principais cidades europeias, também devido à não revisão da lei dos solos, o arrendamento em Portugal é mais caro que a compra, ao contrário dos restantes países da Europa.
Ora tendo casas caras para arrendar, é retirar poder de compra aos cidadãos, tendo casas caras para arrendar, obrigam os cidadãos a terem um compromisso com os bancos que muitas vezes vai até aos 50 anos de duração e aos 70 anos de vida dos cidadãos.
Os bancos inverteram, controlaram e condicionaram os mercados, para que o arrendamento fosse mais caros e os cidadãos fossem obrigados a comprarem casas.
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